Ação prende 33 advogados e defensor de direitos humanos por auxiliar o PCC


Integrantes da chamada ‘sintonia dos gravatas’, criada pela facção, os profissionais simulavam visitas jurídicas e serviam como elo de comunicação entre os presos e os integrantes em liberdade

SOROCABA - Uma operação do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil prendeu 33 advogados suspeitos de colaborar com o Primeiro Comando da Capital (PCC) para os crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e corrupção. A operação deteve também o vice-presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Estado de São Paulo (Condepe), Luiz Carlos dos Santos, acusado de receber propina para fazer supostas denúncias falsas contra a polícia e o sistema carcerário paulista, e outras duas pessoas.

Dos 36 presos, apenas um - uma advogada - foi solta ainda nesta terça-feira por meio de um habeas corpus. Na ação foram mobilizados 703 servidores, entre policiais e membros do Ministério Público - foram 159 delegados de polícia, 459 policiais civis e 65 promotores de Justiça, além de 167 viaturas da Polícia Civil. A investigação teve início há um ano e meio e identificou 55 pessoas, das quais 41 estavam em liberdade, que contribuíram para prática criminosa. Outras 14 pessoas são, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública, da cúpula do PCC.

O vice-presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe), Luiz Carlos dos Santos Foto: TJ-SP/Divulgação
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Eram ao todo 41 mandados de prisão para serem cumpridos. Sete advogados não foram localizados e são considerados foragidos. Outras duas pessoas foram presas em flagrante na operação - o pai de uma advogada e o marido de outra, ambos por porte ilegal de armas. A prisão do vice-presidente do Condepe ocorreu na sua casa, em Cotia, região metropolitana. Ele será transferido para a região de Presidente Prudente. 

As buscas e as prisões aconteceram em regiões com alta concentração de penitenciárias, como o oeste paulista, onde existem presídios de segurança máxima. Sete advogados foram detidos em Presidente Prudente e um em Presidente Venceslau. De acordo com o delegado Éverson Aparecido Comelli, buscas foram realizadas também em Pirapozinho e Estrela do Norte. Nas casas dos suspeitos foram apreendidos notebooks, celulares e documentos. 

Quatro advogados de Campinas foram presos de manhã e levados para a 2.ª Delegacia Seccional. Outros quatro foram presos em Avaré. Em Guarantã, região de Bauru, foram detidas duas advogadas - uma delas obteve habeas corpus e foi posta em liberdade. Houve buscas em escritórios de advocacia em Lins. Três advogadas e dois advogados foram presos em Birigui e Mirandópolis.  Na Baixada Santista, a operação prendeu profissionais em São Vicente e em Santos. Houve buscas em dois escritórios. As prisões são temporárias, com prazo de cinco dias.

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As 50 cidades mais violentas do mundo

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As 50 cidades mais violentas do mundo

Foto: Bernardino Hernández/AP
2 | 51

49- Maracaibo - Venezuela

Foto: AP
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47- Joanesburgo - África do Sul

Foto: EFE
4 | 51

45- Pereira - Colômbia

Foto: Reprodução/El País
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42- Nelson Mandela Bay - África do Sul

Foto: AFP
6 | 51

41- Durban - África do Sul

Foto: EFE
7 | 51

40- Campina Grande (PB) - Brasil

Foto: Reprodução
8 | 51

37- Recife (PE) - Brasil

Foto: Guga Matos/JC Imagem
9 | 51

35- Tijuana - México

Foto: AP
10 | 51

34- Gran Barcelona - Venezuela

Foto: AFP
11 | 51

33- Kingston - Jamaica

Foto: Rodrigo Abd/AP
12 | 51

32- New Orleans - Estados Unidos

Foto: Lee Calano/Reuters
13 | 51

31- Vitória (ES) - Brasil

Foto: Wilson Dias/Abr
14 | 51

30- Teresina (PI) - Brasil

Foto: Martha Santuza/Meio Norte
15 | 51

28- Detroit - Estados Unidos

Foto: Rebecca Cook/Reuters
16 | 51

26- Belém (PA) - Brasil

Foto: Tarso Sarraf
17 | 51

24- Cumaná - Venezuela

Foto: Reprodução/El Clarín
18 | 51

23- Manaus (AM) - Brasil

Foto: Estadão
19 | 51

22- Cuiabá (MT) - Brasil

Foto: Reprodução
20 | 51

21- São Luís (MA) - Brasil

Foto: Reprodução
21 | 51

20- Barquisimeto - Venezuela

Foto: Reprodução/El Impulso
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19- Baltimore - Estados Unidos

Foto: AP
23 | 51

18- Maceió (AL) - Brasil

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17- Culiacán - México

Foto: Fidel Duran/Reuters
25 | 51

12- Fortaleza (CE) - Brasil

Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP
26 | 51

11- Ciudad Guayana - Venezuela

Foto: Ariana Cubillos/AP
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8- Palmira - Colômbia

Foto: Jaime Saldarriaga/Reuters
28 | 51

7- Valencia - Venezuela

Foto: Reuters
29 | 51

6- Distrito Central - Honduras

Foto: Jorge Cabrera/Reuters
30 | 51

5- Maturín - Venezuela

Foto: Divulgação
31 | 51

4- Acapulco - México

Foto: Reuters
32 | 51

3- San Salvador - El Salvador

Foto: Marvin Recinos/AFP
33 | 51

2- San Pedro Sula - Honduras

Foto: Jorge Cabrera/Reuters
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1- Caracas - Venezuela

Foto: Jorge Silva/Reuters
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Foto: Cleber Rodrigues/Divulgação
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38- Aracaju (SE) - Brasil

Foto: Reprodução/Jornal O Dia
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36- Vitória da Conquista (BA) - Brasil

Foto: João Melo/Reprodução
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29- Goiânia (GO) - Brasil

Foto: André Costa/Costa Press
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27- Feira de Santana (BA) - Brasil

Foto: Gleidson Santos/Bapress
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25- Guatemala - Guatamala

Foto: EFE
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Foto: Otávio Nogueira/Creative Commons
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15- St. Louis - Estados Unidos

Foto: Rick Wilking/Reuters
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13- Natal (RN) - Brasil

Foto: Toru Hanai/Reuters
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10- Cali - Colômbia

Foto: Luis Robayo/AFP
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48- Macapá (AP) - Brasil

Foto: Divulgação
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44- Curitiba (PR) - Brasil

Foto: Leonardo Salomão/AFP
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43- Porto Alegre (RS) - Brasil

Foto: André Avila/Estadão
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14- Salvador (BA) - Brasil

Foto: Lunae Parracho/Reuters
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9- Cidade do Cabo - África do Sul

Foto: Reuters

Ação. De acordo com a investigação, os advogados faziam parte da chamada “sintonia dos gravatas”, em uma referência ao terno usado pelos advogados que davam assistência jurídica aos presos da facção. Esse atendimento era exclusivo dos integrantes da “sintonia fina geral”, uma espécie de conselho deliberativo, a cúpula do PCC. De acordo com o MPE, os advogados se deixaram cooptar e se desviaram das prerrogativas jurídicas para colaborar com a facção, em troca de pagamentos. 

Eles simulavam visitas jurídicas e serviam como elo de comunicação das atividades criminosas entre os presos e os integrantes em liberdade. Embora não fossem os advogados que estão cadastrados no Tribunal de Justiça como os defensores dos 14 presos, usaram suas prerrogativas de advogados para entrar nas cadeias - afirmavam ser representantes daqueles detentos e assim tinham acesso a eles. “Dessa forma, faziam o ‘leva e traz’ para a facção, o que é uma coisa extremamente grave”, disse o secretário da Segurança, Mágino Alves Filho.

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Os suspeitos teriam ainda ajudado a montar uma espécie de lista com nomes, fotos e referências de quase uma centena de agentes e familiares que seriam alvos da organização. A Ordem dos Advogados do Brasil, Seção São Paulo (OAB-SP), informou em nota oficial que, tão logo tomou conhecimento da operação, determinou o acompanhamento pela Comissão de Direitos Humanos e Prerrogativas Profissionais. “Na medida em que tiver ciência das acusações que estão sendo imputadas - e assegurado o direito de defesa - promoverá as apurações necessárias.”

Policiais. O suposto envolvimento de policiais civis no esquema de corrupção desvendado pela Operação Ethos também será investigado, segundo a Polícia Civil. De acordo com o Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-8), essa definição dependerá da análise do material coletado.

O Deinter descartou, no entanto, informações de que a investigação atingiria um desembargador, suspeito de dar decisões favoráveis ao PCC. “Não há nenhuma evidência na investigação”, disse, em nota oficial.

SOROCABA - Uma operação do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil prendeu 33 advogados suspeitos de colaborar com o Primeiro Comando da Capital (PCC) para os crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e corrupção. A operação deteve também o vice-presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Estado de São Paulo (Condepe), Luiz Carlos dos Santos, acusado de receber propina para fazer supostas denúncias falsas contra a polícia e o sistema carcerário paulista, e outras duas pessoas.

Dos 36 presos, apenas um - uma advogada - foi solta ainda nesta terça-feira por meio de um habeas corpus. Na ação foram mobilizados 703 servidores, entre policiais e membros do Ministério Público - foram 159 delegados de polícia, 459 policiais civis e 65 promotores de Justiça, além de 167 viaturas da Polícia Civil. A investigação teve início há um ano e meio e identificou 55 pessoas, das quais 41 estavam em liberdade, que contribuíram para prática criminosa. Outras 14 pessoas são, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública, da cúpula do PCC.

O vice-presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe), Luiz Carlos dos Santos Foto: TJ-SP/Divulgação

Eram ao todo 41 mandados de prisão para serem cumpridos. Sete advogados não foram localizados e são considerados foragidos. Outras duas pessoas foram presas em flagrante na operação - o pai de uma advogada e o marido de outra, ambos por porte ilegal de armas. A prisão do vice-presidente do Condepe ocorreu na sua casa, em Cotia, região metropolitana. Ele será transferido para a região de Presidente Prudente. 

As buscas e as prisões aconteceram em regiões com alta concentração de penitenciárias, como o oeste paulista, onde existem presídios de segurança máxima. Sete advogados foram detidos em Presidente Prudente e um em Presidente Venceslau. De acordo com o delegado Éverson Aparecido Comelli, buscas foram realizadas também em Pirapozinho e Estrela do Norte. Nas casas dos suspeitos foram apreendidos notebooks, celulares e documentos. 

Quatro advogados de Campinas foram presos de manhã e levados para a 2.ª Delegacia Seccional. Outros quatro foram presos em Avaré. Em Guarantã, região de Bauru, foram detidas duas advogadas - uma delas obteve habeas corpus e foi posta em liberdade. Houve buscas em escritórios de advocacia em Lins. Três advogadas e dois advogados foram presos em Birigui e Mirandópolis.  Na Baixada Santista, a operação prendeu profissionais em São Vicente e em Santos. Houve buscas em dois escritórios. As prisões são temporárias, com prazo de cinco dias.

As 50 cidades mais violentas do mundo

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Foto: Bernardino Hernández/AP
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Foto: EFE
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45- Pereira - Colômbia

Foto: Reprodução/El País
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42- Nelson Mandela Bay - África do Sul

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Foto: Reprodução
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Foto: Guga Matos/JC Imagem
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35- Tijuana - México

Foto: AP
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34- Gran Barcelona - Venezuela

Foto: AFP
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33- Kingston - Jamaica

Foto: Rodrigo Abd/AP
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32- New Orleans - Estados Unidos

Foto: Lee Calano/Reuters
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31- Vitória (ES) - Brasil

Foto: Wilson Dias/Abr
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30- Teresina (PI) - Brasil

Foto: Martha Santuza/Meio Norte
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28- Detroit - Estados Unidos

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Foto: Estadão
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Foto: Divulgação
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4- Acapulco - México

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50- Obregón - México

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46- Victoria - México

Foto: Reprodução
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39- Campos dos Goytacazes (RJ) - Brasil

Foto: Cleber Rodrigues/Divulgação
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Foto: André Costa/Costa Press
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10- Cali - Colômbia

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14- Salvador (BA) - Brasil

Foto: Lunae Parracho/Reuters
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Foto: Reuters

Ação. De acordo com a investigação, os advogados faziam parte da chamada “sintonia dos gravatas”, em uma referência ao terno usado pelos advogados que davam assistência jurídica aos presos da facção. Esse atendimento era exclusivo dos integrantes da “sintonia fina geral”, uma espécie de conselho deliberativo, a cúpula do PCC. De acordo com o MPE, os advogados se deixaram cooptar e se desviaram das prerrogativas jurídicas para colaborar com a facção, em troca de pagamentos. 

Eles simulavam visitas jurídicas e serviam como elo de comunicação das atividades criminosas entre os presos e os integrantes em liberdade. Embora não fossem os advogados que estão cadastrados no Tribunal de Justiça como os defensores dos 14 presos, usaram suas prerrogativas de advogados para entrar nas cadeias - afirmavam ser representantes daqueles detentos e assim tinham acesso a eles. “Dessa forma, faziam o ‘leva e traz’ para a facção, o que é uma coisa extremamente grave”, disse o secretário da Segurança, Mágino Alves Filho.

Os suspeitos teriam ainda ajudado a montar uma espécie de lista com nomes, fotos e referências de quase uma centena de agentes e familiares que seriam alvos da organização. A Ordem dos Advogados do Brasil, Seção São Paulo (OAB-SP), informou em nota oficial que, tão logo tomou conhecimento da operação, determinou o acompanhamento pela Comissão de Direitos Humanos e Prerrogativas Profissionais. “Na medida em que tiver ciência das acusações que estão sendo imputadas - e assegurado o direito de defesa - promoverá as apurações necessárias.”

Policiais. O suposto envolvimento de policiais civis no esquema de corrupção desvendado pela Operação Ethos também será investigado, segundo a Polícia Civil. De acordo com o Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-8), essa definição dependerá da análise do material coletado.

O Deinter descartou, no entanto, informações de que a investigação atingiria um desembargador, suspeito de dar decisões favoráveis ao PCC. “Não há nenhuma evidência na investigação”, disse, em nota oficial.

SOROCABA - Uma operação do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil prendeu 33 advogados suspeitos de colaborar com o Primeiro Comando da Capital (PCC) para os crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e corrupção. A operação deteve também o vice-presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Estado de São Paulo (Condepe), Luiz Carlos dos Santos, acusado de receber propina para fazer supostas denúncias falsas contra a polícia e o sistema carcerário paulista, e outras duas pessoas.

Dos 36 presos, apenas um - uma advogada - foi solta ainda nesta terça-feira por meio de um habeas corpus. Na ação foram mobilizados 703 servidores, entre policiais e membros do Ministério Público - foram 159 delegados de polícia, 459 policiais civis e 65 promotores de Justiça, além de 167 viaturas da Polícia Civil. A investigação teve início há um ano e meio e identificou 55 pessoas, das quais 41 estavam em liberdade, que contribuíram para prática criminosa. Outras 14 pessoas são, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública, da cúpula do PCC.

O vice-presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe), Luiz Carlos dos Santos Foto: TJ-SP/Divulgação

Eram ao todo 41 mandados de prisão para serem cumpridos. Sete advogados não foram localizados e são considerados foragidos. Outras duas pessoas foram presas em flagrante na operação - o pai de uma advogada e o marido de outra, ambos por porte ilegal de armas. A prisão do vice-presidente do Condepe ocorreu na sua casa, em Cotia, região metropolitana. Ele será transferido para a região de Presidente Prudente. 

As buscas e as prisões aconteceram em regiões com alta concentração de penitenciárias, como o oeste paulista, onde existem presídios de segurança máxima. Sete advogados foram detidos em Presidente Prudente e um em Presidente Venceslau. De acordo com o delegado Éverson Aparecido Comelli, buscas foram realizadas também em Pirapozinho e Estrela do Norte. Nas casas dos suspeitos foram apreendidos notebooks, celulares e documentos. 

Quatro advogados de Campinas foram presos de manhã e levados para a 2.ª Delegacia Seccional. Outros quatro foram presos em Avaré. Em Guarantã, região de Bauru, foram detidas duas advogadas - uma delas obteve habeas corpus e foi posta em liberdade. Houve buscas em escritórios de advocacia em Lins. Três advogadas e dois advogados foram presos em Birigui e Mirandópolis.  Na Baixada Santista, a operação prendeu profissionais em São Vicente e em Santos. Houve buscas em dois escritórios. As prisões são temporárias, com prazo de cinco dias.

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Foto: Bernardino Hernández/AP
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47- Joanesburgo - África do Sul

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45- Pereira - Colômbia

Foto: Reprodução/El País
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40- Campina Grande (PB) - Brasil

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33- Kingston - Jamaica

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31- Vitória (ES) - Brasil

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30- Teresina (PI) - Brasil

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28- Detroit - Estados Unidos

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20- Barquisimeto - Venezuela

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36- Vitória da Conquista (BA) - Brasil

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29- Goiânia (GO) - Brasil

Foto: André Costa/Costa Press
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25- Guatemala - Guatamala

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10- Cali - Colômbia

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44- Curitiba (PR) - Brasil

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43- Porto Alegre (RS) - Brasil

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14- Salvador (BA) - Brasil

Foto: Lunae Parracho/Reuters
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9- Cidade do Cabo - África do Sul

Foto: Reuters

Ação. De acordo com a investigação, os advogados faziam parte da chamada “sintonia dos gravatas”, em uma referência ao terno usado pelos advogados que davam assistência jurídica aos presos da facção. Esse atendimento era exclusivo dos integrantes da “sintonia fina geral”, uma espécie de conselho deliberativo, a cúpula do PCC. De acordo com o MPE, os advogados se deixaram cooptar e se desviaram das prerrogativas jurídicas para colaborar com a facção, em troca de pagamentos. 

Eles simulavam visitas jurídicas e serviam como elo de comunicação das atividades criminosas entre os presos e os integrantes em liberdade. Embora não fossem os advogados que estão cadastrados no Tribunal de Justiça como os defensores dos 14 presos, usaram suas prerrogativas de advogados para entrar nas cadeias - afirmavam ser representantes daqueles detentos e assim tinham acesso a eles. “Dessa forma, faziam o ‘leva e traz’ para a facção, o que é uma coisa extremamente grave”, disse o secretário da Segurança, Mágino Alves Filho.

Os suspeitos teriam ainda ajudado a montar uma espécie de lista com nomes, fotos e referências de quase uma centena de agentes e familiares que seriam alvos da organização. A Ordem dos Advogados do Brasil, Seção São Paulo (OAB-SP), informou em nota oficial que, tão logo tomou conhecimento da operação, determinou o acompanhamento pela Comissão de Direitos Humanos e Prerrogativas Profissionais. “Na medida em que tiver ciência das acusações que estão sendo imputadas - e assegurado o direito de defesa - promoverá as apurações necessárias.”

Policiais. O suposto envolvimento de policiais civis no esquema de corrupção desvendado pela Operação Ethos também será investigado, segundo a Polícia Civil. De acordo com o Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-8), essa definição dependerá da análise do material coletado.

O Deinter descartou, no entanto, informações de que a investigação atingiria um desembargador, suspeito de dar decisões favoráveis ao PCC. “Não há nenhuma evidência na investigação”, disse, em nota oficial.

SOROCABA - Uma operação do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil prendeu 33 advogados suspeitos de colaborar com o Primeiro Comando da Capital (PCC) para os crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e corrupção. A operação deteve também o vice-presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Estado de São Paulo (Condepe), Luiz Carlos dos Santos, acusado de receber propina para fazer supostas denúncias falsas contra a polícia e o sistema carcerário paulista, e outras duas pessoas.

Dos 36 presos, apenas um - uma advogada - foi solta ainda nesta terça-feira por meio de um habeas corpus. Na ação foram mobilizados 703 servidores, entre policiais e membros do Ministério Público - foram 159 delegados de polícia, 459 policiais civis e 65 promotores de Justiça, além de 167 viaturas da Polícia Civil. A investigação teve início há um ano e meio e identificou 55 pessoas, das quais 41 estavam em liberdade, que contribuíram para prática criminosa. Outras 14 pessoas são, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública, da cúpula do PCC.

O vice-presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe), Luiz Carlos dos Santos Foto: TJ-SP/Divulgação

Eram ao todo 41 mandados de prisão para serem cumpridos. Sete advogados não foram localizados e são considerados foragidos. Outras duas pessoas foram presas em flagrante na operação - o pai de uma advogada e o marido de outra, ambos por porte ilegal de armas. A prisão do vice-presidente do Condepe ocorreu na sua casa, em Cotia, região metropolitana. Ele será transferido para a região de Presidente Prudente. 

As buscas e as prisões aconteceram em regiões com alta concentração de penitenciárias, como o oeste paulista, onde existem presídios de segurança máxima. Sete advogados foram detidos em Presidente Prudente e um em Presidente Venceslau. De acordo com o delegado Éverson Aparecido Comelli, buscas foram realizadas também em Pirapozinho e Estrela do Norte. Nas casas dos suspeitos foram apreendidos notebooks, celulares e documentos. 

Quatro advogados de Campinas foram presos de manhã e levados para a 2.ª Delegacia Seccional. Outros quatro foram presos em Avaré. Em Guarantã, região de Bauru, foram detidas duas advogadas - uma delas obteve habeas corpus e foi posta em liberdade. Houve buscas em escritórios de advocacia em Lins. Três advogadas e dois advogados foram presos em Birigui e Mirandópolis.  Na Baixada Santista, a operação prendeu profissionais em São Vicente e em Santos. Houve buscas em dois escritórios. As prisões são temporárias, com prazo de cinco dias.

As 50 cidades mais violentas do mundo

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As 50 cidades mais violentas do mundo

Foto: Bernardino Hernández/AP
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49- Maracaibo - Venezuela

Foto: AP
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47- Joanesburgo - África do Sul

Foto: EFE
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45- Pereira - Colômbia

Foto: Reprodução/El País
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42- Nelson Mandela Bay - África do Sul

Foto: AFP
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41- Durban - África do Sul

Foto: EFE
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40- Campina Grande (PB) - Brasil

Foto: Reprodução
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37- Recife (PE) - Brasil

Foto: Guga Matos/JC Imagem
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35- Tijuana - México

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34- Gran Barcelona - Venezuela

Foto: AFP
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33- Kingston - Jamaica

Foto: Rodrigo Abd/AP
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32- New Orleans - Estados Unidos

Foto: Lee Calano/Reuters
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31- Vitória (ES) - Brasil

Foto: Wilson Dias/Abr
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30- Teresina (PI) - Brasil

Foto: Martha Santuza/Meio Norte
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28- Detroit - Estados Unidos

Foto: Rebecca Cook/Reuters
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26- Belém (PA) - Brasil

Foto: Tarso Sarraf
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24- Cumaná - Venezuela

Foto: Reprodução/El Clarín
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23- Manaus (AM) - Brasil

Foto: Estadão
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22- Cuiabá (MT) - Brasil

Foto: Reprodução
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21- São Luís (MA) - Brasil

Foto: Reprodução
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20- Barquisimeto - Venezuela

Foto: Reprodução/El Impulso
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19- Baltimore - Estados Unidos

Foto: AP
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18- Maceió (AL) - Brasil

Foto: Reprodução
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17- Culiacán - México

Foto: Fidel Duran/Reuters
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12- Fortaleza (CE) - Brasil

Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP
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11- Ciudad Guayana - Venezuela

Foto: Ariana Cubillos/AP
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8- Palmira - Colômbia

Foto: Jaime Saldarriaga/Reuters
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7- Valencia - Venezuela

Foto: Reuters
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6- Distrito Central - Honduras

Foto: Jorge Cabrera/Reuters
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5- Maturín - Venezuela

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4- Acapulco - México

Foto: Reuters
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3- San Salvador - El Salvador

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2- San Pedro Sula - Honduras

Foto: Jorge Cabrera/Reuters
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1- Caracas - Venezuela

Foto: Jorge Silva/Reuters
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50- Obregón - México

Foto: Reuters
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46- Victoria - México

Foto: Reprodução
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39- Campos dos Goytacazes (RJ) - Brasil

Foto: Cleber Rodrigues/Divulgação
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38- Aracaju (SE) - Brasil

Foto: Reprodução/Jornal O Dia
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36- Vitória da Conquista (BA) - Brasil

Foto: João Melo/Reprodução
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29- Goiânia (GO) - Brasil

Foto: André Costa/Costa Press
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27- Feira de Santana (BA) - Brasil

Foto: Gleidson Santos/Bapress
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25- Guatemala - Guatamala

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16- João Pessoa (PB) - Brasil

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15- St. Louis - Estados Unidos

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13- Natal (RN) - Brasil

Foto: Toru Hanai/Reuters
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10- Cali - Colômbia

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48- Macapá (AP) - Brasil

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44- Curitiba (PR) - Brasil

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43- Porto Alegre (RS) - Brasil

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14- Salvador (BA) - Brasil

Foto: Lunae Parracho/Reuters
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9- Cidade do Cabo - África do Sul

Foto: Reuters

Ação. De acordo com a investigação, os advogados faziam parte da chamada “sintonia dos gravatas”, em uma referência ao terno usado pelos advogados que davam assistência jurídica aos presos da facção. Esse atendimento era exclusivo dos integrantes da “sintonia fina geral”, uma espécie de conselho deliberativo, a cúpula do PCC. De acordo com o MPE, os advogados se deixaram cooptar e se desviaram das prerrogativas jurídicas para colaborar com a facção, em troca de pagamentos. 

Eles simulavam visitas jurídicas e serviam como elo de comunicação das atividades criminosas entre os presos e os integrantes em liberdade. Embora não fossem os advogados que estão cadastrados no Tribunal de Justiça como os defensores dos 14 presos, usaram suas prerrogativas de advogados para entrar nas cadeias - afirmavam ser representantes daqueles detentos e assim tinham acesso a eles. “Dessa forma, faziam o ‘leva e traz’ para a facção, o que é uma coisa extremamente grave”, disse o secretário da Segurança, Mágino Alves Filho.

Os suspeitos teriam ainda ajudado a montar uma espécie de lista com nomes, fotos e referências de quase uma centena de agentes e familiares que seriam alvos da organização. A Ordem dos Advogados do Brasil, Seção São Paulo (OAB-SP), informou em nota oficial que, tão logo tomou conhecimento da operação, determinou o acompanhamento pela Comissão de Direitos Humanos e Prerrogativas Profissionais. “Na medida em que tiver ciência das acusações que estão sendo imputadas - e assegurado o direito de defesa - promoverá as apurações necessárias.”

Policiais. O suposto envolvimento de policiais civis no esquema de corrupção desvendado pela Operação Ethos também será investigado, segundo a Polícia Civil. De acordo com o Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-8), essa definição dependerá da análise do material coletado.

O Deinter descartou, no entanto, informações de que a investigação atingiria um desembargador, suspeito de dar decisões favoráveis ao PCC. “Não há nenhuma evidência na investigação”, disse, em nota oficial.

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