Quem é o motorista do Porsche que matou motociclista em São Paulo


Identificado como Igor Ferreira Sauceda, de 27 anos, condutor foi indiciado por homicídio doloso e detido; ele é empresário e trabalha no Beco do Espeto. Defesa diz que o caso foi ‘fatalidade’

Por Caio Possati, Leonardo Zvarick e Giovanna Castro
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Homem morre após ser atingido por motorista de Porsche; advogado diz não concordar com qualificação de homicídio doloso

A polícia prendeu nesta segunda-feira, 29, o motorista da Porsche que atingiu e matou o motociclista Pedro Kaique Ventura Figueiredo, 21 anos, na Avenida Interlagos, zona sul de São Paulo, durante a madrugada. O condutor do veículo de luxo era o empresário Igor Ferreira Sauceda, de 27 anos, que estava acompanhado da namorada no momento da colisão.

Um motorista de carro de luxo atingiu e matou um motociclista na madrugada desta segunda-feira, 29, na Avenida Interlagos, na zona sul de São Paulo.  Foto: Reprodução/TV Globo
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Sauceda foi indiciado pelo crime de homicídio doloso (quando há intenção de matar). Preso em flagrante, passou a noite na prisão de crimes de trânsito, na 91.ª DP, e participará de audiência de custódia na terça-feira, 30. Carlos Bobadilla, advogado de Igor, disse que a defesa não concorda com a qualificação e descreveu o caso como “fatalidade”.

“O Igor estava voltando do seu trabalho com a namorada. Não havia ingerido qualquer bebida alcoólica, entorpecente, e infelizmente aconteceu esta fatalidade”, disse o advogado. A defesa não quis comentar os detalhes da ocorrência.

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Sauceda aparece na Junta Comercial do Estado de São Paulo como sócio-proprietário do restaurante Beco do Espeto, no Itaim Bibi, zona oeste da capital. Procurado pela reportagem, o estabelecimento não falou. O Beco do Espeto, também conhecido como Bar do Gaúcho, é famoso na noite de São Paulo e faz shows de artistas famosos.

Segundo o boletim de ocorrência, Sauceda relatou aos policiais que Figueiredo passou de moto (uma CG 125) junto ao Porsche (modelo Cayman, de cor amarela, e ano 2018) e chutou o retrovisor esquerdo do veículo. O empresário afirma que tentou seguir o motociclista na avenida quando Figueiredo trocou de faixa de forma abrupta, e foi acertado pelo carro.

À PM, o empresário disse que tentou desviar, mas que a moto e seu carro acabaram batendo em um poste e nas árvores próximas à via. O empresário diz, conforme o boletim, não saber o motivo que fez Figueiredo golpear o retrovisor.

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Marielle, segundo a polícia, corroborou a versão dada pelo namorado. O casal afirma ter recebido a ajuda de populares para sair do Porsche e a polícia diz não ter identificado testemunhas para descrever a perseguição.

Em coletiva de imprensa, o delegado Edilson Correia de Lima afirmou, porém, que houve mudança na versão apresentada pelo suspeito no início da manhã e no começo desta tarde. E nenhuma delas “condizem com as imagens de câmera de segurança”.

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Uma câmera de segurança registrou a perseguição que terminou com a morte do motociclista. As imagens mostram os instantes anteriores à batida, quando o motorista do Porsche perseguia o jovem pela Avenida Interlagos. A moto aparece acompanhada de perto pelo outro veículo, ambos em alta velocidade. A colisão aconteceu logo em seguida, pelo horário da gravação.

Sauceda teria dito que trafegava em uma velocidade entre 60km/h e 70km/h, pouco acima do permitido na Avenida Interlagos. As imagens, no entanto, mostram o Porsche em alta velocidade.

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Motorista do Porsche chega ao 11ºDP para prestar esclarecimentos do acidente. Foto: Giovanna Castro/Estadão

A polícia ainda aguarda a perícia do carro e coleta de mais imagens, assim como o aparecimento de possíveis testemunhas – um caminhoneiro teria visto e filmado o acidente – para concluir o inquérito.

Não há confirmações, ainda, de que Pedro Kaique teria de fato chutado o retrovisor do Porsche, como afirmou o suspeito. O delegado diz, no entanto, que outras possíveis motivações para o crime foram descartadas. A polícia entende que os dois homens não se conheciam.

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“Todas as hipóteses não serão afastadas. Serão todas analisadas”, disse o delegado Edilson Correia de Lima.

Roberto Guastelli, advogado da família da vítima, diz que houve perseguição de cerca de três quilômetros. O motorista fez o teste do bafômetro e não foi identificada embriaguez.

“Quando a gente chegou no local, ele (o motorista do Porsche) estava debochando. Ele (motorista do Porsche) nem prestou socorro”, afirmou Jenifer Ventura Figueiredo, irmã da vítima, auxiliar de compras de 23 anos. “Era um menino cheio de sonhos”, lamentou o pai, Alex Lúcio Figueiredo, de 45. /COLABOROU RENATA OKUMURA

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Homem morre após ser atingido por motorista de Porsche; advogado diz não concordar com qualificação de homicídio doloso

A polícia prendeu nesta segunda-feira, 29, o motorista da Porsche que atingiu e matou o motociclista Pedro Kaique Ventura Figueiredo, 21 anos, na Avenida Interlagos, zona sul de São Paulo, durante a madrugada. O condutor do veículo de luxo era o empresário Igor Ferreira Sauceda, de 27 anos, que estava acompanhado da namorada no momento da colisão.

Um motorista de carro de luxo atingiu e matou um motociclista na madrugada desta segunda-feira, 29, na Avenida Interlagos, na zona sul de São Paulo.  Foto: Reprodução/TV Globo

Sauceda foi indiciado pelo crime de homicídio doloso (quando há intenção de matar). Preso em flagrante, passou a noite na prisão de crimes de trânsito, na 91.ª DP, e participará de audiência de custódia na terça-feira, 30. Carlos Bobadilla, advogado de Igor, disse que a defesa não concorda com a qualificação e descreveu o caso como “fatalidade”.

“O Igor estava voltando do seu trabalho com a namorada. Não havia ingerido qualquer bebida alcoólica, entorpecente, e infelizmente aconteceu esta fatalidade”, disse o advogado. A defesa não quis comentar os detalhes da ocorrência.

Sauceda aparece na Junta Comercial do Estado de São Paulo como sócio-proprietário do restaurante Beco do Espeto, no Itaim Bibi, zona oeste da capital. Procurado pela reportagem, o estabelecimento não falou. O Beco do Espeto, também conhecido como Bar do Gaúcho, é famoso na noite de São Paulo e faz shows de artistas famosos.

Segundo o boletim de ocorrência, Sauceda relatou aos policiais que Figueiredo passou de moto (uma CG 125) junto ao Porsche (modelo Cayman, de cor amarela, e ano 2018) e chutou o retrovisor esquerdo do veículo. O empresário afirma que tentou seguir o motociclista na avenida quando Figueiredo trocou de faixa de forma abrupta, e foi acertado pelo carro.

À PM, o empresário disse que tentou desviar, mas que a moto e seu carro acabaram batendo em um poste e nas árvores próximas à via. O empresário diz, conforme o boletim, não saber o motivo que fez Figueiredo golpear o retrovisor.

Marielle, segundo a polícia, corroborou a versão dada pelo namorado. O casal afirma ter recebido a ajuda de populares para sair do Porsche e a polícia diz não ter identificado testemunhas para descrever a perseguição.

Em coletiva de imprensa, o delegado Edilson Correia de Lima afirmou, porém, que houve mudança na versão apresentada pelo suspeito no início da manhã e no começo desta tarde. E nenhuma delas “condizem com as imagens de câmera de segurança”.

Uma câmera de segurança registrou a perseguição que terminou com a morte do motociclista. As imagens mostram os instantes anteriores à batida, quando o motorista do Porsche perseguia o jovem pela Avenida Interlagos. A moto aparece acompanhada de perto pelo outro veículo, ambos em alta velocidade. A colisão aconteceu logo em seguida, pelo horário da gravação.

Sauceda teria dito que trafegava em uma velocidade entre 60km/h e 70km/h, pouco acima do permitido na Avenida Interlagos. As imagens, no entanto, mostram o Porsche em alta velocidade.

Motorista do Porsche chega ao 11ºDP para prestar esclarecimentos do acidente. Foto: Giovanna Castro/Estadão

A polícia ainda aguarda a perícia do carro e coleta de mais imagens, assim como o aparecimento de possíveis testemunhas – um caminhoneiro teria visto e filmado o acidente – para concluir o inquérito.

Não há confirmações, ainda, de que Pedro Kaique teria de fato chutado o retrovisor do Porsche, como afirmou o suspeito. O delegado diz, no entanto, que outras possíveis motivações para o crime foram descartadas. A polícia entende que os dois homens não se conheciam.

“Todas as hipóteses não serão afastadas. Serão todas analisadas”, disse o delegado Edilson Correia de Lima.

Roberto Guastelli, advogado da família da vítima, diz que houve perseguição de cerca de três quilômetros. O motorista fez o teste do bafômetro e não foi identificada embriaguez.

“Quando a gente chegou no local, ele (o motorista do Porsche) estava debochando. Ele (motorista do Porsche) nem prestou socorro”, afirmou Jenifer Ventura Figueiredo, irmã da vítima, auxiliar de compras de 23 anos. “Era um menino cheio de sonhos”, lamentou o pai, Alex Lúcio Figueiredo, de 45. /COLABOROU RENATA OKUMURA

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Homem morre após ser atingido por motorista de Porsche; advogado diz não concordar com qualificação de homicídio doloso

A polícia prendeu nesta segunda-feira, 29, o motorista da Porsche que atingiu e matou o motociclista Pedro Kaique Ventura Figueiredo, 21 anos, na Avenida Interlagos, zona sul de São Paulo, durante a madrugada. O condutor do veículo de luxo era o empresário Igor Ferreira Sauceda, de 27 anos, que estava acompanhado da namorada no momento da colisão.

Um motorista de carro de luxo atingiu e matou um motociclista na madrugada desta segunda-feira, 29, na Avenida Interlagos, na zona sul de São Paulo.  Foto: Reprodução/TV Globo

Sauceda foi indiciado pelo crime de homicídio doloso (quando há intenção de matar). Preso em flagrante, passou a noite na prisão de crimes de trânsito, na 91.ª DP, e participará de audiência de custódia na terça-feira, 30. Carlos Bobadilla, advogado de Igor, disse que a defesa não concorda com a qualificação e descreveu o caso como “fatalidade”.

“O Igor estava voltando do seu trabalho com a namorada. Não havia ingerido qualquer bebida alcoólica, entorpecente, e infelizmente aconteceu esta fatalidade”, disse o advogado. A defesa não quis comentar os detalhes da ocorrência.

Sauceda aparece na Junta Comercial do Estado de São Paulo como sócio-proprietário do restaurante Beco do Espeto, no Itaim Bibi, zona oeste da capital. Procurado pela reportagem, o estabelecimento não falou. O Beco do Espeto, também conhecido como Bar do Gaúcho, é famoso na noite de São Paulo e faz shows de artistas famosos.

Segundo o boletim de ocorrência, Sauceda relatou aos policiais que Figueiredo passou de moto (uma CG 125) junto ao Porsche (modelo Cayman, de cor amarela, e ano 2018) e chutou o retrovisor esquerdo do veículo. O empresário afirma que tentou seguir o motociclista na avenida quando Figueiredo trocou de faixa de forma abrupta, e foi acertado pelo carro.

À PM, o empresário disse que tentou desviar, mas que a moto e seu carro acabaram batendo em um poste e nas árvores próximas à via. O empresário diz, conforme o boletim, não saber o motivo que fez Figueiredo golpear o retrovisor.

Marielle, segundo a polícia, corroborou a versão dada pelo namorado. O casal afirma ter recebido a ajuda de populares para sair do Porsche e a polícia diz não ter identificado testemunhas para descrever a perseguição.

Em coletiva de imprensa, o delegado Edilson Correia de Lima afirmou, porém, que houve mudança na versão apresentada pelo suspeito no início da manhã e no começo desta tarde. E nenhuma delas “condizem com as imagens de câmera de segurança”.

Uma câmera de segurança registrou a perseguição que terminou com a morte do motociclista. As imagens mostram os instantes anteriores à batida, quando o motorista do Porsche perseguia o jovem pela Avenida Interlagos. A moto aparece acompanhada de perto pelo outro veículo, ambos em alta velocidade. A colisão aconteceu logo em seguida, pelo horário da gravação.

Sauceda teria dito que trafegava em uma velocidade entre 60km/h e 70km/h, pouco acima do permitido na Avenida Interlagos. As imagens, no entanto, mostram o Porsche em alta velocidade.

Motorista do Porsche chega ao 11ºDP para prestar esclarecimentos do acidente. Foto: Giovanna Castro/Estadão

A polícia ainda aguarda a perícia do carro e coleta de mais imagens, assim como o aparecimento de possíveis testemunhas – um caminhoneiro teria visto e filmado o acidente – para concluir o inquérito.

Não há confirmações, ainda, de que Pedro Kaique teria de fato chutado o retrovisor do Porsche, como afirmou o suspeito. O delegado diz, no entanto, que outras possíveis motivações para o crime foram descartadas. A polícia entende que os dois homens não se conheciam.

“Todas as hipóteses não serão afastadas. Serão todas analisadas”, disse o delegado Edilson Correia de Lima.

Roberto Guastelli, advogado da família da vítima, diz que houve perseguição de cerca de três quilômetros. O motorista fez o teste do bafômetro e não foi identificada embriaguez.

“Quando a gente chegou no local, ele (o motorista do Porsche) estava debochando. Ele (motorista do Porsche) nem prestou socorro”, afirmou Jenifer Ventura Figueiredo, irmã da vítima, auxiliar de compras de 23 anos. “Era um menino cheio de sonhos”, lamentou o pai, Alex Lúcio Figueiredo, de 45. /COLABOROU RENATA OKUMURA

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