Paulo Freire: Justiça veta mudança de nome em futura estação do metrô de SP; entenda


Estação faz parte da ampliação da Linha 2-Verde na zona leste da capital paulista. Governo havia anunciado mudança de nome para Fernão Dias

Por Gabriela Forte
Atualização:

O Tribunal de Justiça de São Paulo vetou a mudança de nome da Estação Paulo Freire para Fernão Dias. A medida atende a um recurso apresentado pela deputada estadual Ediane Maria (PSOL) a respeito da futura estação da Linha 2-Verde do Metrô, que faz parte da expansão do serviço na zona leste da capital.

A mudança foi denunciada pela deputada sob o argumento de que homenageia uma figura histórica ligada à exploração escravocrata negra e indígena, o que é proibido na cidade de São Paulo desde 2007 pela lei que proíbe a denominação de espaços públicos com o nome de pessoas que tenham praticado crimes contra a humanidade ou violações de direitos humanos.

Segundo a empresa, apesar do nome provisório no projeto da linha ter sido uma homenagem ao educador brasileiro, a escolha final do nome das estações do metrô na capital sempre são feitas por consulta pública com a população da região e, com isso, o nome Fernão Dias teria sido a escolha de mais da metade dos entrevistados.

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A desembargadora Maria Fernanda de Toledo Rodovalho, da 2.ª Câmara de Direito Público do TJ-SP, afirmou ainda que faltou clareza na metodologia usada na pesquisa e em todo o processo conduzido para a escolha do nome da estação, já que os documentos apresentados para justificar a mudança não detalham se os entrevistados eram pessoas que residem na região, que frequentam diariamente o local, ou se são apenas transeuntes eventuais.

Nova estação faz parte da expansão da linha 2-verde para a zona leste da capital Foto: Dainel Teixeira/Estadão

“Mudanças, como no caso, que dissociam o nome da estação do logradouro onde a estação será instalada precisam vir justificadas. A falta de justificativa quando essa mudança pode induzir a erro os usuários do serviço de transporte. Além da localização da estação ser na Avenida Educador Paulo Freire, o nome homenageado serve de reforço à ideia do papel integrador da educação, o papel primordial e revolucionário na construção de uma sociedade mais justa e igualitária“, afirmou Rodovalho.

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Em suas redes sociais, a deputada do PSOL comemorou a decisão: “Não podemos aceitar homenagens a escravagistas. Pela nossa história, das nossas e nossos. Simbora”.

Considerado um dos principais educadores do mundo, Paulo Freire recebeu, durante o governo Dilma, o título de patrono da educação brasileira há poucos dias das celebrações do seu centenário, em 2012. Seu método de alfabetização de adultos que usava das experiências deles como ferramenta de ensino é uma referência dentro e fora do País, assim como seus livros e produção acadêmica ligada à importância da educação para uma sociedade mais igualitária e socialmente justa.

Em nota, o Metrô reforçou que “o processo de escolha dos nomes de futuras estações é realizado a partir de critérios relacionados à localização do futuro equipamento, bem como características que facilitem a identificação do local pelos passageiros”. “A escolha da estação em questão se deu por meio de pesquisa realizada tradicionalmente pelo Metrô junto aos moradores do entorno em dezembro de 2022. Os nomes apresentados se referem a áreas próximas à futura estação, no caso, a Rodovia Fernão Dias e a Avenida Educador Paulo Freire. Nos autos do processo, consta material que elucida os respaldos técnicos que balizaram a adoção do nome”, apontou.

O Tribunal de Justiça de São Paulo vetou a mudança de nome da Estação Paulo Freire para Fernão Dias. A medida atende a um recurso apresentado pela deputada estadual Ediane Maria (PSOL) a respeito da futura estação da Linha 2-Verde do Metrô, que faz parte da expansão do serviço na zona leste da capital.

A mudança foi denunciada pela deputada sob o argumento de que homenageia uma figura histórica ligada à exploração escravocrata negra e indígena, o que é proibido na cidade de São Paulo desde 2007 pela lei que proíbe a denominação de espaços públicos com o nome de pessoas que tenham praticado crimes contra a humanidade ou violações de direitos humanos.

Segundo a empresa, apesar do nome provisório no projeto da linha ter sido uma homenagem ao educador brasileiro, a escolha final do nome das estações do metrô na capital sempre são feitas por consulta pública com a população da região e, com isso, o nome Fernão Dias teria sido a escolha de mais da metade dos entrevistados.

A desembargadora Maria Fernanda de Toledo Rodovalho, da 2.ª Câmara de Direito Público do TJ-SP, afirmou ainda que faltou clareza na metodologia usada na pesquisa e em todo o processo conduzido para a escolha do nome da estação, já que os documentos apresentados para justificar a mudança não detalham se os entrevistados eram pessoas que residem na região, que frequentam diariamente o local, ou se são apenas transeuntes eventuais.

Nova estação faz parte da expansão da linha 2-verde para a zona leste da capital Foto: Dainel Teixeira/Estadão

“Mudanças, como no caso, que dissociam o nome da estação do logradouro onde a estação será instalada precisam vir justificadas. A falta de justificativa quando essa mudança pode induzir a erro os usuários do serviço de transporte. Além da localização da estação ser na Avenida Educador Paulo Freire, o nome homenageado serve de reforço à ideia do papel integrador da educação, o papel primordial e revolucionário na construção de uma sociedade mais justa e igualitária“, afirmou Rodovalho.

Em suas redes sociais, a deputada do PSOL comemorou a decisão: “Não podemos aceitar homenagens a escravagistas. Pela nossa história, das nossas e nossos. Simbora”.

Considerado um dos principais educadores do mundo, Paulo Freire recebeu, durante o governo Dilma, o título de patrono da educação brasileira há poucos dias das celebrações do seu centenário, em 2012. Seu método de alfabetização de adultos que usava das experiências deles como ferramenta de ensino é uma referência dentro e fora do País, assim como seus livros e produção acadêmica ligada à importância da educação para uma sociedade mais igualitária e socialmente justa.

Em nota, o Metrô reforçou que “o processo de escolha dos nomes de futuras estações é realizado a partir de critérios relacionados à localização do futuro equipamento, bem como características que facilitem a identificação do local pelos passageiros”. “A escolha da estação em questão se deu por meio de pesquisa realizada tradicionalmente pelo Metrô junto aos moradores do entorno em dezembro de 2022. Os nomes apresentados se referem a áreas próximas à futura estação, no caso, a Rodovia Fernão Dias e a Avenida Educador Paulo Freire. Nos autos do processo, consta material que elucida os respaldos técnicos que balizaram a adoção do nome”, apontou.

O Tribunal de Justiça de São Paulo vetou a mudança de nome da Estação Paulo Freire para Fernão Dias. A medida atende a um recurso apresentado pela deputada estadual Ediane Maria (PSOL) a respeito da futura estação da Linha 2-Verde do Metrô, que faz parte da expansão do serviço na zona leste da capital.

A mudança foi denunciada pela deputada sob o argumento de que homenageia uma figura histórica ligada à exploração escravocrata negra e indígena, o que é proibido na cidade de São Paulo desde 2007 pela lei que proíbe a denominação de espaços públicos com o nome de pessoas que tenham praticado crimes contra a humanidade ou violações de direitos humanos.

Segundo a empresa, apesar do nome provisório no projeto da linha ter sido uma homenagem ao educador brasileiro, a escolha final do nome das estações do metrô na capital sempre são feitas por consulta pública com a população da região e, com isso, o nome Fernão Dias teria sido a escolha de mais da metade dos entrevistados.

A desembargadora Maria Fernanda de Toledo Rodovalho, da 2.ª Câmara de Direito Público do TJ-SP, afirmou ainda que faltou clareza na metodologia usada na pesquisa e em todo o processo conduzido para a escolha do nome da estação, já que os documentos apresentados para justificar a mudança não detalham se os entrevistados eram pessoas que residem na região, que frequentam diariamente o local, ou se são apenas transeuntes eventuais.

Nova estação faz parte da expansão da linha 2-verde para a zona leste da capital Foto: Dainel Teixeira/Estadão

“Mudanças, como no caso, que dissociam o nome da estação do logradouro onde a estação será instalada precisam vir justificadas. A falta de justificativa quando essa mudança pode induzir a erro os usuários do serviço de transporte. Além da localização da estação ser na Avenida Educador Paulo Freire, o nome homenageado serve de reforço à ideia do papel integrador da educação, o papel primordial e revolucionário na construção de uma sociedade mais justa e igualitária“, afirmou Rodovalho.

Em suas redes sociais, a deputada do PSOL comemorou a decisão: “Não podemos aceitar homenagens a escravagistas. Pela nossa história, das nossas e nossos. Simbora”.

Considerado um dos principais educadores do mundo, Paulo Freire recebeu, durante o governo Dilma, o título de patrono da educação brasileira há poucos dias das celebrações do seu centenário, em 2012. Seu método de alfabetização de adultos que usava das experiências deles como ferramenta de ensino é uma referência dentro e fora do País, assim como seus livros e produção acadêmica ligada à importância da educação para uma sociedade mais igualitária e socialmente justa.

Em nota, o Metrô reforçou que “o processo de escolha dos nomes de futuras estações é realizado a partir de critérios relacionados à localização do futuro equipamento, bem como características que facilitem a identificação do local pelos passageiros”. “A escolha da estação em questão se deu por meio de pesquisa realizada tradicionalmente pelo Metrô junto aos moradores do entorno em dezembro de 2022. Os nomes apresentados se referem a áreas próximas à futura estação, no caso, a Rodovia Fernão Dias e a Avenida Educador Paulo Freire. Nos autos do processo, consta material que elucida os respaldos técnicos que balizaram a adoção do nome”, apontou.

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