Morto após a queda de um avião de pequeno porte neste sábado, 6, em Lençóis Paulista, no interior de São Paulo, o piloto e advogado Sergio Roberto Alonso, de 74 anos, teve papel importante no caso Marília Mendonça. Ele representava a família do piloto Geraldo Martins de Medeiros Junior, que comandava a aeronave que caiu no interior de Minas Gerais e vitimou a cantora e outras quatro pessoas em novembro de 2021.
Sergio morreu neste sábado em acidente envolvendo um planador às margens da Rodovia Marechal Rondon. O piloto era o único tripulante do avião, que caiu em uma área de mata por volta de 14h11. Segundo a Defesa Civil do Estado de São Paulo, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) investiga as causas do acidente.
“O piloto de planador e especialista em Direito Aeronáutico atuou nos maiores acidentes aéreos do país, ganhando a imprensa nacional e registrando seu nome na advocacia brasileira, tornando-se grande referência no Brasil e também no mundo, na área de direito aeronáutico”, disse, em nota, o escritório de advocacia Riedel de Figueiredo Advogados Associados, do qual Alonso era sócio.
Natural de Santos, o advogado é definido pelo escritório como um profissional de “notável saber jurídico”. “Foi um profissional extremamente atuante, astuto e criativo, que muito contribuiu para nosso escritório ao longo de mais de 50 anos. Aventureiro nas horas vagas, seja voando em seu planador ou anos atrás quando praticava hipismo, ele deixará saudades”, afirma. Alonso deixa mulher e dois filhos.
Advogado criticou conclusão de inquérito sobre caso Marília Mendonça
Em entrevista recente ao Estadão, em novembro do ano passado, Alonso criticou a conclusão do inquérito da Polícia Civil de Minas Gerais que tratou da queda do avião que matou Marília Mendonça e mais quatro pessoas. No começo daquele mês, a polícia atribuiu o acidente a um erro de Geraldo e do copiloto, Tarcísio Pessoa Viana.
Na época, a Polícia Civil de Minas Gerais disse que a investigação tramitou no prazo necessário e os autos sempre estiveram à disposição dos procuradores legais. O órgão também afirmou que não comenta “eventuais teses jurídicas das partes envolvidas”. O laudo concluiu que a aeronave não tinha problemas técnicos e a polícia descartou um possível mal súbito dos tripulantes.