Notícias e Histórias das Cidades de São Paulo

Maior peixe amazônico, pirarucu pode virar praga em rios do interior paulista


Por José Tomazela

Fisgar um peixe de 200 quilos em um rio paulista parece história e pescador, mas isso está acontecendo. Nativo dos rios amazônicos e considerado um dos maiores peixes fluviais do mundo, o pirarucu está invadindo rios do estado de São Paulo. O gigante dos rios que pode chegar a três metros de comprimento e pesar mais de 200 quilos já foi fisgado em Cardoso, nas águas do Rio Grande, na divisa de São Paulo com Minas Gerais.

O pirarucu se alimenta de peixes, por isso consome os peixes nativos, além de pequenos roedores, cobras e, às vezes, até mesmo aves que caem na água. Por ser uma espécie exótica, não natural dos rios paulistas, o gigantesco peixe de escamas não tem predadores. O que preocupa os ambientalistas é que ele pode proliferar e colocar em risco as espécies nativas, como dourado e piava, ou adaptadas, como tucunaré e tilápia. Um pirarucu devora em média 10 quilos de peixes por dia.

Como a criação de peixes de água doce avança no Brasil e, em São Paulo, se concentra na região noroeste, entre as bacias dos rios Tietê, Paraná e Grande, o risco é que o pirarucu passe a atacar os viveiros de criação de peixes. O peixe amazônico tem carne saborosa e de bom apelo comercial, por isso as criações em cativeiro no estado remontam a 1997, quando um primeiro criadouro foi instalado em Atibaia.

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Os grandalhões que habitam o Rio Grande estão restritos ao trecho correspondente à barragem da Hidrelétrica de Marimbondo, em Cardoso. O problema é que o peixe pode subir pelos afluentes do Grande nesse trecho, como o rios Pardo e Mogi-Guaçu, e se espalhar para outros rios. Atualmente, filhotes de pirarucu já são vendidos para pesqueiros da região.

Moradores locais contam que o peixe amazônico foi parar no Rio Grande depois que chuvas intensas fizeram transbordar a represa onde um criador mantinha 180 matrizes de pirarucu. Os peixes procriaram rapidamente, mesmo sendo bastante procurados pelos pescadores. Em redes sociais, há relatos de adeptos da pesca de mergulho que toparam com o gigante. Os registros de peixes capturados são mais raros, embora o pirarucu, por precisar subir à tona para respirar, seja um alvo fácil para os pescadores mais preparados.

Em janeiro deste ano, o pescador Tiago Aparecido dos Santos, de 18 anos, fisgou um pirarucu de 117 quilos no Rio Grande, próximo à área urbana de Cardoso. Ele lutou uma hora com o peixe até conseguir puxá-lo para o barco. O feito foi compartilhado em redes sociais. Conforme a Polícia Ambiental, por ser uma espécie invasora, a pesca do pirarucu no interior de São Paulo não é proibida.

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Pescador fisgou um pirarucu de 117 quilhos no Rio Grande. Foto Tiago dos Santos/Acervo Pessoal. 

Pesquisadores do Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná e do Instituto de Pesca do Estado de São Paulo já estiveram na região para verificar possíveis impactos da presença de pirarucus no Rio Grande. A preocupação é que o peixão se espalhe por outros rios e barragens, causando desequilíbrio à fauna aquática local.

Dados do Anuário 2022 da Associação Brasileira de Piscicultura apontam que, em 2021, a produção de peixes de cultivo em território paulista foi de 81.640 toneladas, que correspondem a um crescimento de 9,4% em relação ao ano anterior e mantêm o estado na segunda posição do ranking nacional, atrás somente do Paraná, com 188 mil toneladas.

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Levantamento da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo mostra que as cidades do Noroeste paulista são responsáveis pela maior parte da produção estadual, por meio de 256 unidades de piscicultura cadastradas. Em relação às espécies, a tilápia é a mais cultivada, tanto em tanques-redes, inclusive em reservatórios do Rio Grande, como em tanques escavados.

Um pouco menos expressivas, também se destacam as criações de lambaris, para iscas vivas, e de outros peixes para o setor de pesque-pague, como peixes redondos (pacu, tambacu e patinga), piaus (piauçu e piapara), surubins (pintado, cachara e seus híbridos), dourados, matrinxãs, pirararas e, claro, pirarucus.

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Avistamentos do pirarucu acontecem em Cardoso, à margem do Rio Grande. Foto Prefeitura de Cardoso/Divugação.  

Fisgar um peixe de 200 quilos em um rio paulista parece história e pescador, mas isso está acontecendo. Nativo dos rios amazônicos e considerado um dos maiores peixes fluviais do mundo, o pirarucu está invadindo rios do estado de São Paulo. O gigante dos rios que pode chegar a três metros de comprimento e pesar mais de 200 quilos já foi fisgado em Cardoso, nas águas do Rio Grande, na divisa de São Paulo com Minas Gerais.

O pirarucu se alimenta de peixes, por isso consome os peixes nativos, além de pequenos roedores, cobras e, às vezes, até mesmo aves que caem na água. Por ser uma espécie exótica, não natural dos rios paulistas, o gigantesco peixe de escamas não tem predadores. O que preocupa os ambientalistas é que ele pode proliferar e colocar em risco as espécies nativas, como dourado e piava, ou adaptadas, como tucunaré e tilápia. Um pirarucu devora em média 10 quilos de peixes por dia.

Como a criação de peixes de água doce avança no Brasil e, em São Paulo, se concentra na região noroeste, entre as bacias dos rios Tietê, Paraná e Grande, o risco é que o pirarucu passe a atacar os viveiros de criação de peixes. O peixe amazônico tem carne saborosa e de bom apelo comercial, por isso as criações em cativeiro no estado remontam a 1997, quando um primeiro criadouro foi instalado em Atibaia.

Os grandalhões que habitam o Rio Grande estão restritos ao trecho correspondente à barragem da Hidrelétrica de Marimbondo, em Cardoso. O problema é que o peixe pode subir pelos afluentes do Grande nesse trecho, como o rios Pardo e Mogi-Guaçu, e se espalhar para outros rios. Atualmente, filhotes de pirarucu já são vendidos para pesqueiros da região.

Moradores locais contam que o peixe amazônico foi parar no Rio Grande depois que chuvas intensas fizeram transbordar a represa onde um criador mantinha 180 matrizes de pirarucu. Os peixes procriaram rapidamente, mesmo sendo bastante procurados pelos pescadores. Em redes sociais, há relatos de adeptos da pesca de mergulho que toparam com o gigante. Os registros de peixes capturados são mais raros, embora o pirarucu, por precisar subir à tona para respirar, seja um alvo fácil para os pescadores mais preparados.

Em janeiro deste ano, o pescador Tiago Aparecido dos Santos, de 18 anos, fisgou um pirarucu de 117 quilos no Rio Grande, próximo à área urbana de Cardoso. Ele lutou uma hora com o peixe até conseguir puxá-lo para o barco. O feito foi compartilhado em redes sociais. Conforme a Polícia Ambiental, por ser uma espécie invasora, a pesca do pirarucu no interior de São Paulo não é proibida.

Pescador fisgou um pirarucu de 117 quilhos no Rio Grande. Foto Tiago dos Santos/Acervo Pessoal. 

Pesquisadores do Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná e do Instituto de Pesca do Estado de São Paulo já estiveram na região para verificar possíveis impactos da presença de pirarucus no Rio Grande. A preocupação é que o peixão se espalhe por outros rios e barragens, causando desequilíbrio à fauna aquática local.

Dados do Anuário 2022 da Associação Brasileira de Piscicultura apontam que, em 2021, a produção de peixes de cultivo em território paulista foi de 81.640 toneladas, que correspondem a um crescimento de 9,4% em relação ao ano anterior e mantêm o estado na segunda posição do ranking nacional, atrás somente do Paraná, com 188 mil toneladas.

Levantamento da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo mostra que as cidades do Noroeste paulista são responsáveis pela maior parte da produção estadual, por meio de 256 unidades de piscicultura cadastradas. Em relação às espécies, a tilápia é a mais cultivada, tanto em tanques-redes, inclusive em reservatórios do Rio Grande, como em tanques escavados.

Um pouco menos expressivas, também se destacam as criações de lambaris, para iscas vivas, e de outros peixes para o setor de pesque-pague, como peixes redondos (pacu, tambacu e patinga), piaus (piauçu e piapara), surubins (pintado, cachara e seus híbridos), dourados, matrinxãs, pirararas e, claro, pirarucus.

Avistamentos do pirarucu acontecem em Cardoso, à margem do Rio Grande. Foto Prefeitura de Cardoso/Divugação.  

Fisgar um peixe de 200 quilos em um rio paulista parece história e pescador, mas isso está acontecendo. Nativo dos rios amazônicos e considerado um dos maiores peixes fluviais do mundo, o pirarucu está invadindo rios do estado de São Paulo. O gigante dos rios que pode chegar a três metros de comprimento e pesar mais de 200 quilos já foi fisgado em Cardoso, nas águas do Rio Grande, na divisa de São Paulo com Minas Gerais.

O pirarucu se alimenta de peixes, por isso consome os peixes nativos, além de pequenos roedores, cobras e, às vezes, até mesmo aves que caem na água. Por ser uma espécie exótica, não natural dos rios paulistas, o gigantesco peixe de escamas não tem predadores. O que preocupa os ambientalistas é que ele pode proliferar e colocar em risco as espécies nativas, como dourado e piava, ou adaptadas, como tucunaré e tilápia. Um pirarucu devora em média 10 quilos de peixes por dia.

Como a criação de peixes de água doce avança no Brasil e, em São Paulo, se concentra na região noroeste, entre as bacias dos rios Tietê, Paraná e Grande, o risco é que o pirarucu passe a atacar os viveiros de criação de peixes. O peixe amazônico tem carne saborosa e de bom apelo comercial, por isso as criações em cativeiro no estado remontam a 1997, quando um primeiro criadouro foi instalado em Atibaia.

Os grandalhões que habitam o Rio Grande estão restritos ao trecho correspondente à barragem da Hidrelétrica de Marimbondo, em Cardoso. O problema é que o peixe pode subir pelos afluentes do Grande nesse trecho, como o rios Pardo e Mogi-Guaçu, e se espalhar para outros rios. Atualmente, filhotes de pirarucu já são vendidos para pesqueiros da região.

Moradores locais contam que o peixe amazônico foi parar no Rio Grande depois que chuvas intensas fizeram transbordar a represa onde um criador mantinha 180 matrizes de pirarucu. Os peixes procriaram rapidamente, mesmo sendo bastante procurados pelos pescadores. Em redes sociais, há relatos de adeptos da pesca de mergulho que toparam com o gigante. Os registros de peixes capturados são mais raros, embora o pirarucu, por precisar subir à tona para respirar, seja um alvo fácil para os pescadores mais preparados.

Em janeiro deste ano, o pescador Tiago Aparecido dos Santos, de 18 anos, fisgou um pirarucu de 117 quilos no Rio Grande, próximo à área urbana de Cardoso. Ele lutou uma hora com o peixe até conseguir puxá-lo para o barco. O feito foi compartilhado em redes sociais. Conforme a Polícia Ambiental, por ser uma espécie invasora, a pesca do pirarucu no interior de São Paulo não é proibida.

Pescador fisgou um pirarucu de 117 quilhos no Rio Grande. Foto Tiago dos Santos/Acervo Pessoal. 

Pesquisadores do Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná e do Instituto de Pesca do Estado de São Paulo já estiveram na região para verificar possíveis impactos da presença de pirarucus no Rio Grande. A preocupação é que o peixão se espalhe por outros rios e barragens, causando desequilíbrio à fauna aquática local.

Dados do Anuário 2022 da Associação Brasileira de Piscicultura apontam que, em 2021, a produção de peixes de cultivo em território paulista foi de 81.640 toneladas, que correspondem a um crescimento de 9,4% em relação ao ano anterior e mantêm o estado na segunda posição do ranking nacional, atrás somente do Paraná, com 188 mil toneladas.

Levantamento da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo mostra que as cidades do Noroeste paulista são responsáveis pela maior parte da produção estadual, por meio de 256 unidades de piscicultura cadastradas. Em relação às espécies, a tilápia é a mais cultivada, tanto em tanques-redes, inclusive em reservatórios do Rio Grande, como em tanques escavados.

Um pouco menos expressivas, também se destacam as criações de lambaris, para iscas vivas, e de outros peixes para o setor de pesque-pague, como peixes redondos (pacu, tambacu e patinga), piaus (piauçu e piapara), surubins (pintado, cachara e seus híbridos), dourados, matrinxãs, pirararas e, claro, pirarucus.

Avistamentos do pirarucu acontecem em Cardoso, à margem do Rio Grande. Foto Prefeitura de Cardoso/Divugação.  

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