Alimentos ultraprocessados são associados a 32 problemas de saúde, revela estudo gigante


Pesquisadores dizem que há evidências consistentes ligando esses produtos a desfechos prejudiciais, incluindo ansiedade, doenças cardiovasculares e morte precoce

Por Rachel Pannett
Atualização:

THE WASHINGTON POST – Uma revisão de pesquisas envolvendo quase 10 milhões de pessoas encontrou uma associação direta entre o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados – pães, cereais matinais, lanches e refeições congeladas que foram fabricados industrialmente com sabores e aditivos para torná-los mais agradáveis – e mais de 30 problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas, ansiedade e morte precoce.

Os fatos

Nos últimos anos, dezenas de estudos descobriram que as pessoas que consomem muitos alimentos ultraprocessados têm taxas mais altas de ganho de peso, obesidade, doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e outras doenças crônicas.

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Agora, uma equipe de pesquisadores internacionais realizou uma revisão abrangente das evidências sobre os resultados adversos à saúde até o momento, examinando 45 “meta-análises agrupadas” de 14 artigos de revisão envolvendo quase 10 milhões de pessoas. Todos foram publicados nos últimos três anos, e nenhum deles foi financiado por empresas que fabricam alimentos ultraprocessados.

As descobertas dos pesquisadores, publicadas na revista médica britânica BMJ, “mostram que as dietas ricas em alimentos ultraprocessados podem ser prejudiciais a muitos sistemas do corpo”.

Alimentos ultraprocessados são aqueles que foram submetidos a métodos mais agressivos de alteração do produto in natura, além da adição de substâncias de uso industrial, como aromatizantes, corantes, conservantes, emulsificantes e outros aditivos.  Foto: Vadym/Adobe Stock
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Eles encontraram “evidências convincentes” de que a maior ingestão de alimentos ultraprocessados estava associada a um risco 50% maior de morte relacionada a doenças cardiovasculares, um risco 48% a 53% maior de ansiedade e transtornos mentais comuns e um risco 12% maior de diabetes tipo 2.

Evidências altamente sugestivas também indicaram que as dietas ricas em alimentos ultraprocessados estavam associadas a um risco 21% maior de morte por qualquer causa, um risco 40% a 66% maior de morte relacionada a doenças cardíacas, obesidade, diabetes tipo 2 e problemas de sono, e um risco 22% maior de depressão.

O que são alimentos ultraprocessados?

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Os alimentos ultraprocessados, como pratos congelados, cereais açucarados, batatas fritas e fast food, são responsáveis por até 58% da ingestão diária total de energia nos Estados Unidos, segundo os pesquisadores.

Em um editorial publicado juntamente com o estudo do BMJ, um grupo de acadêmicos internacionais argumentou que os alimentos ultraprocessados “não são apenas alimentos modificados”. Normalmente, eles contêm “pouco ou nenhum alimento integral” e são feitos com ingredientes baratos e quimicamente alterados, incluindo amidos, açúcares, óleos e gorduras modificados, escreveu o grupo.

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“Não há razão para acreditar que os seres humanos possam se adaptar totalmente a esses produtos”, acrescentaram, pedindo que as agências da ONU e os Estados membros desenvolvam uma estrutura sobre alimentos ultraprocessados semelhante a um tratado sobre o controle do tabaco.

Nos Estados Unidos, as diretrizes dietéticas poderão em breve alertar contra os alimentos ultraprocessados, já que o comitê de diretrizes do governo federal examina a ciência sobre os possíveis riscos à saúde, incluindo doenças relacionadas à obesidade.

Contexto importante

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Os pesquisadores afirmam que os estudos observacionais por si só não podem provar que os alimentos ultraprocessados estão causando problemas de saúde, e mais pesquisas precisam ser feitas.

Clare Collins, especialista em nutrição da Universidade de Newcastle, na Austrália, destacou que os estudos de intervenção ou ensaios clínicos – em que um medicamento ou atividade em potencial é testado em pessoas – não funcionarão nesse caso, pois não é ético alimentar as pessoas com alimentos ultraprocessados todos os dias “e esperar que elas adoeçam e morram”.

Uma alternativa poderia ser a troca de alimentos ultraprocessados por opções saudáveis para ver se os sintomas melhoram.

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“O volume de evidências nessa revisão sugere que não faria mal algum trocar a torta de chocolate por um pedaço de torrada integral”, disse Helen Truby, pesquisadora da Universidade de Queensland.

THE WASHINGTON POST – Uma revisão de pesquisas envolvendo quase 10 milhões de pessoas encontrou uma associação direta entre o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados – pães, cereais matinais, lanches e refeições congeladas que foram fabricados industrialmente com sabores e aditivos para torná-los mais agradáveis – e mais de 30 problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas, ansiedade e morte precoce.

Os fatos

Nos últimos anos, dezenas de estudos descobriram que as pessoas que consomem muitos alimentos ultraprocessados têm taxas mais altas de ganho de peso, obesidade, doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e outras doenças crônicas.

Agora, uma equipe de pesquisadores internacionais realizou uma revisão abrangente das evidências sobre os resultados adversos à saúde até o momento, examinando 45 “meta-análises agrupadas” de 14 artigos de revisão envolvendo quase 10 milhões de pessoas. Todos foram publicados nos últimos três anos, e nenhum deles foi financiado por empresas que fabricam alimentos ultraprocessados.

As descobertas dos pesquisadores, publicadas na revista médica britânica BMJ, “mostram que as dietas ricas em alimentos ultraprocessados podem ser prejudiciais a muitos sistemas do corpo”.

Alimentos ultraprocessados são aqueles que foram submetidos a métodos mais agressivos de alteração do produto in natura, além da adição de substâncias de uso industrial, como aromatizantes, corantes, conservantes, emulsificantes e outros aditivos.  Foto: Vadym/Adobe Stock

Eles encontraram “evidências convincentes” de que a maior ingestão de alimentos ultraprocessados estava associada a um risco 50% maior de morte relacionada a doenças cardiovasculares, um risco 48% a 53% maior de ansiedade e transtornos mentais comuns e um risco 12% maior de diabetes tipo 2.

Evidências altamente sugestivas também indicaram que as dietas ricas em alimentos ultraprocessados estavam associadas a um risco 21% maior de morte por qualquer causa, um risco 40% a 66% maior de morte relacionada a doenças cardíacas, obesidade, diabetes tipo 2 e problemas de sono, e um risco 22% maior de depressão.

O que são alimentos ultraprocessados?

Os alimentos ultraprocessados, como pratos congelados, cereais açucarados, batatas fritas e fast food, são responsáveis por até 58% da ingestão diária total de energia nos Estados Unidos, segundo os pesquisadores.

Em um editorial publicado juntamente com o estudo do BMJ, um grupo de acadêmicos internacionais argumentou que os alimentos ultraprocessados “não são apenas alimentos modificados”. Normalmente, eles contêm “pouco ou nenhum alimento integral” e são feitos com ingredientes baratos e quimicamente alterados, incluindo amidos, açúcares, óleos e gorduras modificados, escreveu o grupo.

“Não há razão para acreditar que os seres humanos possam se adaptar totalmente a esses produtos”, acrescentaram, pedindo que as agências da ONU e os Estados membros desenvolvam uma estrutura sobre alimentos ultraprocessados semelhante a um tratado sobre o controle do tabaco.

Nos Estados Unidos, as diretrizes dietéticas poderão em breve alertar contra os alimentos ultraprocessados, já que o comitê de diretrizes do governo federal examina a ciência sobre os possíveis riscos à saúde, incluindo doenças relacionadas à obesidade.

Contexto importante

Os pesquisadores afirmam que os estudos observacionais por si só não podem provar que os alimentos ultraprocessados estão causando problemas de saúde, e mais pesquisas precisam ser feitas.

Clare Collins, especialista em nutrição da Universidade de Newcastle, na Austrália, destacou que os estudos de intervenção ou ensaios clínicos – em que um medicamento ou atividade em potencial é testado em pessoas – não funcionarão nesse caso, pois não é ético alimentar as pessoas com alimentos ultraprocessados todos os dias “e esperar que elas adoeçam e morram”.

Uma alternativa poderia ser a troca de alimentos ultraprocessados por opções saudáveis para ver se os sintomas melhoram.

“O volume de evidências nessa revisão sugere que não faria mal algum trocar a torta de chocolate por um pedaço de torrada integral”, disse Helen Truby, pesquisadora da Universidade de Queensland.

THE WASHINGTON POST – Uma revisão de pesquisas envolvendo quase 10 milhões de pessoas encontrou uma associação direta entre o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados – pães, cereais matinais, lanches e refeições congeladas que foram fabricados industrialmente com sabores e aditivos para torná-los mais agradáveis – e mais de 30 problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas, ansiedade e morte precoce.

Os fatos

Nos últimos anos, dezenas de estudos descobriram que as pessoas que consomem muitos alimentos ultraprocessados têm taxas mais altas de ganho de peso, obesidade, doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e outras doenças crônicas.

Agora, uma equipe de pesquisadores internacionais realizou uma revisão abrangente das evidências sobre os resultados adversos à saúde até o momento, examinando 45 “meta-análises agrupadas” de 14 artigos de revisão envolvendo quase 10 milhões de pessoas. Todos foram publicados nos últimos três anos, e nenhum deles foi financiado por empresas que fabricam alimentos ultraprocessados.

As descobertas dos pesquisadores, publicadas na revista médica britânica BMJ, “mostram que as dietas ricas em alimentos ultraprocessados podem ser prejudiciais a muitos sistemas do corpo”.

Alimentos ultraprocessados são aqueles que foram submetidos a métodos mais agressivos de alteração do produto in natura, além da adição de substâncias de uso industrial, como aromatizantes, corantes, conservantes, emulsificantes e outros aditivos.  Foto: Vadym/Adobe Stock

Eles encontraram “evidências convincentes” de que a maior ingestão de alimentos ultraprocessados estava associada a um risco 50% maior de morte relacionada a doenças cardiovasculares, um risco 48% a 53% maior de ansiedade e transtornos mentais comuns e um risco 12% maior de diabetes tipo 2.

Evidências altamente sugestivas também indicaram que as dietas ricas em alimentos ultraprocessados estavam associadas a um risco 21% maior de morte por qualquer causa, um risco 40% a 66% maior de morte relacionada a doenças cardíacas, obesidade, diabetes tipo 2 e problemas de sono, e um risco 22% maior de depressão.

O que são alimentos ultraprocessados?

Os alimentos ultraprocessados, como pratos congelados, cereais açucarados, batatas fritas e fast food, são responsáveis por até 58% da ingestão diária total de energia nos Estados Unidos, segundo os pesquisadores.

Em um editorial publicado juntamente com o estudo do BMJ, um grupo de acadêmicos internacionais argumentou que os alimentos ultraprocessados “não são apenas alimentos modificados”. Normalmente, eles contêm “pouco ou nenhum alimento integral” e são feitos com ingredientes baratos e quimicamente alterados, incluindo amidos, açúcares, óleos e gorduras modificados, escreveu o grupo.

“Não há razão para acreditar que os seres humanos possam se adaptar totalmente a esses produtos”, acrescentaram, pedindo que as agências da ONU e os Estados membros desenvolvam uma estrutura sobre alimentos ultraprocessados semelhante a um tratado sobre o controle do tabaco.

Nos Estados Unidos, as diretrizes dietéticas poderão em breve alertar contra os alimentos ultraprocessados, já que o comitê de diretrizes do governo federal examina a ciência sobre os possíveis riscos à saúde, incluindo doenças relacionadas à obesidade.

Contexto importante

Os pesquisadores afirmam que os estudos observacionais por si só não podem provar que os alimentos ultraprocessados estão causando problemas de saúde, e mais pesquisas precisam ser feitas.

Clare Collins, especialista em nutrição da Universidade de Newcastle, na Austrália, destacou que os estudos de intervenção ou ensaios clínicos – em que um medicamento ou atividade em potencial é testado em pessoas – não funcionarão nesse caso, pois não é ético alimentar as pessoas com alimentos ultraprocessados todos os dias “e esperar que elas adoeçam e morram”.

Uma alternativa poderia ser a troca de alimentos ultraprocessados por opções saudáveis para ver se os sintomas melhoram.

“O volume de evidências nessa revisão sugere que não faria mal algum trocar a torta de chocolate por um pedaço de torrada integral”, disse Helen Truby, pesquisadora da Universidade de Queensland.

THE WASHINGTON POST – Uma revisão de pesquisas envolvendo quase 10 milhões de pessoas encontrou uma associação direta entre o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados – pães, cereais matinais, lanches e refeições congeladas que foram fabricados industrialmente com sabores e aditivos para torná-los mais agradáveis – e mais de 30 problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas, ansiedade e morte precoce.

Os fatos

Nos últimos anos, dezenas de estudos descobriram que as pessoas que consomem muitos alimentos ultraprocessados têm taxas mais altas de ganho de peso, obesidade, doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e outras doenças crônicas.

Agora, uma equipe de pesquisadores internacionais realizou uma revisão abrangente das evidências sobre os resultados adversos à saúde até o momento, examinando 45 “meta-análises agrupadas” de 14 artigos de revisão envolvendo quase 10 milhões de pessoas. Todos foram publicados nos últimos três anos, e nenhum deles foi financiado por empresas que fabricam alimentos ultraprocessados.

As descobertas dos pesquisadores, publicadas na revista médica britânica BMJ, “mostram que as dietas ricas em alimentos ultraprocessados podem ser prejudiciais a muitos sistemas do corpo”.

Alimentos ultraprocessados são aqueles que foram submetidos a métodos mais agressivos de alteração do produto in natura, além da adição de substâncias de uso industrial, como aromatizantes, corantes, conservantes, emulsificantes e outros aditivos.  Foto: Vadym/Adobe Stock

Eles encontraram “evidências convincentes” de que a maior ingestão de alimentos ultraprocessados estava associada a um risco 50% maior de morte relacionada a doenças cardiovasculares, um risco 48% a 53% maior de ansiedade e transtornos mentais comuns e um risco 12% maior de diabetes tipo 2.

Evidências altamente sugestivas também indicaram que as dietas ricas em alimentos ultraprocessados estavam associadas a um risco 21% maior de morte por qualquer causa, um risco 40% a 66% maior de morte relacionada a doenças cardíacas, obesidade, diabetes tipo 2 e problemas de sono, e um risco 22% maior de depressão.

O que são alimentos ultraprocessados?

Os alimentos ultraprocessados, como pratos congelados, cereais açucarados, batatas fritas e fast food, são responsáveis por até 58% da ingestão diária total de energia nos Estados Unidos, segundo os pesquisadores.

Em um editorial publicado juntamente com o estudo do BMJ, um grupo de acadêmicos internacionais argumentou que os alimentos ultraprocessados “não são apenas alimentos modificados”. Normalmente, eles contêm “pouco ou nenhum alimento integral” e são feitos com ingredientes baratos e quimicamente alterados, incluindo amidos, açúcares, óleos e gorduras modificados, escreveu o grupo.

“Não há razão para acreditar que os seres humanos possam se adaptar totalmente a esses produtos”, acrescentaram, pedindo que as agências da ONU e os Estados membros desenvolvam uma estrutura sobre alimentos ultraprocessados semelhante a um tratado sobre o controle do tabaco.

Nos Estados Unidos, as diretrizes dietéticas poderão em breve alertar contra os alimentos ultraprocessados, já que o comitê de diretrizes do governo federal examina a ciência sobre os possíveis riscos à saúde, incluindo doenças relacionadas à obesidade.

Contexto importante

Os pesquisadores afirmam que os estudos observacionais por si só não podem provar que os alimentos ultraprocessados estão causando problemas de saúde, e mais pesquisas precisam ser feitas.

Clare Collins, especialista em nutrição da Universidade de Newcastle, na Austrália, destacou que os estudos de intervenção ou ensaios clínicos – em que um medicamento ou atividade em potencial é testado em pessoas – não funcionarão nesse caso, pois não é ético alimentar as pessoas com alimentos ultraprocessados todos os dias “e esperar que elas adoeçam e morram”.

Uma alternativa poderia ser a troca de alimentos ultraprocessados por opções saudáveis para ver se os sintomas melhoram.

“O volume de evidências nessa revisão sugere que não faria mal algum trocar a torta de chocolate por um pedaço de torrada integral”, disse Helen Truby, pesquisadora da Universidade de Queensland.

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