Prédio de alto padrão ganha comércio


Empreendimentos que associam lojas e apartamentosvoltam a ser tendência em SP

Por Nataly Costa

Uma tendência que já esteve em voga no mercado imobiliário de São Paulo nas décadas de 1950 e 1960 está de volta - e agora nos empreendimentos de alto padrão. São os prédios de uso misto, com lojas comerciais no andar térreo e apartamentos residenciais em cima. Mas, diferentemente do que ocorria nos edifícios antigos, agora não é qualquer comércio que integra o empreendimento: é preciso que esteja em sintonia com o estilo de vida dos moradores.

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No Brooklin, zona sul de São Paulo, o Habitarte está sendo construído com um "supermercado butique" embaixo. No Tatuapé, na zona leste, o The Gardens Spring não terá apenas lojinhas, mas um "mall" com um mix de marcas típico de shoppings centers. Até em Santos, no litoral paulista, um famoso supermercado foi colocado abaixo para ser reconstruído em versão "premium", com um prédio de luxo em cima.

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Os apartamentos são pequenos - no Atelier Mosaik, na Vila Sônia, as unidades têm 63 e 80 metros quadrados. No Smiley, no Butantã, o menor tem 77 m². O que importa é a facilidade de ter, à distância de uma corrida de elevador, lojas de conveniência e supermercados.

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"É o contraponto do antigo flat, que era legal, tinha serviços, mas também aquela impessoalidade de hotel. O prédio com comércio, não. Ele tem mais cara de lar", conta Silvio de Andrade, corretor de imóveis e comprador de um apartamento no Habitarte.

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Quem também comprou lá foi o arquiteto João Armentano - não para ele, mas para o filho, Thiago, de 22 anos. Ele também assina o projeto de decoração do edifício. "É engraçado quando você gosta tanto de um trabalho que dá vontade de morar nele. Eu vi o conceito e pensei no Thiago, que estuda Arquitetura e trabalha na área de bares e restaurantes", diz João. "Esse tipo de prédio é a evolução da moradia, é se dirigir para um País mais inteligente, unindo o conceito plasticamente atraente do prédio com as facilidades do dia a dia."

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Demanda por serviços.

Para as imobiliárias e construtoras, a tendência nasce de uma demanda por serviços cada vez mais próximos da moradia. "O deslocamento é uma coisa cada vez mais complicada em São Paulo, então, quanto mais serviços perto de casa, melhor. Agora, a loja tem de se adequar bem ao conceito do empreendimento", diz Felipe Soares, diretor de incorporação da Yuny.

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Mesmo que as lojas e os supermercados sejam abertos para o público, quem trabalha no ramo diz que não é possível fazer nada que destoe do perfil dos moradores. "O empreendimento vai atingir o público do bairro, ele até pega mais em áreas de grande movimento de carro ou de pedestre. Mas, quem compra quer saber que o que tem ali é um supermercado butique e não um banco popular", diz Mirella Parpinelle, diretora-geral de atendimento da Lopes Imobiliária. Em alguns casos, o negócio é interessante também para o dono do terreno. "Ele vende o espaço para a construtora e, em vez de um apartamento, pede uma loja no mall", conta André Lucarelli, da Brookfield Incorporações.

"Em Madri, Paris, Londres, isso é a coisa mais normal do mundo. Sem contar que, em alguns casos, a loja barateia o custo do condomínio", diz o diretor executivo do Secovi (sindicato da habitação), Celso Petrucci.

Uma tendência que já esteve em voga no mercado imobiliário de São Paulo nas décadas de 1950 e 1960 está de volta - e agora nos empreendimentos de alto padrão. São os prédios de uso misto, com lojas comerciais no andar térreo e apartamentos residenciais em cima. Mas, diferentemente do que ocorria nos edifícios antigos, agora não é qualquer comércio que integra o empreendimento: é preciso que esteja em sintonia com o estilo de vida dos moradores.

No Brooklin, zona sul de São Paulo, o Habitarte está sendo construído com um "supermercado butique" embaixo. No Tatuapé, na zona leste, o The Gardens Spring não terá apenas lojinhas, mas um "mall" com um mix de marcas típico de shoppings centers. Até em Santos, no litoral paulista, um famoso supermercado foi colocado abaixo para ser reconstruído em versão "premium", com um prédio de luxo em cima.

Os apartamentos são pequenos - no Atelier Mosaik, na Vila Sônia, as unidades têm 63 e 80 metros quadrados. No Smiley, no Butantã, o menor tem 77 m². O que importa é a facilidade de ter, à distância de uma corrida de elevador, lojas de conveniência e supermercados.

"É o contraponto do antigo flat, que era legal, tinha serviços, mas também aquela impessoalidade de hotel. O prédio com comércio, não. Ele tem mais cara de lar", conta Silvio de Andrade, corretor de imóveis e comprador de um apartamento no Habitarte.

Quem também comprou lá foi o arquiteto João Armentano - não para ele, mas para o filho, Thiago, de 22 anos. Ele também assina o projeto de decoração do edifício. "É engraçado quando você gosta tanto de um trabalho que dá vontade de morar nele. Eu vi o conceito e pensei no Thiago, que estuda Arquitetura e trabalha na área de bares e restaurantes", diz João. "Esse tipo de prédio é a evolução da moradia, é se dirigir para um País mais inteligente, unindo o conceito plasticamente atraente do prédio com as facilidades do dia a dia."

Demanda por serviços.

Para as imobiliárias e construtoras, a tendência nasce de uma demanda por serviços cada vez mais próximos da moradia. "O deslocamento é uma coisa cada vez mais complicada em São Paulo, então, quanto mais serviços perto de casa, melhor. Agora, a loja tem de se adequar bem ao conceito do empreendimento", diz Felipe Soares, diretor de incorporação da Yuny.

Mesmo que as lojas e os supermercados sejam abertos para o público, quem trabalha no ramo diz que não é possível fazer nada que destoe do perfil dos moradores. "O empreendimento vai atingir o público do bairro, ele até pega mais em áreas de grande movimento de carro ou de pedestre. Mas, quem compra quer saber que o que tem ali é um supermercado butique e não um banco popular", diz Mirella Parpinelle, diretora-geral de atendimento da Lopes Imobiliária. Em alguns casos, o negócio é interessante também para o dono do terreno. "Ele vende o espaço para a construtora e, em vez de um apartamento, pede uma loja no mall", conta André Lucarelli, da Brookfield Incorporações.

"Em Madri, Paris, Londres, isso é a coisa mais normal do mundo. Sem contar que, em alguns casos, a loja barateia o custo do condomínio", diz o diretor executivo do Secovi (sindicato da habitação), Celso Petrucci.

Uma tendência que já esteve em voga no mercado imobiliário de São Paulo nas décadas de 1950 e 1960 está de volta - e agora nos empreendimentos de alto padrão. São os prédios de uso misto, com lojas comerciais no andar térreo e apartamentos residenciais em cima. Mas, diferentemente do que ocorria nos edifícios antigos, agora não é qualquer comércio que integra o empreendimento: é preciso que esteja em sintonia com o estilo de vida dos moradores.

No Brooklin, zona sul de São Paulo, o Habitarte está sendo construído com um "supermercado butique" embaixo. No Tatuapé, na zona leste, o The Gardens Spring não terá apenas lojinhas, mas um "mall" com um mix de marcas típico de shoppings centers. Até em Santos, no litoral paulista, um famoso supermercado foi colocado abaixo para ser reconstruído em versão "premium", com um prédio de luxo em cima.

Os apartamentos são pequenos - no Atelier Mosaik, na Vila Sônia, as unidades têm 63 e 80 metros quadrados. No Smiley, no Butantã, o menor tem 77 m². O que importa é a facilidade de ter, à distância de uma corrida de elevador, lojas de conveniência e supermercados.

"É o contraponto do antigo flat, que era legal, tinha serviços, mas também aquela impessoalidade de hotel. O prédio com comércio, não. Ele tem mais cara de lar", conta Silvio de Andrade, corretor de imóveis e comprador de um apartamento no Habitarte.

Quem também comprou lá foi o arquiteto João Armentano - não para ele, mas para o filho, Thiago, de 22 anos. Ele também assina o projeto de decoração do edifício. "É engraçado quando você gosta tanto de um trabalho que dá vontade de morar nele. Eu vi o conceito e pensei no Thiago, que estuda Arquitetura e trabalha na área de bares e restaurantes", diz João. "Esse tipo de prédio é a evolução da moradia, é se dirigir para um País mais inteligente, unindo o conceito plasticamente atraente do prédio com as facilidades do dia a dia."

Demanda por serviços.

Para as imobiliárias e construtoras, a tendência nasce de uma demanda por serviços cada vez mais próximos da moradia. "O deslocamento é uma coisa cada vez mais complicada em São Paulo, então, quanto mais serviços perto de casa, melhor. Agora, a loja tem de se adequar bem ao conceito do empreendimento", diz Felipe Soares, diretor de incorporação da Yuny.

Mesmo que as lojas e os supermercados sejam abertos para o público, quem trabalha no ramo diz que não é possível fazer nada que destoe do perfil dos moradores. "O empreendimento vai atingir o público do bairro, ele até pega mais em áreas de grande movimento de carro ou de pedestre. Mas, quem compra quer saber que o que tem ali é um supermercado butique e não um banco popular", diz Mirella Parpinelle, diretora-geral de atendimento da Lopes Imobiliária. Em alguns casos, o negócio é interessante também para o dono do terreno. "Ele vende o espaço para a construtora e, em vez de um apartamento, pede uma loja no mall", conta André Lucarelli, da Brookfield Incorporações.

"Em Madri, Paris, Londres, isso é a coisa mais normal do mundo. Sem contar que, em alguns casos, a loja barateia o custo do condomínio", diz o diretor executivo do Secovi (sindicato da habitação), Celso Petrucci.

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