O aplicativo Uber teve cinco vezes mais downloads em São Paulo nesta quarta-feira, 8, após taxistas organizarem protestos em cinco cidades do País, afirmou o serviço online que conecta motoristas profissionais e usuários em busca de transporte.
Taxistas organizaram nesta quarta-feira protestos em São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte pedindo o banimento do aplicativo. Eles alegam que o serviço promove o transporte ilegal de usuários e afirmam que os motoristas cadastrados pelo Uber não têm licença de taxistas.
Em São Paulo, o protesto reuniu 5 mil taxistas, segundo a Associação Brasileira das Associações e Cooperativas de Táxi (Abracomtaxi), que convocou uma carreata com destino à Câmara dos Vereadores, no centro da cidade.
Taxistas protestam contra aplicativo em São Paulo
Taxistas protestam contra aplicativo em São Paulo
Foto: Felipe Rau/Estadão ▲Taxistas protestam contra aplicativo em São Paulo
▲Taxistas protestam contra aplicativo em São Paulo
Foto: Felipe Rau/Estadão ▲Taxistas protestam contra aplicativo em São Paulo
Foto: Felipe Rau/Estadão ▲Taxistas protestam contra aplicativo em São Paulo
Foto: Felipe Rau/Estadão ▲Taxistas protestam contra aplicativo em São Paulo
Foto: Felipe Rau/Estadão ▲Taxistas protestam contra aplicativo em São Paulo
Foto: Felipe Rau/Estadão ▲Taxistas protestam contra aplicativo em São Paulo
Foto: Felipe Rau/Estadão ▲Criado em 2010 nos Estados Unidos, o Uber permite que o usuário chame um motorista profissional a preços mais acessíveis que o serviços de táxi convencionais. A empresa não revelou números de usuários no Brasil ou na cidade de São Paulo, mas a associação de taxistas estima que o aplicativo tenha 1,2 mil usuários cadastrados na capital paulista, número não confirmado pela empresa. Dados sobre performance de downloads do aplicativo nas outras cidades do País onde houve protestos de taxistas ainda não tinham sido computados, informou a Uber. Em nota com comentários sobre os protestos, a Uber no Brasil disse acreditar que "os brasileiros devem ter assegurado seu direito de escolha para se movimentar pelas cidades". "A Uber ressalta ainda que não é uma empresa de táxi, muito menos fornece este tipo de serviço, mas sim uma empresa de tecnologia que criou uma plataforma tecnológica que conecta motoristas parceiros particulares a usuários que buscam viagens seguras e eficientes", disse a companhia. Em seu site, o Uber diz não ser um serviço ilegal. "Trazemos um modelo disruptivo e inovador para o mercado. Por isso, ainda não existe uma regulação específica para esta indústria chamada de 'economia colaborativa'", disse. Em redes sociais como Twitter, usuários brasileiros defenderam o Uber após notícias sobre as manifestações de taxistas. Alguns disseram que até então não conheciam o aplicativo, mas que fariam o download após os protestos desta quarta-feira. A companhia norte-americana também está enfrentando investigação do Ministério Público Federal (MPF), que já questionou a Prefeitura de São Paulo sobre a legalidade do serviço, segundo Ivana Crivelli, advogada da Associação Boa Vista de Taxistas, que entrou com a reclamação no MPF. A empresa disse que não iria comentar a investigação.