SÃO PAULO - Responsável por controlar o caixa da Prefeitura, o secretário municipal da Fazenda, Caio Megale, afirma que falta dinheiro para executar as obras contratadas na gestão passada e a prioridade do atual governo é retomar os “serviços interrompidos”, como zeladoria urbana.
A Prefeitura pretende retomar as obras paralisadas? Quando? O momento é de condições orçamentárias muito restritas. No ano passado, por causa da inflação elevada, muitos contratos de serviços sofreram altos reajustes e isso reflete agora nas nossas despesas, que cresceram de 7% a 9%, enquanto a receita com o ISS, por exemplo, nosso principal imposto, caiu 5%. Por outro lado, serviços como o de zeladoria, manutenção de parques e distribuição de remédios foram interrompidos na gestão passada, enquanto novos projetos foram contratados. Então, como vou construir uma UPA se falta médico nas que já existem? Tenho de ser criterioso e seletivo para saber para onde direcionar os parcos recursos.
Mas tem alguma obra que é prioritária para ser retomada? Fizemos um freio de arrumação para ver quanto recurso tem e o que dá para retomar. Estamos buscando fontes alternativas com bancos públicos. Primeiro vamos reformar escolas e concluir os hospitais (Brasilândia e Parelheiros). Isso acontecerá conforme disponibilidade de recursos e status da obra.
A alta do subsídio do ônibus por causa do congelamento da tarifa compromete a retomada das obras? O subsídio já cresceu muito em 2016 e neste ano vamos precisar de R$ 1 bilhão a mais do que foi orçado. Tenho de tirar de algum lugar. Melhor que seja de novas obras do que de médicos, professores e remédios.