Prefeitura prevê Parque Augusta com deque, arquibancada e ‘cachorródromo’


Da área total do parque, 90% será permeável, ou seja, sem cobertura de qualquer material, como cimento

Por Fabio Leite e Felipe Resk
Terreno tem 24 mil m²na região central de São Paulo Foto: Tiago Queiroz/Estadão

SÃO PAULO - O Parque Augusta já tem seu primeiro desenho oficial. Sob expectativa de finalizar o acordo que colocaria fim à disputa entre Prefeitura, construtoras e ativistas, a gestão João Doria (PSDB) elaborou o projeto preliminar do equipamento, que prevê a construção de arquibancada, deque, espaço para redes e até “cachorródromo” no terreno de 24 mil m², na região central de São Paulo. Da área total do parque, apenas 10% terá o piso coberto.

O Estado teve acesso a plantas e croquis do futuro parque. O projeto foi desenvolvido pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente com base em cinco propostas que haviam sido entregues por ativistas. Apesar de ter sido apresentada às empresas donas do terreno, Setin e Cyrela, a versão é preliminar e pode ser revisada.

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“Costuramos os cinco projetos em uma proposta única”, disse ao Estado o secretário Gilberto Natalini. “Aproveitamos um pouquinho de cada, de modo inteligente e dentro dos conformes do que é um parque.”

As empresas, diz o secretário, teriam concordado com o desenho. “Elas gostaram. Disseram que topam fazer.” Caso se confirme o acordo, as construtoras contratarão um escritório para elaborar o projeto executivo – este, sim, definitivo.

Da área total do parque, apenas 10% terá o piso coberto Foto: Secretaria do Verde e do Meio Ambiente
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Na proposta, consta a preservação do patrimônio tombado, que inclui a vegetação do bosque, o portal da Rua Caio Prado e o casarão do antigo Colégio Des Oiseaux. A edificação deve passar a receber atividades culturais e de educação ambiental.

Serão três acessos: dois na Rua Augusta e outro na Caio Prado. Uma arena, composta por um deque elevado, arquibancada e uma praça, recepcionará quem chegar pelo acesso superior da Augusta. Nessa área, também vão ficar a administração e os sanitários. De lá, ainda parte a trilha principal do parque, que prevê outro caminho de terra batida para os visitantes. Haverá um playground, quatro equipamentos de ginástica para idosos, além de um gramado, um “redário” – espaço onde será possível colocar redes – e um “cachorródromo”, área para soltar os cães.

O muro que contorna o terreno será substituído por gradil, mas as bases arcadas serão preservadas. Segundo o projeto, 90% da área do parque será permeável, ou seja, sem cobertura de qualquer material, como concreto. O projeto chegou a prever uma cascata de 305 m², mas a ideia foi descartada.

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“Me parece que o Parque Augusta é um caminho sem volta”, comemora Célia Marcondes, presidente da Sociedade dos Amigos e Moradores do Bairro de Cerqueira César, que defende novas rodadas de discussão. “A cascata seria uma solução inteligente para os problemas da área, que sofre com enchente e solapamento de asfalto.” 

Já o urbanista Augusto Aneas, do Organismo Parque Augusta, diz que o projeto “não é definitivo” e que precisa adotar “metodologia mais comunitária”. “Tudo aconteceu em um mês, enquanto estamos lutando há 40 anos pelo parque.”

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Permuta

 O secretário municipal de Justiça, Anderson Pomini, espera anunciar o acordo na semana que vem. Segundo a proposta, além de ceder o terreno, as empresas ficarão responsáveis pela construção e manutenção do parque por dois anos, pela zeladoria das Praças Victor Civita, em Pinheiros, na zona oeste, e da Praça Roosevelt, no centro, pelo mesmo período. Há previsão também de construção de uma creche, um albergue e uma nova sede para a Prefeitura Regional de Pinheiros. 

Em troca, a Prefeitura vai ceder parte de um terreno de 50 mil m² em Pinheiros. Tanto a Prefeitura como as empresas e o Ministério Público Estadual vão fazer perícias nos dois terrenos para avaliar o valor de ambos. “Pretende-se permutar negócio com negócio: não é metro por metro ou terra por terra. Isso fará com que tanto a Prefeitura como as empresas não saiam em vantagem”, diz Pomini.

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Procuradas, Setin e Cyrela não se manifestaram. 

Terreno tem 24 mil m²na região central de São Paulo Foto: Tiago Queiroz/Estadão

SÃO PAULO - O Parque Augusta já tem seu primeiro desenho oficial. Sob expectativa de finalizar o acordo que colocaria fim à disputa entre Prefeitura, construtoras e ativistas, a gestão João Doria (PSDB) elaborou o projeto preliminar do equipamento, que prevê a construção de arquibancada, deque, espaço para redes e até “cachorródromo” no terreno de 24 mil m², na região central de São Paulo. Da área total do parque, apenas 10% terá o piso coberto.

O Estado teve acesso a plantas e croquis do futuro parque. O projeto foi desenvolvido pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente com base em cinco propostas que haviam sido entregues por ativistas. Apesar de ter sido apresentada às empresas donas do terreno, Setin e Cyrela, a versão é preliminar e pode ser revisada.

“Costuramos os cinco projetos em uma proposta única”, disse ao Estado o secretário Gilberto Natalini. “Aproveitamos um pouquinho de cada, de modo inteligente e dentro dos conformes do que é um parque.”

As empresas, diz o secretário, teriam concordado com o desenho. “Elas gostaram. Disseram que topam fazer.” Caso se confirme o acordo, as construtoras contratarão um escritório para elaborar o projeto executivo – este, sim, definitivo.

Da área total do parque, apenas 10% terá o piso coberto Foto: Secretaria do Verde e do Meio Ambiente

Na proposta, consta a preservação do patrimônio tombado, que inclui a vegetação do bosque, o portal da Rua Caio Prado e o casarão do antigo Colégio Des Oiseaux. A edificação deve passar a receber atividades culturais e de educação ambiental.

Serão três acessos: dois na Rua Augusta e outro na Caio Prado. Uma arena, composta por um deque elevado, arquibancada e uma praça, recepcionará quem chegar pelo acesso superior da Augusta. Nessa área, também vão ficar a administração e os sanitários. De lá, ainda parte a trilha principal do parque, que prevê outro caminho de terra batida para os visitantes. Haverá um playground, quatro equipamentos de ginástica para idosos, além de um gramado, um “redário” – espaço onde será possível colocar redes – e um “cachorródromo”, área para soltar os cães.

O muro que contorna o terreno será substituído por gradil, mas as bases arcadas serão preservadas. Segundo o projeto, 90% da área do parque será permeável, ou seja, sem cobertura de qualquer material, como concreto. O projeto chegou a prever uma cascata de 305 m², mas a ideia foi descartada.

“Me parece que o Parque Augusta é um caminho sem volta”, comemora Célia Marcondes, presidente da Sociedade dos Amigos e Moradores do Bairro de Cerqueira César, que defende novas rodadas de discussão. “A cascata seria uma solução inteligente para os problemas da área, que sofre com enchente e solapamento de asfalto.” 

Já o urbanista Augusto Aneas, do Organismo Parque Augusta, diz que o projeto “não é definitivo” e que precisa adotar “metodologia mais comunitária”. “Tudo aconteceu em um mês, enquanto estamos lutando há 40 anos pelo parque.”

Permuta

 O secretário municipal de Justiça, Anderson Pomini, espera anunciar o acordo na semana que vem. Segundo a proposta, além de ceder o terreno, as empresas ficarão responsáveis pela construção e manutenção do parque por dois anos, pela zeladoria das Praças Victor Civita, em Pinheiros, na zona oeste, e da Praça Roosevelt, no centro, pelo mesmo período. Há previsão também de construção de uma creche, um albergue e uma nova sede para a Prefeitura Regional de Pinheiros. 

Em troca, a Prefeitura vai ceder parte de um terreno de 50 mil m² em Pinheiros. Tanto a Prefeitura como as empresas e o Ministério Público Estadual vão fazer perícias nos dois terrenos para avaliar o valor de ambos. “Pretende-se permutar negócio com negócio: não é metro por metro ou terra por terra. Isso fará com que tanto a Prefeitura como as empresas não saiam em vantagem”, diz Pomini.

Procuradas, Setin e Cyrela não se manifestaram. 

Terreno tem 24 mil m²na região central de São Paulo Foto: Tiago Queiroz/Estadão

SÃO PAULO - O Parque Augusta já tem seu primeiro desenho oficial. Sob expectativa de finalizar o acordo que colocaria fim à disputa entre Prefeitura, construtoras e ativistas, a gestão João Doria (PSDB) elaborou o projeto preliminar do equipamento, que prevê a construção de arquibancada, deque, espaço para redes e até “cachorródromo” no terreno de 24 mil m², na região central de São Paulo. Da área total do parque, apenas 10% terá o piso coberto.

O Estado teve acesso a plantas e croquis do futuro parque. O projeto foi desenvolvido pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente com base em cinco propostas que haviam sido entregues por ativistas. Apesar de ter sido apresentada às empresas donas do terreno, Setin e Cyrela, a versão é preliminar e pode ser revisada.

“Costuramos os cinco projetos em uma proposta única”, disse ao Estado o secretário Gilberto Natalini. “Aproveitamos um pouquinho de cada, de modo inteligente e dentro dos conformes do que é um parque.”

As empresas, diz o secretário, teriam concordado com o desenho. “Elas gostaram. Disseram que topam fazer.” Caso se confirme o acordo, as construtoras contratarão um escritório para elaborar o projeto executivo – este, sim, definitivo.

Da área total do parque, apenas 10% terá o piso coberto Foto: Secretaria do Verde e do Meio Ambiente

Na proposta, consta a preservação do patrimônio tombado, que inclui a vegetação do bosque, o portal da Rua Caio Prado e o casarão do antigo Colégio Des Oiseaux. A edificação deve passar a receber atividades culturais e de educação ambiental.

Serão três acessos: dois na Rua Augusta e outro na Caio Prado. Uma arena, composta por um deque elevado, arquibancada e uma praça, recepcionará quem chegar pelo acesso superior da Augusta. Nessa área, também vão ficar a administração e os sanitários. De lá, ainda parte a trilha principal do parque, que prevê outro caminho de terra batida para os visitantes. Haverá um playground, quatro equipamentos de ginástica para idosos, além de um gramado, um “redário” – espaço onde será possível colocar redes – e um “cachorródromo”, área para soltar os cães.

O muro que contorna o terreno será substituído por gradil, mas as bases arcadas serão preservadas. Segundo o projeto, 90% da área do parque será permeável, ou seja, sem cobertura de qualquer material, como concreto. O projeto chegou a prever uma cascata de 305 m², mas a ideia foi descartada.

“Me parece que o Parque Augusta é um caminho sem volta”, comemora Célia Marcondes, presidente da Sociedade dos Amigos e Moradores do Bairro de Cerqueira César, que defende novas rodadas de discussão. “A cascata seria uma solução inteligente para os problemas da área, que sofre com enchente e solapamento de asfalto.” 

Já o urbanista Augusto Aneas, do Organismo Parque Augusta, diz que o projeto “não é definitivo” e que precisa adotar “metodologia mais comunitária”. “Tudo aconteceu em um mês, enquanto estamos lutando há 40 anos pelo parque.”

Permuta

 O secretário municipal de Justiça, Anderson Pomini, espera anunciar o acordo na semana que vem. Segundo a proposta, além de ceder o terreno, as empresas ficarão responsáveis pela construção e manutenção do parque por dois anos, pela zeladoria das Praças Victor Civita, em Pinheiros, na zona oeste, e da Praça Roosevelt, no centro, pelo mesmo período. Há previsão também de construção de uma creche, um albergue e uma nova sede para a Prefeitura Regional de Pinheiros. 

Em troca, a Prefeitura vai ceder parte de um terreno de 50 mil m² em Pinheiros. Tanto a Prefeitura como as empresas e o Ministério Público Estadual vão fazer perícias nos dois terrenos para avaliar o valor de ambos. “Pretende-se permutar negócio com negócio: não é metro por metro ou terra por terra. Isso fará com que tanto a Prefeitura como as empresas não saiam em vantagem”, diz Pomini.

Procuradas, Setin e Cyrela não se manifestaram. 

Terreno tem 24 mil m²na região central de São Paulo Foto: Tiago Queiroz/Estadão

SÃO PAULO - O Parque Augusta já tem seu primeiro desenho oficial. Sob expectativa de finalizar o acordo que colocaria fim à disputa entre Prefeitura, construtoras e ativistas, a gestão João Doria (PSDB) elaborou o projeto preliminar do equipamento, que prevê a construção de arquibancada, deque, espaço para redes e até “cachorródromo” no terreno de 24 mil m², na região central de São Paulo. Da área total do parque, apenas 10% terá o piso coberto.

O Estado teve acesso a plantas e croquis do futuro parque. O projeto foi desenvolvido pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente com base em cinco propostas que haviam sido entregues por ativistas. Apesar de ter sido apresentada às empresas donas do terreno, Setin e Cyrela, a versão é preliminar e pode ser revisada.

“Costuramos os cinco projetos em uma proposta única”, disse ao Estado o secretário Gilberto Natalini. “Aproveitamos um pouquinho de cada, de modo inteligente e dentro dos conformes do que é um parque.”

As empresas, diz o secretário, teriam concordado com o desenho. “Elas gostaram. Disseram que topam fazer.” Caso se confirme o acordo, as construtoras contratarão um escritório para elaborar o projeto executivo – este, sim, definitivo.

Da área total do parque, apenas 10% terá o piso coberto Foto: Secretaria do Verde e do Meio Ambiente

Na proposta, consta a preservação do patrimônio tombado, que inclui a vegetação do bosque, o portal da Rua Caio Prado e o casarão do antigo Colégio Des Oiseaux. A edificação deve passar a receber atividades culturais e de educação ambiental.

Serão três acessos: dois na Rua Augusta e outro na Caio Prado. Uma arena, composta por um deque elevado, arquibancada e uma praça, recepcionará quem chegar pelo acesso superior da Augusta. Nessa área, também vão ficar a administração e os sanitários. De lá, ainda parte a trilha principal do parque, que prevê outro caminho de terra batida para os visitantes. Haverá um playground, quatro equipamentos de ginástica para idosos, além de um gramado, um “redário” – espaço onde será possível colocar redes – e um “cachorródromo”, área para soltar os cães.

O muro que contorna o terreno será substituído por gradil, mas as bases arcadas serão preservadas. Segundo o projeto, 90% da área do parque será permeável, ou seja, sem cobertura de qualquer material, como concreto. O projeto chegou a prever uma cascata de 305 m², mas a ideia foi descartada.

“Me parece que o Parque Augusta é um caminho sem volta”, comemora Célia Marcondes, presidente da Sociedade dos Amigos e Moradores do Bairro de Cerqueira César, que defende novas rodadas de discussão. “A cascata seria uma solução inteligente para os problemas da área, que sofre com enchente e solapamento de asfalto.” 

Já o urbanista Augusto Aneas, do Organismo Parque Augusta, diz que o projeto “não é definitivo” e que precisa adotar “metodologia mais comunitária”. “Tudo aconteceu em um mês, enquanto estamos lutando há 40 anos pelo parque.”

Permuta

 O secretário municipal de Justiça, Anderson Pomini, espera anunciar o acordo na semana que vem. Segundo a proposta, além de ceder o terreno, as empresas ficarão responsáveis pela construção e manutenção do parque por dois anos, pela zeladoria das Praças Victor Civita, em Pinheiros, na zona oeste, e da Praça Roosevelt, no centro, pelo mesmo período. Há previsão também de construção de uma creche, um albergue e uma nova sede para a Prefeitura Regional de Pinheiros. 

Em troca, a Prefeitura vai ceder parte de um terreno de 50 mil m² em Pinheiros. Tanto a Prefeitura como as empresas e o Ministério Público Estadual vão fazer perícias nos dois terrenos para avaliar o valor de ambos. “Pretende-se permutar negócio com negócio: não é metro por metro ou terra por terra. Isso fará com que tanto a Prefeitura como as empresas não saiam em vantagem”, diz Pomini.

Procuradas, Setin e Cyrela não se manifestaram. 

Terreno tem 24 mil m²na região central de São Paulo Foto: Tiago Queiroz/Estadão

SÃO PAULO - O Parque Augusta já tem seu primeiro desenho oficial. Sob expectativa de finalizar o acordo que colocaria fim à disputa entre Prefeitura, construtoras e ativistas, a gestão João Doria (PSDB) elaborou o projeto preliminar do equipamento, que prevê a construção de arquibancada, deque, espaço para redes e até “cachorródromo” no terreno de 24 mil m², na região central de São Paulo. Da área total do parque, apenas 10% terá o piso coberto.

O Estado teve acesso a plantas e croquis do futuro parque. O projeto foi desenvolvido pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente com base em cinco propostas que haviam sido entregues por ativistas. Apesar de ter sido apresentada às empresas donas do terreno, Setin e Cyrela, a versão é preliminar e pode ser revisada.

“Costuramos os cinco projetos em uma proposta única”, disse ao Estado o secretário Gilberto Natalini. “Aproveitamos um pouquinho de cada, de modo inteligente e dentro dos conformes do que é um parque.”

As empresas, diz o secretário, teriam concordado com o desenho. “Elas gostaram. Disseram que topam fazer.” Caso se confirme o acordo, as construtoras contratarão um escritório para elaborar o projeto executivo – este, sim, definitivo.

Da área total do parque, apenas 10% terá o piso coberto Foto: Secretaria do Verde e do Meio Ambiente

Na proposta, consta a preservação do patrimônio tombado, que inclui a vegetação do bosque, o portal da Rua Caio Prado e o casarão do antigo Colégio Des Oiseaux. A edificação deve passar a receber atividades culturais e de educação ambiental.

Serão três acessos: dois na Rua Augusta e outro na Caio Prado. Uma arena, composta por um deque elevado, arquibancada e uma praça, recepcionará quem chegar pelo acesso superior da Augusta. Nessa área, também vão ficar a administração e os sanitários. De lá, ainda parte a trilha principal do parque, que prevê outro caminho de terra batida para os visitantes. Haverá um playground, quatro equipamentos de ginástica para idosos, além de um gramado, um “redário” – espaço onde será possível colocar redes – e um “cachorródromo”, área para soltar os cães.

O muro que contorna o terreno será substituído por gradil, mas as bases arcadas serão preservadas. Segundo o projeto, 90% da área do parque será permeável, ou seja, sem cobertura de qualquer material, como concreto. O projeto chegou a prever uma cascata de 305 m², mas a ideia foi descartada.

“Me parece que o Parque Augusta é um caminho sem volta”, comemora Célia Marcondes, presidente da Sociedade dos Amigos e Moradores do Bairro de Cerqueira César, que defende novas rodadas de discussão. “A cascata seria uma solução inteligente para os problemas da área, que sofre com enchente e solapamento de asfalto.” 

Já o urbanista Augusto Aneas, do Organismo Parque Augusta, diz que o projeto “não é definitivo” e que precisa adotar “metodologia mais comunitária”. “Tudo aconteceu em um mês, enquanto estamos lutando há 40 anos pelo parque.”

Permuta

 O secretário municipal de Justiça, Anderson Pomini, espera anunciar o acordo na semana que vem. Segundo a proposta, além de ceder o terreno, as empresas ficarão responsáveis pela construção e manutenção do parque por dois anos, pela zeladoria das Praças Victor Civita, em Pinheiros, na zona oeste, e da Praça Roosevelt, no centro, pelo mesmo período. Há previsão também de construção de uma creche, um albergue e uma nova sede para a Prefeitura Regional de Pinheiros. 

Em troca, a Prefeitura vai ceder parte de um terreno de 50 mil m² em Pinheiros. Tanto a Prefeitura como as empresas e o Ministério Público Estadual vão fazer perícias nos dois terrenos para avaliar o valor de ambos. “Pretende-se permutar negócio com negócio: não é metro por metro ou terra por terra. Isso fará com que tanto a Prefeitura como as empresas não saiam em vantagem”, diz Pomini.

Procuradas, Setin e Cyrela não se manifestaram. 

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