‘Polícia Militar de SP está matando por um retrovisor?’, questiona mãe de estudante morto


Silvia Mônica Cardenas Prado cobra respostas sobre as circunstâncias da morte de Marco Aurélio Acosta; SSP diz que caso é investigado e que policiais envolvidos foram afastados

Por Ítalo Lo Re

A médica Silvia Mônica Cardenas Prado, mãe do estudante de Medicina morto pela Polícia Militar em uma abordagem na zona sul de São Paulo, questiona o uso da violência das forças de segurança do Estado. Marco Aurélio Acosta, de 22 anos, morreu na madrugada de quarta-feira, 20, após ser baleado à queima-roupa dentro de um hotel na Vila Mariana.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que o “jovem golpeou a viatura policial e tentou fugir”. O Estadão apurou que Marco Aurélio Acosta teria acertado o retrovisor do automóvel da PM. Ainda de acordo com a SSP, ao ser abordado, ele investiu contra os policiais e foi baleado. A pasta informou também que o caso é investigado e que os policiais envolvidos foram afastados.

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“Então, a vida de um ser humano vale um retrovisor de um policial? A Polícia Militar de SP está matando por um retrovisor? Eu quero o cadáver do meu filho, eu quero enterrar ele”, disse Silvia ao Estadão.

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Mãe e pai de Marco Aurélio Cardenas Acosta questionam violência e despreparo policial e dizem aguardar liberação do corpo para sepultar o filho.

Imagens de câmeras de segurança do hotel mostram o momento da ação dos policiais. Entretanto, ainda não está claro o que teria ocorrido entre o jovem e os PMs na rua, antes de ele ser baleado no saguão do estabelecimento.

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A família da vítima cobra respostas sobre as circunstâncias da morte do estudante. Julio Cesar Acosta Navarro, pai de Marco Aurélio, relatou dificuldades para conseguir informações sobre o filho, tanto no hotel quanto na porta do hospital.

Ele disse que esteve com o filho antes de o jovem ser encaminhado ao centro cirúrgico. “Uma luta no hospital para poder salvar a vida dele. Encontrei ele pedindo socorro, sofrendo”, disse. “Tem sido um filme de terror, um pesadelo desde o início. E continua sendo.”

Polícia teria sido acionada após briga em hotel

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Em depoimento à polícia, uma mulher de 21 anos, que estava hospedada com o rapaz, contou que Marco Aurélio tinha consumido bebida alcoólica e que eles teriam brigado. No relato, ela afirma que foi agredida pelo estudante.

Ela contou ainda que a polícia teria sido acionada por funcionários do hotel por conta da discussão. Ela deixou o quarto e foi até a recepção, onde ficou abrigada. O estudante saiu para a rua em busca dela. Logo depois, retornou correndo e os policiais entraram no local.

Aos investigadores, a jovem contou que trabalha como garota de programa e que conhecia o estudante havia dois anos. Nesse período, eles tiveram um relacionamento amoroso, mas ela afirma que não deixou de cobrá-lo e, por isso, ele teria uma dívida com ela de cerca de R$ 20 mil. A discussão entre os dois teria sido motivada por causa dessas questões.

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Segundo ela, o recepcionista do hotel teria chamado a polícia após escutar os dois brigando. A jovem diz que conseguiu sair do quarto, desceu as escadas do hotel e se escondeu próximo à recepção. Marco Aurélio teria seguido a jovem e ido até a rua. Ela afirma que, na sequência, escutou um policial entrar no estabelecimento e perguntar por que o estudante teria batido na viatura. Em seguida, escutou o disparo de arma de fogo.

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Caso ocorreu na madrugada de quarta, 20, dentro de hotel na Zona Sul da capital.

O que diz a SSP

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Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirma que os policiais envolvidos na ocorrência prestaram depoimento, foram indiciados e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações.

A conduta dos agentes é investigada. As imagens das câmeras corporais que registraram o fato serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

No boletim de ocorrência, os policiais relataram que Marco Aurélio estaria alterado e agressivo e teria resistido à abordagem policial “entrando em vias de fato com a equipe policial e, em determinado momento, tentou subtrair a arma de fogo” de um dos policiais.

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Um dos agentes que estava na ação efetuou um disparo em direção ao estudante “a fim de impedi-lo”, diz o registro.

O resgate foi acionado e o rapaz foi socorrido ao Hospital Ipiranga, onde morreu horas depois. Ainda segundo o boletim, “todos os policiais militares portavam câmeras corporais.”

As imagens registradas pelas câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Quem era o estudante de Medicina

Marco Aurélio tinha 22 anos e estudava Medicina na Universidade Anhembi Morumbi. “A alegria da nossa casa, da nossa família, foi embora. Meu melhor amigo foi embora”, escreveu Frank Cardenas, irmão de Marco, nas redes sociais.

O estudante universitário Marco Aurélio Acosta, de 22 anos, morreu após ser baleado em uma abordagem policial na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Foto: Reprodução via instagram/@mcboydavm

Ele integrava o time dos alunos de Medicina da Universidade Anhembi Morumbi e era conhecido como “Bilau”. Em nota de pesar publicada nas redes sociais, a equipe afirmou que o estudante será lembrado com amor e carinho.

A médica Silvia Mônica Cardenas Prado, mãe do estudante de Medicina morto pela Polícia Militar em uma abordagem na zona sul de São Paulo, questiona o uso da violência das forças de segurança do Estado. Marco Aurélio Acosta, de 22 anos, morreu na madrugada de quarta-feira, 20, após ser baleado à queima-roupa dentro de um hotel na Vila Mariana.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que o “jovem golpeou a viatura policial e tentou fugir”. O Estadão apurou que Marco Aurélio Acosta teria acertado o retrovisor do automóvel da PM. Ainda de acordo com a SSP, ao ser abordado, ele investiu contra os policiais e foi baleado. A pasta informou também que o caso é investigado e que os policiais envolvidos foram afastados.

“Então, a vida de um ser humano vale um retrovisor de um policial? A Polícia Militar de SP está matando por um retrovisor? Eu quero o cadáver do meu filho, eu quero enterrar ele”, disse Silvia ao Estadão.

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Mãe e pai de Marco Aurélio Cardenas Acosta questionam violência e despreparo policial e dizem aguardar liberação do corpo para sepultar o filho.

Imagens de câmeras de segurança do hotel mostram o momento da ação dos policiais. Entretanto, ainda não está claro o que teria ocorrido entre o jovem e os PMs na rua, antes de ele ser baleado no saguão do estabelecimento.

A família da vítima cobra respostas sobre as circunstâncias da morte do estudante. Julio Cesar Acosta Navarro, pai de Marco Aurélio, relatou dificuldades para conseguir informações sobre o filho, tanto no hotel quanto na porta do hospital.

Ele disse que esteve com o filho antes de o jovem ser encaminhado ao centro cirúrgico. “Uma luta no hospital para poder salvar a vida dele. Encontrei ele pedindo socorro, sofrendo”, disse. “Tem sido um filme de terror, um pesadelo desde o início. E continua sendo.”

Polícia teria sido acionada após briga em hotel

Em depoimento à polícia, uma mulher de 21 anos, que estava hospedada com o rapaz, contou que Marco Aurélio tinha consumido bebida alcoólica e que eles teriam brigado. No relato, ela afirma que foi agredida pelo estudante.

Ela contou ainda que a polícia teria sido acionada por funcionários do hotel por conta da discussão. Ela deixou o quarto e foi até a recepção, onde ficou abrigada. O estudante saiu para a rua em busca dela. Logo depois, retornou correndo e os policiais entraram no local.

Aos investigadores, a jovem contou que trabalha como garota de programa e que conhecia o estudante havia dois anos. Nesse período, eles tiveram um relacionamento amoroso, mas ela afirma que não deixou de cobrá-lo e, por isso, ele teria uma dívida com ela de cerca de R$ 20 mil. A discussão entre os dois teria sido motivada por causa dessas questões.

Segundo ela, o recepcionista do hotel teria chamado a polícia após escutar os dois brigando. A jovem diz que conseguiu sair do quarto, desceu as escadas do hotel e se escondeu próximo à recepção. Marco Aurélio teria seguido a jovem e ido até a rua. Ela afirma que, na sequência, escutou um policial entrar no estabelecimento e perguntar por que o estudante teria batido na viatura. Em seguida, escutou o disparo de arma de fogo.

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O que diz a SSP

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirma que os policiais envolvidos na ocorrência prestaram depoimento, foram indiciados e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações.

A conduta dos agentes é investigada. As imagens das câmeras corporais que registraram o fato serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

No boletim de ocorrência, os policiais relataram que Marco Aurélio estaria alterado e agressivo e teria resistido à abordagem policial “entrando em vias de fato com a equipe policial e, em determinado momento, tentou subtrair a arma de fogo” de um dos policiais.

Um dos agentes que estava na ação efetuou um disparo em direção ao estudante “a fim de impedi-lo”, diz o registro.

O resgate foi acionado e o rapaz foi socorrido ao Hospital Ipiranga, onde morreu horas depois. Ainda segundo o boletim, “todos os policiais militares portavam câmeras corporais.”

As imagens registradas pelas câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Quem era o estudante de Medicina

Marco Aurélio tinha 22 anos e estudava Medicina na Universidade Anhembi Morumbi. “A alegria da nossa casa, da nossa família, foi embora. Meu melhor amigo foi embora”, escreveu Frank Cardenas, irmão de Marco, nas redes sociais.

O estudante universitário Marco Aurélio Acosta, de 22 anos, morreu após ser baleado em uma abordagem policial na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Foto: Reprodução via instagram/@mcboydavm

Ele integrava o time dos alunos de Medicina da Universidade Anhembi Morumbi e era conhecido como “Bilau”. Em nota de pesar publicada nas redes sociais, a equipe afirmou que o estudante será lembrado com amor e carinho.

A médica Silvia Mônica Cardenas Prado, mãe do estudante de Medicina morto pela Polícia Militar em uma abordagem na zona sul de São Paulo, questiona o uso da violência das forças de segurança do Estado. Marco Aurélio Acosta, de 22 anos, morreu na madrugada de quarta-feira, 20, após ser baleado à queima-roupa dentro de um hotel na Vila Mariana.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que o “jovem golpeou a viatura policial e tentou fugir”. O Estadão apurou que Marco Aurélio Acosta teria acertado o retrovisor do automóvel da PM. Ainda de acordo com a SSP, ao ser abordado, ele investiu contra os policiais e foi baleado. A pasta informou também que o caso é investigado e que os policiais envolvidos foram afastados.

“Então, a vida de um ser humano vale um retrovisor de um policial? A Polícia Militar de SP está matando por um retrovisor? Eu quero o cadáver do meu filho, eu quero enterrar ele”, disse Silvia ao Estadão.

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Mãe e pai de Marco Aurélio Cardenas Acosta questionam violência e despreparo policial e dizem aguardar liberação do corpo para sepultar o filho.

Imagens de câmeras de segurança do hotel mostram o momento da ação dos policiais. Entretanto, ainda não está claro o que teria ocorrido entre o jovem e os PMs na rua, antes de ele ser baleado no saguão do estabelecimento.

A família da vítima cobra respostas sobre as circunstâncias da morte do estudante. Julio Cesar Acosta Navarro, pai de Marco Aurélio, relatou dificuldades para conseguir informações sobre o filho, tanto no hotel quanto na porta do hospital.

Ele disse que esteve com o filho antes de o jovem ser encaminhado ao centro cirúrgico. “Uma luta no hospital para poder salvar a vida dele. Encontrei ele pedindo socorro, sofrendo”, disse. “Tem sido um filme de terror, um pesadelo desde o início. E continua sendo.”

Polícia teria sido acionada após briga em hotel

Em depoimento à polícia, uma mulher de 21 anos, que estava hospedada com o rapaz, contou que Marco Aurélio tinha consumido bebida alcoólica e que eles teriam brigado. No relato, ela afirma que foi agredida pelo estudante.

Ela contou ainda que a polícia teria sido acionada por funcionários do hotel por conta da discussão. Ela deixou o quarto e foi até a recepção, onde ficou abrigada. O estudante saiu para a rua em busca dela. Logo depois, retornou correndo e os policiais entraram no local.

Aos investigadores, a jovem contou que trabalha como garota de programa e que conhecia o estudante havia dois anos. Nesse período, eles tiveram um relacionamento amoroso, mas ela afirma que não deixou de cobrá-lo e, por isso, ele teria uma dívida com ela de cerca de R$ 20 mil. A discussão entre os dois teria sido motivada por causa dessas questões.

Segundo ela, o recepcionista do hotel teria chamado a polícia após escutar os dois brigando. A jovem diz que conseguiu sair do quarto, desceu as escadas do hotel e se escondeu próximo à recepção. Marco Aurélio teria seguido a jovem e ido até a rua. Ela afirma que, na sequência, escutou um policial entrar no estabelecimento e perguntar por que o estudante teria batido na viatura. Em seguida, escutou o disparo de arma de fogo.

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Caso ocorreu na madrugada de quarta, 20, dentro de hotel na Zona Sul da capital.

O que diz a SSP

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirma que os policiais envolvidos na ocorrência prestaram depoimento, foram indiciados e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações.

A conduta dos agentes é investigada. As imagens das câmeras corporais que registraram o fato serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

No boletim de ocorrência, os policiais relataram que Marco Aurélio estaria alterado e agressivo e teria resistido à abordagem policial “entrando em vias de fato com a equipe policial e, em determinado momento, tentou subtrair a arma de fogo” de um dos policiais.

Um dos agentes que estava na ação efetuou um disparo em direção ao estudante “a fim de impedi-lo”, diz o registro.

O resgate foi acionado e o rapaz foi socorrido ao Hospital Ipiranga, onde morreu horas depois. Ainda segundo o boletim, “todos os policiais militares portavam câmeras corporais.”

As imagens registradas pelas câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Quem era o estudante de Medicina

Marco Aurélio tinha 22 anos e estudava Medicina na Universidade Anhembi Morumbi. “A alegria da nossa casa, da nossa família, foi embora. Meu melhor amigo foi embora”, escreveu Frank Cardenas, irmão de Marco, nas redes sociais.

O estudante universitário Marco Aurélio Acosta, de 22 anos, morreu após ser baleado em uma abordagem policial na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Foto: Reprodução via instagram/@mcboydavm

Ele integrava o time dos alunos de Medicina da Universidade Anhembi Morumbi e era conhecido como “Bilau”. Em nota de pesar publicada nas redes sociais, a equipe afirmou que o estudante será lembrado com amor e carinho.

A médica Silvia Mônica Cardenas Prado, mãe do estudante de Medicina morto pela Polícia Militar em uma abordagem na zona sul de São Paulo, questiona o uso da violência das forças de segurança do Estado. Marco Aurélio Acosta, de 22 anos, morreu na madrugada de quarta-feira, 20, após ser baleado à queima-roupa dentro de um hotel na Vila Mariana.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que o “jovem golpeou a viatura policial e tentou fugir”. O Estadão apurou que Marco Aurélio Acosta teria acertado o retrovisor do automóvel da PM. Ainda de acordo com a SSP, ao ser abordado, ele investiu contra os policiais e foi baleado. A pasta informou também que o caso é investigado e que os policiais envolvidos foram afastados.

“Então, a vida de um ser humano vale um retrovisor de um policial? A Polícia Militar de SP está matando por um retrovisor? Eu quero o cadáver do meu filho, eu quero enterrar ele”, disse Silvia ao Estadão.

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Mãe e pai de Marco Aurélio Cardenas Acosta questionam violência e despreparo policial e dizem aguardar liberação do corpo para sepultar o filho.

Imagens de câmeras de segurança do hotel mostram o momento da ação dos policiais. Entretanto, ainda não está claro o que teria ocorrido entre o jovem e os PMs na rua, antes de ele ser baleado no saguão do estabelecimento.

A família da vítima cobra respostas sobre as circunstâncias da morte do estudante. Julio Cesar Acosta Navarro, pai de Marco Aurélio, relatou dificuldades para conseguir informações sobre o filho, tanto no hotel quanto na porta do hospital.

Ele disse que esteve com o filho antes de o jovem ser encaminhado ao centro cirúrgico. “Uma luta no hospital para poder salvar a vida dele. Encontrei ele pedindo socorro, sofrendo”, disse. “Tem sido um filme de terror, um pesadelo desde o início. E continua sendo.”

Polícia teria sido acionada após briga em hotel

Em depoimento à polícia, uma mulher de 21 anos, que estava hospedada com o rapaz, contou que Marco Aurélio tinha consumido bebida alcoólica e que eles teriam brigado. No relato, ela afirma que foi agredida pelo estudante.

Ela contou ainda que a polícia teria sido acionada por funcionários do hotel por conta da discussão. Ela deixou o quarto e foi até a recepção, onde ficou abrigada. O estudante saiu para a rua em busca dela. Logo depois, retornou correndo e os policiais entraram no local.

Aos investigadores, a jovem contou que trabalha como garota de programa e que conhecia o estudante havia dois anos. Nesse período, eles tiveram um relacionamento amoroso, mas ela afirma que não deixou de cobrá-lo e, por isso, ele teria uma dívida com ela de cerca de R$ 20 mil. A discussão entre os dois teria sido motivada por causa dessas questões.

Segundo ela, o recepcionista do hotel teria chamado a polícia após escutar os dois brigando. A jovem diz que conseguiu sair do quarto, desceu as escadas do hotel e se escondeu próximo à recepção. Marco Aurélio teria seguido a jovem e ido até a rua. Ela afirma que, na sequência, escutou um policial entrar no estabelecimento e perguntar por que o estudante teria batido na viatura. Em seguida, escutou o disparo de arma de fogo.

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Caso ocorreu na madrugada de quarta, 20, dentro de hotel na Zona Sul da capital.

O que diz a SSP

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirma que os policiais envolvidos na ocorrência prestaram depoimento, foram indiciados e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações.

A conduta dos agentes é investigada. As imagens das câmeras corporais que registraram o fato serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

No boletim de ocorrência, os policiais relataram que Marco Aurélio estaria alterado e agressivo e teria resistido à abordagem policial “entrando em vias de fato com a equipe policial e, em determinado momento, tentou subtrair a arma de fogo” de um dos policiais.

Um dos agentes que estava na ação efetuou um disparo em direção ao estudante “a fim de impedi-lo”, diz o registro.

O resgate foi acionado e o rapaz foi socorrido ao Hospital Ipiranga, onde morreu horas depois. Ainda segundo o boletim, “todos os policiais militares portavam câmeras corporais.”

As imagens registradas pelas câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Quem era o estudante de Medicina

Marco Aurélio tinha 22 anos e estudava Medicina na Universidade Anhembi Morumbi. “A alegria da nossa casa, da nossa família, foi embora. Meu melhor amigo foi embora”, escreveu Frank Cardenas, irmão de Marco, nas redes sociais.

O estudante universitário Marco Aurélio Acosta, de 22 anos, morreu após ser baleado em uma abordagem policial na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Foto: Reprodução via instagram/@mcboydavm

Ele integrava o time dos alunos de Medicina da Universidade Anhembi Morumbi e era conhecido como “Bilau”. Em nota de pesar publicada nas redes sociais, a equipe afirmou que o estudante será lembrado com amor e carinho.

A médica Silvia Mônica Cardenas Prado, mãe do estudante de Medicina morto pela Polícia Militar em uma abordagem na zona sul de São Paulo, questiona o uso da violência das forças de segurança do Estado. Marco Aurélio Acosta, de 22 anos, morreu na madrugada de quarta-feira, 20, após ser baleado à queima-roupa dentro de um hotel na Vila Mariana.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que o “jovem golpeou a viatura policial e tentou fugir”. O Estadão apurou que Marco Aurélio Acosta teria acertado o retrovisor do automóvel da PM. Ainda de acordo com a SSP, ao ser abordado, ele investiu contra os policiais e foi baleado. A pasta informou também que o caso é investigado e que os policiais envolvidos foram afastados.

“Então, a vida de um ser humano vale um retrovisor de um policial? A Polícia Militar de SP está matando por um retrovisor? Eu quero o cadáver do meu filho, eu quero enterrar ele”, disse Silvia ao Estadão.

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Mãe e pai de Marco Aurélio Cardenas Acosta questionam violência e despreparo policial e dizem aguardar liberação do corpo para sepultar o filho.

Imagens de câmeras de segurança do hotel mostram o momento da ação dos policiais. Entretanto, ainda não está claro o que teria ocorrido entre o jovem e os PMs na rua, antes de ele ser baleado no saguão do estabelecimento.

A família da vítima cobra respostas sobre as circunstâncias da morte do estudante. Julio Cesar Acosta Navarro, pai de Marco Aurélio, relatou dificuldades para conseguir informações sobre o filho, tanto no hotel quanto na porta do hospital.

Ele disse que esteve com o filho antes de o jovem ser encaminhado ao centro cirúrgico. “Uma luta no hospital para poder salvar a vida dele. Encontrei ele pedindo socorro, sofrendo”, disse. “Tem sido um filme de terror, um pesadelo desde o início. E continua sendo.”

Polícia teria sido acionada após briga em hotel

Em depoimento à polícia, uma mulher de 21 anos, que estava hospedada com o rapaz, contou que Marco Aurélio tinha consumido bebida alcoólica e que eles teriam brigado. No relato, ela afirma que foi agredida pelo estudante.

Ela contou ainda que a polícia teria sido acionada por funcionários do hotel por conta da discussão. Ela deixou o quarto e foi até a recepção, onde ficou abrigada. O estudante saiu para a rua em busca dela. Logo depois, retornou correndo e os policiais entraram no local.

Aos investigadores, a jovem contou que trabalha como garota de programa e que conhecia o estudante havia dois anos. Nesse período, eles tiveram um relacionamento amoroso, mas ela afirma que não deixou de cobrá-lo e, por isso, ele teria uma dívida com ela de cerca de R$ 20 mil. A discussão entre os dois teria sido motivada por causa dessas questões.

Segundo ela, o recepcionista do hotel teria chamado a polícia após escutar os dois brigando. A jovem diz que conseguiu sair do quarto, desceu as escadas do hotel e se escondeu próximo à recepção. Marco Aurélio teria seguido a jovem e ido até a rua. Ela afirma que, na sequência, escutou um policial entrar no estabelecimento e perguntar por que o estudante teria batido na viatura. Em seguida, escutou o disparo de arma de fogo.

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Caso ocorreu na madrugada de quarta, 20, dentro de hotel na Zona Sul da capital.

O que diz a SSP

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirma que os policiais envolvidos na ocorrência prestaram depoimento, foram indiciados e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações.

A conduta dos agentes é investigada. As imagens das câmeras corporais que registraram o fato serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

No boletim de ocorrência, os policiais relataram que Marco Aurélio estaria alterado e agressivo e teria resistido à abordagem policial “entrando em vias de fato com a equipe policial e, em determinado momento, tentou subtrair a arma de fogo” de um dos policiais.

Um dos agentes que estava na ação efetuou um disparo em direção ao estudante “a fim de impedi-lo”, diz o registro.

O resgate foi acionado e o rapaz foi socorrido ao Hospital Ipiranga, onde morreu horas depois. Ainda segundo o boletim, “todos os policiais militares portavam câmeras corporais.”

As imagens registradas pelas câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Quem era o estudante de Medicina

Marco Aurélio tinha 22 anos e estudava Medicina na Universidade Anhembi Morumbi. “A alegria da nossa casa, da nossa família, foi embora. Meu melhor amigo foi embora”, escreveu Frank Cardenas, irmão de Marco, nas redes sociais.

O estudante universitário Marco Aurélio Acosta, de 22 anos, morreu após ser baleado em uma abordagem policial na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Foto: Reprodução via instagram/@mcboydavm

Ele integrava o time dos alunos de Medicina da Universidade Anhembi Morumbi e era conhecido como “Bilau”. Em nota de pesar publicada nas redes sociais, a equipe afirmou que o estudante será lembrado com amor e carinho.

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