Thiago Brennand, acusado dos crimes de estupro, lesão corporal, ameaça e cárcere privado, chegou ao Brasil por volta das 18 horas deste sábado, 29, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. A polícia trouxe o empresário dos Emirados Árabes, onde ele estava desde que foi emitida a ordem de prisão. Nas redes sociais, ele tem afirmado ser inocente.
No voo da Air France, houve escala em Paris e depois o trajeto até São Paulo. Após o pouso, Brennand foi visto de boné, máscara no rosto e cobrindo as mãos algemadas com camiseta vermelha. Mais tarde, foi levado no banco de trás da viatura, acompanhado por quatro agentes da PF. Além do veículo que levava o empresário, havia mais três viaturas. Quatro soldados do Exército também participaram da operação.
Brennand foi levado por agentes da Polícia Federal até a Superintendência Regional da Lapa, zona oeste paulistana, onde chegou por volta das 19 horas. Lá, ele vai fazer exame de corpo delito e passar a noite enquanto aguarda a audiência de custódia no domingo, 30.
“A função da Polícia Federal acaba e ele está a disposição da Justiça”, disse Ricardo Sancovich, delegado da Polícia Federal, chefe da Interpol em São Paulo. na qual um juiz limita-se a perguntar ao acusado se houve ilegalidades na execução de sua prisão.
Há cinco ordens de prisão contra ele e oito processos criminais na Justiça paulista. Desde setembro de 2022, quando a juíza Érika Mascarenhas, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, emitiu a primeira ordem de prisão contra Brennand, ele está nos Emirados Árabes. Acusado de violência física e sexual contra mulheres e com cinco mandados de prisão expedidos pela Justiça.
Em 16 de abril, a Secretaria Nacional de Justiça, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, confirmou que os Emirados Árabes Unidos autorizaram a extradição, atendendo ao pedido da Justiça brasileira. Nas redes sociais neste sábado, o ministro da Justiça, Flavio Dino, disse que foi uma “vitória da Justiça sobre a impunidade”.
Agentes da PF confirmaram ao Estadão a viagem de um delegado e dois agentes da corporação, além de um agente com treinamento de jiu-jitsu para escoltar Brennand até o Brasil. Normalmente, a escolta de cidadão brasileiro extraditado é feita por dois agentes da PF. O reforço na equipe deve-se ao histórico de violência do detento, que também responde a processos por agressão. Em redes sociais, Brennand apregoava ser lutador e professor de jiu-jitsu.