O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou na manhã desta terça-feira, 21, a instalação de um hospital de campanha pela Marinha em São Sebastião, com 300 leitos e 21 profissionais de saúde disponíveis para atender as vítimas das chuvas na região.
O litoral Norte de São Paulo registrou chuvas recordes no último fim de semana. Ao menos 44 pessoas morreram em decorrência dos deslizamentos e enchentes. De 30 a 40 pessoas ainda estão desaparecidas, segundo o governo. Em boletim divulgado na manhã desta terça, o governo de São Paulo informou ainda haver 1.730 pessoas desalojadas e 766, desabrigadas.
Tarcísio anunciou o deslocamento do navio Atlântico, da Marinha, para a região afetadas pelas chuvas e agradeceu a ajuda das Forças Armadas, em entrevista. Maior navio de guerra do País, a embarcação costuma ser enviada para operações de apoio e ações humanitárias em outros países.
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“Ele está vindo para cá. Chega aqui com seis aeronaves, com hospital de campanha capaz de receber muitas pessoas. São 300 leitos de enfermaria, 21 profissionais de saúde de várias especialidades, de ortopedia, de traumatologia, de clínica geral, psiquiatras. Então a gente vai poder fazer esse atendimento médico liberando capacidade dos hospitais”, afirmou.
Os pacientes vão passar por uma triagem antes de serem encaminhados ao hospital de campanha, segundo o governador.
Além dessa estrutura, a Marinha ainda vai fornecer 180 fuzileiros navais que serão incorporados às equipes de defesa civil e embarcações com capacidade de acessar as praias para poder fazer o deslocamento de pessoas também pelo mar.
Tarcísio pediu ainda para que os turistas que estão na região por causa do carnaval voltem para suas casas na capital ou outros pontos do Estado para “aliviar a pressão” sobre os serviços locais.
“A recomendação para as pessoas, hoje, é quem faz parte dessa população flutuante, quem veio para cá passar o carnaval, que comece a retrair. A gente tem que aproveitar a condição climática, que o tempo está favorável. Não podemos perder essa janela de tempo. Quanto mais gente sair, melhor, porque alivia a pressão”, disse.
Segundo ele, a volta deve ser feita pela Rio-Santos, em direção a São Sebastião, e depois pela Tamoios, já que outras alternativas ainda estão com pontos de bloqueio.