Obras na Castello Branco e redução do home office pioram o trânsito em Alphaville


CCR ViaOeste está ampliando o trecho da rodovia que passa por Barueri para melhorar o tráfego, mas período de obras é longo; o município abriu mais de 16 mil novos postos de trabalho em 2022

Por Giovanna Castro
Atualização:

As obras de ampliação do trecho da Rodovia Castello Branco que passa por Barueri, um dos municípios mais populosos da região metropolitana de São Paulo, visam melhorar o tráfego de veículos na região, congestionado há anos. Mas, enquanto a reforma não fica pronta, a situação piorou.

Na entrada de Alphaville, bairro dos municípios de Barueri e Santana Parnaíba, onde há um grande centro empresarial, é comum que os motoristas passem cerca de 20 a 40 minutos a mais parados em horários de pico. “Eu levava 45 minutos para voltar para casa. Hoje, levo 1h20″, diz o economista Marcos Silva, que mora em São Paulo e trabalha em Alphaville.

Wagner Firmo Júnior, gerente de marketing que mora em Barueri e trabalha na capital, optou por trocar o carro pelo trem para reduzir o tempo no trânsito provocado pela obra. “Levo menos tempo, mas é horrível em horários de pico, quando há atrasos e problemas na via. Está bem difícil ir e voltar para casa”, relata.

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Trânsito no quilômetro 23 da rodovia Castello Branco, próximo ao acesso à Alphaville Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

A obra começou em outubro de 2022 e, segundo a concessionária responsável, CCR ViaOeste, deve ser concluída só em março de 2025. Ao todo, serão implementadas novas pistas marginais entre o km 22,5 e o km 27, além de faixas adicionais entre o km 27 e o km 31,6 da pista sentido interior (oeste). Acessos aos bairros e municípios também serão melhorados.

Procurada pelo Estadão, a prefeitura de Barueri não disponibilizou dados sobre o aumento do engarrafamento em Alphaville, mas disse que “as obras impactam diretamente as principais vias de acesso ao município, fazendo com que os condutores recorram às rotas alternativas”.

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A Secretaria de Mobilidade Urbana definiu algumas rotas alternativas, mas motoristas e passageiros de ônibus reclamam que falta sinalização. A pasta recomenda a utilização de aplicativos de GPS, “pois esses monitoram o trânsito em tempo real e podem oferecer uma melhor opção para o deslocamento”.

Centralização de empresas e retomada do trabalho presencial

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Para além das obras, o retorno do trabalho presencial também colaborou para o aumento do trânsito em Alphaville e região. De acordo com a prefeitura, houve “aumento considerável pós-pandemia, devido ao retorno das atividades no âmbito do município”.

Levantamento da empresa de consultoria em economia LCA Consultores, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que Barueri abriu cerca de 16 mil novos postos de trabalho com carteira assinada em 2022, colocando a cidade no melhor patamar de disponibilidade de empregos do Brasil.

Boa parte desses postos de trabalho estão em Alphaville. O bairro, fundado em 1973 para ser um centro empresarial da região de Barueri, tem incentivos fiscais para abertura de empresas e, por isso, atrai corporações , como Burguer King, Azul e Cielo, a colocarem suas sedes e fábricas na região.

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Alda Paulina, arquiteta urbanista e professora de Engenharia Civil da Fundação Educacional Inaciana (FEI), diz que o objetivo inicial era que Alphaville gerasse empregos para a população de Barueri e diminuísse o movimento pendular, que acontece quando as pessoas da região têm de ir até São Paulo para trabalhar. No entanto, foram os paulistanos que passaram a se deslocar diariamente para Alphaville.

Engarrafamento na Alameda Rio Negro, na entrada do centro empresarial de Alphaville. Foto: Werther Santana/Estadão

Ana Cristina Marsiglia, jornalista, começou recentemente a trabalhar em Alphaville. Moradora do centro de São Paulo, ela diz que frequentemente encontrava boas vagas de emprego na região, o que a fez aceitar um tempo de deslocamento maior até o trabalho. Ela só não esperava encontrar o trânsito excessivo provocado pela obra.

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“Meu tempo de trajeto varia entre 1h30 e duas horas em dias em que as vias disponíveis são alteradas por conta da obra. Preciso acordar mais cedo para chegar no mesmo horário, o que faz com que eu tenha menos tempo para outras tarefas do dia”, diz Ana Cristina, que faz o deslocamento três vezes por semana de ônibus.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE) e da prefeitura de Barueri, o município tem uma população flutuante de aproximadamente 170 mil pessoas, além da população fixa de 245 mil. Tanto a população flutuante, como boa parte dos moradores de Barueri precisam passar pelo acesso à Alphaville que fica na rodovia Castello Branco.

“Apesar de o projeto inicial de Alphaville ter como objetivo fazer com que Barueri deixasse de ser uma cidade-dormitório, o bairro se tornou uma espécie diferente de município nesse modelo. Afinal, com o valor elevado dos residenciais da região, a maioria das pessoas acaba se deslocando até lá somente para trabalhar”, diz Alda Paulina. “Essa centralização empresarial é bastante prejudicial à mobilidade.”

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O que muda na Castello Branco com a reforma?

De acordo com a CCR ViaOeste, o projeto de obras na Castello Branco prevê a execução de 4,5 km de vias marginais em ambos os sentidos e 4,6 km de faixas adicionais na pista sentido interior, aumentando o número de faixas de trânsito de 4 para 8. Ou seja, a capacidade de trânsito de veículos da rodovia será dobrada.

O projeto considera também uma remodelação dos trevos de Barueri e Alphaville, o que, segundo a concessionária, deve trazer “melhoria na fluidez e “modernização dos acessos” ao município e ao bairro. Duas novas pontes paralelas à ponte Guilherme de Almeida, além de viadutos e passarelas, também serão instaladas, facilitando mudanças de sentido na rodovia e o trânsito de pedestres.

As reformas estão sendo feitas em etapas e assim serão entregues, informou a CCR ViaOeste. Até o momento, 20% do projeto foi concluído. O investimento total previsto, com recursos próprios da empresa concessionária, é de R$ 815 milhões.

Obras da CCR ViaOeste, no quilômetro 23 da rodovia Castello Branco, visam ampliar o acesso à Alphaville.  Foto: Werther Santana/Estadão

Sobre o impacto provocado no trânsito, a empresa concessionária disse que, na fase atual de avanço das obras, foi necessário desmontar o viaduto sobre a Alameda Rio Negro, que fica no acesso à Alphaville pela pista marginal da Castello Branco sentido interior – geralmente utilizada por quem vem de São Paulo.

Segundo a CCR ViaOeste, o desmonte do viaduto foi feito em alinhamento com a prefeitura de Barueri, a Polícia Militar Rodoviária e a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp). “O tráfego tem sido desviado da pista marginal para a pista expressa em dois novos acessos construídos pela concessionária: no km 19,7 e no km 22″, diz.

A empresa afirma que disponibilizou, também, um novo ponto de acesso à rodovia para quem sai de Alphaville. Com isso, pela Alameda Xingu, é possível chegar à Castello Branco, no sentido interior.

“Faixas, placas de sinalização viária e painéis de mensagens variáveis seguem informando sobre a atual fase das obras na rodovia Castello Branco, além de ampla divulgação nos meios de comunicação e também compartilhado com os serviços de GPS que proporcionam os melhores trajetos”, diz a nota da CCR ViaOeste.

“As obras estão dentro do cronograma estabelecido com a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), com a previsão de execução de 35 meses e término em março de 2025″, finaliza a empresa.

As obras de ampliação do trecho da Rodovia Castello Branco que passa por Barueri, um dos municípios mais populosos da região metropolitana de São Paulo, visam melhorar o tráfego de veículos na região, congestionado há anos. Mas, enquanto a reforma não fica pronta, a situação piorou.

Na entrada de Alphaville, bairro dos municípios de Barueri e Santana Parnaíba, onde há um grande centro empresarial, é comum que os motoristas passem cerca de 20 a 40 minutos a mais parados em horários de pico. “Eu levava 45 minutos para voltar para casa. Hoje, levo 1h20″, diz o economista Marcos Silva, que mora em São Paulo e trabalha em Alphaville.

Wagner Firmo Júnior, gerente de marketing que mora em Barueri e trabalha na capital, optou por trocar o carro pelo trem para reduzir o tempo no trânsito provocado pela obra. “Levo menos tempo, mas é horrível em horários de pico, quando há atrasos e problemas na via. Está bem difícil ir e voltar para casa”, relata.

Trânsito no quilômetro 23 da rodovia Castello Branco, próximo ao acesso à Alphaville Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

A obra começou em outubro de 2022 e, segundo a concessionária responsável, CCR ViaOeste, deve ser concluída só em março de 2025. Ao todo, serão implementadas novas pistas marginais entre o km 22,5 e o km 27, além de faixas adicionais entre o km 27 e o km 31,6 da pista sentido interior (oeste). Acessos aos bairros e municípios também serão melhorados.

Procurada pelo Estadão, a prefeitura de Barueri não disponibilizou dados sobre o aumento do engarrafamento em Alphaville, mas disse que “as obras impactam diretamente as principais vias de acesso ao município, fazendo com que os condutores recorram às rotas alternativas”.

A Secretaria de Mobilidade Urbana definiu algumas rotas alternativas, mas motoristas e passageiros de ônibus reclamam que falta sinalização. A pasta recomenda a utilização de aplicativos de GPS, “pois esses monitoram o trânsito em tempo real e podem oferecer uma melhor opção para o deslocamento”.

Centralização de empresas e retomada do trabalho presencial

Para além das obras, o retorno do trabalho presencial também colaborou para o aumento do trânsito em Alphaville e região. De acordo com a prefeitura, houve “aumento considerável pós-pandemia, devido ao retorno das atividades no âmbito do município”.

Levantamento da empresa de consultoria em economia LCA Consultores, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que Barueri abriu cerca de 16 mil novos postos de trabalho com carteira assinada em 2022, colocando a cidade no melhor patamar de disponibilidade de empregos do Brasil.

Boa parte desses postos de trabalho estão em Alphaville. O bairro, fundado em 1973 para ser um centro empresarial da região de Barueri, tem incentivos fiscais para abertura de empresas e, por isso, atrai corporações , como Burguer King, Azul e Cielo, a colocarem suas sedes e fábricas na região.

Alda Paulina, arquiteta urbanista e professora de Engenharia Civil da Fundação Educacional Inaciana (FEI), diz que o objetivo inicial era que Alphaville gerasse empregos para a população de Barueri e diminuísse o movimento pendular, que acontece quando as pessoas da região têm de ir até São Paulo para trabalhar. No entanto, foram os paulistanos que passaram a se deslocar diariamente para Alphaville.

Engarrafamento na Alameda Rio Negro, na entrada do centro empresarial de Alphaville. Foto: Werther Santana/Estadão

Ana Cristina Marsiglia, jornalista, começou recentemente a trabalhar em Alphaville. Moradora do centro de São Paulo, ela diz que frequentemente encontrava boas vagas de emprego na região, o que a fez aceitar um tempo de deslocamento maior até o trabalho. Ela só não esperava encontrar o trânsito excessivo provocado pela obra.

“Meu tempo de trajeto varia entre 1h30 e duas horas em dias em que as vias disponíveis são alteradas por conta da obra. Preciso acordar mais cedo para chegar no mesmo horário, o que faz com que eu tenha menos tempo para outras tarefas do dia”, diz Ana Cristina, que faz o deslocamento três vezes por semana de ônibus.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE) e da prefeitura de Barueri, o município tem uma população flutuante de aproximadamente 170 mil pessoas, além da população fixa de 245 mil. Tanto a população flutuante, como boa parte dos moradores de Barueri precisam passar pelo acesso à Alphaville que fica na rodovia Castello Branco.

“Apesar de o projeto inicial de Alphaville ter como objetivo fazer com que Barueri deixasse de ser uma cidade-dormitório, o bairro se tornou uma espécie diferente de município nesse modelo. Afinal, com o valor elevado dos residenciais da região, a maioria das pessoas acaba se deslocando até lá somente para trabalhar”, diz Alda Paulina. “Essa centralização empresarial é bastante prejudicial à mobilidade.”

O que muda na Castello Branco com a reforma?

De acordo com a CCR ViaOeste, o projeto de obras na Castello Branco prevê a execução de 4,5 km de vias marginais em ambos os sentidos e 4,6 km de faixas adicionais na pista sentido interior, aumentando o número de faixas de trânsito de 4 para 8. Ou seja, a capacidade de trânsito de veículos da rodovia será dobrada.

O projeto considera também uma remodelação dos trevos de Barueri e Alphaville, o que, segundo a concessionária, deve trazer “melhoria na fluidez e “modernização dos acessos” ao município e ao bairro. Duas novas pontes paralelas à ponte Guilherme de Almeida, além de viadutos e passarelas, também serão instaladas, facilitando mudanças de sentido na rodovia e o trânsito de pedestres.

As reformas estão sendo feitas em etapas e assim serão entregues, informou a CCR ViaOeste. Até o momento, 20% do projeto foi concluído. O investimento total previsto, com recursos próprios da empresa concessionária, é de R$ 815 milhões.

Obras da CCR ViaOeste, no quilômetro 23 da rodovia Castello Branco, visam ampliar o acesso à Alphaville.  Foto: Werther Santana/Estadão

Sobre o impacto provocado no trânsito, a empresa concessionária disse que, na fase atual de avanço das obras, foi necessário desmontar o viaduto sobre a Alameda Rio Negro, que fica no acesso à Alphaville pela pista marginal da Castello Branco sentido interior – geralmente utilizada por quem vem de São Paulo.

Segundo a CCR ViaOeste, o desmonte do viaduto foi feito em alinhamento com a prefeitura de Barueri, a Polícia Militar Rodoviária e a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp). “O tráfego tem sido desviado da pista marginal para a pista expressa em dois novos acessos construídos pela concessionária: no km 19,7 e no km 22″, diz.

A empresa afirma que disponibilizou, também, um novo ponto de acesso à rodovia para quem sai de Alphaville. Com isso, pela Alameda Xingu, é possível chegar à Castello Branco, no sentido interior.

“Faixas, placas de sinalização viária e painéis de mensagens variáveis seguem informando sobre a atual fase das obras na rodovia Castello Branco, além de ampla divulgação nos meios de comunicação e também compartilhado com os serviços de GPS que proporcionam os melhores trajetos”, diz a nota da CCR ViaOeste.

“As obras estão dentro do cronograma estabelecido com a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), com a previsão de execução de 35 meses e término em março de 2025″, finaliza a empresa.

As obras de ampliação do trecho da Rodovia Castello Branco que passa por Barueri, um dos municípios mais populosos da região metropolitana de São Paulo, visam melhorar o tráfego de veículos na região, congestionado há anos. Mas, enquanto a reforma não fica pronta, a situação piorou.

Na entrada de Alphaville, bairro dos municípios de Barueri e Santana Parnaíba, onde há um grande centro empresarial, é comum que os motoristas passem cerca de 20 a 40 minutos a mais parados em horários de pico. “Eu levava 45 minutos para voltar para casa. Hoje, levo 1h20″, diz o economista Marcos Silva, que mora em São Paulo e trabalha em Alphaville.

Wagner Firmo Júnior, gerente de marketing que mora em Barueri e trabalha na capital, optou por trocar o carro pelo trem para reduzir o tempo no trânsito provocado pela obra. “Levo menos tempo, mas é horrível em horários de pico, quando há atrasos e problemas na via. Está bem difícil ir e voltar para casa”, relata.

Trânsito no quilômetro 23 da rodovia Castello Branco, próximo ao acesso à Alphaville Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

A obra começou em outubro de 2022 e, segundo a concessionária responsável, CCR ViaOeste, deve ser concluída só em março de 2025. Ao todo, serão implementadas novas pistas marginais entre o km 22,5 e o km 27, além de faixas adicionais entre o km 27 e o km 31,6 da pista sentido interior (oeste). Acessos aos bairros e municípios também serão melhorados.

Procurada pelo Estadão, a prefeitura de Barueri não disponibilizou dados sobre o aumento do engarrafamento em Alphaville, mas disse que “as obras impactam diretamente as principais vias de acesso ao município, fazendo com que os condutores recorram às rotas alternativas”.

A Secretaria de Mobilidade Urbana definiu algumas rotas alternativas, mas motoristas e passageiros de ônibus reclamam que falta sinalização. A pasta recomenda a utilização de aplicativos de GPS, “pois esses monitoram o trânsito em tempo real e podem oferecer uma melhor opção para o deslocamento”.

Centralização de empresas e retomada do trabalho presencial

Para além das obras, o retorno do trabalho presencial também colaborou para o aumento do trânsito em Alphaville e região. De acordo com a prefeitura, houve “aumento considerável pós-pandemia, devido ao retorno das atividades no âmbito do município”.

Levantamento da empresa de consultoria em economia LCA Consultores, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que Barueri abriu cerca de 16 mil novos postos de trabalho com carteira assinada em 2022, colocando a cidade no melhor patamar de disponibilidade de empregos do Brasil.

Boa parte desses postos de trabalho estão em Alphaville. O bairro, fundado em 1973 para ser um centro empresarial da região de Barueri, tem incentivos fiscais para abertura de empresas e, por isso, atrai corporações , como Burguer King, Azul e Cielo, a colocarem suas sedes e fábricas na região.

Alda Paulina, arquiteta urbanista e professora de Engenharia Civil da Fundação Educacional Inaciana (FEI), diz que o objetivo inicial era que Alphaville gerasse empregos para a população de Barueri e diminuísse o movimento pendular, que acontece quando as pessoas da região têm de ir até São Paulo para trabalhar. No entanto, foram os paulistanos que passaram a se deslocar diariamente para Alphaville.

Engarrafamento na Alameda Rio Negro, na entrada do centro empresarial de Alphaville. Foto: Werther Santana/Estadão

Ana Cristina Marsiglia, jornalista, começou recentemente a trabalhar em Alphaville. Moradora do centro de São Paulo, ela diz que frequentemente encontrava boas vagas de emprego na região, o que a fez aceitar um tempo de deslocamento maior até o trabalho. Ela só não esperava encontrar o trânsito excessivo provocado pela obra.

“Meu tempo de trajeto varia entre 1h30 e duas horas em dias em que as vias disponíveis são alteradas por conta da obra. Preciso acordar mais cedo para chegar no mesmo horário, o que faz com que eu tenha menos tempo para outras tarefas do dia”, diz Ana Cristina, que faz o deslocamento três vezes por semana de ônibus.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE) e da prefeitura de Barueri, o município tem uma população flutuante de aproximadamente 170 mil pessoas, além da população fixa de 245 mil. Tanto a população flutuante, como boa parte dos moradores de Barueri precisam passar pelo acesso à Alphaville que fica na rodovia Castello Branco.

“Apesar de o projeto inicial de Alphaville ter como objetivo fazer com que Barueri deixasse de ser uma cidade-dormitório, o bairro se tornou uma espécie diferente de município nesse modelo. Afinal, com o valor elevado dos residenciais da região, a maioria das pessoas acaba se deslocando até lá somente para trabalhar”, diz Alda Paulina. “Essa centralização empresarial é bastante prejudicial à mobilidade.”

O que muda na Castello Branco com a reforma?

De acordo com a CCR ViaOeste, o projeto de obras na Castello Branco prevê a execução de 4,5 km de vias marginais em ambos os sentidos e 4,6 km de faixas adicionais na pista sentido interior, aumentando o número de faixas de trânsito de 4 para 8. Ou seja, a capacidade de trânsito de veículos da rodovia será dobrada.

O projeto considera também uma remodelação dos trevos de Barueri e Alphaville, o que, segundo a concessionária, deve trazer “melhoria na fluidez e “modernização dos acessos” ao município e ao bairro. Duas novas pontes paralelas à ponte Guilherme de Almeida, além de viadutos e passarelas, também serão instaladas, facilitando mudanças de sentido na rodovia e o trânsito de pedestres.

As reformas estão sendo feitas em etapas e assim serão entregues, informou a CCR ViaOeste. Até o momento, 20% do projeto foi concluído. O investimento total previsto, com recursos próprios da empresa concessionária, é de R$ 815 milhões.

Obras da CCR ViaOeste, no quilômetro 23 da rodovia Castello Branco, visam ampliar o acesso à Alphaville.  Foto: Werther Santana/Estadão

Sobre o impacto provocado no trânsito, a empresa concessionária disse que, na fase atual de avanço das obras, foi necessário desmontar o viaduto sobre a Alameda Rio Negro, que fica no acesso à Alphaville pela pista marginal da Castello Branco sentido interior – geralmente utilizada por quem vem de São Paulo.

Segundo a CCR ViaOeste, o desmonte do viaduto foi feito em alinhamento com a prefeitura de Barueri, a Polícia Militar Rodoviária e a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp). “O tráfego tem sido desviado da pista marginal para a pista expressa em dois novos acessos construídos pela concessionária: no km 19,7 e no km 22″, diz.

A empresa afirma que disponibilizou, também, um novo ponto de acesso à rodovia para quem sai de Alphaville. Com isso, pela Alameda Xingu, é possível chegar à Castello Branco, no sentido interior.

“Faixas, placas de sinalização viária e painéis de mensagens variáveis seguem informando sobre a atual fase das obras na rodovia Castello Branco, além de ampla divulgação nos meios de comunicação e também compartilhado com os serviços de GPS que proporcionam os melhores trajetos”, diz a nota da CCR ViaOeste.

“As obras estão dentro do cronograma estabelecido com a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), com a previsão de execução de 35 meses e término em março de 2025″, finaliza a empresa.

As obras de ampliação do trecho da Rodovia Castello Branco que passa por Barueri, um dos municípios mais populosos da região metropolitana de São Paulo, visam melhorar o tráfego de veículos na região, congestionado há anos. Mas, enquanto a reforma não fica pronta, a situação piorou.

Na entrada de Alphaville, bairro dos municípios de Barueri e Santana Parnaíba, onde há um grande centro empresarial, é comum que os motoristas passem cerca de 20 a 40 minutos a mais parados em horários de pico. “Eu levava 45 minutos para voltar para casa. Hoje, levo 1h20″, diz o economista Marcos Silva, que mora em São Paulo e trabalha em Alphaville.

Wagner Firmo Júnior, gerente de marketing que mora em Barueri e trabalha na capital, optou por trocar o carro pelo trem para reduzir o tempo no trânsito provocado pela obra. “Levo menos tempo, mas é horrível em horários de pico, quando há atrasos e problemas na via. Está bem difícil ir e voltar para casa”, relata.

Trânsito no quilômetro 23 da rodovia Castello Branco, próximo ao acesso à Alphaville Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

A obra começou em outubro de 2022 e, segundo a concessionária responsável, CCR ViaOeste, deve ser concluída só em março de 2025. Ao todo, serão implementadas novas pistas marginais entre o km 22,5 e o km 27, além de faixas adicionais entre o km 27 e o km 31,6 da pista sentido interior (oeste). Acessos aos bairros e municípios também serão melhorados.

Procurada pelo Estadão, a prefeitura de Barueri não disponibilizou dados sobre o aumento do engarrafamento em Alphaville, mas disse que “as obras impactam diretamente as principais vias de acesso ao município, fazendo com que os condutores recorram às rotas alternativas”.

A Secretaria de Mobilidade Urbana definiu algumas rotas alternativas, mas motoristas e passageiros de ônibus reclamam que falta sinalização. A pasta recomenda a utilização de aplicativos de GPS, “pois esses monitoram o trânsito em tempo real e podem oferecer uma melhor opção para o deslocamento”.

Centralização de empresas e retomada do trabalho presencial

Para além das obras, o retorno do trabalho presencial também colaborou para o aumento do trânsito em Alphaville e região. De acordo com a prefeitura, houve “aumento considerável pós-pandemia, devido ao retorno das atividades no âmbito do município”.

Levantamento da empresa de consultoria em economia LCA Consultores, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que Barueri abriu cerca de 16 mil novos postos de trabalho com carteira assinada em 2022, colocando a cidade no melhor patamar de disponibilidade de empregos do Brasil.

Boa parte desses postos de trabalho estão em Alphaville. O bairro, fundado em 1973 para ser um centro empresarial da região de Barueri, tem incentivos fiscais para abertura de empresas e, por isso, atrai corporações , como Burguer King, Azul e Cielo, a colocarem suas sedes e fábricas na região.

Alda Paulina, arquiteta urbanista e professora de Engenharia Civil da Fundação Educacional Inaciana (FEI), diz que o objetivo inicial era que Alphaville gerasse empregos para a população de Barueri e diminuísse o movimento pendular, que acontece quando as pessoas da região têm de ir até São Paulo para trabalhar. No entanto, foram os paulistanos que passaram a se deslocar diariamente para Alphaville.

Engarrafamento na Alameda Rio Negro, na entrada do centro empresarial de Alphaville. Foto: Werther Santana/Estadão

Ana Cristina Marsiglia, jornalista, começou recentemente a trabalhar em Alphaville. Moradora do centro de São Paulo, ela diz que frequentemente encontrava boas vagas de emprego na região, o que a fez aceitar um tempo de deslocamento maior até o trabalho. Ela só não esperava encontrar o trânsito excessivo provocado pela obra.

“Meu tempo de trajeto varia entre 1h30 e duas horas em dias em que as vias disponíveis são alteradas por conta da obra. Preciso acordar mais cedo para chegar no mesmo horário, o que faz com que eu tenha menos tempo para outras tarefas do dia”, diz Ana Cristina, que faz o deslocamento três vezes por semana de ônibus.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE) e da prefeitura de Barueri, o município tem uma população flutuante de aproximadamente 170 mil pessoas, além da população fixa de 245 mil. Tanto a população flutuante, como boa parte dos moradores de Barueri precisam passar pelo acesso à Alphaville que fica na rodovia Castello Branco.

“Apesar de o projeto inicial de Alphaville ter como objetivo fazer com que Barueri deixasse de ser uma cidade-dormitório, o bairro se tornou uma espécie diferente de município nesse modelo. Afinal, com o valor elevado dos residenciais da região, a maioria das pessoas acaba se deslocando até lá somente para trabalhar”, diz Alda Paulina. “Essa centralização empresarial é bastante prejudicial à mobilidade.”

O que muda na Castello Branco com a reforma?

De acordo com a CCR ViaOeste, o projeto de obras na Castello Branco prevê a execução de 4,5 km de vias marginais em ambos os sentidos e 4,6 km de faixas adicionais na pista sentido interior, aumentando o número de faixas de trânsito de 4 para 8. Ou seja, a capacidade de trânsito de veículos da rodovia será dobrada.

O projeto considera também uma remodelação dos trevos de Barueri e Alphaville, o que, segundo a concessionária, deve trazer “melhoria na fluidez e “modernização dos acessos” ao município e ao bairro. Duas novas pontes paralelas à ponte Guilherme de Almeida, além de viadutos e passarelas, também serão instaladas, facilitando mudanças de sentido na rodovia e o trânsito de pedestres.

As reformas estão sendo feitas em etapas e assim serão entregues, informou a CCR ViaOeste. Até o momento, 20% do projeto foi concluído. O investimento total previsto, com recursos próprios da empresa concessionária, é de R$ 815 milhões.

Obras da CCR ViaOeste, no quilômetro 23 da rodovia Castello Branco, visam ampliar o acesso à Alphaville.  Foto: Werther Santana/Estadão

Sobre o impacto provocado no trânsito, a empresa concessionária disse que, na fase atual de avanço das obras, foi necessário desmontar o viaduto sobre a Alameda Rio Negro, que fica no acesso à Alphaville pela pista marginal da Castello Branco sentido interior – geralmente utilizada por quem vem de São Paulo.

Segundo a CCR ViaOeste, o desmonte do viaduto foi feito em alinhamento com a prefeitura de Barueri, a Polícia Militar Rodoviária e a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp). “O tráfego tem sido desviado da pista marginal para a pista expressa em dois novos acessos construídos pela concessionária: no km 19,7 e no km 22″, diz.

A empresa afirma que disponibilizou, também, um novo ponto de acesso à rodovia para quem sai de Alphaville. Com isso, pela Alameda Xingu, é possível chegar à Castello Branco, no sentido interior.

“Faixas, placas de sinalização viária e painéis de mensagens variáveis seguem informando sobre a atual fase das obras na rodovia Castello Branco, além de ampla divulgação nos meios de comunicação e também compartilhado com os serviços de GPS que proporcionam os melhores trajetos”, diz a nota da CCR ViaOeste.

“As obras estão dentro do cronograma estabelecido com a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), com a previsão de execução de 35 meses e término em março de 2025″, finaliza a empresa.

As obras de ampliação do trecho da Rodovia Castello Branco que passa por Barueri, um dos municípios mais populosos da região metropolitana de São Paulo, visam melhorar o tráfego de veículos na região, congestionado há anos. Mas, enquanto a reforma não fica pronta, a situação piorou.

Na entrada de Alphaville, bairro dos municípios de Barueri e Santana Parnaíba, onde há um grande centro empresarial, é comum que os motoristas passem cerca de 20 a 40 minutos a mais parados em horários de pico. “Eu levava 45 minutos para voltar para casa. Hoje, levo 1h20″, diz o economista Marcos Silva, que mora em São Paulo e trabalha em Alphaville.

Wagner Firmo Júnior, gerente de marketing que mora em Barueri e trabalha na capital, optou por trocar o carro pelo trem para reduzir o tempo no trânsito provocado pela obra. “Levo menos tempo, mas é horrível em horários de pico, quando há atrasos e problemas na via. Está bem difícil ir e voltar para casa”, relata.

Trânsito no quilômetro 23 da rodovia Castello Branco, próximo ao acesso à Alphaville Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

A obra começou em outubro de 2022 e, segundo a concessionária responsável, CCR ViaOeste, deve ser concluída só em março de 2025. Ao todo, serão implementadas novas pistas marginais entre o km 22,5 e o km 27, além de faixas adicionais entre o km 27 e o km 31,6 da pista sentido interior (oeste). Acessos aos bairros e municípios também serão melhorados.

Procurada pelo Estadão, a prefeitura de Barueri não disponibilizou dados sobre o aumento do engarrafamento em Alphaville, mas disse que “as obras impactam diretamente as principais vias de acesso ao município, fazendo com que os condutores recorram às rotas alternativas”.

A Secretaria de Mobilidade Urbana definiu algumas rotas alternativas, mas motoristas e passageiros de ônibus reclamam que falta sinalização. A pasta recomenda a utilização de aplicativos de GPS, “pois esses monitoram o trânsito em tempo real e podem oferecer uma melhor opção para o deslocamento”.

Centralização de empresas e retomada do trabalho presencial

Para além das obras, o retorno do trabalho presencial também colaborou para o aumento do trânsito em Alphaville e região. De acordo com a prefeitura, houve “aumento considerável pós-pandemia, devido ao retorno das atividades no âmbito do município”.

Levantamento da empresa de consultoria em economia LCA Consultores, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que Barueri abriu cerca de 16 mil novos postos de trabalho com carteira assinada em 2022, colocando a cidade no melhor patamar de disponibilidade de empregos do Brasil.

Boa parte desses postos de trabalho estão em Alphaville. O bairro, fundado em 1973 para ser um centro empresarial da região de Barueri, tem incentivos fiscais para abertura de empresas e, por isso, atrai corporações , como Burguer King, Azul e Cielo, a colocarem suas sedes e fábricas na região.

Alda Paulina, arquiteta urbanista e professora de Engenharia Civil da Fundação Educacional Inaciana (FEI), diz que o objetivo inicial era que Alphaville gerasse empregos para a população de Barueri e diminuísse o movimento pendular, que acontece quando as pessoas da região têm de ir até São Paulo para trabalhar. No entanto, foram os paulistanos que passaram a se deslocar diariamente para Alphaville.

Engarrafamento na Alameda Rio Negro, na entrada do centro empresarial de Alphaville. Foto: Werther Santana/Estadão

Ana Cristina Marsiglia, jornalista, começou recentemente a trabalhar em Alphaville. Moradora do centro de São Paulo, ela diz que frequentemente encontrava boas vagas de emprego na região, o que a fez aceitar um tempo de deslocamento maior até o trabalho. Ela só não esperava encontrar o trânsito excessivo provocado pela obra.

“Meu tempo de trajeto varia entre 1h30 e duas horas em dias em que as vias disponíveis são alteradas por conta da obra. Preciso acordar mais cedo para chegar no mesmo horário, o que faz com que eu tenha menos tempo para outras tarefas do dia”, diz Ana Cristina, que faz o deslocamento três vezes por semana de ônibus.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE) e da prefeitura de Barueri, o município tem uma população flutuante de aproximadamente 170 mil pessoas, além da população fixa de 245 mil. Tanto a população flutuante, como boa parte dos moradores de Barueri precisam passar pelo acesso à Alphaville que fica na rodovia Castello Branco.

“Apesar de o projeto inicial de Alphaville ter como objetivo fazer com que Barueri deixasse de ser uma cidade-dormitório, o bairro se tornou uma espécie diferente de município nesse modelo. Afinal, com o valor elevado dos residenciais da região, a maioria das pessoas acaba se deslocando até lá somente para trabalhar”, diz Alda Paulina. “Essa centralização empresarial é bastante prejudicial à mobilidade.”

O que muda na Castello Branco com a reforma?

De acordo com a CCR ViaOeste, o projeto de obras na Castello Branco prevê a execução de 4,5 km de vias marginais em ambos os sentidos e 4,6 km de faixas adicionais na pista sentido interior, aumentando o número de faixas de trânsito de 4 para 8. Ou seja, a capacidade de trânsito de veículos da rodovia será dobrada.

O projeto considera também uma remodelação dos trevos de Barueri e Alphaville, o que, segundo a concessionária, deve trazer “melhoria na fluidez e “modernização dos acessos” ao município e ao bairro. Duas novas pontes paralelas à ponte Guilherme de Almeida, além de viadutos e passarelas, também serão instaladas, facilitando mudanças de sentido na rodovia e o trânsito de pedestres.

As reformas estão sendo feitas em etapas e assim serão entregues, informou a CCR ViaOeste. Até o momento, 20% do projeto foi concluído. O investimento total previsto, com recursos próprios da empresa concessionária, é de R$ 815 milhões.

Obras da CCR ViaOeste, no quilômetro 23 da rodovia Castello Branco, visam ampliar o acesso à Alphaville.  Foto: Werther Santana/Estadão

Sobre o impacto provocado no trânsito, a empresa concessionária disse que, na fase atual de avanço das obras, foi necessário desmontar o viaduto sobre a Alameda Rio Negro, que fica no acesso à Alphaville pela pista marginal da Castello Branco sentido interior – geralmente utilizada por quem vem de São Paulo.

Segundo a CCR ViaOeste, o desmonte do viaduto foi feito em alinhamento com a prefeitura de Barueri, a Polícia Militar Rodoviária e a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp). “O tráfego tem sido desviado da pista marginal para a pista expressa em dois novos acessos construídos pela concessionária: no km 19,7 e no km 22″, diz.

A empresa afirma que disponibilizou, também, um novo ponto de acesso à rodovia para quem sai de Alphaville. Com isso, pela Alameda Xingu, é possível chegar à Castello Branco, no sentido interior.

“Faixas, placas de sinalização viária e painéis de mensagens variáveis seguem informando sobre a atual fase das obras na rodovia Castello Branco, além de ampla divulgação nos meios de comunicação e também compartilhado com os serviços de GPS que proporcionam os melhores trajetos”, diz a nota da CCR ViaOeste.

“As obras estão dentro do cronograma estabelecido com a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), com a previsão de execução de 35 meses e término em março de 2025″, finaliza a empresa.

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