Vila Andrade, o ‘novo Morumbi’, é o bairro que mais cresce


Crescimento desordenado e desigualdade se tornaram marcas da região: de um lado, o Panamby, e do outro, a favela Paraisópolis

Por Redação

A história da Vila Andrade se confunde com a do Morumbi. Próximos, os dois bairros um dia pertenceram à Fazenda do Morumby e se desenvolveram a partir do loteamento de chácaras na segunda metade do século 20. Parte da Vila Andrade tem origem nas terras que pertenciam à família Pignatari, cujos jardins abrigam hoje o parque Burle Marx.

A região ­recebeu esse nome em homenagem ao banqueiro Agostinho Martins de Andrade, dono de uma grande propriedade na década de 30. Após a morte do empresário, as terras foram vendidas a uma empreendedora que tinha como um dos sócios o empresário Sebastião Camargo, dono da Camargo Corrêa, dando início na década de 50 ao loteamento da área.

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Mas o grande crescimento de Vila Andrade aconteceu no fim dos anos 70, ganhando intensidade maior a partir dos anos 90. E, assim como o vizinho Morumbi, a expansão desordenada e a desigualdade se tornaram marcas da região: de um lado, os empreendimentos de alto luxo, como o Panamby, e do outro as favelas, como a Paraisópolis, a segunda maior de São Paulo.

Paraisópolis teve início da década de 50 com a invasão de terrenos abandonados por migrantes nordestinos que vieram à região atraídos pela promessa de trabalho na construção civil. A partir de 2005, a área começou a receber recursos para urbanização e legalização: abertura de vias, canalização de córregos, construção de unidades habitacionais etc. Um grande diferencial da favela é a grande quantidade de ONGs que trabalham no local.

O Panamby é uma área prioritariamente residencial, arborizada e próxima ao Parque Burle Marx, onde foram construídos condomínios de alto padrão nos anos 90. Recentemente, os moradores da Vila Andrade obtiveram uma vitória na Justiça: barraram um empreendimento de luxo que, segundo eles, acabaria com a identidade do bairro.

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Chamado de "novo Morumbi", o bairro foi o que mais cresceu nos últimos anos, praticamente duplicando o número de moradores. As áreas disponíveis, a localização, a boa infraestrutura e os preços dos terrenos mais baratos do que nos vizinhos Morumbi e Brooklin são apontados como os principais atrativos para as construtoras. Na última década, segundo dados do censo, a população do bairro subiu cerca de 72%, saltando de 73.649 para 127.015.

Com o crescimento populacional, um dos problemas enfrentados todos os dias na Vila Andrade são os altos índices de congestionamento e a falta de alternativas de transporte.No entanto, serão implementadas na região três estações da futura linha 17-Ouro do Metrô, que ligará o Aeroporto de Congonhas à Estação São Paulo-Morumbi, e vão se somar às duas estações da linha lilás-5 já existentes.

Preocupação com manutenção do verde na região da Vila Andrade foi pauta doEstado Foto: Acervo Estadão
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A história da Vila Andrade se confunde com a do Morumbi. Próximos, os dois bairros um dia pertenceram à Fazenda do Morumby e se desenvolveram a partir do loteamento de chácaras na segunda metade do século 20. Parte da Vila Andrade tem origem nas terras que pertenciam à família Pignatari, cujos jardins abrigam hoje o parque Burle Marx.

A região ­recebeu esse nome em homenagem ao banqueiro Agostinho Martins de Andrade, dono de uma grande propriedade na década de 30. Após a morte do empresário, as terras foram vendidas a uma empreendedora que tinha como um dos sócios o empresário Sebastião Camargo, dono da Camargo Corrêa, dando início na década de 50 ao loteamento da área.

Mas o grande crescimento de Vila Andrade aconteceu no fim dos anos 70, ganhando intensidade maior a partir dos anos 90. E, assim como o vizinho Morumbi, a expansão desordenada e a desigualdade se tornaram marcas da região: de um lado, os empreendimentos de alto luxo, como o Panamby, e do outro as favelas, como a Paraisópolis, a segunda maior de São Paulo.

Paraisópolis teve início da década de 50 com a invasão de terrenos abandonados por migrantes nordestinos que vieram à região atraídos pela promessa de trabalho na construção civil. A partir de 2005, a área começou a receber recursos para urbanização e legalização: abertura de vias, canalização de córregos, construção de unidades habitacionais etc. Um grande diferencial da favela é a grande quantidade de ONGs que trabalham no local.

O Panamby é uma área prioritariamente residencial, arborizada e próxima ao Parque Burle Marx, onde foram construídos condomínios de alto padrão nos anos 90. Recentemente, os moradores da Vila Andrade obtiveram uma vitória na Justiça: barraram um empreendimento de luxo que, segundo eles, acabaria com a identidade do bairro.

Chamado de "novo Morumbi", o bairro foi o que mais cresceu nos últimos anos, praticamente duplicando o número de moradores. As áreas disponíveis, a localização, a boa infraestrutura e os preços dos terrenos mais baratos do que nos vizinhos Morumbi e Brooklin são apontados como os principais atrativos para as construtoras. Na última década, segundo dados do censo, a população do bairro subiu cerca de 72%, saltando de 73.649 para 127.015.

Com o crescimento populacional, um dos problemas enfrentados todos os dias na Vila Andrade são os altos índices de congestionamento e a falta de alternativas de transporte.No entanto, serão implementadas na região três estações da futura linha 17-Ouro do Metrô, que ligará o Aeroporto de Congonhas à Estação São Paulo-Morumbi, e vão se somar às duas estações da linha lilás-5 já existentes.

Preocupação com manutenção do verde na região da Vila Andrade foi pauta doEstado Foto: Acervo Estadão

 

A história da Vila Andrade se confunde com a do Morumbi. Próximos, os dois bairros um dia pertenceram à Fazenda do Morumby e se desenvolveram a partir do loteamento de chácaras na segunda metade do século 20. Parte da Vila Andrade tem origem nas terras que pertenciam à família Pignatari, cujos jardins abrigam hoje o parque Burle Marx.

A região ­recebeu esse nome em homenagem ao banqueiro Agostinho Martins de Andrade, dono de uma grande propriedade na década de 30. Após a morte do empresário, as terras foram vendidas a uma empreendedora que tinha como um dos sócios o empresário Sebastião Camargo, dono da Camargo Corrêa, dando início na década de 50 ao loteamento da área.

Mas o grande crescimento de Vila Andrade aconteceu no fim dos anos 70, ganhando intensidade maior a partir dos anos 90. E, assim como o vizinho Morumbi, a expansão desordenada e a desigualdade se tornaram marcas da região: de um lado, os empreendimentos de alto luxo, como o Panamby, e do outro as favelas, como a Paraisópolis, a segunda maior de São Paulo.

Paraisópolis teve início da década de 50 com a invasão de terrenos abandonados por migrantes nordestinos que vieram à região atraídos pela promessa de trabalho na construção civil. A partir de 2005, a área começou a receber recursos para urbanização e legalização: abertura de vias, canalização de córregos, construção de unidades habitacionais etc. Um grande diferencial da favela é a grande quantidade de ONGs que trabalham no local.

O Panamby é uma área prioritariamente residencial, arborizada e próxima ao Parque Burle Marx, onde foram construídos condomínios de alto padrão nos anos 90. Recentemente, os moradores da Vila Andrade obtiveram uma vitória na Justiça: barraram um empreendimento de luxo que, segundo eles, acabaria com a identidade do bairro.

Chamado de "novo Morumbi", o bairro foi o que mais cresceu nos últimos anos, praticamente duplicando o número de moradores. As áreas disponíveis, a localização, a boa infraestrutura e os preços dos terrenos mais baratos do que nos vizinhos Morumbi e Brooklin são apontados como os principais atrativos para as construtoras. Na última década, segundo dados do censo, a população do bairro subiu cerca de 72%, saltando de 73.649 para 127.015.

Com o crescimento populacional, um dos problemas enfrentados todos os dias na Vila Andrade são os altos índices de congestionamento e a falta de alternativas de transporte.No entanto, serão implementadas na região três estações da futura linha 17-Ouro do Metrô, que ligará o Aeroporto de Congonhas à Estação São Paulo-Morumbi, e vão se somar às duas estações da linha lilás-5 já existentes.

Preocupação com manutenção do verde na região da Vila Andrade foi pauta doEstado Foto: Acervo Estadão

 

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