‘Sequestro Pix’: Secretaria da Segurança cria grupo com bancos e apps para frear alta de casos


‘Estadão’ mostrou alta recorde de extorsões mediante sequestro no Estado ao longo do ano passado. Secretario quer compartilhar boas práticas para combater esse tipo de crime

Por Gonçalo Junior
Atualização:

A elevação do número de sequestros em São Paulo em 2022, impulsionada pela facilidade de desviar dinheiro via Pix e pelas emboscadas em encontros por aplicativo de namoro, levou a Secretaria de Segurança Pública do Estado a criar um grupo de trabalho com policiais e representantes de instituições bancárias e sites de relacionamento. O objetivo é compartilhar práticas de segurança para diminuir os casos desta modalidade de crime.

O plano foi revelado pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 27, no COPOM da PM.

O grupo de trabalho será coordenado pelo Centro Integrado de Comando e Controle da Secretaria de Segurança Pública. Na prática, policiais vão ouvir os setores de inteligência das instituições bancárias, segundo Derrite, e compartilhar informações.

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Medida foi anunciada nesta sexta-feira, 27, pelo secretário de Segurança, Guilherme Derrite  Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO

Um dos exemplos são os procedimentos quando o banco suspeita que uma vítima se encontra em cárcere privado. Nesta sexta-feira, a primeira reunião foi feita com representantes de instituições bancárias. O próximo encontro vai ouvir os sites de relacionamento.

“Vamos criar um grupo de trabalho para entender as boas iniciativas que estavam sendo usadas de forma esparsa. Às vezes, uma agência conhece um delegado. Vamos criar um fluxograma de informações e queremos fazer algo institucional, como diretriz para combater esse tipo de delito”, diz o secretário.

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O Estadão mostrou como o número de sequestros em São Paulo atingiu o maior patamar em 15 anos. O levantamento leva em conta apenas registros de janeiro a setembro do último período, na comparação com os 12 meses dos anos anteriores, o que indica que a recente escalada desses crimes deve ser ainda maior.

Por trás dessa alta, está a facilidade de desviar dinheiro via Pix, sistema lançado no fim de 2020 pelo Banco Central. O perfil dos sequestros mudou, com destaque para escolhas aleatórias dos alvos e para o chamado Golpe do Amor, em que a vítima é emboscada após marcar encontro por aplicativo de namoro. O refém é mantido por horas em cativeiro, enquanto a quadrilha faz transações bancárias.

Houve 165 registros de janeiro a setembro de 2022, alta de 75% ante os três primeiros trimestres do ano anterior (94 notificações). E o número já supera todo o ano de 2021 (160 casos). Considerando o balanço fechado de cada ano, o último pico (323) havia sido em 2007.

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“O cenário de sequestros por Pix preocupa a todos. O Pix ajudou muito a vida da população, mas a criminalidade se aproveitou desse avanço tecnológico para cometimento de delitos. Queremos entender como podemos conversar com instituições bancárias e sites de relacionamento para fazer frente ao problema”, afirmou o secretário. /COLABOROU ÍTALO LO RE

A elevação do número de sequestros em São Paulo em 2022, impulsionada pela facilidade de desviar dinheiro via Pix e pelas emboscadas em encontros por aplicativo de namoro, levou a Secretaria de Segurança Pública do Estado a criar um grupo de trabalho com policiais e representantes de instituições bancárias e sites de relacionamento. O objetivo é compartilhar práticas de segurança para diminuir os casos desta modalidade de crime.

O plano foi revelado pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 27, no COPOM da PM.

O grupo de trabalho será coordenado pelo Centro Integrado de Comando e Controle da Secretaria de Segurança Pública. Na prática, policiais vão ouvir os setores de inteligência das instituições bancárias, segundo Derrite, e compartilhar informações.

Medida foi anunciada nesta sexta-feira, 27, pelo secretário de Segurança, Guilherme Derrite  Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO

Um dos exemplos são os procedimentos quando o banco suspeita que uma vítima se encontra em cárcere privado. Nesta sexta-feira, a primeira reunião foi feita com representantes de instituições bancárias. O próximo encontro vai ouvir os sites de relacionamento.

“Vamos criar um grupo de trabalho para entender as boas iniciativas que estavam sendo usadas de forma esparsa. Às vezes, uma agência conhece um delegado. Vamos criar um fluxograma de informações e queremos fazer algo institucional, como diretriz para combater esse tipo de delito”, diz o secretário.

O Estadão mostrou como o número de sequestros em São Paulo atingiu o maior patamar em 15 anos. O levantamento leva em conta apenas registros de janeiro a setembro do último período, na comparação com os 12 meses dos anos anteriores, o que indica que a recente escalada desses crimes deve ser ainda maior.

Por trás dessa alta, está a facilidade de desviar dinheiro via Pix, sistema lançado no fim de 2020 pelo Banco Central. O perfil dos sequestros mudou, com destaque para escolhas aleatórias dos alvos e para o chamado Golpe do Amor, em que a vítima é emboscada após marcar encontro por aplicativo de namoro. O refém é mantido por horas em cativeiro, enquanto a quadrilha faz transações bancárias.

Houve 165 registros de janeiro a setembro de 2022, alta de 75% ante os três primeiros trimestres do ano anterior (94 notificações). E o número já supera todo o ano de 2021 (160 casos). Considerando o balanço fechado de cada ano, o último pico (323) havia sido em 2007.

“O cenário de sequestros por Pix preocupa a todos. O Pix ajudou muito a vida da população, mas a criminalidade se aproveitou desse avanço tecnológico para cometimento de delitos. Queremos entender como podemos conversar com instituições bancárias e sites de relacionamento para fazer frente ao problema”, afirmou o secretário. /COLABOROU ÍTALO LO RE

A elevação do número de sequestros em São Paulo em 2022, impulsionada pela facilidade de desviar dinheiro via Pix e pelas emboscadas em encontros por aplicativo de namoro, levou a Secretaria de Segurança Pública do Estado a criar um grupo de trabalho com policiais e representantes de instituições bancárias e sites de relacionamento. O objetivo é compartilhar práticas de segurança para diminuir os casos desta modalidade de crime.

O plano foi revelado pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 27, no COPOM da PM.

O grupo de trabalho será coordenado pelo Centro Integrado de Comando e Controle da Secretaria de Segurança Pública. Na prática, policiais vão ouvir os setores de inteligência das instituições bancárias, segundo Derrite, e compartilhar informações.

Medida foi anunciada nesta sexta-feira, 27, pelo secretário de Segurança, Guilherme Derrite  Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO

Um dos exemplos são os procedimentos quando o banco suspeita que uma vítima se encontra em cárcere privado. Nesta sexta-feira, a primeira reunião foi feita com representantes de instituições bancárias. O próximo encontro vai ouvir os sites de relacionamento.

“Vamos criar um grupo de trabalho para entender as boas iniciativas que estavam sendo usadas de forma esparsa. Às vezes, uma agência conhece um delegado. Vamos criar um fluxograma de informações e queremos fazer algo institucional, como diretriz para combater esse tipo de delito”, diz o secretário.

O Estadão mostrou como o número de sequestros em São Paulo atingiu o maior patamar em 15 anos. O levantamento leva em conta apenas registros de janeiro a setembro do último período, na comparação com os 12 meses dos anos anteriores, o que indica que a recente escalada desses crimes deve ser ainda maior.

Por trás dessa alta, está a facilidade de desviar dinheiro via Pix, sistema lançado no fim de 2020 pelo Banco Central. O perfil dos sequestros mudou, com destaque para escolhas aleatórias dos alvos e para o chamado Golpe do Amor, em que a vítima é emboscada após marcar encontro por aplicativo de namoro. O refém é mantido por horas em cativeiro, enquanto a quadrilha faz transações bancárias.

Houve 165 registros de janeiro a setembro de 2022, alta de 75% ante os três primeiros trimestres do ano anterior (94 notificações). E o número já supera todo o ano de 2021 (160 casos). Considerando o balanço fechado de cada ano, o último pico (323) havia sido em 2007.

“O cenário de sequestros por Pix preocupa a todos. O Pix ajudou muito a vida da população, mas a criminalidade se aproveitou desse avanço tecnológico para cometimento de delitos. Queremos entender como podemos conversar com instituições bancárias e sites de relacionamento para fazer frente ao problema”, afirmou o secretário. /COLABOROU ÍTALO LO RE

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