Peeling de fenol: influenciadora virá ré e vai responder por homicídio qualificado


Natalia Becker está proibida de sair de SP e de fazer procedimentos estéticos em seus estabelecimentos comerciais; defesa afirma que discorda da denúncia recebida

Por Renata Okumura
Atualização:

A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra a influenciadora Natalia Becker, dona da clínica de estética Studio Natalia Becker, no Campo Belo, zona sul da capital paulista. Foi nesse estabelecimento que o empresário Henrique Chagas morreu em 3 de junho, após realizar com ela um procedimento de peeling de fenol. Natalia se tornou ré e responderá por homicídio qualificado por motivo torpe. A defesa dela afirma que discorda da denúncia recebida (veja abaixo).

A denúncia oferecida pelo promotor Felipe Zilberman contra a influenciadora foi recebida pela 1ª Vara do Júri de São Paulo na quinta-feira, 5. “A ré responderá por homicídio qualificado pelo motivo torpe, uma vez que agiu para obter vantagem econômica no valor de R$ 5 mil”, afirmou a Promotoria.

Conforme a decisão, o magistrado Antonio Carlos Pontes de Souza proibiu a acusada de sair da Comarca de São Paulo por mais de oito dias sem autorização judicial. Também está proibida de comparecer a seus estabelecimentos comerciais para exercer funções de esteticista. Ela tem prazo de dez dias para apresentar defesa por escrito.

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Empresário Henrique Chagas, de 27 anos, morreu depois de fazer procedimento estético na clínica de Natalia Becker. Foto: Reprodução/Facebook e Rick Chagas e Reprodução/Facebook/Studio Natalia Becker

Na denúncia, Zilberman escreveu que a influenciadora se apresentava nas redes sociais como profissional de estética e, mesmo sem ter habilitação para tanto, passou a realizar uma série de procedimentos.

“Ao procurar o estabelecimento, a vítima não foi informada sobre riscos, inclusive cardíacos, da aplicação do fenol, nem a respeito da alta toxicidade da substância. Além disso, o homem foi induzido a erro ao ser equivocadamente informado de que nenhum exame de saúde era necessário para a realização do peeling”, conforme o TJ-SP.

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Em nota, a defesa de Natalia, representada pela advogada Tatiane Forte, afirma que discorda da denúncia recebida pela Justiça porque o MPSP não apresentou elementos mínimos ou suficiente para a acusação.

“Contudo, neste momento, a Justiça cumpre o seu papel institucional pela ordem jurídica e constitucional e pelo imperativo do devido processo legal, em assegurar à Natalia a ampla defesa e o contraditório, sede processual em que será demonstrado todos os motivos da inocência de Natália, deixando patente que Natalia não praticou qualquer ilicitude ou irregularidade”, disse a advogada.

O procedimento realizado por Natalia consiste na aplicação de um ácido no rosto. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM) disse na época, trata-se de intervenção invasiva e reações imprevisíveis ocorrem com frequência. Por isso, deve ser realizado por médico em ambiente hospitalar com monitoramento cardíaco.

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O indiciamento da influenciadora por homicídio foi enviado à Justiça em agosto. Ela foi indiciada por homicídio com dolo eventual - quando se assume o risco de matar.

A Polícia Civil de São Paulo já havia anunciado o indiciamento da influenciadora em junho, mas o inquérito conduzido pelo 27.º Distrito Policial da capital foi enviado à Justiça em 19 de agosto.

Laudo do Instituto Médico-Legal (IML) concluiu que o empresário morreu devido a “edema pulmonar agudo” ao inalar fenol, produto químico usado para escamar a pele, causando renovação no tecido.

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Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a inalação da substância química provocou alterações em órgãos do sistema respiratório e acúmulo de líquido no pulmão, causando parada cardiorrespiratória, conforme o laudo entregue à autoridade policial. O exame de sangue não encontrou álcool, drogas ou medicamentos no organismo do empresário.

A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra a influenciadora Natalia Becker, dona da clínica de estética Studio Natalia Becker, no Campo Belo, zona sul da capital paulista. Foi nesse estabelecimento que o empresário Henrique Chagas morreu em 3 de junho, após realizar com ela um procedimento de peeling de fenol. Natalia se tornou ré e responderá por homicídio qualificado por motivo torpe. A defesa dela afirma que discorda da denúncia recebida (veja abaixo).

A denúncia oferecida pelo promotor Felipe Zilberman contra a influenciadora foi recebida pela 1ª Vara do Júri de São Paulo na quinta-feira, 5. “A ré responderá por homicídio qualificado pelo motivo torpe, uma vez que agiu para obter vantagem econômica no valor de R$ 5 mil”, afirmou a Promotoria.

Conforme a decisão, o magistrado Antonio Carlos Pontes de Souza proibiu a acusada de sair da Comarca de São Paulo por mais de oito dias sem autorização judicial. Também está proibida de comparecer a seus estabelecimentos comerciais para exercer funções de esteticista. Ela tem prazo de dez dias para apresentar defesa por escrito.

Empresário Henrique Chagas, de 27 anos, morreu depois de fazer procedimento estético na clínica de Natalia Becker. Foto: Reprodução/Facebook e Rick Chagas e Reprodução/Facebook/Studio Natalia Becker

Na denúncia, Zilberman escreveu que a influenciadora se apresentava nas redes sociais como profissional de estética e, mesmo sem ter habilitação para tanto, passou a realizar uma série de procedimentos.

“Ao procurar o estabelecimento, a vítima não foi informada sobre riscos, inclusive cardíacos, da aplicação do fenol, nem a respeito da alta toxicidade da substância. Além disso, o homem foi induzido a erro ao ser equivocadamente informado de que nenhum exame de saúde era necessário para a realização do peeling”, conforme o TJ-SP.

Em nota, a defesa de Natalia, representada pela advogada Tatiane Forte, afirma que discorda da denúncia recebida pela Justiça porque o MPSP não apresentou elementos mínimos ou suficiente para a acusação.

“Contudo, neste momento, a Justiça cumpre o seu papel institucional pela ordem jurídica e constitucional e pelo imperativo do devido processo legal, em assegurar à Natalia a ampla defesa e o contraditório, sede processual em que será demonstrado todos os motivos da inocência de Natália, deixando patente que Natalia não praticou qualquer ilicitude ou irregularidade”, disse a advogada.

O procedimento realizado por Natalia consiste na aplicação de um ácido no rosto. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM) disse na época, trata-se de intervenção invasiva e reações imprevisíveis ocorrem com frequência. Por isso, deve ser realizado por médico em ambiente hospitalar com monitoramento cardíaco.

O indiciamento da influenciadora por homicídio foi enviado à Justiça em agosto. Ela foi indiciada por homicídio com dolo eventual - quando se assume o risco de matar.

A Polícia Civil de São Paulo já havia anunciado o indiciamento da influenciadora em junho, mas o inquérito conduzido pelo 27.º Distrito Policial da capital foi enviado à Justiça em 19 de agosto.

Laudo do Instituto Médico-Legal (IML) concluiu que o empresário morreu devido a “edema pulmonar agudo” ao inalar fenol, produto químico usado para escamar a pele, causando renovação no tecido.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a inalação da substância química provocou alterações em órgãos do sistema respiratório e acúmulo de líquido no pulmão, causando parada cardiorrespiratória, conforme o laudo entregue à autoridade policial. O exame de sangue não encontrou álcool, drogas ou medicamentos no organismo do empresário.

A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra a influenciadora Natalia Becker, dona da clínica de estética Studio Natalia Becker, no Campo Belo, zona sul da capital paulista. Foi nesse estabelecimento que o empresário Henrique Chagas morreu em 3 de junho, após realizar com ela um procedimento de peeling de fenol. Natalia se tornou ré e responderá por homicídio qualificado por motivo torpe. A defesa dela afirma que discorda da denúncia recebida (veja abaixo).

A denúncia oferecida pelo promotor Felipe Zilberman contra a influenciadora foi recebida pela 1ª Vara do Júri de São Paulo na quinta-feira, 5. “A ré responderá por homicídio qualificado pelo motivo torpe, uma vez que agiu para obter vantagem econômica no valor de R$ 5 mil”, afirmou a Promotoria.

Conforme a decisão, o magistrado Antonio Carlos Pontes de Souza proibiu a acusada de sair da Comarca de São Paulo por mais de oito dias sem autorização judicial. Também está proibida de comparecer a seus estabelecimentos comerciais para exercer funções de esteticista. Ela tem prazo de dez dias para apresentar defesa por escrito.

Empresário Henrique Chagas, de 27 anos, morreu depois de fazer procedimento estético na clínica de Natalia Becker. Foto: Reprodução/Facebook e Rick Chagas e Reprodução/Facebook/Studio Natalia Becker

Na denúncia, Zilberman escreveu que a influenciadora se apresentava nas redes sociais como profissional de estética e, mesmo sem ter habilitação para tanto, passou a realizar uma série de procedimentos.

“Ao procurar o estabelecimento, a vítima não foi informada sobre riscos, inclusive cardíacos, da aplicação do fenol, nem a respeito da alta toxicidade da substância. Além disso, o homem foi induzido a erro ao ser equivocadamente informado de que nenhum exame de saúde era necessário para a realização do peeling”, conforme o TJ-SP.

Em nota, a defesa de Natalia, representada pela advogada Tatiane Forte, afirma que discorda da denúncia recebida pela Justiça porque o MPSP não apresentou elementos mínimos ou suficiente para a acusação.

“Contudo, neste momento, a Justiça cumpre o seu papel institucional pela ordem jurídica e constitucional e pelo imperativo do devido processo legal, em assegurar à Natalia a ampla defesa e o contraditório, sede processual em que será demonstrado todos os motivos da inocência de Natália, deixando patente que Natalia não praticou qualquer ilicitude ou irregularidade”, disse a advogada.

O procedimento realizado por Natalia consiste na aplicação de um ácido no rosto. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM) disse na época, trata-se de intervenção invasiva e reações imprevisíveis ocorrem com frequência. Por isso, deve ser realizado por médico em ambiente hospitalar com monitoramento cardíaco.

O indiciamento da influenciadora por homicídio foi enviado à Justiça em agosto. Ela foi indiciada por homicídio com dolo eventual - quando se assume o risco de matar.

A Polícia Civil de São Paulo já havia anunciado o indiciamento da influenciadora em junho, mas o inquérito conduzido pelo 27.º Distrito Policial da capital foi enviado à Justiça em 19 de agosto.

Laudo do Instituto Médico-Legal (IML) concluiu que o empresário morreu devido a “edema pulmonar agudo” ao inalar fenol, produto químico usado para escamar a pele, causando renovação no tecido.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a inalação da substância química provocou alterações em órgãos do sistema respiratório e acúmulo de líquido no pulmão, causando parada cardiorrespiratória, conforme o laudo entregue à autoridade policial. O exame de sangue não encontrou álcool, drogas ou medicamentos no organismo do empresário.

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