Tempestade de areia atinge interior de São Paulo e transforma o dia em noite


Municípios de Minas Gerais também registraram o fenômeno, conhecido como ‘haboob’ e causado por ventos de chuva após longo período de seca e queimadas

Por João Ker

Moradores de Franca, no interior de São Paulo, relataram espanto nas redes sociais quando uma enorme nuvem transformou o dia em noite. A tempestade de areia passou por locais como Presidente Prudente, Jales, Araçatuba, Barretos e algumas cidades de Minas Gerais que fazem divisa com o Estado.

Segundo a meteorologista Estael Sias, da MetSul, o fenômeno é comum em países da Ásia, onde é conhecido como "haboob". Ele é causado por temporais de chuva com ventos fortes que, ao entrarem em contato com o solo seco, encontram resquícios de queimada, poeira e vegetação, os quais acabam criando um "rolo compressor" de sujeira que pode chegar a até 10 quilômetros de altura. 

Tempestade de areia que atingiu Franca e outros municípios no interior de São Paulo neste domingo, 26, é conhecida como 'haboob' e formada por poeira, queimadas e tempo seco em contato com ventos fortes das chuvas Foto: IGOR DO VALE/ESTADÃO CONTEÚDO
continua após a publicidade

"Primeiro, vem a nuvem de temporal e tempestade, que gerou a corrente de vento mais horizontal e bagunçou todos esses detritos. Como faz meses que não chove naquela região, tem muita poeira, o solo e a vegetação estão secos, e as queimadas também contribuíram", explica Estael.

Os satélites do Instituto Nacional de Meteorologia mostraram que o município de Franca registrava ventos intensos de até 60 quilômetros neste domingo. A região também estava sob alerta de tempestades com até 30 milímetros de chuva por hora e risco de granizo, como o que atingiu partes da capital paulista na véspera, estragos em plantações, queda de galhos de árvores e de alagamentos.

Apesar de Estael explicar que este é um evento natural devido às condições do clima, ela também aponta que ele é mais característico de países da Ásia e não tão comum ao Sudeste do Brasil. Entretanto, ela diz que o fenômeno tem uma forma de se dissipar sozinho: "O vento que segue da tempestade vai ajudando a espalhar mais essa areia e ela se dissolve, como o processo do nevoeiro, que é lento mas ajudado pelo próprio vento".

continua após a publicidade

Em nota, a Sabesp informou no último sábado, 25, que a vazão dos mananciais responsáveis por abastecer Franca, Rio Canoas e Córrego Pouso Alegre, “caíram acentuadamente nos últimos dias”. Em função disso, a empresa diz que precisou alterar o sistema do rodízio de abastecimento, que divide os bairros do município em três blocos. Entre a próxima segunda e quarta-feira, 27 e 29, cada bloco ficará 36h sem água. 

A divisão dos setores pode ser acessada nos sites oficiais da Sabesp (clique aqui) ou da prefeitura de Franca (aqui). A empresa ainda alerta que "todas as ações emergenciais permanecerão ativas e serão diariamente avaliadas", mas não descarta "um novo arranjo" em caso de "maior criticidade". 

Abaixo, veja alguns registros do "haboob" compartilhados nas redes sociais:

continua após a publicidade
continua após a publicidade

Moradores de Franca, no interior de São Paulo, relataram espanto nas redes sociais quando uma enorme nuvem transformou o dia em noite. A tempestade de areia passou por locais como Presidente Prudente, Jales, Araçatuba, Barretos e algumas cidades de Minas Gerais que fazem divisa com o Estado.

Segundo a meteorologista Estael Sias, da MetSul, o fenômeno é comum em países da Ásia, onde é conhecido como "haboob". Ele é causado por temporais de chuva com ventos fortes que, ao entrarem em contato com o solo seco, encontram resquícios de queimada, poeira e vegetação, os quais acabam criando um "rolo compressor" de sujeira que pode chegar a até 10 quilômetros de altura. 

Tempestade de areia que atingiu Franca e outros municípios no interior de São Paulo neste domingo, 26, é conhecida como 'haboob' e formada por poeira, queimadas e tempo seco em contato com ventos fortes das chuvas Foto: IGOR DO VALE/ESTADÃO CONTEÚDO

"Primeiro, vem a nuvem de temporal e tempestade, que gerou a corrente de vento mais horizontal e bagunçou todos esses detritos. Como faz meses que não chove naquela região, tem muita poeira, o solo e a vegetação estão secos, e as queimadas também contribuíram", explica Estael.

Os satélites do Instituto Nacional de Meteorologia mostraram que o município de Franca registrava ventos intensos de até 60 quilômetros neste domingo. A região também estava sob alerta de tempestades com até 30 milímetros de chuva por hora e risco de granizo, como o que atingiu partes da capital paulista na véspera, estragos em plantações, queda de galhos de árvores e de alagamentos.

Apesar de Estael explicar que este é um evento natural devido às condições do clima, ela também aponta que ele é mais característico de países da Ásia e não tão comum ao Sudeste do Brasil. Entretanto, ela diz que o fenômeno tem uma forma de se dissipar sozinho: "O vento que segue da tempestade vai ajudando a espalhar mais essa areia e ela se dissolve, como o processo do nevoeiro, que é lento mas ajudado pelo próprio vento".

Em nota, a Sabesp informou no último sábado, 25, que a vazão dos mananciais responsáveis por abastecer Franca, Rio Canoas e Córrego Pouso Alegre, “caíram acentuadamente nos últimos dias”. Em função disso, a empresa diz que precisou alterar o sistema do rodízio de abastecimento, que divide os bairros do município em três blocos. Entre a próxima segunda e quarta-feira, 27 e 29, cada bloco ficará 36h sem água. 

A divisão dos setores pode ser acessada nos sites oficiais da Sabesp (clique aqui) ou da prefeitura de Franca (aqui). A empresa ainda alerta que "todas as ações emergenciais permanecerão ativas e serão diariamente avaliadas", mas não descarta "um novo arranjo" em caso de "maior criticidade". 

Abaixo, veja alguns registros do "haboob" compartilhados nas redes sociais:

Moradores de Franca, no interior de São Paulo, relataram espanto nas redes sociais quando uma enorme nuvem transformou o dia em noite. A tempestade de areia passou por locais como Presidente Prudente, Jales, Araçatuba, Barretos e algumas cidades de Minas Gerais que fazem divisa com o Estado.

Segundo a meteorologista Estael Sias, da MetSul, o fenômeno é comum em países da Ásia, onde é conhecido como "haboob". Ele é causado por temporais de chuva com ventos fortes que, ao entrarem em contato com o solo seco, encontram resquícios de queimada, poeira e vegetação, os quais acabam criando um "rolo compressor" de sujeira que pode chegar a até 10 quilômetros de altura. 

Tempestade de areia que atingiu Franca e outros municípios no interior de São Paulo neste domingo, 26, é conhecida como 'haboob' e formada por poeira, queimadas e tempo seco em contato com ventos fortes das chuvas Foto: IGOR DO VALE/ESTADÃO CONTEÚDO

"Primeiro, vem a nuvem de temporal e tempestade, que gerou a corrente de vento mais horizontal e bagunçou todos esses detritos. Como faz meses que não chove naquela região, tem muita poeira, o solo e a vegetação estão secos, e as queimadas também contribuíram", explica Estael.

Os satélites do Instituto Nacional de Meteorologia mostraram que o município de Franca registrava ventos intensos de até 60 quilômetros neste domingo. A região também estava sob alerta de tempestades com até 30 milímetros de chuva por hora e risco de granizo, como o que atingiu partes da capital paulista na véspera, estragos em plantações, queda de galhos de árvores e de alagamentos.

Apesar de Estael explicar que este é um evento natural devido às condições do clima, ela também aponta que ele é mais característico de países da Ásia e não tão comum ao Sudeste do Brasil. Entretanto, ela diz que o fenômeno tem uma forma de se dissipar sozinho: "O vento que segue da tempestade vai ajudando a espalhar mais essa areia e ela se dissolve, como o processo do nevoeiro, que é lento mas ajudado pelo próprio vento".

Em nota, a Sabesp informou no último sábado, 25, que a vazão dos mananciais responsáveis por abastecer Franca, Rio Canoas e Córrego Pouso Alegre, “caíram acentuadamente nos últimos dias”. Em função disso, a empresa diz que precisou alterar o sistema do rodízio de abastecimento, que divide os bairros do município em três blocos. Entre a próxima segunda e quarta-feira, 27 e 29, cada bloco ficará 36h sem água. 

A divisão dos setores pode ser acessada nos sites oficiais da Sabesp (clique aqui) ou da prefeitura de Franca (aqui). A empresa ainda alerta que "todas as ações emergenciais permanecerão ativas e serão diariamente avaliadas", mas não descarta "um novo arranjo" em caso de "maior criticidade". 

Abaixo, veja alguns registros do "haboob" compartilhados nas redes sociais:

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.