‘O menino ficou nu na chuva’: as denúncias sobre a escola investigada por maus-tratos em SP


Estabelecimento passou a ser investigado depois de gravações de professoras e funcionários; proprietários negam as acusações

Por Redação
Atualização:

Relatos de uma sala escura que era o “cantinho do castigo” e de um menino que teria ficado nu, em uma bacia na chuva, porque havia vomitado na roupa, estão entre as denúncias de maus-tratos feitas por ex-funcionários e pais de alunos da escola particular Pequiá, no Cambuci, zona sul de São Paulo, de acordo com o Fantástico.

Os donos da escola particular – casal Eduardo Mori Kawano e Andrea Carvalho Alves Moreira - tiveram a prisão temporária decretada e se entregaram à polícia na terça-feira, 27. Eles foram levados para o 6.º Distrito Policial do Cambuci, que investiga o caso.

Os donos da escola particular Pequiá, no Cambuci, na Zona Sul de São Paulo, Eduardo Mori Kawano e Andrea Carvalho Alves Moreira, foram presos nesta terça-feira (27) após denúncias de maus-tratos e tortura contra alunos dentro do colégio. FOTO REPRODUÇÃO / TV GLOBO Foto: REPRODUÇÃO / TV GLOBO
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Entre os 16 depoimentos que levaram a escola infantil a ser investigada estão atos que humilhavam as crianças, segundo os investigadores. “Chegaram a deixar ele em cima de ralo, sentado em cima de ralo pra poder fazer as necessidades”, conta uma das ex-funcionárias, Anny Garcia Junqueira, sobre um aluno ao programa da Rede Globo.

A escola, que atende a crianças da pré-escola ao ensino fundamental 1, passou a ser investigada depois que uma professora usou um celular para gravar um menino de oito anos amarrado a um poste pelas mangas da própria blusa.

A docente denunciou o caso à polícia e revelou outros supostos abusos: crianças obrigadas a permanecer o dia inteiro com roupas sujas de urina, xingadas quando não guardavam os brinquedos e expostas a humilhações quando urinavam na calça.

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Depois da denúncia, outras mães e professoras acusaram a escola. Crianças eram tratadas aos gritos e algumas teriam passado mal após serem obrigadas a comer brócolis e outros legumes. A escola já tinha sido denunciada em 2016 à ouvidoria da Secretaria de Educação em São Paulo, mas o caso não avançou por falta de provas.

Segundo o delegado que investiga o caso, Fábio Daré, todos os depoimentos colhidos até o momento foram “convergentes”. “Isso me levou a crer que houve um crime de tortura naquela escola”, afirmou ao programa da Rede Globo.

O que dizem os advogados de defesa

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“É preciso entender que toda a situação não se fecha num único ato. Eles alegam que não são atitudes deles”, diz a advogada dos donos da escola, Sandra Pinheiro de Freitas. “

“No caso do menino que foi amarrado, não foi o Eduardo que o amarrou. Embora o Eduardo tivesse brincadeiras lúdicas com as crianças nesse contexto, de amarrar a ponta da blusa e brincar, aquele ato em si não foi ele quem fez”, diz a defensora.

Relatos de uma sala escura que era o “cantinho do castigo” e de um menino que teria ficado nu, em uma bacia na chuva, porque havia vomitado na roupa, estão entre as denúncias de maus-tratos feitas por ex-funcionários e pais de alunos da escola particular Pequiá, no Cambuci, zona sul de São Paulo, de acordo com o Fantástico.

Os donos da escola particular – casal Eduardo Mori Kawano e Andrea Carvalho Alves Moreira - tiveram a prisão temporária decretada e se entregaram à polícia na terça-feira, 27. Eles foram levados para o 6.º Distrito Policial do Cambuci, que investiga o caso.

Os donos da escola particular Pequiá, no Cambuci, na Zona Sul de São Paulo, Eduardo Mori Kawano e Andrea Carvalho Alves Moreira, foram presos nesta terça-feira (27) após denúncias de maus-tratos e tortura contra alunos dentro do colégio. FOTO REPRODUÇÃO / TV GLOBO Foto: REPRODUÇÃO / TV GLOBO

Entre os 16 depoimentos que levaram a escola infantil a ser investigada estão atos que humilhavam as crianças, segundo os investigadores. “Chegaram a deixar ele em cima de ralo, sentado em cima de ralo pra poder fazer as necessidades”, conta uma das ex-funcionárias, Anny Garcia Junqueira, sobre um aluno ao programa da Rede Globo.

A escola, que atende a crianças da pré-escola ao ensino fundamental 1, passou a ser investigada depois que uma professora usou um celular para gravar um menino de oito anos amarrado a um poste pelas mangas da própria blusa.

A docente denunciou o caso à polícia e revelou outros supostos abusos: crianças obrigadas a permanecer o dia inteiro com roupas sujas de urina, xingadas quando não guardavam os brinquedos e expostas a humilhações quando urinavam na calça.

Depois da denúncia, outras mães e professoras acusaram a escola. Crianças eram tratadas aos gritos e algumas teriam passado mal após serem obrigadas a comer brócolis e outros legumes. A escola já tinha sido denunciada em 2016 à ouvidoria da Secretaria de Educação em São Paulo, mas o caso não avançou por falta de provas.

Segundo o delegado que investiga o caso, Fábio Daré, todos os depoimentos colhidos até o momento foram “convergentes”. “Isso me levou a crer que houve um crime de tortura naquela escola”, afirmou ao programa da Rede Globo.

O que dizem os advogados de defesa

“É preciso entender que toda a situação não se fecha num único ato. Eles alegam que não são atitudes deles”, diz a advogada dos donos da escola, Sandra Pinheiro de Freitas. “

“No caso do menino que foi amarrado, não foi o Eduardo que o amarrou. Embora o Eduardo tivesse brincadeiras lúdicas com as crianças nesse contexto, de amarrar a ponta da blusa e brincar, aquele ato em si não foi ele quem fez”, diz a defensora.

Relatos de uma sala escura que era o “cantinho do castigo” e de um menino que teria ficado nu, em uma bacia na chuva, porque havia vomitado na roupa, estão entre as denúncias de maus-tratos feitas por ex-funcionários e pais de alunos da escola particular Pequiá, no Cambuci, zona sul de São Paulo, de acordo com o Fantástico.

Os donos da escola particular – casal Eduardo Mori Kawano e Andrea Carvalho Alves Moreira - tiveram a prisão temporária decretada e se entregaram à polícia na terça-feira, 27. Eles foram levados para o 6.º Distrito Policial do Cambuci, que investiga o caso.

Os donos da escola particular Pequiá, no Cambuci, na Zona Sul de São Paulo, Eduardo Mori Kawano e Andrea Carvalho Alves Moreira, foram presos nesta terça-feira (27) após denúncias de maus-tratos e tortura contra alunos dentro do colégio. FOTO REPRODUÇÃO / TV GLOBO Foto: REPRODUÇÃO / TV GLOBO

Entre os 16 depoimentos que levaram a escola infantil a ser investigada estão atos que humilhavam as crianças, segundo os investigadores. “Chegaram a deixar ele em cima de ralo, sentado em cima de ralo pra poder fazer as necessidades”, conta uma das ex-funcionárias, Anny Garcia Junqueira, sobre um aluno ao programa da Rede Globo.

A escola, que atende a crianças da pré-escola ao ensino fundamental 1, passou a ser investigada depois que uma professora usou um celular para gravar um menino de oito anos amarrado a um poste pelas mangas da própria blusa.

A docente denunciou o caso à polícia e revelou outros supostos abusos: crianças obrigadas a permanecer o dia inteiro com roupas sujas de urina, xingadas quando não guardavam os brinquedos e expostas a humilhações quando urinavam na calça.

Depois da denúncia, outras mães e professoras acusaram a escola. Crianças eram tratadas aos gritos e algumas teriam passado mal após serem obrigadas a comer brócolis e outros legumes. A escola já tinha sido denunciada em 2016 à ouvidoria da Secretaria de Educação em São Paulo, mas o caso não avançou por falta de provas.

Segundo o delegado que investiga o caso, Fábio Daré, todos os depoimentos colhidos até o momento foram “convergentes”. “Isso me levou a crer que houve um crime de tortura naquela escola”, afirmou ao programa da Rede Globo.

O que dizem os advogados de defesa

“É preciso entender que toda a situação não se fecha num único ato. Eles alegam que não são atitudes deles”, diz a advogada dos donos da escola, Sandra Pinheiro de Freitas. “

“No caso do menino que foi amarrado, não foi o Eduardo que o amarrou. Embora o Eduardo tivesse brincadeiras lúdicas com as crianças nesse contexto, de amarrar a ponta da blusa e brincar, aquele ato em si não foi ele quem fez”, diz a defensora.

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