A Polícia Civil de São Paulo prendeu 38 suspeitos de fazer lavagem de dinheiro em um roubo que gerou prejuízo de R$ 14 milhões a uma empresa no Itaim Bibi, zona sul paulistana. A operação, denominada “Teia”, foi deflagrada nesta terça-feira, 17, e teve a participação de 230 policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e do Garra/Dope.
Conforme a Secretaria de Segurança Pública paulista, os policiais civis cumpriram 64 mandados de prisão em São Paulo (na capital e em cidades do litoral) e também nos Estados do Rio de Janeiro, Maranhão, Ceará, Piauí e Santa Catarina. Mais da metade dos alvos foram presos, e polícia ainda busca localizar outros suspeitos.
A operação desta terça foi coordenada pela 1ª Delegacia de Investigações de Crimes Contra o Patrimônio, que investiga roubos e latrocínios. Os alvos das prisões são suspeitos de terem contas correntes que foram utilizadas para receber e transferir valores obtidos por meio de crimes, os chamados “conteiros”.
O roubo ocorreu em agosto do ano passado. Integrantes da quadrilha renderam as vítimas em uma empresa no Itaim Bibi e as obrigaram a fazer transferência via Pix. O crime resultou em um prejuízo de R$ 14 milhões em desvios bancários. Durante a divulgação do balanço da operação, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, capitão Guilherme Derrite, disse que os bancos estornaram R$ 4 milhões, mas R$ 10 milhões teriam permanecido com a quadrilha.
Foram cumpridos 65 mandados de busca e apreensão para tentar localizar o dinheiro e outras provas do crime. A secretaria informou que, em um dos locais, na zona leste de São Paulo, foi encontrado um cômodo possivelmente usado como cativeiro. Como mostrou o Estadão nesta terça, com o Pix e o chamado Golpe do Amor, os sequestros estão em alta na cidade. A capital reúne 98 dos 165 casos registrados nos três primeiros trimestres do ano passado.
Os 38 presos e o material apreendido na operação foram encaminhados para a sede do Deic, na zona norte da capital. A as investigações prosseguem.