Em uma série de ações realizadas em diferentes cidades do Estado, a Polícia Civil de São Paulo, por meio de delegacias da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), prendeu quatro pessoas e apreendeu mais de 1,4 tonelada de cocaína nessa quinta-feira, 28.
Em uma das abordagens, a polícia descobriu que os suspeitos usavam cilindros compressores (usados frequentemente para pintura) para esconder e transportar a droga, e que as operações dos criminosos funcionavam, possivelmente, em quatro cidades: São Bernardo, na Grande São Paulo, Araçatuba, Botucatu e Sumaré, no interior paulista.
Em Araçatuba, uma das cidades alvo das investigações, os policiais encontraram cerca de 600 tabletes de cocaína após interceptar um veículo usado pela quadrilha, e descobrir, na abordagem, a existência de drogas na residência usada pelo suposto grupo criminoso, que escondia o entorpecentes em um bunker — cada tablete pesa, aproximadamente, um quilo.
Nas demais cidades, mais droga foi localizada. Em Sumaré e Botucatu, mais 565 tabletes foram apreendidos pelo Denarc. Não houve prisões durante a abordagem nos dois municípios. Em São Bernardo, não foram encontradas drogas, mas localizadas 645 munições de fuzil calibre 7.62 no interior de um compressor. Dois suspeitos foram presos em flagrante.
Segundo a polícia, o valor total da droga apreendida é de R$ 28 milhões. Mas, como ainda estava em estado puro, e poderia crescer com processo de mistura, a valorização do material poderia chegar aos R$ 280 milhões.
Carlos Castiglioni, delegado divisionário do Denarc, diz que as apreensões começaram com uma investigação em Araçatuba, que acabou se desmembrando e seguindo para os outros três municípios. Segundo o delegado, porém, não é possível saber ainda se os suspeitos autuados tinham ligação entre si.
“Em princípio, em São Bernardo funcionava uma oficina especializada em modificar os compressores para que as drogas fossem escondidas”, disse Castiglioni ao Estadão. “Porém, não podemos afirmar ainda que as drogas dos três municípios seriam da mesma organização criminosa”, ponderou.