Primeira festa de réveillon na Guarapiranga vira polêmica


Ambientalistas e moradores temem que fogos e lixo causem danos à fauna silvestre da represa

Por Rodrigo Burgarelli

Uma festa de réveillon gratuita, com shows de bandas famosas, barraquinhas de bebida e uma grande queima de fogos em um dos cartões-postais de São Paulo. Um evento para ninguém botar defeito, certo? Bem, quando o ponto turístico é a Represa do Guarapiranga - um dos mananciais mais importantes da Região Metropolitana e um dos poucos refúgios de vida silvestre na capital -, não é bem assim. Moradores e ambientalistas estão preocupados com o primeiro réveillon organizado pela Prefeitura na orla da represa. O argumento é que o grande número de pessoas e a poluição sonora e visual nas festas em geral - que começaram a ser realizadas no local há 3 anos - poluem a represa e perturbam a fauna nativa. A maior preocupação são os fogos de artifício: a Prefeitura promete um grande espetáculo, mas ambientalistas temem os efeitos nos animais silvestres, principalmente nas 270 espécies de pássaros. "A Guarapiranga tem a maior concentração de aves e animais silvestres da cidade, sem contar os pássaros migratórios que chegam no verão. Você pode imaginar o dano ambiental que essa enorme queima de fogos pode causar onde os bichos se reproduzem", diz a diretora da ONG Fiscais da Natureza, Ângela Alves. "No ano retrasado, biólogos monitoraram os ninhos de coruja-buraqueira. Elas deixaram o ninho por vários meses. Voltaram, mas os ovos abandonados não chocaram." Para o ornitólogo Fábio Schunk, as aves migratórias correm maior risco. "Há grande possibilidade de que os fogos afetem a migração", diz Schunk. Ele afirma que é difícil avaliar os impactos, mas o barulho, a sujeira e os produtos químicos deixados na água após a queima dos fogos devem ter algum efeito negativo nas espécies. "É aquela história: se você tem uma região importante e delicada, o ideal seria causar menos distúrbio possível, para não afetá-la."Os moradores dizem ainda que houve uma tentativa de criar uma comissão com a Prefeitura e estabelecer regras para realizar eventos no local - que incluiriam a proibição de fogos de artifício. Mas a comissão nunca saiu do papel.A Prefeitura não respondeu às perguntas sobre os possíveis danos ambientais. Segundo nota da assessoria, grades impedem a aproximação de pessoas nas margens. No fim da festa, equipes de limpeza cuidam da área. A nota diz que foram realizados apenas quatro eventos na represa nos últimos 3 anos e que, independentemente disso, são feitas a limpeza da orla e a coleta de material flutuante. Segundo a Prefeitura, a comunidade montaria comissão para dar prosseguimento aos entendimentos sobre eventos na Guarapiranga, mas nunca definiu os integrantes do grupo.

Uma festa de réveillon gratuita, com shows de bandas famosas, barraquinhas de bebida e uma grande queima de fogos em um dos cartões-postais de São Paulo. Um evento para ninguém botar defeito, certo? Bem, quando o ponto turístico é a Represa do Guarapiranga - um dos mananciais mais importantes da Região Metropolitana e um dos poucos refúgios de vida silvestre na capital -, não é bem assim. Moradores e ambientalistas estão preocupados com o primeiro réveillon organizado pela Prefeitura na orla da represa. O argumento é que o grande número de pessoas e a poluição sonora e visual nas festas em geral - que começaram a ser realizadas no local há 3 anos - poluem a represa e perturbam a fauna nativa. A maior preocupação são os fogos de artifício: a Prefeitura promete um grande espetáculo, mas ambientalistas temem os efeitos nos animais silvestres, principalmente nas 270 espécies de pássaros. "A Guarapiranga tem a maior concentração de aves e animais silvestres da cidade, sem contar os pássaros migratórios que chegam no verão. Você pode imaginar o dano ambiental que essa enorme queima de fogos pode causar onde os bichos se reproduzem", diz a diretora da ONG Fiscais da Natureza, Ângela Alves. "No ano retrasado, biólogos monitoraram os ninhos de coruja-buraqueira. Elas deixaram o ninho por vários meses. Voltaram, mas os ovos abandonados não chocaram." Para o ornitólogo Fábio Schunk, as aves migratórias correm maior risco. "Há grande possibilidade de que os fogos afetem a migração", diz Schunk. Ele afirma que é difícil avaliar os impactos, mas o barulho, a sujeira e os produtos químicos deixados na água após a queima dos fogos devem ter algum efeito negativo nas espécies. "É aquela história: se você tem uma região importante e delicada, o ideal seria causar menos distúrbio possível, para não afetá-la."Os moradores dizem ainda que houve uma tentativa de criar uma comissão com a Prefeitura e estabelecer regras para realizar eventos no local - que incluiriam a proibição de fogos de artifício. Mas a comissão nunca saiu do papel.A Prefeitura não respondeu às perguntas sobre os possíveis danos ambientais. Segundo nota da assessoria, grades impedem a aproximação de pessoas nas margens. No fim da festa, equipes de limpeza cuidam da área. A nota diz que foram realizados apenas quatro eventos na represa nos últimos 3 anos e que, independentemente disso, são feitas a limpeza da orla e a coleta de material flutuante. Segundo a Prefeitura, a comunidade montaria comissão para dar prosseguimento aos entendimentos sobre eventos na Guarapiranga, mas nunca definiu os integrantes do grupo.

Uma festa de réveillon gratuita, com shows de bandas famosas, barraquinhas de bebida e uma grande queima de fogos em um dos cartões-postais de São Paulo. Um evento para ninguém botar defeito, certo? Bem, quando o ponto turístico é a Represa do Guarapiranga - um dos mananciais mais importantes da Região Metropolitana e um dos poucos refúgios de vida silvestre na capital -, não é bem assim. Moradores e ambientalistas estão preocupados com o primeiro réveillon organizado pela Prefeitura na orla da represa. O argumento é que o grande número de pessoas e a poluição sonora e visual nas festas em geral - que começaram a ser realizadas no local há 3 anos - poluem a represa e perturbam a fauna nativa. A maior preocupação são os fogos de artifício: a Prefeitura promete um grande espetáculo, mas ambientalistas temem os efeitos nos animais silvestres, principalmente nas 270 espécies de pássaros. "A Guarapiranga tem a maior concentração de aves e animais silvestres da cidade, sem contar os pássaros migratórios que chegam no verão. Você pode imaginar o dano ambiental que essa enorme queima de fogos pode causar onde os bichos se reproduzem", diz a diretora da ONG Fiscais da Natureza, Ângela Alves. "No ano retrasado, biólogos monitoraram os ninhos de coruja-buraqueira. Elas deixaram o ninho por vários meses. Voltaram, mas os ovos abandonados não chocaram." Para o ornitólogo Fábio Schunk, as aves migratórias correm maior risco. "Há grande possibilidade de que os fogos afetem a migração", diz Schunk. Ele afirma que é difícil avaliar os impactos, mas o barulho, a sujeira e os produtos químicos deixados na água após a queima dos fogos devem ter algum efeito negativo nas espécies. "É aquela história: se você tem uma região importante e delicada, o ideal seria causar menos distúrbio possível, para não afetá-la."Os moradores dizem ainda que houve uma tentativa de criar uma comissão com a Prefeitura e estabelecer regras para realizar eventos no local - que incluiriam a proibição de fogos de artifício. Mas a comissão nunca saiu do papel.A Prefeitura não respondeu às perguntas sobre os possíveis danos ambientais. Segundo nota da assessoria, grades impedem a aproximação de pessoas nas margens. No fim da festa, equipes de limpeza cuidam da área. A nota diz que foram realizados apenas quatro eventos na represa nos últimos 3 anos e que, independentemente disso, são feitas a limpeza da orla e a coleta de material flutuante. Segundo a Prefeitura, a comunidade montaria comissão para dar prosseguimento aos entendimentos sobre eventos na Guarapiranga, mas nunca definiu os integrantes do grupo.

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