Prefeitura de SP diz que há 6 mil podas de árvores pendentes por causa da Enel; empresa nega


Concessionária contesta número e afirma que há 1,8 mil solicitações em aberto - e mais de 90% delas estão dentro do prazo. Município acionou a empresa na Justiça por causa de novo apagão

Por Gonçalo Junior
Atualização:

Na cidade de São Paulo, há 6.081 pedidos de podas de árvore que necessitam da intervenção prévia da Enel para afastar folhas e galhos que estão em contato com a rede elétrica. Esse número é quase o dobro do ano passado, quando eram 3690 pedidos em aberto em novembro, conforme dados da Prefeitura.

A Enel, por sua vez, apresenta outros dados. Diz que “estão em aberto e dentro do prazo acordado cerca de 1,8 mil solicitações de poda realizadas pela Prefeitura, sendo dessas apenas 130 em atraso”. A empresa afirma também que “realiza reuniões semanais com representantes do Município para acompanhar esse trabalho”.

Temporal da sexta-feira deixou centenas de milhares de imóveis sem luz, entre eles parte da Lapa (foto), na zona oeste de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão
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A preocupação com a poda de árvores se tornou ainda mais urgente com o apagão que atinge diferentes municípios da Grande São Paulo desde o temporal de sexta-feira, 11. Cerca de 2,1 milhões de imóveis foram afetados e ainda havia cem mil clientes sem energia nessa quarta-feira, 16.

Ao todo, a capital paulista tem uma fila de 13,9 mil pedidos de poda ou remoção de árvores pendentes, segundo dados do 1º semestre deste ano. No total, foram 46,7 mil solicitações registradas pelo telefone ou aplicativo do serviço 156, canal oficial da Prefeitura de São Paulo.

A concessionária afirma ainda que intensificou os mutirões de podas preventivas ao longo do ano. “De janeiro a setembro, foram 433 mil podas, o que representa 72% da meta anual de 600 mil intervenções nos 24 municípios onde a companhia opera, incluindo a capital. Esse total é o dobro do número de podas realizado em 2023″, disse a empresa ao Estadão.

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Enel disse que reforçou equipes em campo após apagão deixar mais de 2,1 milhões de imóveis sem luz na sexta-feira Foto: Werther Santana/Estadão

Na segunda-feira, 14, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que “mais de 50% dos eventos relacionados à falta de luz foram causados por árvore caindo em cima do sistema de média e baixa tensão em São Paulo”.

Desde sexta-feira, a Prefeitura registrou 386 registros ocorrências de quedas de árvores na capital. Desse total, 49 precisariam da intervenção da Enel por terem atingido a fiação.

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A Prefeitura moveu ação contra a Enel exigindo que o restabelecimento do serviço ocorra imediatamente, sob pena de multa. Na segunda, o governo federal deu três dias para que a operação seja normalizada na maior parte da rede.

O apagão foi o tema central do debate eleitoral entre os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito, realizado pela Band nesta segunda-feira.

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O prefeito buscou responsabilizar o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), diante do fato de a concessão de energia elétrica ser federal, enquanto o deputado acusou a atual gestão de demora na adoção de medidas para restabelecer a ordem. O tema tem sido bastante explorado também na propaganda eleitoral dos dois candidatos.

O Estadão apurou que os pedidos mais antigos foram abertos desde setembro 2020 - três deles em Pinheiros, na zona oeste, e um em Campo Limpo, na zona sul. Documentos diversos endereços - inclusive com fotos - que mostram árvores em contato direto com a rede elétrica. Na Rua Dois, na Cidade Auxiliadora, as imagens mostram os fios entre os galhos. De acordo com documentos do poder municipal, o pedido aguarda retorno a 708 dias, praticamente dois anos.

Quase 400 registros de quedas de árvore desta sexta-feira

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A poda de árvores é responsabilidade dividida na cidade de São Paulo. Embora seja, em princípio, atribuição da Prefeitura, a Enel tem responsabilidade sobre o manejo da vegetação que interfira diretamente no sistema, quando os galhos estão próximos ou tocando a fiação, conforme o contrato de concessão.

“Essa é uma questão mal resolvida na cidade”, afirma Valter Caldana, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

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“Temos a obrigação primária da Prefeitura. Mas a Enel tem a autorização da Prefeitura para fazer a poda. A empresa entende que que quem tem de tirar restos de árvores é o poder municipal. Por sua vez, a Prefeitura acredita que a empresa tem de desligar os fios e garantir a segurança dos trabalhadores e da população”, acrescenta.

Os pedidos para podas de árvores seguem dois os caminhos. No primeiro, o próprio cidadão aciona o serviço 156 por telefone, aplicativo ou no portal para informar ocorrências de risco iminente de queda de árvore, inundações e queda de galho e tronco. A Prefeitura afirma que também faz a busca ativa com situações de risco.

A concessionária também tem planejamento próprio de podas preventivas, baseado em inspeções na rede. Conforme a empresa, técnicos percorrem as linhas de distribuição, identificando pontos de contato entre a vegetação e a fiação.

A Enel alerta que moradores não devem tentar realizar podas por conta própria, pois “galhos próximos à fiação podem representar riscos invisíveis a olho nu e qualquer contato com cabos energizados pode ser fatal”.

Na cidade de São Paulo, há 6.081 pedidos de podas de árvore que necessitam da intervenção prévia da Enel para afastar folhas e galhos que estão em contato com a rede elétrica. Esse número é quase o dobro do ano passado, quando eram 3690 pedidos em aberto em novembro, conforme dados da Prefeitura.

A Enel, por sua vez, apresenta outros dados. Diz que “estão em aberto e dentro do prazo acordado cerca de 1,8 mil solicitações de poda realizadas pela Prefeitura, sendo dessas apenas 130 em atraso”. A empresa afirma também que “realiza reuniões semanais com representantes do Município para acompanhar esse trabalho”.

Temporal da sexta-feira deixou centenas de milhares de imóveis sem luz, entre eles parte da Lapa (foto), na zona oeste de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

A preocupação com a poda de árvores se tornou ainda mais urgente com o apagão que atinge diferentes municípios da Grande São Paulo desde o temporal de sexta-feira, 11. Cerca de 2,1 milhões de imóveis foram afetados e ainda havia cem mil clientes sem energia nessa quarta-feira, 16.

Ao todo, a capital paulista tem uma fila de 13,9 mil pedidos de poda ou remoção de árvores pendentes, segundo dados do 1º semestre deste ano. No total, foram 46,7 mil solicitações registradas pelo telefone ou aplicativo do serviço 156, canal oficial da Prefeitura de São Paulo.

A concessionária afirma ainda que intensificou os mutirões de podas preventivas ao longo do ano. “De janeiro a setembro, foram 433 mil podas, o que representa 72% da meta anual de 600 mil intervenções nos 24 municípios onde a companhia opera, incluindo a capital. Esse total é o dobro do número de podas realizado em 2023″, disse a empresa ao Estadão.

Enel disse que reforçou equipes em campo após apagão deixar mais de 2,1 milhões de imóveis sem luz na sexta-feira Foto: Werther Santana/Estadão

Na segunda-feira, 14, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que “mais de 50% dos eventos relacionados à falta de luz foram causados por árvore caindo em cima do sistema de média e baixa tensão em São Paulo”.

Desde sexta-feira, a Prefeitura registrou 386 registros ocorrências de quedas de árvores na capital. Desse total, 49 precisariam da intervenção da Enel por terem atingido a fiação.

A Prefeitura moveu ação contra a Enel exigindo que o restabelecimento do serviço ocorra imediatamente, sob pena de multa. Na segunda, o governo federal deu três dias para que a operação seja normalizada na maior parte da rede.

O apagão foi o tema central do debate eleitoral entre os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito, realizado pela Band nesta segunda-feira.

O prefeito buscou responsabilizar o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), diante do fato de a concessão de energia elétrica ser federal, enquanto o deputado acusou a atual gestão de demora na adoção de medidas para restabelecer a ordem. O tema tem sido bastante explorado também na propaganda eleitoral dos dois candidatos.

O Estadão apurou que os pedidos mais antigos foram abertos desde setembro 2020 - três deles em Pinheiros, na zona oeste, e um em Campo Limpo, na zona sul. Documentos diversos endereços - inclusive com fotos - que mostram árvores em contato direto com a rede elétrica. Na Rua Dois, na Cidade Auxiliadora, as imagens mostram os fios entre os galhos. De acordo com documentos do poder municipal, o pedido aguarda retorno a 708 dias, praticamente dois anos.

Quase 400 registros de quedas de árvore desta sexta-feira

A poda de árvores é responsabilidade dividida na cidade de São Paulo. Embora seja, em princípio, atribuição da Prefeitura, a Enel tem responsabilidade sobre o manejo da vegetação que interfira diretamente no sistema, quando os galhos estão próximos ou tocando a fiação, conforme o contrato de concessão.

“Essa é uma questão mal resolvida na cidade”, afirma Valter Caldana, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

“Temos a obrigação primária da Prefeitura. Mas a Enel tem a autorização da Prefeitura para fazer a poda. A empresa entende que que quem tem de tirar restos de árvores é o poder municipal. Por sua vez, a Prefeitura acredita que a empresa tem de desligar os fios e garantir a segurança dos trabalhadores e da população”, acrescenta.

Os pedidos para podas de árvores seguem dois os caminhos. No primeiro, o próprio cidadão aciona o serviço 156 por telefone, aplicativo ou no portal para informar ocorrências de risco iminente de queda de árvore, inundações e queda de galho e tronco. A Prefeitura afirma que também faz a busca ativa com situações de risco.

A concessionária também tem planejamento próprio de podas preventivas, baseado em inspeções na rede. Conforme a empresa, técnicos percorrem as linhas de distribuição, identificando pontos de contato entre a vegetação e a fiação.

A Enel alerta que moradores não devem tentar realizar podas por conta própria, pois “galhos próximos à fiação podem representar riscos invisíveis a olho nu e qualquer contato com cabos energizados pode ser fatal”.

Na cidade de São Paulo, há 6.081 pedidos de podas de árvore que necessitam da intervenção prévia da Enel para afastar folhas e galhos que estão em contato com a rede elétrica. Esse número é quase o dobro do ano passado, quando eram 3690 pedidos em aberto em novembro, conforme dados da Prefeitura.

A Enel, por sua vez, apresenta outros dados. Diz que “estão em aberto e dentro do prazo acordado cerca de 1,8 mil solicitações de poda realizadas pela Prefeitura, sendo dessas apenas 130 em atraso”. A empresa afirma também que “realiza reuniões semanais com representantes do Município para acompanhar esse trabalho”.

Temporal da sexta-feira deixou centenas de milhares de imóveis sem luz, entre eles parte da Lapa (foto), na zona oeste de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

A preocupação com a poda de árvores se tornou ainda mais urgente com o apagão que atinge diferentes municípios da Grande São Paulo desde o temporal de sexta-feira, 11. Cerca de 2,1 milhões de imóveis foram afetados e ainda havia cem mil clientes sem energia nessa quarta-feira, 16.

Ao todo, a capital paulista tem uma fila de 13,9 mil pedidos de poda ou remoção de árvores pendentes, segundo dados do 1º semestre deste ano. No total, foram 46,7 mil solicitações registradas pelo telefone ou aplicativo do serviço 156, canal oficial da Prefeitura de São Paulo.

A concessionária afirma ainda que intensificou os mutirões de podas preventivas ao longo do ano. “De janeiro a setembro, foram 433 mil podas, o que representa 72% da meta anual de 600 mil intervenções nos 24 municípios onde a companhia opera, incluindo a capital. Esse total é o dobro do número de podas realizado em 2023″, disse a empresa ao Estadão.

Enel disse que reforçou equipes em campo após apagão deixar mais de 2,1 milhões de imóveis sem luz na sexta-feira Foto: Werther Santana/Estadão

Na segunda-feira, 14, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que “mais de 50% dos eventos relacionados à falta de luz foram causados por árvore caindo em cima do sistema de média e baixa tensão em São Paulo”.

Desde sexta-feira, a Prefeitura registrou 386 registros ocorrências de quedas de árvores na capital. Desse total, 49 precisariam da intervenção da Enel por terem atingido a fiação.

A Prefeitura moveu ação contra a Enel exigindo que o restabelecimento do serviço ocorra imediatamente, sob pena de multa. Na segunda, o governo federal deu três dias para que a operação seja normalizada na maior parte da rede.

O apagão foi o tema central do debate eleitoral entre os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito, realizado pela Band nesta segunda-feira.

O prefeito buscou responsabilizar o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), diante do fato de a concessão de energia elétrica ser federal, enquanto o deputado acusou a atual gestão de demora na adoção de medidas para restabelecer a ordem. O tema tem sido bastante explorado também na propaganda eleitoral dos dois candidatos.

O Estadão apurou que os pedidos mais antigos foram abertos desde setembro 2020 - três deles em Pinheiros, na zona oeste, e um em Campo Limpo, na zona sul. Documentos diversos endereços - inclusive com fotos - que mostram árvores em contato direto com a rede elétrica. Na Rua Dois, na Cidade Auxiliadora, as imagens mostram os fios entre os galhos. De acordo com documentos do poder municipal, o pedido aguarda retorno a 708 dias, praticamente dois anos.

Quase 400 registros de quedas de árvore desta sexta-feira

A poda de árvores é responsabilidade dividida na cidade de São Paulo. Embora seja, em princípio, atribuição da Prefeitura, a Enel tem responsabilidade sobre o manejo da vegetação que interfira diretamente no sistema, quando os galhos estão próximos ou tocando a fiação, conforme o contrato de concessão.

“Essa é uma questão mal resolvida na cidade”, afirma Valter Caldana, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

“Temos a obrigação primária da Prefeitura. Mas a Enel tem a autorização da Prefeitura para fazer a poda. A empresa entende que que quem tem de tirar restos de árvores é o poder municipal. Por sua vez, a Prefeitura acredita que a empresa tem de desligar os fios e garantir a segurança dos trabalhadores e da população”, acrescenta.

Os pedidos para podas de árvores seguem dois os caminhos. No primeiro, o próprio cidadão aciona o serviço 156 por telefone, aplicativo ou no portal para informar ocorrências de risco iminente de queda de árvore, inundações e queda de galho e tronco. A Prefeitura afirma que também faz a busca ativa com situações de risco.

A concessionária também tem planejamento próprio de podas preventivas, baseado em inspeções na rede. Conforme a empresa, técnicos percorrem as linhas de distribuição, identificando pontos de contato entre a vegetação e a fiação.

A Enel alerta que moradores não devem tentar realizar podas por conta própria, pois “galhos próximos à fiação podem representar riscos invisíveis a olho nu e qualquer contato com cabos energizados pode ser fatal”.

Na cidade de São Paulo, há 6.081 pedidos de podas de árvore que necessitam da intervenção prévia da Enel para afastar folhas e galhos que estão em contato com a rede elétrica. Esse número é quase o dobro do ano passado, quando eram 3690 pedidos em aberto em novembro, conforme dados da Prefeitura.

A Enel, por sua vez, apresenta outros dados. Diz que “estão em aberto e dentro do prazo acordado cerca de 1,8 mil solicitações de poda realizadas pela Prefeitura, sendo dessas apenas 130 em atraso”. A empresa afirma também que “realiza reuniões semanais com representantes do Município para acompanhar esse trabalho”.

Temporal da sexta-feira deixou centenas de milhares de imóveis sem luz, entre eles parte da Lapa (foto), na zona oeste de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

A preocupação com a poda de árvores se tornou ainda mais urgente com o apagão que atinge diferentes municípios da Grande São Paulo desde o temporal de sexta-feira, 11. Cerca de 2,1 milhões de imóveis foram afetados e ainda havia cem mil clientes sem energia nessa quarta-feira, 16.

Ao todo, a capital paulista tem uma fila de 13,9 mil pedidos de poda ou remoção de árvores pendentes, segundo dados do 1º semestre deste ano. No total, foram 46,7 mil solicitações registradas pelo telefone ou aplicativo do serviço 156, canal oficial da Prefeitura de São Paulo.

A concessionária afirma ainda que intensificou os mutirões de podas preventivas ao longo do ano. “De janeiro a setembro, foram 433 mil podas, o que representa 72% da meta anual de 600 mil intervenções nos 24 municípios onde a companhia opera, incluindo a capital. Esse total é o dobro do número de podas realizado em 2023″, disse a empresa ao Estadão.

Enel disse que reforçou equipes em campo após apagão deixar mais de 2,1 milhões de imóveis sem luz na sexta-feira Foto: Werther Santana/Estadão

Na segunda-feira, 14, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que “mais de 50% dos eventos relacionados à falta de luz foram causados por árvore caindo em cima do sistema de média e baixa tensão em São Paulo”.

Desde sexta-feira, a Prefeitura registrou 386 registros ocorrências de quedas de árvores na capital. Desse total, 49 precisariam da intervenção da Enel por terem atingido a fiação.

A Prefeitura moveu ação contra a Enel exigindo que o restabelecimento do serviço ocorra imediatamente, sob pena de multa. Na segunda, o governo federal deu três dias para que a operação seja normalizada na maior parte da rede.

O apagão foi o tema central do debate eleitoral entre os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito, realizado pela Band nesta segunda-feira.

O prefeito buscou responsabilizar o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), diante do fato de a concessão de energia elétrica ser federal, enquanto o deputado acusou a atual gestão de demora na adoção de medidas para restabelecer a ordem. O tema tem sido bastante explorado também na propaganda eleitoral dos dois candidatos.

O Estadão apurou que os pedidos mais antigos foram abertos desde setembro 2020 - três deles em Pinheiros, na zona oeste, e um em Campo Limpo, na zona sul. Documentos diversos endereços - inclusive com fotos - que mostram árvores em contato direto com a rede elétrica. Na Rua Dois, na Cidade Auxiliadora, as imagens mostram os fios entre os galhos. De acordo com documentos do poder municipal, o pedido aguarda retorno a 708 dias, praticamente dois anos.

Quase 400 registros de quedas de árvore desta sexta-feira

A poda de árvores é responsabilidade dividida na cidade de São Paulo. Embora seja, em princípio, atribuição da Prefeitura, a Enel tem responsabilidade sobre o manejo da vegetação que interfira diretamente no sistema, quando os galhos estão próximos ou tocando a fiação, conforme o contrato de concessão.

“Essa é uma questão mal resolvida na cidade”, afirma Valter Caldana, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

“Temos a obrigação primária da Prefeitura. Mas a Enel tem a autorização da Prefeitura para fazer a poda. A empresa entende que que quem tem de tirar restos de árvores é o poder municipal. Por sua vez, a Prefeitura acredita que a empresa tem de desligar os fios e garantir a segurança dos trabalhadores e da população”, acrescenta.

Os pedidos para podas de árvores seguem dois os caminhos. No primeiro, o próprio cidadão aciona o serviço 156 por telefone, aplicativo ou no portal para informar ocorrências de risco iminente de queda de árvore, inundações e queda de galho e tronco. A Prefeitura afirma que também faz a busca ativa com situações de risco.

A concessionária também tem planejamento próprio de podas preventivas, baseado em inspeções na rede. Conforme a empresa, técnicos percorrem as linhas de distribuição, identificando pontos de contato entre a vegetação e a fiação.

A Enel alerta que moradores não devem tentar realizar podas por conta própria, pois “galhos próximos à fiação podem representar riscos invisíveis a olho nu e qualquer contato com cabos energizados pode ser fatal”.

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