Grandes cidades trazem na bagagem, em geral, trânsito complicado, poluição, uma quantidade espantosa de gente tentando se deslocar e viver no espaço público. Histórias de sucesso e de falência. Com São Paulo não é diferente. Os desafios cotidianos são vários e complexos e um mergulho nos livros pode ajudar a interpretar e a compreender questões que na correria muitas vezes escapam ou são dadas como fato consumado sem muito questionamento: o que foi feito dos planejamentos urbanos, por que os rios foram "corrigidos" e qual o real objetivo ao rasgar tantas avenidas sob um marketing de desenvolvimento de superfície para os carros (sempre eles...)? O que ficou para baixo do tapete de asfalto? Por que São Paulo é o que é hoje? E como ela era há um, dois ou três séculos? Os livros de não-ficção de autores que se debruçaram sobre esses temas, com um olhar social e/ou histórico, ajudam a melhor entender a maior cidade do Brasil.
Outra forma interessante de explorar a vida e a identidade paulistana é ler ficção. Assim como Paris foi cenário de grandes romances de Victor Hugo, Nova York ambientou Bonequinha de Luxo, de Truman Capote, e Londres protagonizou os casos de mistério de Sir Arthur Conan Doyle, São Paulo também gerou uma literatura que ajuda a enxergar sua gente e seu modo de vida em fatias variadas de tempo.
O Estado fez uma seleção de bons livros, nas categorias ficção e não-ficção, sobre a cidade. A "biblioteca básica" está organizada em duas galerias. Veja a seguir.