Com tom político, Parada LGBT+ une bandeiras do Brasil e do arco-íris; veja imagens


Organização espera 4 milhões de pessoas ao longo deste domingo para evento que conta com 19 trios elétricos; desfile busca promover a inclusão da comunidade no acesso às políticas públicas de assistência social

Por Gonçalo Junior
Atualização:

A 27ª Parada do Orgulho LGBT+ começou na manhã deste domingo, 11, muito antes do tradicional desfile de trios elétricos. Mais de duas horas do início oficial, centenas de participantes já se concentravam nas proximidades do Masp, na Avenida Paulista. A organização do evento esperava um público de 4 milhões de pessoas ao longo deste domingo.

A organização do evento espera um público de 4 milhões de pessoas ao longo deste domingo Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A bandeira do arco-íris, símbolo da luta do movimento LGBT+, abriu espaço para a bandeira brasileira na abertura do evento. No trio elétrico numero 1, chamado Avassalador, dois homens trans - um branco e um negro - tremularam duas bandeiras nacionais.

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A performance foi apresentada enquanto a jornalista Leonora Áquilla, coordenadora de políticas públicas para a população LGBTQIA+ da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo, cantava uma versão do hino nacional usando a técnica lírica.

Evento reúne milhares neste domingo na Avenida Paulista Foto: Tiago Queiroz

“Essa bandeira é de todo mundo. É hora de pegarmos de volta a bandeira do Brasil”, disse a coordenadora. A frase se repetiu em outros pontos do percurso.

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A abertura do evento, promovido pela Associação da Parada do Orgulho LGBT (APOLGBT/SP), com apoio institucional da Prefeitura de São Paulo, foi marcado pelo tom político. Ao longo de mais de uma hora de discursos, políticos comprometidos com a causa LGBT e líderes sociais fizeram várias críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Na visão deles, o ex-presidente promoveu retrocessos na luta pelos direitos da população LGBT+.

A festa deste ano tem como tema “Políticas sociais para LGBT+: Queremos por inteiro, não pela metade” Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Em um momento da apresentação, a drag queen Tchaka, mestre de cerimônia, repreendeu um grupo de participantes que gritou o nome de Bolsonaro, em tom crítico. “Nunca mais vamos falar o nome dele”, criticou.

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Representantes de três ministérios do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - Justiça, Direitos Humanos e Saúde - subiram ao trio elétrico de abertura da parada. Até Zé Gotinha, mascote das campanhas de vacinação, foi aplaudido.

Sob o tema “Queremos Políticas Sociais Para LGBT+ por inteiro e não pela metade”, o desfile tem como foco promover a inclusão da comunidade no acesso às políticas públicas de assistência social. A discussão aborda os diversos dilemas vividos pela população LGBT+, que se encontra em situação de rua, com a falta de moradia e empregos, pobreza e exclusão social.

Desfile tem como foco deste ano promover a inclusão da comunidade no acesso às políticas públicas de assistência social Foto: Tiago Queiroz / Estadão
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Nos últimos anos, o evento tem sido criticado por pessoas da própria comunidade LGBT+, que acusam a Parada paulista de ter se tornado uma vitrine para as empresas e esquecido o caráter de protesto.

Turistas são maioria nos camarotes da Parada LGBT+

Enquanto milhares de pessoas se espremem atrás dos trios da Parada, um grupo seleto topou pagar até R$ 1,3 mil para acompanhar a festa em dois camarotes, um na Avenida Paulista e outro na Avenida Consolação.

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A maioria dos frequentadores dos camarotes da Parada é formada por turistas estrangeiros, quase 70% de acordo com os organizadores. Foto: Tiago Queiroz

Os espaços, chamados Camarote Pride House, oferecem comida, bebida, Djs, shows para 1.200 pessoas em pacotes que variam de R$ 450 a R$ 1,3 mil (de acordo com o período em que o interessado fez a compra). Guto Melo, idealizador do projeto, explica que o espaço procura oferecer segurança e conforto. “A ideia é oferecer um espaço seguro para que os casais ficassem mais à vontade, banheiro, bebida e comida, além de um lugar para recarregar o celular”, conta.

Na Paulista, diferencial é a vista. O espaço está localizado no Blue Note São Paulo, em cima do Conjunto Nacional. Dali, é possível ver a festa de cima, logo depois da saída dos trios. Na Consolação, o espaço da concessionária Caoa Chery foi transformado para receber o camarote. Os veículos deram lugar às arquibancadas. O espaço térreo fica pertinho dos trios.

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A maioria dos frequentadores é formada por turistas estrangeiros, quase 70% de acordo com os organizadores. O casal americano Andrew e Stan – eles preferem citar apenas os primeiros nomes – participam do evento brasileiro pelo segundo ano seguido. Eles afirmam que preferem curtir o evento no camarote “por questões de segurança”, mas não entram em detalhes. Os dois devem ficar 15 dias no Brasil – nesta segunda, eles embarcam para o Rio e depois Fortaleza. “A festa brasileira é uma das mais animadas que já vi no mundo”, diz Andrew.

Neste ano, os camarotes da Parada também são espaços de acessibilidade. Foto: Tiago Queiroz

O evento no camarote também é um espaço em que as empresas procuram cativar e atrair os consumidores. “O objetivo é estar nos locais associados à Parada não importa a forma como a pessoa decida acompanhar o evento, nas ruas, nos trios ou nos camarotes”, diz Vanessa Brandão, diretora de marketing da Amstel, uma das patrocinadoras da Parada.

Neste ano, os camarotes da Parada também são espaços de acessibilidade. A Secretaria da Pessoa com Deficiência da Cidade de São Paulo, em parceria com a APOLGBT-SP, preparou uma área elevada para pessoas com mobilidade reduzida e cadeirantes poderem se encontrar e descansar nas proximidades do Parque Mário Covas, na Avenida Paulista.

Público chegou cedo para aproveitar a Parada

As comerciantes Ana Vitória Fonseca, 18 anos, Laiane Souza, 22 anos, e Jonas Fonseca, 18 anos, vieram do Rio só para o evento. O ônibus desembarcou às 6h na Rodoviária do Tietê e elas chegaram às 9h na Avenida Paulista. E já tinha gente. “Fizemos amizade que chegaram cedinho. A ideia é fazer um esquenta antes da festa”, diz Ana Vitória.

O esquenta também motivou a atendente de telemarketing Dhayanne Oliveira a chegar antes das 10h. “É mais tranquilo para ver as pessoas e tirar fotos”, diz.

Para quem chegou cedo, o aquecimento da Parada ficou por conta da escola de samba da Vai-Vai, que percorreu vários quarteirões da Avenida Paulista e arrastou uma pequena multidão.

O aquecimento da Parada ficou por conta da escola de samba da Vai-Vai. Foto: Tiago Queiroz

Muita gente queria espaço para fotos, como o casal Antônio Ruiz, 38 anos, e Carlos Pedro, 54 anos. Eles fizeram várias poses na frente de arco-íris de bexigas coloridas no Masp.

Essa “pré-Parada” também atraiu famílias e crianças - todas com pelo menos uma peça colorida. A empresária Andreza Camargo, de 45 anos, desfilava com um carrinho de bebê coberto com uma colcha colorida. “Quis vir antes porque não vou conseguir andar com o carrinho no meio da muvuca”, conta.

A dispersão deve ocorrer até as 18h nas imediações da Praça Roosevelt, na área central. Foto: MILTON MACHIDA

A concentração do público e dos 19 trios elétricos tinha seguiu pela Rua da Consolação, no sentido centro, a partir das 13h. A dispersão deve ocorrer até as 18h nas imediações da Praça Roosevelt, na área central.

A 27ª Parada do Orgulho LGBT+ começou na manhã deste domingo, 11, muito antes do tradicional desfile de trios elétricos. Mais de duas horas do início oficial, centenas de participantes já se concentravam nas proximidades do Masp, na Avenida Paulista. A organização do evento esperava um público de 4 milhões de pessoas ao longo deste domingo.

A organização do evento espera um público de 4 milhões de pessoas ao longo deste domingo Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A bandeira do arco-íris, símbolo da luta do movimento LGBT+, abriu espaço para a bandeira brasileira na abertura do evento. No trio elétrico numero 1, chamado Avassalador, dois homens trans - um branco e um negro - tremularam duas bandeiras nacionais.

A performance foi apresentada enquanto a jornalista Leonora Áquilla, coordenadora de políticas públicas para a população LGBTQIA+ da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo, cantava uma versão do hino nacional usando a técnica lírica.

Evento reúne milhares neste domingo na Avenida Paulista Foto: Tiago Queiroz

“Essa bandeira é de todo mundo. É hora de pegarmos de volta a bandeira do Brasil”, disse a coordenadora. A frase se repetiu em outros pontos do percurso.

A abertura do evento, promovido pela Associação da Parada do Orgulho LGBT (APOLGBT/SP), com apoio institucional da Prefeitura de São Paulo, foi marcado pelo tom político. Ao longo de mais de uma hora de discursos, políticos comprometidos com a causa LGBT e líderes sociais fizeram várias críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Na visão deles, o ex-presidente promoveu retrocessos na luta pelos direitos da população LGBT+.

A festa deste ano tem como tema “Políticas sociais para LGBT+: Queremos por inteiro, não pela metade” Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Em um momento da apresentação, a drag queen Tchaka, mestre de cerimônia, repreendeu um grupo de participantes que gritou o nome de Bolsonaro, em tom crítico. “Nunca mais vamos falar o nome dele”, criticou.

Representantes de três ministérios do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - Justiça, Direitos Humanos e Saúde - subiram ao trio elétrico de abertura da parada. Até Zé Gotinha, mascote das campanhas de vacinação, foi aplaudido.

Sob o tema “Queremos Políticas Sociais Para LGBT+ por inteiro e não pela metade”, o desfile tem como foco promover a inclusão da comunidade no acesso às políticas públicas de assistência social. A discussão aborda os diversos dilemas vividos pela população LGBT+, que se encontra em situação de rua, com a falta de moradia e empregos, pobreza e exclusão social.

Desfile tem como foco deste ano promover a inclusão da comunidade no acesso às políticas públicas de assistência social Foto: Tiago Queiroz / Estadão

Nos últimos anos, o evento tem sido criticado por pessoas da própria comunidade LGBT+, que acusam a Parada paulista de ter se tornado uma vitrine para as empresas e esquecido o caráter de protesto.

Turistas são maioria nos camarotes da Parada LGBT+

Enquanto milhares de pessoas se espremem atrás dos trios da Parada, um grupo seleto topou pagar até R$ 1,3 mil para acompanhar a festa em dois camarotes, um na Avenida Paulista e outro na Avenida Consolação.

A maioria dos frequentadores dos camarotes da Parada é formada por turistas estrangeiros, quase 70% de acordo com os organizadores. Foto: Tiago Queiroz

Os espaços, chamados Camarote Pride House, oferecem comida, bebida, Djs, shows para 1.200 pessoas em pacotes que variam de R$ 450 a R$ 1,3 mil (de acordo com o período em que o interessado fez a compra). Guto Melo, idealizador do projeto, explica que o espaço procura oferecer segurança e conforto. “A ideia é oferecer um espaço seguro para que os casais ficassem mais à vontade, banheiro, bebida e comida, além de um lugar para recarregar o celular”, conta.

Na Paulista, diferencial é a vista. O espaço está localizado no Blue Note São Paulo, em cima do Conjunto Nacional. Dali, é possível ver a festa de cima, logo depois da saída dos trios. Na Consolação, o espaço da concessionária Caoa Chery foi transformado para receber o camarote. Os veículos deram lugar às arquibancadas. O espaço térreo fica pertinho dos trios.

A maioria dos frequentadores é formada por turistas estrangeiros, quase 70% de acordo com os organizadores. O casal americano Andrew e Stan – eles preferem citar apenas os primeiros nomes – participam do evento brasileiro pelo segundo ano seguido. Eles afirmam que preferem curtir o evento no camarote “por questões de segurança”, mas não entram em detalhes. Os dois devem ficar 15 dias no Brasil – nesta segunda, eles embarcam para o Rio e depois Fortaleza. “A festa brasileira é uma das mais animadas que já vi no mundo”, diz Andrew.

Neste ano, os camarotes da Parada também são espaços de acessibilidade. Foto: Tiago Queiroz

O evento no camarote também é um espaço em que as empresas procuram cativar e atrair os consumidores. “O objetivo é estar nos locais associados à Parada não importa a forma como a pessoa decida acompanhar o evento, nas ruas, nos trios ou nos camarotes”, diz Vanessa Brandão, diretora de marketing da Amstel, uma das patrocinadoras da Parada.

Neste ano, os camarotes da Parada também são espaços de acessibilidade. A Secretaria da Pessoa com Deficiência da Cidade de São Paulo, em parceria com a APOLGBT-SP, preparou uma área elevada para pessoas com mobilidade reduzida e cadeirantes poderem se encontrar e descansar nas proximidades do Parque Mário Covas, na Avenida Paulista.

Público chegou cedo para aproveitar a Parada

As comerciantes Ana Vitória Fonseca, 18 anos, Laiane Souza, 22 anos, e Jonas Fonseca, 18 anos, vieram do Rio só para o evento. O ônibus desembarcou às 6h na Rodoviária do Tietê e elas chegaram às 9h na Avenida Paulista. E já tinha gente. “Fizemos amizade que chegaram cedinho. A ideia é fazer um esquenta antes da festa”, diz Ana Vitória.

O esquenta também motivou a atendente de telemarketing Dhayanne Oliveira a chegar antes das 10h. “É mais tranquilo para ver as pessoas e tirar fotos”, diz.

Para quem chegou cedo, o aquecimento da Parada ficou por conta da escola de samba da Vai-Vai, que percorreu vários quarteirões da Avenida Paulista e arrastou uma pequena multidão.

O aquecimento da Parada ficou por conta da escola de samba da Vai-Vai. Foto: Tiago Queiroz

Muita gente queria espaço para fotos, como o casal Antônio Ruiz, 38 anos, e Carlos Pedro, 54 anos. Eles fizeram várias poses na frente de arco-íris de bexigas coloridas no Masp.

Essa “pré-Parada” também atraiu famílias e crianças - todas com pelo menos uma peça colorida. A empresária Andreza Camargo, de 45 anos, desfilava com um carrinho de bebê coberto com uma colcha colorida. “Quis vir antes porque não vou conseguir andar com o carrinho no meio da muvuca”, conta.

A dispersão deve ocorrer até as 18h nas imediações da Praça Roosevelt, na área central. Foto: MILTON MACHIDA

A concentração do público e dos 19 trios elétricos tinha seguiu pela Rua da Consolação, no sentido centro, a partir das 13h. A dispersão deve ocorrer até as 18h nas imediações da Praça Roosevelt, na área central.

A 27ª Parada do Orgulho LGBT+ começou na manhã deste domingo, 11, muito antes do tradicional desfile de trios elétricos. Mais de duas horas do início oficial, centenas de participantes já se concentravam nas proximidades do Masp, na Avenida Paulista. A organização do evento esperava um público de 4 milhões de pessoas ao longo deste domingo.

A organização do evento espera um público de 4 milhões de pessoas ao longo deste domingo Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A bandeira do arco-íris, símbolo da luta do movimento LGBT+, abriu espaço para a bandeira brasileira na abertura do evento. No trio elétrico numero 1, chamado Avassalador, dois homens trans - um branco e um negro - tremularam duas bandeiras nacionais.

A performance foi apresentada enquanto a jornalista Leonora Áquilla, coordenadora de políticas públicas para a população LGBTQIA+ da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo, cantava uma versão do hino nacional usando a técnica lírica.

Evento reúne milhares neste domingo na Avenida Paulista Foto: Tiago Queiroz

“Essa bandeira é de todo mundo. É hora de pegarmos de volta a bandeira do Brasil”, disse a coordenadora. A frase se repetiu em outros pontos do percurso.

A abertura do evento, promovido pela Associação da Parada do Orgulho LGBT (APOLGBT/SP), com apoio institucional da Prefeitura de São Paulo, foi marcado pelo tom político. Ao longo de mais de uma hora de discursos, políticos comprometidos com a causa LGBT e líderes sociais fizeram várias críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Na visão deles, o ex-presidente promoveu retrocessos na luta pelos direitos da população LGBT+.

A festa deste ano tem como tema “Políticas sociais para LGBT+: Queremos por inteiro, não pela metade” Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Em um momento da apresentação, a drag queen Tchaka, mestre de cerimônia, repreendeu um grupo de participantes que gritou o nome de Bolsonaro, em tom crítico. “Nunca mais vamos falar o nome dele”, criticou.

Representantes de três ministérios do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - Justiça, Direitos Humanos e Saúde - subiram ao trio elétrico de abertura da parada. Até Zé Gotinha, mascote das campanhas de vacinação, foi aplaudido.

Sob o tema “Queremos Políticas Sociais Para LGBT+ por inteiro e não pela metade”, o desfile tem como foco promover a inclusão da comunidade no acesso às políticas públicas de assistência social. A discussão aborda os diversos dilemas vividos pela população LGBT+, que se encontra em situação de rua, com a falta de moradia e empregos, pobreza e exclusão social.

Desfile tem como foco deste ano promover a inclusão da comunidade no acesso às políticas públicas de assistência social Foto: Tiago Queiroz / Estadão

Nos últimos anos, o evento tem sido criticado por pessoas da própria comunidade LGBT+, que acusam a Parada paulista de ter se tornado uma vitrine para as empresas e esquecido o caráter de protesto.

Turistas são maioria nos camarotes da Parada LGBT+

Enquanto milhares de pessoas se espremem atrás dos trios da Parada, um grupo seleto topou pagar até R$ 1,3 mil para acompanhar a festa em dois camarotes, um na Avenida Paulista e outro na Avenida Consolação.

A maioria dos frequentadores dos camarotes da Parada é formada por turistas estrangeiros, quase 70% de acordo com os organizadores. Foto: Tiago Queiroz

Os espaços, chamados Camarote Pride House, oferecem comida, bebida, Djs, shows para 1.200 pessoas em pacotes que variam de R$ 450 a R$ 1,3 mil (de acordo com o período em que o interessado fez a compra). Guto Melo, idealizador do projeto, explica que o espaço procura oferecer segurança e conforto. “A ideia é oferecer um espaço seguro para que os casais ficassem mais à vontade, banheiro, bebida e comida, além de um lugar para recarregar o celular”, conta.

Na Paulista, diferencial é a vista. O espaço está localizado no Blue Note São Paulo, em cima do Conjunto Nacional. Dali, é possível ver a festa de cima, logo depois da saída dos trios. Na Consolação, o espaço da concessionária Caoa Chery foi transformado para receber o camarote. Os veículos deram lugar às arquibancadas. O espaço térreo fica pertinho dos trios.

A maioria dos frequentadores é formada por turistas estrangeiros, quase 70% de acordo com os organizadores. O casal americano Andrew e Stan – eles preferem citar apenas os primeiros nomes – participam do evento brasileiro pelo segundo ano seguido. Eles afirmam que preferem curtir o evento no camarote “por questões de segurança”, mas não entram em detalhes. Os dois devem ficar 15 dias no Brasil – nesta segunda, eles embarcam para o Rio e depois Fortaleza. “A festa brasileira é uma das mais animadas que já vi no mundo”, diz Andrew.

Neste ano, os camarotes da Parada também são espaços de acessibilidade. Foto: Tiago Queiroz

O evento no camarote também é um espaço em que as empresas procuram cativar e atrair os consumidores. “O objetivo é estar nos locais associados à Parada não importa a forma como a pessoa decida acompanhar o evento, nas ruas, nos trios ou nos camarotes”, diz Vanessa Brandão, diretora de marketing da Amstel, uma das patrocinadoras da Parada.

Neste ano, os camarotes da Parada também são espaços de acessibilidade. A Secretaria da Pessoa com Deficiência da Cidade de São Paulo, em parceria com a APOLGBT-SP, preparou uma área elevada para pessoas com mobilidade reduzida e cadeirantes poderem se encontrar e descansar nas proximidades do Parque Mário Covas, na Avenida Paulista.

Público chegou cedo para aproveitar a Parada

As comerciantes Ana Vitória Fonseca, 18 anos, Laiane Souza, 22 anos, e Jonas Fonseca, 18 anos, vieram do Rio só para o evento. O ônibus desembarcou às 6h na Rodoviária do Tietê e elas chegaram às 9h na Avenida Paulista. E já tinha gente. “Fizemos amizade que chegaram cedinho. A ideia é fazer um esquenta antes da festa”, diz Ana Vitória.

O esquenta também motivou a atendente de telemarketing Dhayanne Oliveira a chegar antes das 10h. “É mais tranquilo para ver as pessoas e tirar fotos”, diz.

Para quem chegou cedo, o aquecimento da Parada ficou por conta da escola de samba da Vai-Vai, que percorreu vários quarteirões da Avenida Paulista e arrastou uma pequena multidão.

O aquecimento da Parada ficou por conta da escola de samba da Vai-Vai. Foto: Tiago Queiroz

Muita gente queria espaço para fotos, como o casal Antônio Ruiz, 38 anos, e Carlos Pedro, 54 anos. Eles fizeram várias poses na frente de arco-íris de bexigas coloridas no Masp.

Essa “pré-Parada” também atraiu famílias e crianças - todas com pelo menos uma peça colorida. A empresária Andreza Camargo, de 45 anos, desfilava com um carrinho de bebê coberto com uma colcha colorida. “Quis vir antes porque não vou conseguir andar com o carrinho no meio da muvuca”, conta.

A dispersão deve ocorrer até as 18h nas imediações da Praça Roosevelt, na área central. Foto: MILTON MACHIDA

A concentração do público e dos 19 trios elétricos tinha seguiu pela Rua da Consolação, no sentido centro, a partir das 13h. A dispersão deve ocorrer até as 18h nas imediações da Praça Roosevelt, na área central.

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