SÃO PAULO - O carnaval de rua de São Paulo reuniu cerca de 5,1 milhões de pessoas nos quatro dias de feriado. A soma inclui o público dos blocos de rua, dos palcos e dos desfiles das escolas de samba no Anhembi.
Balanço divulgado na manhã desta quarta-feira, 14, pela Prefeitura de São Paulo, mostra que de sábado, 10, a terça-feira, 13, foram 180 desfiles de blocos de rua na capital paulista. Somente a Avenida 23 de Maio, de domingo, 11, a terça, concentrou mais da metade do público do carnaval de rua: 2,6 milhões de foliões passaram pela avenida. No local, ocorreram sete desfiles.
Apesar do sucesso de público, o carnaval na Avenida 23 de Maio registrou problemas. Uma das maiores queixas de foliões e moradores dos bairros próximos foi a quantidade de pessoas urinando, vomitando ou consumindo drogas nas ruas.
A lateral do Centro Cultural São Paulo, de frente para a 23, virou o ponto favorito para o xixi. Desde o dia 3, foram autuadas 396 pessoas fazendo xixi na rua. Segundo a Prefeitura, havia 580 banheiros públicos, mas os foliões reclamaram de filas.
Enfermeiras contaram que foliões tentaram forçar a entrada em hospitais da região para tentar usar os banheiros. No Hospital Sancta Maggiore, no Paraíso, meninas passaram a gritar e xingar, depois que foram impedidas de entrar pelos seguranças. Famílias de pacientes reclamaram de barulho e houve atraso de ambulâncias.
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No sábado, 1,6 milhão de pessoas aproveitou o carnaval nas ruas da cidade. Já no domingo, o público estimado foi de 1,4 milhão. A segunda-feira reuniu 1,1 milhão de pessoas e outras 850 mil pessoas circularam nas ruas e avenidas da capital.
A estimativa é baseada em números fornecidos pelos blocos. Os números também foram registrados por monitoramento da Secretaria de Pefeituras Regionais, da Companhia de Engenharia do Tráfego (CET) e da Guarda Civil Metropolitana (GCM), com utilização de drones.
O período oficial do Carnaval é de 3 a 18 de fevereiro, com previsão de 491 desfiles na cidade. No próximo fim de semana, estão previstos mais 104 desfiles. Segundo números da Prefeitura, somente no final de semana de pré-carnaval o público foi de quatro milhões.
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De sábado até esta terça-feira, 13, a administração municipal havia aplicado 113 notificações de multa da lei do xixi nas regiões da Sé, Vila Mariana e Pinheiros.
A gestão do prefeito João Doria (PSDB) já havia anunciado que intensificaria a fiscalização da Lei 57.983/17 durante o carnaval de rua na cidade. Foram destinados 160 agentes da Prefeitura somente para fiscalizar os mijões. Em vigor desde novembro, a multa para quem urinar na via pública é de R$ 500.
A Guarda Civil Metropolitana (GCM) e os agentes das Prefeituras Regionais apreenderam 994 sacos com produtos irregulares. No carnaval de rua, equipes de saúde realizaram 168 atendimentos entre 20 horas de segunda-feira, 12, e 8 horas desta terça.
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Aprovação. Uma pesquisa realizada pela Prefeitura no fim de semana de pré-carnaval (nos dias 3 e 4) e no carnaval (9, 10 e 11) sobre a folia de rua em São Paulo apontou que quase 90% dos foliões querem que o evento continue sendo apoiado pela administração pública.
O levantamento foi feito com 1.104 pessoas pelo Observatório de Turismo e Eventos da São Paulo Turismo (SPTuris), a empresa municipal do setor. De acordo com o levantamento, 6,8% dos frequentadores dos blocos eram de outras cidades e 1%, estrangeiros. O porcentual de estreantes na folia de rua manteve-se relativamente estável em relação ao ano passado: 35,3%.
A sinalização foi o ponto mais criticado pelos foliões - 49,2% acharam que os totens de informação e a sinalização das ruas não eram suficientes.
Segundo a SPTuris, o índice de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos.