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Comércio eletrônico foi o líder de queixas em junho no SP Reclama


Em junho, o SP Reclama atendeu 24 casos relatados pelos leitores do Estadão. O setor que mais acumulou reclamações foi o de e-commerce, seguido pelas empresas de telefonia e pela área da saúde. As principais queixas foram devido a cobranças indevidas, ressarcimentos e produtos não entregues. "Um dos maiores problemas que a gente tem acompanhado é o pós-venda. É uma questão de política das próprias empresas e do modelo que elas têm para fazer as cobranças", analisa Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor).

Por André Cáceres
Empresas 'não dão atenção para pós-venda', afirma especialista. Foto: Pixabay

Um dos casos noticiados pelo SP Reclama em junho e que ilustra o que a especialista afirma foi o de um consumidor que adquiriu um smartphone no site do Ponto Frio, cancelou a compra e mesmo assim foi cobrado durante meses indevidamente. "Há uma linha que separa as empresas, de um lado para direcionar para as compras, que tem todo o acompanhamento, e o outro, que é o pós-venda, que não tem esse acompanhamento. Os prestadores de serviço não dão atenção para os problemas que vêm depois da venda", lamenta Maria Inês.

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"Outra fonte de reclamações que há no e-commerce são as promoções, porque às vezes você tem um prazo para que acabe a promoção e o consumidor acaba não sabendo, acha que o valor vai se manter por mais tempo", afirma, destacando também que cobranças indevidas de serviços não contratados estão no rol de queixas que afetam o comércio eletrônico. Por outro lado, a especialista cita o exemplo dos serviços de compras coletivas. "Havia muitas reclamações quando chegaram ao Brasil, mas evoluíram muito nos últimos anos".

Houve histórias curiosas no SP Reclama em junho, como o de um leitor que comprou um tablet iPad Air no Submarino e recebeu em casa uma sanduicheira, ou a leitora que levou seis meses para conseguir cancelar sua conta da Vivo. A telefonia é outro setor problemático de acordo com Maria Inês, muito em função da desinformação dos consumidores em relação aos planos ofertados pelas operadoras. "São muito diversificados, uma quantidade enorme, e o consumidor nem sempre adquire o plano certo para o perfil dele de necessidade de consumo", argumenta.

De acordo com a especialista, essas situações não se repetem em outros países. "A gente percebe que, em outros países, eles estão mais organizados e melhor instrumentalizados, eles têm muito menos problemas porque monitoram com muita cautela", explica ela, que acredita que a solução seja ter um canal eficiente para acompanhar as reclamações dos clientes. A coordenadora da Proteste cita a Lei 8.078 de 1990, do comércio eletrônico, regulada por meio do decreto 7.962 de 2013, e orienta os consumidores a ler sobre o tema em uma cartilha da Proteste. "Mas a lei não resolve tudo sozinha, é preciso que os criminosos sejam punidos", alerta.

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O poder público também foi cobrado pelas reportagens do SP Reclama. A babá Vilma Souza foi prejudicada por um erro no sistema da Secretaria Municipal de Educação e seu filho, Pedro, não conseguiu vaga em uma creche mesmo após três meses de espera. O mal entendido foi solucionado após a intervenção da reportagem do Estadão. Outra situação que foi resolvida após o SP Reclama entrar em ação foi a de Maria Rosilene, que está se tratando de um câncer e ficou sem o remédio distribuído pela Secretaria Estadual de Saúde. Em outra situação, a subprefeitura do Ipiranga, zona sul de São Paulo, não concluiu o recapeamento de uma rua por causa de carros estacionados na via.

Dentre todos os casos, apenas dois não tiveram um desfecho favorável aos leitores que enviaram seus protestos para o SP Reclama. Em um deles, a distribuidora de energia elétrica Elektro indeferiu o pedido de reembolso por danos causados a eletrodomésticos após um raio. De acordo com a empresa, não houve registro de instabilidade na data informada. Outro problema não solucionado foi o de um consumidor que pediu transferência de sua linha telefônica da Vivo para outra cidade, mas teve o pedido negado por impossibilidade técnica.

Envie suas dúvidas Mande uma mensagem para o e-mail spreclama@estadao.com ou por WhatsApp para o número (11) 97069-8639. Nossa reportagem vai apurar a denúncia e apresentar a resposta no blog Seus Direitos, um espaço voltado ao cidadão e ao consumidor.

Empresas 'não dão atenção para pós-venda', afirma especialista. Foto: Pixabay

Um dos casos noticiados pelo SP Reclama em junho e que ilustra o que a especialista afirma foi o de um consumidor que adquiriu um smartphone no site do Ponto Frio, cancelou a compra e mesmo assim foi cobrado durante meses indevidamente. "Há uma linha que separa as empresas, de um lado para direcionar para as compras, que tem todo o acompanhamento, e o outro, que é o pós-venda, que não tem esse acompanhamento. Os prestadores de serviço não dão atenção para os problemas que vêm depois da venda", lamenta Maria Inês.

"Outra fonte de reclamações que há no e-commerce são as promoções, porque às vezes você tem um prazo para que acabe a promoção e o consumidor acaba não sabendo, acha que o valor vai se manter por mais tempo", afirma, destacando também que cobranças indevidas de serviços não contratados estão no rol de queixas que afetam o comércio eletrônico. Por outro lado, a especialista cita o exemplo dos serviços de compras coletivas. "Havia muitas reclamações quando chegaram ao Brasil, mas evoluíram muito nos últimos anos".

Houve histórias curiosas no SP Reclama em junho, como o de um leitor que comprou um tablet iPad Air no Submarino e recebeu em casa uma sanduicheira, ou a leitora que levou seis meses para conseguir cancelar sua conta da Vivo. A telefonia é outro setor problemático de acordo com Maria Inês, muito em função da desinformação dos consumidores em relação aos planos ofertados pelas operadoras. "São muito diversificados, uma quantidade enorme, e o consumidor nem sempre adquire o plano certo para o perfil dele de necessidade de consumo", argumenta.

De acordo com a especialista, essas situações não se repetem em outros países. "A gente percebe que, em outros países, eles estão mais organizados e melhor instrumentalizados, eles têm muito menos problemas porque monitoram com muita cautela", explica ela, que acredita que a solução seja ter um canal eficiente para acompanhar as reclamações dos clientes. A coordenadora da Proteste cita a Lei 8.078 de 1990, do comércio eletrônico, regulada por meio do decreto 7.962 de 2013, e orienta os consumidores a ler sobre o tema em uma cartilha da Proteste. "Mas a lei não resolve tudo sozinha, é preciso que os criminosos sejam punidos", alerta.

O poder público também foi cobrado pelas reportagens do SP Reclama. A babá Vilma Souza foi prejudicada por um erro no sistema da Secretaria Municipal de Educação e seu filho, Pedro, não conseguiu vaga em uma creche mesmo após três meses de espera. O mal entendido foi solucionado após a intervenção da reportagem do Estadão. Outra situação que foi resolvida após o SP Reclama entrar em ação foi a de Maria Rosilene, que está se tratando de um câncer e ficou sem o remédio distribuído pela Secretaria Estadual de Saúde. Em outra situação, a subprefeitura do Ipiranga, zona sul de São Paulo, não concluiu o recapeamento de uma rua por causa de carros estacionados na via.

Dentre todos os casos, apenas dois não tiveram um desfecho favorável aos leitores que enviaram seus protestos para o SP Reclama. Em um deles, a distribuidora de energia elétrica Elektro indeferiu o pedido de reembolso por danos causados a eletrodomésticos após um raio. De acordo com a empresa, não houve registro de instabilidade na data informada. Outro problema não solucionado foi o de um consumidor que pediu transferência de sua linha telefônica da Vivo para outra cidade, mas teve o pedido negado por impossibilidade técnica.

Envie suas dúvidas Mande uma mensagem para o e-mail spreclama@estadao.com ou por WhatsApp para o número (11) 97069-8639. Nossa reportagem vai apurar a denúncia e apresentar a resposta no blog Seus Direitos, um espaço voltado ao cidadão e ao consumidor.

Empresas 'não dão atenção para pós-venda', afirma especialista. Foto: Pixabay

Um dos casos noticiados pelo SP Reclama em junho e que ilustra o que a especialista afirma foi o de um consumidor que adquiriu um smartphone no site do Ponto Frio, cancelou a compra e mesmo assim foi cobrado durante meses indevidamente. "Há uma linha que separa as empresas, de um lado para direcionar para as compras, que tem todo o acompanhamento, e o outro, que é o pós-venda, que não tem esse acompanhamento. Os prestadores de serviço não dão atenção para os problemas que vêm depois da venda", lamenta Maria Inês.

"Outra fonte de reclamações que há no e-commerce são as promoções, porque às vezes você tem um prazo para que acabe a promoção e o consumidor acaba não sabendo, acha que o valor vai se manter por mais tempo", afirma, destacando também que cobranças indevidas de serviços não contratados estão no rol de queixas que afetam o comércio eletrônico. Por outro lado, a especialista cita o exemplo dos serviços de compras coletivas. "Havia muitas reclamações quando chegaram ao Brasil, mas evoluíram muito nos últimos anos".

Houve histórias curiosas no SP Reclama em junho, como o de um leitor que comprou um tablet iPad Air no Submarino e recebeu em casa uma sanduicheira, ou a leitora que levou seis meses para conseguir cancelar sua conta da Vivo. A telefonia é outro setor problemático de acordo com Maria Inês, muito em função da desinformação dos consumidores em relação aos planos ofertados pelas operadoras. "São muito diversificados, uma quantidade enorme, e o consumidor nem sempre adquire o plano certo para o perfil dele de necessidade de consumo", argumenta.

De acordo com a especialista, essas situações não se repetem em outros países. "A gente percebe que, em outros países, eles estão mais organizados e melhor instrumentalizados, eles têm muito menos problemas porque monitoram com muita cautela", explica ela, que acredita que a solução seja ter um canal eficiente para acompanhar as reclamações dos clientes. A coordenadora da Proteste cita a Lei 8.078 de 1990, do comércio eletrônico, regulada por meio do decreto 7.962 de 2013, e orienta os consumidores a ler sobre o tema em uma cartilha da Proteste. "Mas a lei não resolve tudo sozinha, é preciso que os criminosos sejam punidos", alerta.

O poder público também foi cobrado pelas reportagens do SP Reclama. A babá Vilma Souza foi prejudicada por um erro no sistema da Secretaria Municipal de Educação e seu filho, Pedro, não conseguiu vaga em uma creche mesmo após três meses de espera. O mal entendido foi solucionado após a intervenção da reportagem do Estadão. Outra situação que foi resolvida após o SP Reclama entrar em ação foi a de Maria Rosilene, que está se tratando de um câncer e ficou sem o remédio distribuído pela Secretaria Estadual de Saúde. Em outra situação, a subprefeitura do Ipiranga, zona sul de São Paulo, não concluiu o recapeamento de uma rua por causa de carros estacionados na via.

Dentre todos os casos, apenas dois não tiveram um desfecho favorável aos leitores que enviaram seus protestos para o SP Reclama. Em um deles, a distribuidora de energia elétrica Elektro indeferiu o pedido de reembolso por danos causados a eletrodomésticos após um raio. De acordo com a empresa, não houve registro de instabilidade na data informada. Outro problema não solucionado foi o de um consumidor que pediu transferência de sua linha telefônica da Vivo para outra cidade, mas teve o pedido negado por impossibilidade técnica.

Envie suas dúvidas Mande uma mensagem para o e-mail spreclama@estadao.com ou por WhatsApp para o número (11) 97069-8639. Nossa reportagem vai apurar a denúncia e apresentar a resposta no blog Seus Direitos, um espaço voltado ao cidadão e ao consumidor.

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