A Prefeitura estuda adotar um sistema de alarme para avisar a população em caso de risco de enchentes e deslizamentos. O trabalho ainda é incipiente e por enquanto os 31 coordenadores distritais da Defesa Civil vão mapear, com os moradores, áreas onde os equipamentos podem ser instalados. O levantamento foi pedido pelo secretário municipal de Segurança Urbana, Edsom Ortega.
A Defesa Civil informou que, como o estudo é preliminar, não é possível saber se a implementação acontecerá na temporada de chuvas deste ano. A cidade tem, segundo levantamento do governo municipal, cerca de 2 mil famílias morando em áreas de elevado risco.
O líder comunitário José Jaílson da Silva, da Associação de Moradores do Jardim Arizona, na zona sul, conhece de perto a vida nesses locais. No Jardim Bananal, há áreas classificadas em risco 4 (iminente) pela Defesa Civil. Ontem, começou o cadastramento de 500 famílias que devem ser retiradas antes da temporada de chuvas. “Não sei como funcionaria esse alarme, mas a preocupação seria para onde levar as pessoas em segurança. Elas podem ir para outro local perigoso.”
Sandra Irene Momm, professora de Planejamento Ambiental nos cursos de Políticas Públicas e Engenharia Ambiental da Universidade Federal do ABC (Ufabc), argumenta que o alarme em caso de deslizamento é útil e pode salvar vidas. “Nessas áreas, a intervenção tem de ser muito rápida.” Quanto aos alagamentos, ela diz que são necessários planos mais elaborados, em que a população possa receber orientação segura de rotas de fuga. “Tem de existir também uma organização do sistema de transporte para que não se fique parado no alagamento.”