Sesc inaugura unidade na zona norte de SP que será a maior da cidade; saiba o que abre na 1ª fase


Espaço ocupa antiga sede do Grupo Guararapes; primeira etapa das atividades terá área de exposições, espaço de apresentações e café, mas expansão está prevista para próximos anos

Por Priscila Mengue
Atualização:

Mais uma fábrica vai virar Sesc em São Paulo. Com um projeto inicial em parte inspirado na icônica unidade da Pompeia — com detalhes em vermelho e a manutenção da estética fabril —, o Sesc Casa Verde será inaugurado parcialmente na manhã desta sexta-feira, 27, na zona norte paulistana. O espaço ocupa o antigo endereço do Grupo Guararapes, que passou por uma transformação para receber atividades socioculturais diversas.

A abertura é parcial. Essa etapa abrange uma parte da área externa e o antigo galpão fabril do grupo (mais conhecido pela Riachuelo), totalizando 12 mil m². O restante do espaço receberá novas instalações nas fases seguintes da obra. Quando a expansão estiver completa, será a maior unidade do Sesc na capital paulista, com mais de 45 mil m², superando a unidade Belenzinho. A expectativa é de cerca de 7 mil frequentadores por semana.

Varanda do novo Sesc Casa Verde, com mobiliário de autoria de Paulo Mendes da Rocha (no mesmo modelo da unidade 24 de Maio) Foto: Werther Santana/Estadão
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Na fase um, a unidade contará com café, espaço de brincar, área de leitura, salas multiuso para atividades variadas, praças de convivência e arena aberta de espetáculos, dentre outros. Há duas varandas: uma com poltronas de Paulo Mendes da Rocha (iguais às do Sesc 24 de Maio) que permitem a vista da vizinhança da Casa Verde; a outra reúne mesas da cafeteria e está voltada ao pôr do sol. Foram cinco meses de obra nessa etapa.

Há uma programação cultural variada, cuja protagonista é a exposição Festas, Sambas e Outros Carnavais, sobre manifestações populares, com referências a bumba-meu-boi, reisado, carnaval e outros elementos da identidade brasileira. A Casa Verde está presente em diferentes momentos da mostra.

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A comedoria será aberta até o fim do primeiro semestre de 2024, instalada no antigo restaurante de funcionários. Novos equipamentos esportivos também serão instalados paulatinamente. O projeto principal ainda está em desenvolvimento, com um centro aquático de piscinas internas e externas e um teatro, cuja entrega final é estimada até o segundo semestre de 2027.

A programação do novo Sesc busca se conectar com a identidade e trajetória da Casa Verde. A manhã de abertura contará com uma lavagem simbólica das ruas da unidade, feita pelo Afoxé Filhos da Coroa de Dadá, o mais antigo grupo de afoxé da cidade, fundado no bairro.

Sesc Casa Verde abrirá parcialmente no antigo galpão fabril do Grupo Guararapes Foto: Werther Santana/Estadão
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“É um bairro com muita tradição. Nossa intenção é dar espaço para toda essa tradição do samba, da música, dos desfiles, que tenha presença e seja reconhecida no Sesc. Essas pessoas vão ser reconhecidas na nossa programação”, diz Luiz Galina, diretor regional em exercício do Sesc São Paulo.

A agenda celebrará as manifestações da cultura popular brasileira. Os primeiros dias de abertura contarão, por exemplo, com a roda de samba Quintal da Xika e o Encontro de Pavilhões — com escolas de samba do bairro e vizinhas, como Unidos do Peruche, Morro da Casa Verde, Império da Casa Verde, Mocidade Alegre, Rosas de Ouro e outras mais.

Grande exposição sobre festas populares abre programação cultural do Sesc Casa Verde (na foto, ainda em retoques finais de instalação) Foto: Werther Santana/Estadão - 26/10/2023
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Esta é o segundo Sesc na zona norte, além do espaço de Santana. Uma terceira unidade será aberta em Pirituba em uma chácara centenária e tombada, com previsão de abertura para o segundo semestre de 2027.

Após abrir a unidade 14 Bis em 6 de outubro, o Sesc ainda deve inaugurar a nova sede neste ano, no antigo edifício do Mappin, no centro. A sede será majoritariamente voltada a atividades administrativas, mas terá o térreo aberto para uma exposição ao público em geral.

Ao todo, o Sesc planeja iniciar as atividades em 11 novos imóveis em até 10 anos, além da entrega de unidades definitivas e ampliações. Entre os endereços, estão Sapopemba e São Miguel Paulista, na zona leste, e o antigo Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), que será restaurado, no centro.

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“No nosso plano estratégico, estamos cobrindo bairros populosos que não tinham ainda a nossa presença. É uma região muito carente de equipamentos culturais”, conta o diretor regional.

O imóvel da Casa Verde foi adquirido do Guararapes no fim de 2021. “Quanto antes começa, o retorno é mais significativo para a gente”, resume Galina.

Área de leitura do novo Sesc Casa Verde conta com livros, revistas e publicações variadas Foto: Werther Santana/Estadão
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Exposição traz obras da cultura popular e celebra memória da Casa Verde

A exposição inaugural reúne 208 obras de 61 artistas e diferentes acervos, montada em parceria com o carioca Museu do Pontal. Entre os autores, estão Walter Firmo, Ratão Diniz e Nhozinho. Além disso, uma parte é voltada especialmente aos trabalhos do pintor e escultor João Cândido da Silva, o Cachimbo, um dos fundadores da Unidos do Peruche. A mostra segue até 18 de fevereiro.

Ao longo da exposição, o visitante encontra esculturas, pinturas, fotografias, vídeos, indumentárias tradicionais e obras de arte variadas. O material está dividido em oito espaços principais, com uma proposta de variação de luzes e cores (que possivelmente chamará a atenção nas redes sociais) e até uma área interativa, em que é possível selecionar coreografias de danças tradicionais, como jongo, carimbó, funk, frevo e chula.

Sesc Casa Verde realizará atividades desportivas gratuitas em sala multiuso Foto: Werther Santana/Estadão

Na última parte, a exposição encerra com uma parede repleta de telas que exibem momentos marcantes das escolas de samba de São Paulo. Também há uma grande instalação do artista fluminense Adalton Lopes, que representa um desfile de carnaval em movimento, com centenas de personagens e alas.

Para além do grande espaço expositivo, a mostra se expande pela área de convivência da unidade, com a exibição de retratos de 20 figuras históricas da Casa Verde, a começar por Seu Carlão do Peruche. As imagens são do fotógrafo Roger Cipó.

Mostra expõe trajetória de 20 figuras históricas do carnaval de São Paulo, como Seu Carlão, da Unidos do Peruche Foto: Werther Santana/Estadão

A curadoria é de Angela Mascelani e Lucas Van de Beuque, diretores do Museu do Pontal, e do sociólogo e sambista Tadeu Kaçula, autor do livro Casa Verde: uma pequena África paulistana.

“As pessoas do próprio território (Casa Verde), quando chegarem, vão se sentir representadas em muitas referências”, diz Kaçula. Para o pesquisador, o novo Sesc também será uma oportunidade de pessoas de outras partes de São Paulo conhecerem as raízes do bairro.

“A Casa Verde foi a pequena África paulistana, mas passou por um processo de apagamento”, destaca. “As pessoas vão se conectar e pensar sobre essas manifestações culturais do brasil a partir da Casa Verde.”

Arena com arquibancada receberá apresentações culturais variadas e gratuitas no Sesc Casa Verde Foto: Werther Santana/Estadão

Sesc Casa Verde

Inauguração: 27 de outubro, às 10h

Funcionamento: terça a sexta-feira, das 10h às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h

Endereço: Av. Casa Verde, 327 - Casa Verde

Mais informações: www.sescsp.org.br/casaverde

Novo Sesc ocupa antigo endereço do Grupo Guararapes na Casa Verde, na zona norte de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

Mais uma fábrica vai virar Sesc em São Paulo. Com um projeto inicial em parte inspirado na icônica unidade da Pompeia — com detalhes em vermelho e a manutenção da estética fabril —, o Sesc Casa Verde será inaugurado parcialmente na manhã desta sexta-feira, 27, na zona norte paulistana. O espaço ocupa o antigo endereço do Grupo Guararapes, que passou por uma transformação para receber atividades socioculturais diversas.

A abertura é parcial. Essa etapa abrange uma parte da área externa e o antigo galpão fabril do grupo (mais conhecido pela Riachuelo), totalizando 12 mil m². O restante do espaço receberá novas instalações nas fases seguintes da obra. Quando a expansão estiver completa, será a maior unidade do Sesc na capital paulista, com mais de 45 mil m², superando a unidade Belenzinho. A expectativa é de cerca de 7 mil frequentadores por semana.

Varanda do novo Sesc Casa Verde, com mobiliário de autoria de Paulo Mendes da Rocha (no mesmo modelo da unidade 24 de Maio) Foto: Werther Santana/Estadão

Na fase um, a unidade contará com café, espaço de brincar, área de leitura, salas multiuso para atividades variadas, praças de convivência e arena aberta de espetáculos, dentre outros. Há duas varandas: uma com poltronas de Paulo Mendes da Rocha (iguais às do Sesc 24 de Maio) que permitem a vista da vizinhança da Casa Verde; a outra reúne mesas da cafeteria e está voltada ao pôr do sol. Foram cinco meses de obra nessa etapa.

Há uma programação cultural variada, cuja protagonista é a exposição Festas, Sambas e Outros Carnavais, sobre manifestações populares, com referências a bumba-meu-boi, reisado, carnaval e outros elementos da identidade brasileira. A Casa Verde está presente em diferentes momentos da mostra.

A comedoria será aberta até o fim do primeiro semestre de 2024, instalada no antigo restaurante de funcionários. Novos equipamentos esportivos também serão instalados paulatinamente. O projeto principal ainda está em desenvolvimento, com um centro aquático de piscinas internas e externas e um teatro, cuja entrega final é estimada até o segundo semestre de 2027.

A programação do novo Sesc busca se conectar com a identidade e trajetória da Casa Verde. A manhã de abertura contará com uma lavagem simbólica das ruas da unidade, feita pelo Afoxé Filhos da Coroa de Dadá, o mais antigo grupo de afoxé da cidade, fundado no bairro.

Sesc Casa Verde abrirá parcialmente no antigo galpão fabril do Grupo Guararapes Foto: Werther Santana/Estadão

“É um bairro com muita tradição. Nossa intenção é dar espaço para toda essa tradição do samba, da música, dos desfiles, que tenha presença e seja reconhecida no Sesc. Essas pessoas vão ser reconhecidas na nossa programação”, diz Luiz Galina, diretor regional em exercício do Sesc São Paulo.

A agenda celebrará as manifestações da cultura popular brasileira. Os primeiros dias de abertura contarão, por exemplo, com a roda de samba Quintal da Xika e o Encontro de Pavilhões — com escolas de samba do bairro e vizinhas, como Unidos do Peruche, Morro da Casa Verde, Império da Casa Verde, Mocidade Alegre, Rosas de Ouro e outras mais.

Grande exposição sobre festas populares abre programação cultural do Sesc Casa Verde (na foto, ainda em retoques finais de instalação) Foto: Werther Santana/Estadão - 26/10/2023

Esta é o segundo Sesc na zona norte, além do espaço de Santana. Uma terceira unidade será aberta em Pirituba em uma chácara centenária e tombada, com previsão de abertura para o segundo semestre de 2027.

Após abrir a unidade 14 Bis em 6 de outubro, o Sesc ainda deve inaugurar a nova sede neste ano, no antigo edifício do Mappin, no centro. A sede será majoritariamente voltada a atividades administrativas, mas terá o térreo aberto para uma exposição ao público em geral.

Ao todo, o Sesc planeja iniciar as atividades em 11 novos imóveis em até 10 anos, além da entrega de unidades definitivas e ampliações. Entre os endereços, estão Sapopemba e São Miguel Paulista, na zona leste, e o antigo Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), que será restaurado, no centro.

“No nosso plano estratégico, estamos cobrindo bairros populosos que não tinham ainda a nossa presença. É uma região muito carente de equipamentos culturais”, conta o diretor regional.

O imóvel da Casa Verde foi adquirido do Guararapes no fim de 2021. “Quanto antes começa, o retorno é mais significativo para a gente”, resume Galina.

Área de leitura do novo Sesc Casa Verde conta com livros, revistas e publicações variadas Foto: Werther Santana/Estadão

Exposição traz obras da cultura popular e celebra memória da Casa Verde

A exposição inaugural reúne 208 obras de 61 artistas e diferentes acervos, montada em parceria com o carioca Museu do Pontal. Entre os autores, estão Walter Firmo, Ratão Diniz e Nhozinho. Além disso, uma parte é voltada especialmente aos trabalhos do pintor e escultor João Cândido da Silva, o Cachimbo, um dos fundadores da Unidos do Peruche. A mostra segue até 18 de fevereiro.

Ao longo da exposição, o visitante encontra esculturas, pinturas, fotografias, vídeos, indumentárias tradicionais e obras de arte variadas. O material está dividido em oito espaços principais, com uma proposta de variação de luzes e cores (que possivelmente chamará a atenção nas redes sociais) e até uma área interativa, em que é possível selecionar coreografias de danças tradicionais, como jongo, carimbó, funk, frevo e chula.

Sesc Casa Verde realizará atividades desportivas gratuitas em sala multiuso Foto: Werther Santana/Estadão

Na última parte, a exposição encerra com uma parede repleta de telas que exibem momentos marcantes das escolas de samba de São Paulo. Também há uma grande instalação do artista fluminense Adalton Lopes, que representa um desfile de carnaval em movimento, com centenas de personagens e alas.

Para além do grande espaço expositivo, a mostra se expande pela área de convivência da unidade, com a exibição de retratos de 20 figuras históricas da Casa Verde, a começar por Seu Carlão do Peruche. As imagens são do fotógrafo Roger Cipó.

Mostra expõe trajetória de 20 figuras históricas do carnaval de São Paulo, como Seu Carlão, da Unidos do Peruche Foto: Werther Santana/Estadão

A curadoria é de Angela Mascelani e Lucas Van de Beuque, diretores do Museu do Pontal, e do sociólogo e sambista Tadeu Kaçula, autor do livro Casa Verde: uma pequena África paulistana.

“As pessoas do próprio território (Casa Verde), quando chegarem, vão se sentir representadas em muitas referências”, diz Kaçula. Para o pesquisador, o novo Sesc também será uma oportunidade de pessoas de outras partes de São Paulo conhecerem as raízes do bairro.

“A Casa Verde foi a pequena África paulistana, mas passou por um processo de apagamento”, destaca. “As pessoas vão se conectar e pensar sobre essas manifestações culturais do brasil a partir da Casa Verde.”

Arena com arquibancada receberá apresentações culturais variadas e gratuitas no Sesc Casa Verde Foto: Werther Santana/Estadão

Sesc Casa Verde

Inauguração: 27 de outubro, às 10h

Funcionamento: terça a sexta-feira, das 10h às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h

Endereço: Av. Casa Verde, 327 - Casa Verde

Mais informações: www.sescsp.org.br/casaverde

Novo Sesc ocupa antigo endereço do Grupo Guararapes na Casa Verde, na zona norte de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

Mais uma fábrica vai virar Sesc em São Paulo. Com um projeto inicial em parte inspirado na icônica unidade da Pompeia — com detalhes em vermelho e a manutenção da estética fabril —, o Sesc Casa Verde será inaugurado parcialmente na manhã desta sexta-feira, 27, na zona norte paulistana. O espaço ocupa o antigo endereço do Grupo Guararapes, que passou por uma transformação para receber atividades socioculturais diversas.

A abertura é parcial. Essa etapa abrange uma parte da área externa e o antigo galpão fabril do grupo (mais conhecido pela Riachuelo), totalizando 12 mil m². O restante do espaço receberá novas instalações nas fases seguintes da obra. Quando a expansão estiver completa, será a maior unidade do Sesc na capital paulista, com mais de 45 mil m², superando a unidade Belenzinho. A expectativa é de cerca de 7 mil frequentadores por semana.

Varanda do novo Sesc Casa Verde, com mobiliário de autoria de Paulo Mendes da Rocha (no mesmo modelo da unidade 24 de Maio) Foto: Werther Santana/Estadão

Na fase um, a unidade contará com café, espaço de brincar, área de leitura, salas multiuso para atividades variadas, praças de convivência e arena aberta de espetáculos, dentre outros. Há duas varandas: uma com poltronas de Paulo Mendes da Rocha (iguais às do Sesc 24 de Maio) que permitem a vista da vizinhança da Casa Verde; a outra reúne mesas da cafeteria e está voltada ao pôr do sol. Foram cinco meses de obra nessa etapa.

Há uma programação cultural variada, cuja protagonista é a exposição Festas, Sambas e Outros Carnavais, sobre manifestações populares, com referências a bumba-meu-boi, reisado, carnaval e outros elementos da identidade brasileira. A Casa Verde está presente em diferentes momentos da mostra.

A comedoria será aberta até o fim do primeiro semestre de 2024, instalada no antigo restaurante de funcionários. Novos equipamentos esportivos também serão instalados paulatinamente. O projeto principal ainda está em desenvolvimento, com um centro aquático de piscinas internas e externas e um teatro, cuja entrega final é estimada até o segundo semestre de 2027.

A programação do novo Sesc busca se conectar com a identidade e trajetória da Casa Verde. A manhã de abertura contará com uma lavagem simbólica das ruas da unidade, feita pelo Afoxé Filhos da Coroa de Dadá, o mais antigo grupo de afoxé da cidade, fundado no bairro.

Sesc Casa Verde abrirá parcialmente no antigo galpão fabril do Grupo Guararapes Foto: Werther Santana/Estadão

“É um bairro com muita tradição. Nossa intenção é dar espaço para toda essa tradição do samba, da música, dos desfiles, que tenha presença e seja reconhecida no Sesc. Essas pessoas vão ser reconhecidas na nossa programação”, diz Luiz Galina, diretor regional em exercício do Sesc São Paulo.

A agenda celebrará as manifestações da cultura popular brasileira. Os primeiros dias de abertura contarão, por exemplo, com a roda de samba Quintal da Xika e o Encontro de Pavilhões — com escolas de samba do bairro e vizinhas, como Unidos do Peruche, Morro da Casa Verde, Império da Casa Verde, Mocidade Alegre, Rosas de Ouro e outras mais.

Grande exposição sobre festas populares abre programação cultural do Sesc Casa Verde (na foto, ainda em retoques finais de instalação) Foto: Werther Santana/Estadão - 26/10/2023

Esta é o segundo Sesc na zona norte, além do espaço de Santana. Uma terceira unidade será aberta em Pirituba em uma chácara centenária e tombada, com previsão de abertura para o segundo semestre de 2027.

Após abrir a unidade 14 Bis em 6 de outubro, o Sesc ainda deve inaugurar a nova sede neste ano, no antigo edifício do Mappin, no centro. A sede será majoritariamente voltada a atividades administrativas, mas terá o térreo aberto para uma exposição ao público em geral.

Ao todo, o Sesc planeja iniciar as atividades em 11 novos imóveis em até 10 anos, além da entrega de unidades definitivas e ampliações. Entre os endereços, estão Sapopemba e São Miguel Paulista, na zona leste, e o antigo Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), que será restaurado, no centro.

“No nosso plano estratégico, estamos cobrindo bairros populosos que não tinham ainda a nossa presença. É uma região muito carente de equipamentos culturais”, conta o diretor regional.

O imóvel da Casa Verde foi adquirido do Guararapes no fim de 2021. “Quanto antes começa, o retorno é mais significativo para a gente”, resume Galina.

Área de leitura do novo Sesc Casa Verde conta com livros, revistas e publicações variadas Foto: Werther Santana/Estadão

Exposição traz obras da cultura popular e celebra memória da Casa Verde

A exposição inaugural reúne 208 obras de 61 artistas e diferentes acervos, montada em parceria com o carioca Museu do Pontal. Entre os autores, estão Walter Firmo, Ratão Diniz e Nhozinho. Além disso, uma parte é voltada especialmente aos trabalhos do pintor e escultor João Cândido da Silva, o Cachimbo, um dos fundadores da Unidos do Peruche. A mostra segue até 18 de fevereiro.

Ao longo da exposição, o visitante encontra esculturas, pinturas, fotografias, vídeos, indumentárias tradicionais e obras de arte variadas. O material está dividido em oito espaços principais, com uma proposta de variação de luzes e cores (que possivelmente chamará a atenção nas redes sociais) e até uma área interativa, em que é possível selecionar coreografias de danças tradicionais, como jongo, carimbó, funk, frevo e chula.

Sesc Casa Verde realizará atividades desportivas gratuitas em sala multiuso Foto: Werther Santana/Estadão

Na última parte, a exposição encerra com uma parede repleta de telas que exibem momentos marcantes das escolas de samba de São Paulo. Também há uma grande instalação do artista fluminense Adalton Lopes, que representa um desfile de carnaval em movimento, com centenas de personagens e alas.

Para além do grande espaço expositivo, a mostra se expande pela área de convivência da unidade, com a exibição de retratos de 20 figuras históricas da Casa Verde, a começar por Seu Carlão do Peruche. As imagens são do fotógrafo Roger Cipó.

Mostra expõe trajetória de 20 figuras históricas do carnaval de São Paulo, como Seu Carlão, da Unidos do Peruche Foto: Werther Santana/Estadão

A curadoria é de Angela Mascelani e Lucas Van de Beuque, diretores do Museu do Pontal, e do sociólogo e sambista Tadeu Kaçula, autor do livro Casa Verde: uma pequena África paulistana.

“As pessoas do próprio território (Casa Verde), quando chegarem, vão se sentir representadas em muitas referências”, diz Kaçula. Para o pesquisador, o novo Sesc também será uma oportunidade de pessoas de outras partes de São Paulo conhecerem as raízes do bairro.

“A Casa Verde foi a pequena África paulistana, mas passou por um processo de apagamento”, destaca. “As pessoas vão se conectar e pensar sobre essas manifestações culturais do brasil a partir da Casa Verde.”

Arena com arquibancada receberá apresentações culturais variadas e gratuitas no Sesc Casa Verde Foto: Werther Santana/Estadão

Sesc Casa Verde

Inauguração: 27 de outubro, às 10h

Funcionamento: terça a sexta-feira, das 10h às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h

Endereço: Av. Casa Verde, 327 - Casa Verde

Mais informações: www.sescsp.org.br/casaverde

Novo Sesc ocupa antigo endereço do Grupo Guararapes na Casa Verde, na zona norte de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

Mais uma fábrica vai virar Sesc em São Paulo. Com um projeto inicial em parte inspirado na icônica unidade da Pompeia — com detalhes em vermelho e a manutenção da estética fabril —, o Sesc Casa Verde será inaugurado parcialmente na manhã desta sexta-feira, 27, na zona norte paulistana. O espaço ocupa o antigo endereço do Grupo Guararapes, que passou por uma transformação para receber atividades socioculturais diversas.

A abertura é parcial. Essa etapa abrange uma parte da área externa e o antigo galpão fabril do grupo (mais conhecido pela Riachuelo), totalizando 12 mil m². O restante do espaço receberá novas instalações nas fases seguintes da obra. Quando a expansão estiver completa, será a maior unidade do Sesc na capital paulista, com mais de 45 mil m², superando a unidade Belenzinho. A expectativa é de cerca de 7 mil frequentadores por semana.

Varanda do novo Sesc Casa Verde, com mobiliário de autoria de Paulo Mendes da Rocha (no mesmo modelo da unidade 24 de Maio) Foto: Werther Santana/Estadão

Na fase um, a unidade contará com café, espaço de brincar, área de leitura, salas multiuso para atividades variadas, praças de convivência e arena aberta de espetáculos, dentre outros. Há duas varandas: uma com poltronas de Paulo Mendes da Rocha (iguais às do Sesc 24 de Maio) que permitem a vista da vizinhança da Casa Verde; a outra reúne mesas da cafeteria e está voltada ao pôr do sol. Foram cinco meses de obra nessa etapa.

Há uma programação cultural variada, cuja protagonista é a exposição Festas, Sambas e Outros Carnavais, sobre manifestações populares, com referências a bumba-meu-boi, reisado, carnaval e outros elementos da identidade brasileira. A Casa Verde está presente em diferentes momentos da mostra.

A comedoria será aberta até o fim do primeiro semestre de 2024, instalada no antigo restaurante de funcionários. Novos equipamentos esportivos também serão instalados paulatinamente. O projeto principal ainda está em desenvolvimento, com um centro aquático de piscinas internas e externas e um teatro, cuja entrega final é estimada até o segundo semestre de 2027.

A programação do novo Sesc busca se conectar com a identidade e trajetória da Casa Verde. A manhã de abertura contará com uma lavagem simbólica das ruas da unidade, feita pelo Afoxé Filhos da Coroa de Dadá, o mais antigo grupo de afoxé da cidade, fundado no bairro.

Sesc Casa Verde abrirá parcialmente no antigo galpão fabril do Grupo Guararapes Foto: Werther Santana/Estadão

“É um bairro com muita tradição. Nossa intenção é dar espaço para toda essa tradição do samba, da música, dos desfiles, que tenha presença e seja reconhecida no Sesc. Essas pessoas vão ser reconhecidas na nossa programação”, diz Luiz Galina, diretor regional em exercício do Sesc São Paulo.

A agenda celebrará as manifestações da cultura popular brasileira. Os primeiros dias de abertura contarão, por exemplo, com a roda de samba Quintal da Xika e o Encontro de Pavilhões — com escolas de samba do bairro e vizinhas, como Unidos do Peruche, Morro da Casa Verde, Império da Casa Verde, Mocidade Alegre, Rosas de Ouro e outras mais.

Grande exposição sobre festas populares abre programação cultural do Sesc Casa Verde (na foto, ainda em retoques finais de instalação) Foto: Werther Santana/Estadão - 26/10/2023

Esta é o segundo Sesc na zona norte, além do espaço de Santana. Uma terceira unidade será aberta em Pirituba em uma chácara centenária e tombada, com previsão de abertura para o segundo semestre de 2027.

Após abrir a unidade 14 Bis em 6 de outubro, o Sesc ainda deve inaugurar a nova sede neste ano, no antigo edifício do Mappin, no centro. A sede será majoritariamente voltada a atividades administrativas, mas terá o térreo aberto para uma exposição ao público em geral.

Ao todo, o Sesc planeja iniciar as atividades em 11 novos imóveis em até 10 anos, além da entrega de unidades definitivas e ampliações. Entre os endereços, estão Sapopemba e São Miguel Paulista, na zona leste, e o antigo Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), que será restaurado, no centro.

“No nosso plano estratégico, estamos cobrindo bairros populosos que não tinham ainda a nossa presença. É uma região muito carente de equipamentos culturais”, conta o diretor regional.

O imóvel da Casa Verde foi adquirido do Guararapes no fim de 2021. “Quanto antes começa, o retorno é mais significativo para a gente”, resume Galina.

Área de leitura do novo Sesc Casa Verde conta com livros, revistas e publicações variadas Foto: Werther Santana/Estadão

Exposição traz obras da cultura popular e celebra memória da Casa Verde

A exposição inaugural reúne 208 obras de 61 artistas e diferentes acervos, montada em parceria com o carioca Museu do Pontal. Entre os autores, estão Walter Firmo, Ratão Diniz e Nhozinho. Além disso, uma parte é voltada especialmente aos trabalhos do pintor e escultor João Cândido da Silva, o Cachimbo, um dos fundadores da Unidos do Peruche. A mostra segue até 18 de fevereiro.

Ao longo da exposição, o visitante encontra esculturas, pinturas, fotografias, vídeos, indumentárias tradicionais e obras de arte variadas. O material está dividido em oito espaços principais, com uma proposta de variação de luzes e cores (que possivelmente chamará a atenção nas redes sociais) e até uma área interativa, em que é possível selecionar coreografias de danças tradicionais, como jongo, carimbó, funk, frevo e chula.

Sesc Casa Verde realizará atividades desportivas gratuitas em sala multiuso Foto: Werther Santana/Estadão

Na última parte, a exposição encerra com uma parede repleta de telas que exibem momentos marcantes das escolas de samba de São Paulo. Também há uma grande instalação do artista fluminense Adalton Lopes, que representa um desfile de carnaval em movimento, com centenas de personagens e alas.

Para além do grande espaço expositivo, a mostra se expande pela área de convivência da unidade, com a exibição de retratos de 20 figuras históricas da Casa Verde, a começar por Seu Carlão do Peruche. As imagens são do fotógrafo Roger Cipó.

Mostra expõe trajetória de 20 figuras históricas do carnaval de São Paulo, como Seu Carlão, da Unidos do Peruche Foto: Werther Santana/Estadão

A curadoria é de Angela Mascelani e Lucas Van de Beuque, diretores do Museu do Pontal, e do sociólogo e sambista Tadeu Kaçula, autor do livro Casa Verde: uma pequena África paulistana.

“As pessoas do próprio território (Casa Verde), quando chegarem, vão se sentir representadas em muitas referências”, diz Kaçula. Para o pesquisador, o novo Sesc também será uma oportunidade de pessoas de outras partes de São Paulo conhecerem as raízes do bairro.

“A Casa Verde foi a pequena África paulistana, mas passou por um processo de apagamento”, destaca. “As pessoas vão se conectar e pensar sobre essas manifestações culturais do brasil a partir da Casa Verde.”

Arena com arquibancada receberá apresentações culturais variadas e gratuitas no Sesc Casa Verde Foto: Werther Santana/Estadão

Sesc Casa Verde

Inauguração: 27 de outubro, às 10h

Funcionamento: terça a sexta-feira, das 10h às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h

Endereço: Av. Casa Verde, 327 - Casa Verde

Mais informações: www.sescsp.org.br/casaverde

Novo Sesc ocupa antigo endereço do Grupo Guararapes na Casa Verde, na zona norte de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

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