Operação Escudo: gestão Tarcísio anuncia fim da ação após morte de 28 pessoas no litoral


Decisão ocorre após Justiça ter determinado que governo se manifeste sobre câmeras corporais em PMs

Por Fabio Grellet
Atualização:

A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou nesta terça-feira, 5, o fim da Operação Escudo na Baixada Santista. Desde o início da ação, em 28 de julho, a Polícia Militar matou 28 pessoas no litoral paulista.

Um dia antes, o soldado Patrick Bastos Reis, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), a tropa de elite da PM paulista, foi morto enquanto realizava patrulhamento na Vila Zilda, no Guarujá. Para prender os responsáveis pela morte do policial, foi deflagrada essa operação.

O anúncio do fim da Operação Escudo, nesta terça-feira, ocorreu no mesmo dia em que foi publicada decisão do juiz Renato Augusto Pereira Maia, da 11ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, determinando que o governo Tarcísio de Freitas se manifeste, em até 72 horas, sobre o pedido para que todos policiais envolvidos na ação sejam obrigados a usar câmeras corporais.

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Ação de policiais militares em Santos durante a Operação Escudo Foto: TABA BENEDICTO/ESTADÃO

Ação impetrada pela Defensoria Pública de São Paulo e Conectas Direitos Humanos requereu que, caso a eventual ordem para uso obrigatório das câmeras não fosse cumprida, a Justiça ordenasse ao governo que suspendesse imediatamente a ofensiva. Há relatos de que a operação teria feito uso excessivo das forças de segurança, com execuções e torturas, o que é negado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.

Na segunda-feira, já havia sido publicada no Diário Oficial a troca no comando da Rota. Foi anunciada a promoção do tenente-coronel Leonardo Akira Takahashi no 1º Batalhão de Policiamento de Choque (BPChq) e a transferência de Rogério Nery Machado para o 4º BPChq.

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Desde 28 de julho, 958 pessoas foram presas na Operação Escudo. Desse total, 382 eram procurados pela Justiça e estavam foragidas. No período, as forças de segurança apreenderam 117 armas e quase 1 tonelada de entorpecentes.

“Esperamos que novas operações não sejam necessárias, mas, caso se façam necessárias, caso o Estado seja afrontado, em qualquer ponto, operações como a Escudo serão desencadeadas”, disse o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.

Relembre as operações policiais mais letais da história de São Paulo

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  • Carandiru (outubro, 1992): 111 pessoas morreram na intervenção policial na Casa de Detenção, localizada na zona norte de São Paulo. A ação foi feita para desmobilizar uma rebelião de presos. 30 anos depois, ninguém foi preso;
  • Castelinho (março, 2002): uma ação da PM resultou na morte de 12 pessoas em uma praça de pedágio da Rodovia Senador José Ermírio de Moraes, a Castelinho. Os 53 policiais envolvidos foram absolvidos;
  • Crimes de maio (maio, 2006): 505 civis e 59 agentes públicos foram mortos por arma de fogo em um intervalo de dez dias, segundo levantamento da Conectas Direitos Humanos em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Período foi marcado por escalada de violência do PCC;
  • Morumbi (dezembro, 2017): Dez pessoas, suspeitas de integrar uma quadrilha de roubo a residências, morreram em um tiroteio com policiais civis no Jardim Guedala, região do Morumbi. Quatro policiais ficaram feridos por estilhaços;
  • Guararema (abril, 2019): Onze suspeitos foram mortos pela polícia durante tentativa de assalto a dois bancos em Guararema, na região metropolitana de São Paulo.

A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou nesta terça-feira, 5, o fim da Operação Escudo na Baixada Santista. Desde o início da ação, em 28 de julho, a Polícia Militar matou 28 pessoas no litoral paulista.

Um dia antes, o soldado Patrick Bastos Reis, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), a tropa de elite da PM paulista, foi morto enquanto realizava patrulhamento na Vila Zilda, no Guarujá. Para prender os responsáveis pela morte do policial, foi deflagrada essa operação.

O anúncio do fim da Operação Escudo, nesta terça-feira, ocorreu no mesmo dia em que foi publicada decisão do juiz Renato Augusto Pereira Maia, da 11ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, determinando que o governo Tarcísio de Freitas se manifeste, em até 72 horas, sobre o pedido para que todos policiais envolvidos na ação sejam obrigados a usar câmeras corporais.

Ação de policiais militares em Santos durante a Operação Escudo Foto: TABA BENEDICTO/ESTADÃO

Ação impetrada pela Defensoria Pública de São Paulo e Conectas Direitos Humanos requereu que, caso a eventual ordem para uso obrigatório das câmeras não fosse cumprida, a Justiça ordenasse ao governo que suspendesse imediatamente a ofensiva. Há relatos de que a operação teria feito uso excessivo das forças de segurança, com execuções e torturas, o que é negado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.

Na segunda-feira, já havia sido publicada no Diário Oficial a troca no comando da Rota. Foi anunciada a promoção do tenente-coronel Leonardo Akira Takahashi no 1º Batalhão de Policiamento de Choque (BPChq) e a transferência de Rogério Nery Machado para o 4º BPChq.

Desde 28 de julho, 958 pessoas foram presas na Operação Escudo. Desse total, 382 eram procurados pela Justiça e estavam foragidas. No período, as forças de segurança apreenderam 117 armas e quase 1 tonelada de entorpecentes.

“Esperamos que novas operações não sejam necessárias, mas, caso se façam necessárias, caso o Estado seja afrontado, em qualquer ponto, operações como a Escudo serão desencadeadas”, disse o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.

Relembre as operações policiais mais letais da história de São Paulo

  • Carandiru (outubro, 1992): 111 pessoas morreram na intervenção policial na Casa de Detenção, localizada na zona norte de São Paulo. A ação foi feita para desmobilizar uma rebelião de presos. 30 anos depois, ninguém foi preso;
  • Castelinho (março, 2002): uma ação da PM resultou na morte de 12 pessoas em uma praça de pedágio da Rodovia Senador José Ermírio de Moraes, a Castelinho. Os 53 policiais envolvidos foram absolvidos;
  • Crimes de maio (maio, 2006): 505 civis e 59 agentes públicos foram mortos por arma de fogo em um intervalo de dez dias, segundo levantamento da Conectas Direitos Humanos em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Período foi marcado por escalada de violência do PCC;
  • Morumbi (dezembro, 2017): Dez pessoas, suspeitas de integrar uma quadrilha de roubo a residências, morreram em um tiroteio com policiais civis no Jardim Guedala, região do Morumbi. Quatro policiais ficaram feridos por estilhaços;
  • Guararema (abril, 2019): Onze suspeitos foram mortos pela polícia durante tentativa de assalto a dois bancos em Guararema, na região metropolitana de São Paulo.

A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou nesta terça-feira, 5, o fim da Operação Escudo na Baixada Santista. Desde o início da ação, em 28 de julho, a Polícia Militar matou 28 pessoas no litoral paulista.

Um dia antes, o soldado Patrick Bastos Reis, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), a tropa de elite da PM paulista, foi morto enquanto realizava patrulhamento na Vila Zilda, no Guarujá. Para prender os responsáveis pela morte do policial, foi deflagrada essa operação.

O anúncio do fim da Operação Escudo, nesta terça-feira, ocorreu no mesmo dia em que foi publicada decisão do juiz Renato Augusto Pereira Maia, da 11ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, determinando que o governo Tarcísio de Freitas se manifeste, em até 72 horas, sobre o pedido para que todos policiais envolvidos na ação sejam obrigados a usar câmeras corporais.

Ação de policiais militares em Santos durante a Operação Escudo Foto: TABA BENEDICTO/ESTADÃO

Ação impetrada pela Defensoria Pública de São Paulo e Conectas Direitos Humanos requereu que, caso a eventual ordem para uso obrigatório das câmeras não fosse cumprida, a Justiça ordenasse ao governo que suspendesse imediatamente a ofensiva. Há relatos de que a operação teria feito uso excessivo das forças de segurança, com execuções e torturas, o que é negado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.

Na segunda-feira, já havia sido publicada no Diário Oficial a troca no comando da Rota. Foi anunciada a promoção do tenente-coronel Leonardo Akira Takahashi no 1º Batalhão de Policiamento de Choque (BPChq) e a transferência de Rogério Nery Machado para o 4º BPChq.

Desde 28 de julho, 958 pessoas foram presas na Operação Escudo. Desse total, 382 eram procurados pela Justiça e estavam foragidas. No período, as forças de segurança apreenderam 117 armas e quase 1 tonelada de entorpecentes.

“Esperamos que novas operações não sejam necessárias, mas, caso se façam necessárias, caso o Estado seja afrontado, em qualquer ponto, operações como a Escudo serão desencadeadas”, disse o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.

Relembre as operações policiais mais letais da história de São Paulo

  • Carandiru (outubro, 1992): 111 pessoas morreram na intervenção policial na Casa de Detenção, localizada na zona norte de São Paulo. A ação foi feita para desmobilizar uma rebelião de presos. 30 anos depois, ninguém foi preso;
  • Castelinho (março, 2002): uma ação da PM resultou na morte de 12 pessoas em uma praça de pedágio da Rodovia Senador José Ermírio de Moraes, a Castelinho. Os 53 policiais envolvidos foram absolvidos;
  • Crimes de maio (maio, 2006): 505 civis e 59 agentes públicos foram mortos por arma de fogo em um intervalo de dez dias, segundo levantamento da Conectas Direitos Humanos em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Período foi marcado por escalada de violência do PCC;
  • Morumbi (dezembro, 2017): Dez pessoas, suspeitas de integrar uma quadrilha de roubo a residências, morreram em um tiroteio com policiais civis no Jardim Guedala, região do Morumbi. Quatro policiais ficaram feridos por estilhaços;
  • Guararema (abril, 2019): Onze suspeitos foram mortos pela polícia durante tentativa de assalto a dois bancos em Guararema, na região metropolitana de São Paulo.

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