Presos integrantes de máfia chinesa suspeitos de extorsões e assassinatos


Grupo criminoso exigia pagamentos em dinheiro de comerciantes - também chineses - que trabalham na 25 de Março e na Santa Ifigênia

Por Alexandre Hisayasu
Policiais descobriram que integrantes da máfia chinesa são de Fujian, uma província da China Foto: Reprodução/Polícia Civil

Policiais do Departamento de Homicídios e de Proteção à pessoa (DHPP) prenderam nesta quarta-feira, 8, 14 suspeitos de integrar a máfia chinesa. O grupo atua na região central de São Paulo e exige pagamentos em dinheiro de comerciantes chineses que trabalham na 25 de março e na Rua Santa Ifigênia vendendo produtos eletrônicos. Os presos são investigados há cinco meses por envolvimento em assassinatos, sequestros e extorsões. 

Segundo a diretora do DHPP, delegada Elisabete Sato,a investigação começou após o assassinato de três chineses em situações distintas, em 2015 e 2016. “Com o decorrer das apurações descobrimos que os assassinatos tinham ligações com crimes de extorsão, sequestro, jogos de azar, tráfico de pessoas para trabalho escravo e prostituição”, afirmou.

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Os policiais descobriram que os integrantes da máfia chinesa presos são de Fujian, uma província do país oriental, e se instalaram em São Paulo para comandar uma rede de crimes. “Existem duas facções criminosas, onde uma não atrapalha a atividade da outra”, disse Sato.

A investigação descobriu que os vendedores chineses de eletrônicos em shoppings populares da 25 de Março são as principais vítimas. Eles eram obrigados a pagar uma taxa mensal, que variava de R$ 5 mil a R$ 10 mil. Quem se recusava sofria represálias. A polícia tem relatos de vítimas que foram espancadas, tiveram os produtos roubados e o box destruído. 

“Os três casos de assassinato que investigamos são de pessoas que se recusaram ou não tinham mais condições de pagar”, explicou a delegada . “Conseguimos identificar 10 vítimas de extorsão, porque o um dos nossos delegados, Charlei Mi Wang, fala mandarim.”  Está sob investigação ainda um esquema de tráfico de pessoas que traz chineses, principalmente homens, para trabalho escravo e também mulheres para prostituição. 

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Mortes. Um dos casos, aconteceu em março de 2016. Um casal de chineses parou o carro, uma Land Rover, em um semáfaro, na Vila Guilherme, na zona norte da cidade, quando foi surpreendido por dois homens em uma moto, que chegaram atirando. A mulher levou cinco tiros e morreu na hora. O homem recebeu 16 disparos, mas sobreviveu.

Nas investigações, o DHPP apurou que os bandidos eram paraguaios e foram contratados só para matar o casal. Após o crime, eles retornaram ao Paraguai. Nesta quarta, os policiais cumpriram 20 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão. Ao todo, foram apreendidas sete pistolas (duas com silenciadores). O suspeitos de liderar os bandidos, Liu Bitong, fugiu.

Policiais descobriram que integrantes da máfia chinesa são de Fujian, uma província da China Foto: Reprodução/Polícia Civil

Policiais do Departamento de Homicídios e de Proteção à pessoa (DHPP) prenderam nesta quarta-feira, 8, 14 suspeitos de integrar a máfia chinesa. O grupo atua na região central de São Paulo e exige pagamentos em dinheiro de comerciantes chineses que trabalham na 25 de março e na Rua Santa Ifigênia vendendo produtos eletrônicos. Os presos são investigados há cinco meses por envolvimento em assassinatos, sequestros e extorsões. 

Segundo a diretora do DHPP, delegada Elisabete Sato,a investigação começou após o assassinato de três chineses em situações distintas, em 2015 e 2016. “Com o decorrer das apurações descobrimos que os assassinatos tinham ligações com crimes de extorsão, sequestro, jogos de azar, tráfico de pessoas para trabalho escravo e prostituição”, afirmou.

Os policiais descobriram que os integrantes da máfia chinesa presos são de Fujian, uma província do país oriental, e se instalaram em São Paulo para comandar uma rede de crimes. “Existem duas facções criminosas, onde uma não atrapalha a atividade da outra”, disse Sato.

A investigação descobriu que os vendedores chineses de eletrônicos em shoppings populares da 25 de Março são as principais vítimas. Eles eram obrigados a pagar uma taxa mensal, que variava de R$ 5 mil a R$ 10 mil. Quem se recusava sofria represálias. A polícia tem relatos de vítimas que foram espancadas, tiveram os produtos roubados e o box destruído. 

“Os três casos de assassinato que investigamos são de pessoas que se recusaram ou não tinham mais condições de pagar”, explicou a delegada . “Conseguimos identificar 10 vítimas de extorsão, porque o um dos nossos delegados, Charlei Mi Wang, fala mandarim.”  Está sob investigação ainda um esquema de tráfico de pessoas que traz chineses, principalmente homens, para trabalho escravo e também mulheres para prostituição. 

Mortes. Um dos casos, aconteceu em março de 2016. Um casal de chineses parou o carro, uma Land Rover, em um semáfaro, na Vila Guilherme, na zona norte da cidade, quando foi surpreendido por dois homens em uma moto, que chegaram atirando. A mulher levou cinco tiros e morreu na hora. O homem recebeu 16 disparos, mas sobreviveu.

Nas investigações, o DHPP apurou que os bandidos eram paraguaios e foram contratados só para matar o casal. Após o crime, eles retornaram ao Paraguai. Nesta quarta, os policiais cumpriram 20 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão. Ao todo, foram apreendidas sete pistolas (duas com silenciadores). O suspeitos de liderar os bandidos, Liu Bitong, fugiu.

Policiais descobriram que integrantes da máfia chinesa são de Fujian, uma província da China Foto: Reprodução/Polícia Civil

Policiais do Departamento de Homicídios e de Proteção à pessoa (DHPP) prenderam nesta quarta-feira, 8, 14 suspeitos de integrar a máfia chinesa. O grupo atua na região central de São Paulo e exige pagamentos em dinheiro de comerciantes chineses que trabalham na 25 de março e na Rua Santa Ifigênia vendendo produtos eletrônicos. Os presos são investigados há cinco meses por envolvimento em assassinatos, sequestros e extorsões. 

Segundo a diretora do DHPP, delegada Elisabete Sato,a investigação começou após o assassinato de três chineses em situações distintas, em 2015 e 2016. “Com o decorrer das apurações descobrimos que os assassinatos tinham ligações com crimes de extorsão, sequestro, jogos de azar, tráfico de pessoas para trabalho escravo e prostituição”, afirmou.

Os policiais descobriram que os integrantes da máfia chinesa presos são de Fujian, uma província do país oriental, e se instalaram em São Paulo para comandar uma rede de crimes. “Existem duas facções criminosas, onde uma não atrapalha a atividade da outra”, disse Sato.

A investigação descobriu que os vendedores chineses de eletrônicos em shoppings populares da 25 de Março são as principais vítimas. Eles eram obrigados a pagar uma taxa mensal, que variava de R$ 5 mil a R$ 10 mil. Quem se recusava sofria represálias. A polícia tem relatos de vítimas que foram espancadas, tiveram os produtos roubados e o box destruído. 

“Os três casos de assassinato que investigamos são de pessoas que se recusaram ou não tinham mais condições de pagar”, explicou a delegada . “Conseguimos identificar 10 vítimas de extorsão, porque o um dos nossos delegados, Charlei Mi Wang, fala mandarim.”  Está sob investigação ainda um esquema de tráfico de pessoas que traz chineses, principalmente homens, para trabalho escravo e também mulheres para prostituição. 

Mortes. Um dos casos, aconteceu em março de 2016. Um casal de chineses parou o carro, uma Land Rover, em um semáfaro, na Vila Guilherme, na zona norte da cidade, quando foi surpreendido por dois homens em uma moto, que chegaram atirando. A mulher levou cinco tiros e morreu na hora. O homem recebeu 16 disparos, mas sobreviveu.

Nas investigações, o DHPP apurou que os bandidos eram paraguaios e foram contratados só para matar o casal. Após o crime, eles retornaram ao Paraguai. Nesta quarta, os policiais cumpriram 20 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão. Ao todo, foram apreendidas sete pistolas (duas com silenciadores). O suspeitos de liderar os bandidos, Liu Bitong, fugiu.

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