Vizinhos de Haddad relatam assaltos: ‘A gente não dorme tranquilo’


Casa do ministro da Fazenda, no bairro de Indianópolis, na zona sul, foi invadida nesta madrugada; roubos à residência na região aumentaram 13%

Por Gonçalo Junior
Atualização:

“A gente não dorme tranquilo. Qualquer barulho, já penso em chamar a segurança. Tenho medo de minha casa ser invadida, mesmo numa área bem protegida.” Esse é o desabafo de um empresário do setor alimentício que vive há 15 anos no bairro do Planalto Paulista, zona sul da capital, que acordou assustado por causa da tentativa de assalto à casa do ministro da Fazenda Fernando Haddad na madrugada desta quinta-feira, 14.

Dados da Secretaria de Segurança Pública apontam aumento nos roubos à residência na região da ordem de 13%. Essa elevação é formada por diversos relatos de vizinhos do ministro petista que consideram frequentes os furtos e roubos no bairro.

A moradora Maria Assumpção, de 48 anos, conta um caso recente de invasão a uma residência. “Uma colega do meu filho, eles estão juntos no colégio, teve a casa invadida no mês passado. Ela contou que foram cinco ladrões, bem armados e que queriam dinheiro e joias”, afirma. Não há registro de boletim de ocorrência do episódio na SSP; ela prefere não mencionar o nome do colégio onde o filho estuda.

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Segurança reforçada na casa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad; bairro de Indianópolis enfrenta aumento de roubos a residências Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO

Representantes da Sociedade Amigos do Planalto Paulista (SAPP), entidade de organização e mobilização dos moradores da região, relatam o trauma de vizinhos com a invasão, principalmente os mais idosos. “Tem gente que está com medo de sair de casa”, diz um membro da associação. Algumas pessoas não querem se identificar por medo de eventuais retaliações dos criminosos.

As informações sobre a tentativa de invasão foram divulgadas nos grupos de Whatsapp dos moradores da região logo pela manhã. “Infelizmente, vivemos uma situação insustentável. O que aconteceu com o ministro vem acontecendo com todos os moradores da região. Foi apenas mais um”, afirma.

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A sensação relatada pelos moradores de aumento das ocorrências policiais se reflete nos dados da Secretaria de Segurança Pública. Foram 17 roubos a residência e a condomínios residenciais registrados pelo 27º DP somente neste ano. Isso significa um aumento de 13% em relação ao ano passado, quando 15 casas foram roubadas. Em 2023, são quase duas casas invadidas por mês.

Segundo a polícia, a invasão à casa do ministro ocorreu por volta de 5h. Parte da movimentação dos assaltantes foi registrada pelas imagens das câmeras de segurança. É possível identificar a chegada de um homem em uma moto. Ele arromba o portão e, logo depois, chegam mais quatro homens em um carro. Eles acessam a entrada, mas não invadem a residência, permanecendo no quintal. Haddad e a filha estavam no imóvel no momento da tentativa de invasão.

“O interior da residência não foi invadido e nada foi furtado”, informou nota do Ministério da Fazenda. Ainda de acordo com a pasta, os suspeitos ainda não foram identificados, mas as imagens já foram entregues à Polícia Federal. Questionada pelo Estadão, a Secretaria da Segurança Pública informou que a investigação do caso será feita pela PF.

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Imóveis entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões

O episódio trouxe insegurança também para trabalhadores da região. Foi uma funcionária que chegou à casa do ministro e percebeu o portão da casa arrombado, ainda de madrugada. “Tenho medo de vir trabalhar por causa dos horários. A gente sabe que tem segurança, mas as ruas ficam vazias”, disse a empregada doméstica Soraya Silva, de 42 anos e que trabalha há cinco na região.

Trata-se de um bairro de alto padrão, vizinho de Moema e Vila Nova Conceição. Na rua onde mora o ministro, os imóveis giram entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões. O preço médio do metro quadrado para compra de imóveis no bairro é de R$ 12 mil.

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Na opinião dos moradores, o aumento da criminalidade está relacionado ao aumento dos pontos de prostituição, que historicamente ocupa ruas do bairro, além da venda de drogas. Segundo eles, o comércio que ficava localizado nas proximidades da Avenida Indianópolis agora migrou para o interior do bairro.

“A gente não dorme tranquilo. Qualquer barulho, já penso em chamar a segurança. Tenho medo de minha casa ser invadida, mesmo numa área bem protegida.” Esse é o desabafo de um empresário do setor alimentício que vive há 15 anos no bairro do Planalto Paulista, zona sul da capital, que acordou assustado por causa da tentativa de assalto à casa do ministro da Fazenda Fernando Haddad na madrugada desta quinta-feira, 14.

Dados da Secretaria de Segurança Pública apontam aumento nos roubos à residência na região da ordem de 13%. Essa elevação é formada por diversos relatos de vizinhos do ministro petista que consideram frequentes os furtos e roubos no bairro.

A moradora Maria Assumpção, de 48 anos, conta um caso recente de invasão a uma residência. “Uma colega do meu filho, eles estão juntos no colégio, teve a casa invadida no mês passado. Ela contou que foram cinco ladrões, bem armados e que queriam dinheiro e joias”, afirma. Não há registro de boletim de ocorrência do episódio na SSP; ela prefere não mencionar o nome do colégio onde o filho estuda.

Segurança reforçada na casa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad; bairro de Indianópolis enfrenta aumento de roubos a residências Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO

Representantes da Sociedade Amigos do Planalto Paulista (SAPP), entidade de organização e mobilização dos moradores da região, relatam o trauma de vizinhos com a invasão, principalmente os mais idosos. “Tem gente que está com medo de sair de casa”, diz um membro da associação. Algumas pessoas não querem se identificar por medo de eventuais retaliações dos criminosos.

As informações sobre a tentativa de invasão foram divulgadas nos grupos de Whatsapp dos moradores da região logo pela manhã. “Infelizmente, vivemos uma situação insustentável. O que aconteceu com o ministro vem acontecendo com todos os moradores da região. Foi apenas mais um”, afirma.

A sensação relatada pelos moradores de aumento das ocorrências policiais se reflete nos dados da Secretaria de Segurança Pública. Foram 17 roubos a residência e a condomínios residenciais registrados pelo 27º DP somente neste ano. Isso significa um aumento de 13% em relação ao ano passado, quando 15 casas foram roubadas. Em 2023, são quase duas casas invadidas por mês.

Segundo a polícia, a invasão à casa do ministro ocorreu por volta de 5h. Parte da movimentação dos assaltantes foi registrada pelas imagens das câmeras de segurança. É possível identificar a chegada de um homem em uma moto. Ele arromba o portão e, logo depois, chegam mais quatro homens em um carro. Eles acessam a entrada, mas não invadem a residência, permanecendo no quintal. Haddad e a filha estavam no imóvel no momento da tentativa de invasão.

“O interior da residência não foi invadido e nada foi furtado”, informou nota do Ministério da Fazenda. Ainda de acordo com a pasta, os suspeitos ainda não foram identificados, mas as imagens já foram entregues à Polícia Federal. Questionada pelo Estadão, a Secretaria da Segurança Pública informou que a investigação do caso será feita pela PF.

Imóveis entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões

O episódio trouxe insegurança também para trabalhadores da região. Foi uma funcionária que chegou à casa do ministro e percebeu o portão da casa arrombado, ainda de madrugada. “Tenho medo de vir trabalhar por causa dos horários. A gente sabe que tem segurança, mas as ruas ficam vazias”, disse a empregada doméstica Soraya Silva, de 42 anos e que trabalha há cinco na região.

Trata-se de um bairro de alto padrão, vizinho de Moema e Vila Nova Conceição. Na rua onde mora o ministro, os imóveis giram entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões. O preço médio do metro quadrado para compra de imóveis no bairro é de R$ 12 mil.

Na opinião dos moradores, o aumento da criminalidade está relacionado ao aumento dos pontos de prostituição, que historicamente ocupa ruas do bairro, além da venda de drogas. Segundo eles, o comércio que ficava localizado nas proximidades da Avenida Indianópolis agora migrou para o interior do bairro.

“A gente não dorme tranquilo. Qualquer barulho, já penso em chamar a segurança. Tenho medo de minha casa ser invadida, mesmo numa área bem protegida.” Esse é o desabafo de um empresário do setor alimentício que vive há 15 anos no bairro do Planalto Paulista, zona sul da capital, que acordou assustado por causa da tentativa de assalto à casa do ministro da Fazenda Fernando Haddad na madrugada desta quinta-feira, 14.

Dados da Secretaria de Segurança Pública apontam aumento nos roubos à residência na região da ordem de 13%. Essa elevação é formada por diversos relatos de vizinhos do ministro petista que consideram frequentes os furtos e roubos no bairro.

A moradora Maria Assumpção, de 48 anos, conta um caso recente de invasão a uma residência. “Uma colega do meu filho, eles estão juntos no colégio, teve a casa invadida no mês passado. Ela contou que foram cinco ladrões, bem armados e que queriam dinheiro e joias”, afirma. Não há registro de boletim de ocorrência do episódio na SSP; ela prefere não mencionar o nome do colégio onde o filho estuda.

Segurança reforçada na casa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad; bairro de Indianópolis enfrenta aumento de roubos a residências Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO

Representantes da Sociedade Amigos do Planalto Paulista (SAPP), entidade de organização e mobilização dos moradores da região, relatam o trauma de vizinhos com a invasão, principalmente os mais idosos. “Tem gente que está com medo de sair de casa”, diz um membro da associação. Algumas pessoas não querem se identificar por medo de eventuais retaliações dos criminosos.

As informações sobre a tentativa de invasão foram divulgadas nos grupos de Whatsapp dos moradores da região logo pela manhã. “Infelizmente, vivemos uma situação insustentável. O que aconteceu com o ministro vem acontecendo com todos os moradores da região. Foi apenas mais um”, afirma.

A sensação relatada pelos moradores de aumento das ocorrências policiais se reflete nos dados da Secretaria de Segurança Pública. Foram 17 roubos a residência e a condomínios residenciais registrados pelo 27º DP somente neste ano. Isso significa um aumento de 13% em relação ao ano passado, quando 15 casas foram roubadas. Em 2023, são quase duas casas invadidas por mês.

Segundo a polícia, a invasão à casa do ministro ocorreu por volta de 5h. Parte da movimentação dos assaltantes foi registrada pelas imagens das câmeras de segurança. É possível identificar a chegada de um homem em uma moto. Ele arromba o portão e, logo depois, chegam mais quatro homens em um carro. Eles acessam a entrada, mas não invadem a residência, permanecendo no quintal. Haddad e a filha estavam no imóvel no momento da tentativa de invasão.

“O interior da residência não foi invadido e nada foi furtado”, informou nota do Ministério da Fazenda. Ainda de acordo com a pasta, os suspeitos ainda não foram identificados, mas as imagens já foram entregues à Polícia Federal. Questionada pelo Estadão, a Secretaria da Segurança Pública informou que a investigação do caso será feita pela PF.

Imóveis entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões

O episódio trouxe insegurança também para trabalhadores da região. Foi uma funcionária que chegou à casa do ministro e percebeu o portão da casa arrombado, ainda de madrugada. “Tenho medo de vir trabalhar por causa dos horários. A gente sabe que tem segurança, mas as ruas ficam vazias”, disse a empregada doméstica Soraya Silva, de 42 anos e que trabalha há cinco na região.

Trata-se de um bairro de alto padrão, vizinho de Moema e Vila Nova Conceição. Na rua onde mora o ministro, os imóveis giram entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões. O preço médio do metro quadrado para compra de imóveis no bairro é de R$ 12 mil.

Na opinião dos moradores, o aumento da criminalidade está relacionado ao aumento dos pontos de prostituição, que historicamente ocupa ruas do bairro, além da venda de drogas. Segundo eles, o comércio que ficava localizado nas proximidades da Avenida Indianópolis agora migrou para o interior do bairro.

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