Virada Cultural volta às ruas de SP com festa e registro de arrastões e furtos de celular


Noite na região central foi marcada por arrastões, brigas e furtos, com show paralisado por conta da violência

Por Julio Maria e Renata Mesquita

A noite de abertura da Virada Cultural, entre este sábado, 28, e a madrugada de domingo, 29, foi marcada por violência no palco principal do evento, no Anhangabaú, na região central de São Paulo, e manifestações políticas em outros palcos. Agressões, furtos e roubos de celulares e arrastões foram relatados pelo público e presenciados pelo Estadão. Um dos shows, do funkeiro Kevinho, foi encerrado antes da hora por causa da violência.

Após uma apresentação tranquila de Vitor Kley, o show da cantora Margareth Menezes teve arrastões e brigas. Mais de 20 homens entraram em fila na multidão e furtaram rapidamente quem assistia ao espetáculo. O público demorou para entender o que estava ocorrendo. A princípio, parecia apenas um grupo de jovens aproveitando o show. Três suspeitos foram detidos.

Uma das vítimas foi Thiago Rodrigues dos Santos, de 25 anos. Ele havia acabado de chegar na Virada Cultural quando teve seu celular arrancado da mão enquanto filmava a apresentação da cantora. Thiago sentiu um empurrão e, quando percebeu, o aparelho já havia sido furtado.

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Guarda Civil recebeu casos de dezenas de pessoas que tiveram seus pertences roubados durante apresentação no Centro Foto: Renata Mesquita/Estadão

Mais tarde, por volta das 22h30, arrastões voltaram a tomar conta da Virada no centro, provocando correria entre o público. A situação chegou ao ponto de membros da equipe responsável pelo bar do evento levantarem garrafas de vidro vazias para se defender. Os portões de controle de entrada à pista de shows foram fechados por um breve período. O Estadão registrou o momento da confusão; assista a seguir.

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No momento da correria, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) estava dispersa e distante do público dos palcos, nas laterais, o que dificultou a reação. Após o ocorrido, a Polícia Militar prendeu três suspeitos de envolvimento no arrastão. Os jovens foram reconhecidos por duas testemunhas como participantes do grupo. Segundo a PM, eles foram levados à 77ª Delegacia de Polícia.

A atração seguinte foi do funkeiro Kevinho, que precisou encerrar o show mais cedo por orientação da prefeitura. Em determinado momento, Kevinho declarou que "pessoas estavam se machucando" e interrompeu a apresentação. 

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Relatos nas redes sociais também dão conta da violência nos arredores do Anhangabaú durante a Virada e ficaram nos trendings topics do Twitter neste domingo. Diversas pessoas falaram sobre arrastões constantes durante os shows e algumas disseram ter visto espancamento durante as abordagens. Outras estavam a caminho dos shows, mas desistiram de ir ao encontrar vítimas de violência próximos à estação de metrô da região.

A violência durante a noite deste sábado desencorajou dezenas de pessoas a irem para os shows marcados para este domingo, 29, e rendeu críticas à falta de segurança na região. As principais atrações marcadas no Palco Viaduto do Chá são Luísa Sonza, as 15h, e Planet Hemp, as 17h30.

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Em outros palcos, manifestações políticas por parte do público e dos artistas marcaram a noite desta edição que conta com o retorno do público após dois anos. A pandemia e a vacinação contra a covid-19 foram citadas por diversas atrações, que criticaram a postura do governo Bolsonaro durante a crise sanitária. Gritos em favor de Lula e contra Bolsonaro também foram ouvidos em meio a um cenário político pré-eleições.

Revista policial e cautela com celulares

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Antes dos shows, vendedores ofereciam pochetes para celular, "antifurto", segundo eles, por R$ 25. Muitas pessoas caminhavam segurando bolsas em frente ao corpo. Havia uma certa tensão, com gente se entreolhando e procurando usar pouco seus aparelhos de telefone. 

Uma medida inédita foi a revista policial em todas as vias de acesso ao Vale. Um sargento da GCM, que preferiu não se identificar, falou reservadamente com a reportagem do Estadão. Ele explicou que a revista era para evitar que as pessoas entrassem armadas e com garrafas de vidro. Por causa das barreiras, vendedores ambulantes também não conseguiam acessar as proximidades do palco. 

Ainda segundo o sargento, ladrões de celular estavam infiltrados entre a plateia e poderiam agir a qualquer momento. Ele pediu ao repórter que avisasse às pessoas para só usarem seus aparelhos perto dos carros de polícia. "Na última Virada, apreendemos um rapaz com 23 aparelhos roubados." A Guarda Civil Metropolitana tinha 50 homens no local, que trabalhavam em conjunto com a Polícia Militar. 

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A apresentadora da noite, a poeta e MC Mel Duarte, subiu ao palco às 18h15 para anunciar Vitor Kley. Ela usou a linguagem inclusiva, dizendo "boa noite a todes" e perguntando "será que vocês estão preparades?". Disse que a prefeitura abria com a Virada o calendário cultural da pós-pandemia e pediu para as pessoas usarem máscaras nos ônibus. Ali mesmo, ninguém usava. 

Vitor Kley surgiu às 18h20 pronto para fazer o que havia prometido, um show de sucessos. Leia aqui sobre a apresentação do músico.

A noite de abertura da Virada Cultural, entre este sábado, 28, e a madrugada de domingo, 29, foi marcada por violência no palco principal do evento, no Anhangabaú, na região central de São Paulo, e manifestações políticas em outros palcos. Agressões, furtos e roubos de celulares e arrastões foram relatados pelo público e presenciados pelo Estadão. Um dos shows, do funkeiro Kevinho, foi encerrado antes da hora por causa da violência.

Após uma apresentação tranquila de Vitor Kley, o show da cantora Margareth Menezes teve arrastões e brigas. Mais de 20 homens entraram em fila na multidão e furtaram rapidamente quem assistia ao espetáculo. O público demorou para entender o que estava ocorrendo. A princípio, parecia apenas um grupo de jovens aproveitando o show. Três suspeitos foram detidos.

Uma das vítimas foi Thiago Rodrigues dos Santos, de 25 anos. Ele havia acabado de chegar na Virada Cultural quando teve seu celular arrancado da mão enquanto filmava a apresentação da cantora. Thiago sentiu um empurrão e, quando percebeu, o aparelho já havia sido furtado.

Guarda Civil recebeu casos de dezenas de pessoas que tiveram seus pertences roubados durante apresentação no Centro Foto: Renata Mesquita/Estadão

Mais tarde, por volta das 22h30, arrastões voltaram a tomar conta da Virada no centro, provocando correria entre o público. A situação chegou ao ponto de membros da equipe responsável pelo bar do evento levantarem garrafas de vidro vazias para se defender. Os portões de controle de entrada à pista de shows foram fechados por um breve período. O Estadão registrou o momento da confusão; assista a seguir.

No momento da correria, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) estava dispersa e distante do público dos palcos, nas laterais, o que dificultou a reação. Após o ocorrido, a Polícia Militar prendeu três suspeitos de envolvimento no arrastão. Os jovens foram reconhecidos por duas testemunhas como participantes do grupo. Segundo a PM, eles foram levados à 77ª Delegacia de Polícia.

A atração seguinte foi do funkeiro Kevinho, que precisou encerrar o show mais cedo por orientação da prefeitura. Em determinado momento, Kevinho declarou que "pessoas estavam se machucando" e interrompeu a apresentação. 

Relatos nas redes sociais também dão conta da violência nos arredores do Anhangabaú durante a Virada e ficaram nos trendings topics do Twitter neste domingo. Diversas pessoas falaram sobre arrastões constantes durante os shows e algumas disseram ter visto espancamento durante as abordagens. Outras estavam a caminho dos shows, mas desistiram de ir ao encontrar vítimas de violência próximos à estação de metrô da região.

A violência durante a noite deste sábado desencorajou dezenas de pessoas a irem para os shows marcados para este domingo, 29, e rendeu críticas à falta de segurança na região. As principais atrações marcadas no Palco Viaduto do Chá são Luísa Sonza, as 15h, e Planet Hemp, as 17h30.

Em outros palcos, manifestações políticas por parte do público e dos artistas marcaram a noite desta edição que conta com o retorno do público após dois anos. A pandemia e a vacinação contra a covid-19 foram citadas por diversas atrações, que criticaram a postura do governo Bolsonaro durante a crise sanitária. Gritos em favor de Lula e contra Bolsonaro também foram ouvidos em meio a um cenário político pré-eleições.

Revista policial e cautela com celulares

Antes dos shows, vendedores ofereciam pochetes para celular, "antifurto", segundo eles, por R$ 25. Muitas pessoas caminhavam segurando bolsas em frente ao corpo. Havia uma certa tensão, com gente se entreolhando e procurando usar pouco seus aparelhos de telefone. 

Uma medida inédita foi a revista policial em todas as vias de acesso ao Vale. Um sargento da GCM, que preferiu não se identificar, falou reservadamente com a reportagem do Estadão. Ele explicou que a revista era para evitar que as pessoas entrassem armadas e com garrafas de vidro. Por causa das barreiras, vendedores ambulantes também não conseguiam acessar as proximidades do palco. 

Ainda segundo o sargento, ladrões de celular estavam infiltrados entre a plateia e poderiam agir a qualquer momento. Ele pediu ao repórter que avisasse às pessoas para só usarem seus aparelhos perto dos carros de polícia. "Na última Virada, apreendemos um rapaz com 23 aparelhos roubados." A Guarda Civil Metropolitana tinha 50 homens no local, que trabalhavam em conjunto com a Polícia Militar. 

A apresentadora da noite, a poeta e MC Mel Duarte, subiu ao palco às 18h15 para anunciar Vitor Kley. Ela usou a linguagem inclusiva, dizendo "boa noite a todes" e perguntando "será que vocês estão preparades?". Disse que a prefeitura abria com a Virada o calendário cultural da pós-pandemia e pediu para as pessoas usarem máscaras nos ônibus. Ali mesmo, ninguém usava. 

Vitor Kley surgiu às 18h20 pronto para fazer o que havia prometido, um show de sucessos. Leia aqui sobre a apresentação do músico.

A noite de abertura da Virada Cultural, entre este sábado, 28, e a madrugada de domingo, 29, foi marcada por violência no palco principal do evento, no Anhangabaú, na região central de São Paulo, e manifestações políticas em outros palcos. Agressões, furtos e roubos de celulares e arrastões foram relatados pelo público e presenciados pelo Estadão. Um dos shows, do funkeiro Kevinho, foi encerrado antes da hora por causa da violência.

Após uma apresentação tranquila de Vitor Kley, o show da cantora Margareth Menezes teve arrastões e brigas. Mais de 20 homens entraram em fila na multidão e furtaram rapidamente quem assistia ao espetáculo. O público demorou para entender o que estava ocorrendo. A princípio, parecia apenas um grupo de jovens aproveitando o show. Três suspeitos foram detidos.

Uma das vítimas foi Thiago Rodrigues dos Santos, de 25 anos. Ele havia acabado de chegar na Virada Cultural quando teve seu celular arrancado da mão enquanto filmava a apresentação da cantora. Thiago sentiu um empurrão e, quando percebeu, o aparelho já havia sido furtado.

Guarda Civil recebeu casos de dezenas de pessoas que tiveram seus pertences roubados durante apresentação no Centro Foto: Renata Mesquita/Estadão

Mais tarde, por volta das 22h30, arrastões voltaram a tomar conta da Virada no centro, provocando correria entre o público. A situação chegou ao ponto de membros da equipe responsável pelo bar do evento levantarem garrafas de vidro vazias para se defender. Os portões de controle de entrada à pista de shows foram fechados por um breve período. O Estadão registrou o momento da confusão; assista a seguir.

No momento da correria, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) estava dispersa e distante do público dos palcos, nas laterais, o que dificultou a reação. Após o ocorrido, a Polícia Militar prendeu três suspeitos de envolvimento no arrastão. Os jovens foram reconhecidos por duas testemunhas como participantes do grupo. Segundo a PM, eles foram levados à 77ª Delegacia de Polícia.

A atração seguinte foi do funkeiro Kevinho, que precisou encerrar o show mais cedo por orientação da prefeitura. Em determinado momento, Kevinho declarou que "pessoas estavam se machucando" e interrompeu a apresentação. 

Relatos nas redes sociais também dão conta da violência nos arredores do Anhangabaú durante a Virada e ficaram nos trendings topics do Twitter neste domingo. Diversas pessoas falaram sobre arrastões constantes durante os shows e algumas disseram ter visto espancamento durante as abordagens. Outras estavam a caminho dos shows, mas desistiram de ir ao encontrar vítimas de violência próximos à estação de metrô da região.

A violência durante a noite deste sábado desencorajou dezenas de pessoas a irem para os shows marcados para este domingo, 29, e rendeu críticas à falta de segurança na região. As principais atrações marcadas no Palco Viaduto do Chá são Luísa Sonza, as 15h, e Planet Hemp, as 17h30.

Em outros palcos, manifestações políticas por parte do público e dos artistas marcaram a noite desta edição que conta com o retorno do público após dois anos. A pandemia e a vacinação contra a covid-19 foram citadas por diversas atrações, que criticaram a postura do governo Bolsonaro durante a crise sanitária. Gritos em favor de Lula e contra Bolsonaro também foram ouvidos em meio a um cenário político pré-eleições.

Revista policial e cautela com celulares

Antes dos shows, vendedores ofereciam pochetes para celular, "antifurto", segundo eles, por R$ 25. Muitas pessoas caminhavam segurando bolsas em frente ao corpo. Havia uma certa tensão, com gente se entreolhando e procurando usar pouco seus aparelhos de telefone. 

Uma medida inédita foi a revista policial em todas as vias de acesso ao Vale. Um sargento da GCM, que preferiu não se identificar, falou reservadamente com a reportagem do Estadão. Ele explicou que a revista era para evitar que as pessoas entrassem armadas e com garrafas de vidro. Por causa das barreiras, vendedores ambulantes também não conseguiam acessar as proximidades do palco. 

Ainda segundo o sargento, ladrões de celular estavam infiltrados entre a plateia e poderiam agir a qualquer momento. Ele pediu ao repórter que avisasse às pessoas para só usarem seus aparelhos perto dos carros de polícia. "Na última Virada, apreendemos um rapaz com 23 aparelhos roubados." A Guarda Civil Metropolitana tinha 50 homens no local, que trabalhavam em conjunto com a Polícia Militar. 

A apresentadora da noite, a poeta e MC Mel Duarte, subiu ao palco às 18h15 para anunciar Vitor Kley. Ela usou a linguagem inclusiva, dizendo "boa noite a todes" e perguntando "será que vocês estão preparades?". Disse que a prefeitura abria com a Virada o calendário cultural da pós-pandemia e pediu para as pessoas usarem máscaras nos ônibus. Ali mesmo, ninguém usava. 

Vitor Kley surgiu às 18h20 pronto para fazer o que havia prometido, um show de sucessos. Leia aqui sobre a apresentação do músico.

A noite de abertura da Virada Cultural, entre este sábado, 28, e a madrugada de domingo, 29, foi marcada por violência no palco principal do evento, no Anhangabaú, na região central de São Paulo, e manifestações políticas em outros palcos. Agressões, furtos e roubos de celulares e arrastões foram relatados pelo público e presenciados pelo Estadão. Um dos shows, do funkeiro Kevinho, foi encerrado antes da hora por causa da violência.

Após uma apresentação tranquila de Vitor Kley, o show da cantora Margareth Menezes teve arrastões e brigas. Mais de 20 homens entraram em fila na multidão e furtaram rapidamente quem assistia ao espetáculo. O público demorou para entender o que estava ocorrendo. A princípio, parecia apenas um grupo de jovens aproveitando o show. Três suspeitos foram detidos.

Uma das vítimas foi Thiago Rodrigues dos Santos, de 25 anos. Ele havia acabado de chegar na Virada Cultural quando teve seu celular arrancado da mão enquanto filmava a apresentação da cantora. Thiago sentiu um empurrão e, quando percebeu, o aparelho já havia sido furtado.

Guarda Civil recebeu casos de dezenas de pessoas que tiveram seus pertences roubados durante apresentação no Centro Foto: Renata Mesquita/Estadão

Mais tarde, por volta das 22h30, arrastões voltaram a tomar conta da Virada no centro, provocando correria entre o público. A situação chegou ao ponto de membros da equipe responsável pelo bar do evento levantarem garrafas de vidro vazias para se defender. Os portões de controle de entrada à pista de shows foram fechados por um breve período. O Estadão registrou o momento da confusão; assista a seguir.

No momento da correria, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) estava dispersa e distante do público dos palcos, nas laterais, o que dificultou a reação. Após o ocorrido, a Polícia Militar prendeu três suspeitos de envolvimento no arrastão. Os jovens foram reconhecidos por duas testemunhas como participantes do grupo. Segundo a PM, eles foram levados à 77ª Delegacia de Polícia.

A atração seguinte foi do funkeiro Kevinho, que precisou encerrar o show mais cedo por orientação da prefeitura. Em determinado momento, Kevinho declarou que "pessoas estavam se machucando" e interrompeu a apresentação. 

Relatos nas redes sociais também dão conta da violência nos arredores do Anhangabaú durante a Virada e ficaram nos trendings topics do Twitter neste domingo. Diversas pessoas falaram sobre arrastões constantes durante os shows e algumas disseram ter visto espancamento durante as abordagens. Outras estavam a caminho dos shows, mas desistiram de ir ao encontrar vítimas de violência próximos à estação de metrô da região.

A violência durante a noite deste sábado desencorajou dezenas de pessoas a irem para os shows marcados para este domingo, 29, e rendeu críticas à falta de segurança na região. As principais atrações marcadas no Palco Viaduto do Chá são Luísa Sonza, as 15h, e Planet Hemp, as 17h30.

Em outros palcos, manifestações políticas por parte do público e dos artistas marcaram a noite desta edição que conta com o retorno do público após dois anos. A pandemia e a vacinação contra a covid-19 foram citadas por diversas atrações, que criticaram a postura do governo Bolsonaro durante a crise sanitária. Gritos em favor de Lula e contra Bolsonaro também foram ouvidos em meio a um cenário político pré-eleições.

Revista policial e cautela com celulares

Antes dos shows, vendedores ofereciam pochetes para celular, "antifurto", segundo eles, por R$ 25. Muitas pessoas caminhavam segurando bolsas em frente ao corpo. Havia uma certa tensão, com gente se entreolhando e procurando usar pouco seus aparelhos de telefone. 

Uma medida inédita foi a revista policial em todas as vias de acesso ao Vale. Um sargento da GCM, que preferiu não se identificar, falou reservadamente com a reportagem do Estadão. Ele explicou que a revista era para evitar que as pessoas entrassem armadas e com garrafas de vidro. Por causa das barreiras, vendedores ambulantes também não conseguiam acessar as proximidades do palco. 

Ainda segundo o sargento, ladrões de celular estavam infiltrados entre a plateia e poderiam agir a qualquer momento. Ele pediu ao repórter que avisasse às pessoas para só usarem seus aparelhos perto dos carros de polícia. "Na última Virada, apreendemos um rapaz com 23 aparelhos roubados." A Guarda Civil Metropolitana tinha 50 homens no local, que trabalhavam em conjunto com a Polícia Militar. 

A apresentadora da noite, a poeta e MC Mel Duarte, subiu ao palco às 18h15 para anunciar Vitor Kley. Ela usou a linguagem inclusiva, dizendo "boa noite a todes" e perguntando "será que vocês estão preparades?". Disse que a prefeitura abria com a Virada o calendário cultural da pós-pandemia e pediu para as pessoas usarem máscaras nos ônibus. Ali mesmo, ninguém usava. 

Vitor Kley surgiu às 18h20 pronto para fazer o que havia prometido, um show de sucessos. Leia aqui sobre a apresentação do músico.

A noite de abertura da Virada Cultural, entre este sábado, 28, e a madrugada de domingo, 29, foi marcada por violência no palco principal do evento, no Anhangabaú, na região central de São Paulo, e manifestações políticas em outros palcos. Agressões, furtos e roubos de celulares e arrastões foram relatados pelo público e presenciados pelo Estadão. Um dos shows, do funkeiro Kevinho, foi encerrado antes da hora por causa da violência.

Após uma apresentação tranquila de Vitor Kley, o show da cantora Margareth Menezes teve arrastões e brigas. Mais de 20 homens entraram em fila na multidão e furtaram rapidamente quem assistia ao espetáculo. O público demorou para entender o que estava ocorrendo. A princípio, parecia apenas um grupo de jovens aproveitando o show. Três suspeitos foram detidos.

Uma das vítimas foi Thiago Rodrigues dos Santos, de 25 anos. Ele havia acabado de chegar na Virada Cultural quando teve seu celular arrancado da mão enquanto filmava a apresentação da cantora. Thiago sentiu um empurrão e, quando percebeu, o aparelho já havia sido furtado.

Guarda Civil recebeu casos de dezenas de pessoas que tiveram seus pertences roubados durante apresentação no Centro Foto: Renata Mesquita/Estadão

Mais tarde, por volta das 22h30, arrastões voltaram a tomar conta da Virada no centro, provocando correria entre o público. A situação chegou ao ponto de membros da equipe responsável pelo bar do evento levantarem garrafas de vidro vazias para se defender. Os portões de controle de entrada à pista de shows foram fechados por um breve período. O Estadão registrou o momento da confusão; assista a seguir.

No momento da correria, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) estava dispersa e distante do público dos palcos, nas laterais, o que dificultou a reação. Após o ocorrido, a Polícia Militar prendeu três suspeitos de envolvimento no arrastão. Os jovens foram reconhecidos por duas testemunhas como participantes do grupo. Segundo a PM, eles foram levados à 77ª Delegacia de Polícia.

A atração seguinte foi do funkeiro Kevinho, que precisou encerrar o show mais cedo por orientação da prefeitura. Em determinado momento, Kevinho declarou que "pessoas estavam se machucando" e interrompeu a apresentação. 

Relatos nas redes sociais também dão conta da violência nos arredores do Anhangabaú durante a Virada e ficaram nos trendings topics do Twitter neste domingo. Diversas pessoas falaram sobre arrastões constantes durante os shows e algumas disseram ter visto espancamento durante as abordagens. Outras estavam a caminho dos shows, mas desistiram de ir ao encontrar vítimas de violência próximos à estação de metrô da região.

A violência durante a noite deste sábado desencorajou dezenas de pessoas a irem para os shows marcados para este domingo, 29, e rendeu críticas à falta de segurança na região. As principais atrações marcadas no Palco Viaduto do Chá são Luísa Sonza, as 15h, e Planet Hemp, as 17h30.

Em outros palcos, manifestações políticas por parte do público e dos artistas marcaram a noite desta edição que conta com o retorno do público após dois anos. A pandemia e a vacinação contra a covid-19 foram citadas por diversas atrações, que criticaram a postura do governo Bolsonaro durante a crise sanitária. Gritos em favor de Lula e contra Bolsonaro também foram ouvidos em meio a um cenário político pré-eleições.

Revista policial e cautela com celulares

Antes dos shows, vendedores ofereciam pochetes para celular, "antifurto", segundo eles, por R$ 25. Muitas pessoas caminhavam segurando bolsas em frente ao corpo. Havia uma certa tensão, com gente se entreolhando e procurando usar pouco seus aparelhos de telefone. 

Uma medida inédita foi a revista policial em todas as vias de acesso ao Vale. Um sargento da GCM, que preferiu não se identificar, falou reservadamente com a reportagem do Estadão. Ele explicou que a revista era para evitar que as pessoas entrassem armadas e com garrafas de vidro. Por causa das barreiras, vendedores ambulantes também não conseguiam acessar as proximidades do palco. 

Ainda segundo o sargento, ladrões de celular estavam infiltrados entre a plateia e poderiam agir a qualquer momento. Ele pediu ao repórter que avisasse às pessoas para só usarem seus aparelhos perto dos carros de polícia. "Na última Virada, apreendemos um rapaz com 23 aparelhos roubados." A Guarda Civil Metropolitana tinha 50 homens no local, que trabalhavam em conjunto com a Polícia Militar. 

A apresentadora da noite, a poeta e MC Mel Duarte, subiu ao palco às 18h15 para anunciar Vitor Kley. Ela usou a linguagem inclusiva, dizendo "boa noite a todes" e perguntando "será que vocês estão preparades?". Disse que a prefeitura abria com a Virada o calendário cultural da pós-pandemia e pediu para as pessoas usarem máscaras nos ônibus. Ali mesmo, ninguém usava. 

Vitor Kley surgiu às 18h20 pronto para fazer o que havia prometido, um show de sucessos. Leia aqui sobre a apresentação do músico.

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