Alzheimer: Sintomas da doença podem ser adiados com diagnóstico precoce e atividades intelectuais


Quanto mais cedo o tratamento for adotado, mesmo que sintomas sejam mínimos, maior é a possibilidade de postergar o problema; interação social e exercícios físicos regulares são parte da estratégia contra a doença

Por Roberta Jansen

Combater os fatores de risco conhecidos para a Doença de Alzheimer e fazer uma detecção precoce são as duas principais medidas para adiar ao máximo a evolução da enfermidade. Pessoas com mais de 60 anos devem buscar a interação social, as atividades intelectuais, o combate à depressão e a prática regular de exercícios físicos. São as principais formas de prevenção.

O psiquiatra e psicanalista Otelo Correa dos Santos Filho, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é o principal investigador da parte brasileira do estudo internacional Davos Alzheimer Collaborative. Ele estuda as vantagens da detecção precoce do Alzheimer e as formas de postergar ao máximo o surgimento dos seus sintomas mais graves. Embora não haja cura, algumas medidas podem ser adotadas para minimizar o impacto pessoal e social da enfermidade.

Diagnóstico precoce de Alzheimer pode ajudar a desacelerar o progresso da doença. Foto: Werther Santana/Estadão (14/01/2021)
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“O impacto social e econômico é enorme, uma vez que a doença e os doentes ficam acamados, totalmente dependentes de outras pessoas para fazer as atividades mais básicas do cotidiano”, afirma Santos Filho.

Por isso, diz o especialista, se houver detecção precoce do problema e os tratamentos tradicionais forem adotados mais cedo, é possível postergar o surgimento dos estágios mais graves da doença. O tratamento para quem é diagnosticado com Alzheimer consiste no uso de medicamentos que retardam o avanço da concentração das proteínas no cérebro e atuam também sobre os sintomas. 

O Alzheimer tem sete fases, segundo definição do médico Barry Reisberg, diretor do programa de pesquisa e educação sobre a doença da Escola de Medicina da Universidade de Nova York. Essa divisão é usada por especialistas em todo o mundo, algumas vezes simplificada para cinco ou mesmo três estágios. 

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No primeiro estágio, por exemplo, não há nenhum sintoma de demência. No segundo momento, aparecem algumas dificuldades cognitivas e/ou funcionais. Pessoas mais velhas com esses sintomas reclamam de não conseguir lembrar de nomes com a mesma facilidade com que faziam cinco ou dez anos antes. 

Em estágios iniciais da doença, segundo especialistas, atividades intelectuais e exercícios físicos podem ajudar a retardar o avanço da doença. Uma vez que a doença é diagnosticada, tem início o tratamento - que também contribui para que o Alzheimer progrida de forma mais lenta. 

“Já sabemos que existem vários fatores de risco para o Alzheimer, como perda auditiva, isolamento, depressão, além de outros mais conhecidos, como pressão alta, sedentarismo, abuso de álcool, diabete”, diz o médico. 

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“No caso das pessoas com índice de suscetibilidade alta à doença, podemos agir sobre esses fatores de risco conhecidos, retardando muito a evolução do Alzheimer. No caso de pessoas diagnosticadas precocemente, conseguimos encaminhá-las aos tratamentos disponíveis atualmente muito mais cedo do que o normal.”

Nesta semana, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Coimbra, em Portugal, identificou a região do cérebro humano chamada de cíngulo posterior como a área em que ocorrem as primeiras alterações causadas pelo Alzheimer, o que abriria caminho para um tratamento precoce da doença. 

50 milhões de pessoas têm a doença, estima a OMS

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O estudo multicêntrico é feito nos EUA, Japão, México, Jamaica, Escócia, entre outros países. Um dos seus principais objetivos é preparar os países para o grande impacto da doença. Atualmente, diz a Organização Mundial de Saúde (OMS), 50 milhões de pessoas sofrem com a doença de Alzheimer em todo o mundo. Isso equivale a um novo caso a cada dois segundos. Com o aumento da longevidade, a espera-se que os diagnósticos sejam 80 milhões em 2030 e 150 milhões em 2050.

No estudo, os especialistas avaliam idosos com mais de 60 anos com uma avaliação cognitiva feita digitalmente. O exame, diz o médico, tem alto nível de sensibilidade. Detecta o comprometimento cognitivo dos idosos. Aqueles com algum problema, mesmo mínimo, são encaminhados para um exame de sangue. É um busca por biomarcadores da doença.

Veja a seguir algumas dicas para se prevenir do Alzheimer

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  • Mantenha sua mente ativa com estudos
  • Cuide da sua audição

A perda auditiva ao longo da vida pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de demências

  • Abandone vícios como álcool, cigarro e drogas
  • Proteja a cabeça

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Traumatismos cranianos podem ser causadores de demências. Use capacete quando for andar de skate, patins ou bicicleta.

  • Pratique exercícios físicos

Mexer o corpo ao longo de toda a vida é recomendação para evitar o Alzheimer e outras demências. 

  • Cuide da saúde cardiovascular

A pressão alta ou hipertensão arterial, ao longo da vida, é danosa para a saúde, inclusive a do cérebro

  • Fuja da poluição e do fumo passivo
  • Alimente-se bem
  • Tenha um hobby e mantenha uma vida social ativa

Combater os fatores de risco conhecidos para a Doença de Alzheimer e fazer uma detecção precoce são as duas principais medidas para adiar ao máximo a evolução da enfermidade. Pessoas com mais de 60 anos devem buscar a interação social, as atividades intelectuais, o combate à depressão e a prática regular de exercícios físicos. São as principais formas de prevenção.

O psiquiatra e psicanalista Otelo Correa dos Santos Filho, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é o principal investigador da parte brasileira do estudo internacional Davos Alzheimer Collaborative. Ele estuda as vantagens da detecção precoce do Alzheimer e as formas de postergar ao máximo o surgimento dos seus sintomas mais graves. Embora não haja cura, algumas medidas podem ser adotadas para minimizar o impacto pessoal e social da enfermidade.

Diagnóstico precoce de Alzheimer pode ajudar a desacelerar o progresso da doença. Foto: Werther Santana/Estadão (14/01/2021)

“O impacto social e econômico é enorme, uma vez que a doença e os doentes ficam acamados, totalmente dependentes de outras pessoas para fazer as atividades mais básicas do cotidiano”, afirma Santos Filho.

Por isso, diz o especialista, se houver detecção precoce do problema e os tratamentos tradicionais forem adotados mais cedo, é possível postergar o surgimento dos estágios mais graves da doença. O tratamento para quem é diagnosticado com Alzheimer consiste no uso de medicamentos que retardam o avanço da concentração das proteínas no cérebro e atuam também sobre os sintomas. 

O Alzheimer tem sete fases, segundo definição do médico Barry Reisberg, diretor do programa de pesquisa e educação sobre a doença da Escola de Medicina da Universidade de Nova York. Essa divisão é usada por especialistas em todo o mundo, algumas vezes simplificada para cinco ou mesmo três estágios. 

No primeiro estágio, por exemplo, não há nenhum sintoma de demência. No segundo momento, aparecem algumas dificuldades cognitivas e/ou funcionais. Pessoas mais velhas com esses sintomas reclamam de não conseguir lembrar de nomes com a mesma facilidade com que faziam cinco ou dez anos antes. 

Em estágios iniciais da doença, segundo especialistas, atividades intelectuais e exercícios físicos podem ajudar a retardar o avanço da doença. Uma vez que a doença é diagnosticada, tem início o tratamento - que também contribui para que o Alzheimer progrida de forma mais lenta. 

“Já sabemos que existem vários fatores de risco para o Alzheimer, como perda auditiva, isolamento, depressão, além de outros mais conhecidos, como pressão alta, sedentarismo, abuso de álcool, diabete”, diz o médico. 

“No caso das pessoas com índice de suscetibilidade alta à doença, podemos agir sobre esses fatores de risco conhecidos, retardando muito a evolução do Alzheimer. No caso de pessoas diagnosticadas precocemente, conseguimos encaminhá-las aos tratamentos disponíveis atualmente muito mais cedo do que o normal.”

Nesta semana, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Coimbra, em Portugal, identificou a região do cérebro humano chamada de cíngulo posterior como a área em que ocorrem as primeiras alterações causadas pelo Alzheimer, o que abriria caminho para um tratamento precoce da doença. 

50 milhões de pessoas têm a doença, estima a OMS

O estudo multicêntrico é feito nos EUA, Japão, México, Jamaica, Escócia, entre outros países. Um dos seus principais objetivos é preparar os países para o grande impacto da doença. Atualmente, diz a Organização Mundial de Saúde (OMS), 50 milhões de pessoas sofrem com a doença de Alzheimer em todo o mundo. Isso equivale a um novo caso a cada dois segundos. Com o aumento da longevidade, a espera-se que os diagnósticos sejam 80 milhões em 2030 e 150 milhões em 2050.

No estudo, os especialistas avaliam idosos com mais de 60 anos com uma avaliação cognitiva feita digitalmente. O exame, diz o médico, tem alto nível de sensibilidade. Detecta o comprometimento cognitivo dos idosos. Aqueles com algum problema, mesmo mínimo, são encaminhados para um exame de sangue. É um busca por biomarcadores da doença.

Veja a seguir algumas dicas para se prevenir do Alzheimer

  • Mantenha sua mente ativa com estudos
  • Cuide da sua audição

A perda auditiva ao longo da vida pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de demências

  • Abandone vícios como álcool, cigarro e drogas
  • Proteja a cabeça

Traumatismos cranianos podem ser causadores de demências. Use capacete quando for andar de skate, patins ou bicicleta.

  • Pratique exercícios físicos

Mexer o corpo ao longo de toda a vida é recomendação para evitar o Alzheimer e outras demências. 

  • Cuide da saúde cardiovascular

A pressão alta ou hipertensão arterial, ao longo da vida, é danosa para a saúde, inclusive a do cérebro

  • Fuja da poluição e do fumo passivo
  • Alimente-se bem
  • Tenha um hobby e mantenha uma vida social ativa

Combater os fatores de risco conhecidos para a Doença de Alzheimer e fazer uma detecção precoce são as duas principais medidas para adiar ao máximo a evolução da enfermidade. Pessoas com mais de 60 anos devem buscar a interação social, as atividades intelectuais, o combate à depressão e a prática regular de exercícios físicos. São as principais formas de prevenção.

O psiquiatra e psicanalista Otelo Correa dos Santos Filho, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é o principal investigador da parte brasileira do estudo internacional Davos Alzheimer Collaborative. Ele estuda as vantagens da detecção precoce do Alzheimer e as formas de postergar ao máximo o surgimento dos seus sintomas mais graves. Embora não haja cura, algumas medidas podem ser adotadas para minimizar o impacto pessoal e social da enfermidade.

Diagnóstico precoce de Alzheimer pode ajudar a desacelerar o progresso da doença. Foto: Werther Santana/Estadão (14/01/2021)

“O impacto social e econômico é enorme, uma vez que a doença e os doentes ficam acamados, totalmente dependentes de outras pessoas para fazer as atividades mais básicas do cotidiano”, afirma Santos Filho.

Por isso, diz o especialista, se houver detecção precoce do problema e os tratamentos tradicionais forem adotados mais cedo, é possível postergar o surgimento dos estágios mais graves da doença. O tratamento para quem é diagnosticado com Alzheimer consiste no uso de medicamentos que retardam o avanço da concentração das proteínas no cérebro e atuam também sobre os sintomas. 

O Alzheimer tem sete fases, segundo definição do médico Barry Reisberg, diretor do programa de pesquisa e educação sobre a doença da Escola de Medicina da Universidade de Nova York. Essa divisão é usada por especialistas em todo o mundo, algumas vezes simplificada para cinco ou mesmo três estágios. 

No primeiro estágio, por exemplo, não há nenhum sintoma de demência. No segundo momento, aparecem algumas dificuldades cognitivas e/ou funcionais. Pessoas mais velhas com esses sintomas reclamam de não conseguir lembrar de nomes com a mesma facilidade com que faziam cinco ou dez anos antes. 

Em estágios iniciais da doença, segundo especialistas, atividades intelectuais e exercícios físicos podem ajudar a retardar o avanço da doença. Uma vez que a doença é diagnosticada, tem início o tratamento - que também contribui para que o Alzheimer progrida de forma mais lenta. 

“Já sabemos que existem vários fatores de risco para o Alzheimer, como perda auditiva, isolamento, depressão, além de outros mais conhecidos, como pressão alta, sedentarismo, abuso de álcool, diabete”, diz o médico. 

“No caso das pessoas com índice de suscetibilidade alta à doença, podemos agir sobre esses fatores de risco conhecidos, retardando muito a evolução do Alzheimer. No caso de pessoas diagnosticadas precocemente, conseguimos encaminhá-las aos tratamentos disponíveis atualmente muito mais cedo do que o normal.”

Nesta semana, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Coimbra, em Portugal, identificou a região do cérebro humano chamada de cíngulo posterior como a área em que ocorrem as primeiras alterações causadas pelo Alzheimer, o que abriria caminho para um tratamento precoce da doença. 

50 milhões de pessoas têm a doença, estima a OMS

O estudo multicêntrico é feito nos EUA, Japão, México, Jamaica, Escócia, entre outros países. Um dos seus principais objetivos é preparar os países para o grande impacto da doença. Atualmente, diz a Organização Mundial de Saúde (OMS), 50 milhões de pessoas sofrem com a doença de Alzheimer em todo o mundo. Isso equivale a um novo caso a cada dois segundos. Com o aumento da longevidade, a espera-se que os diagnósticos sejam 80 milhões em 2030 e 150 milhões em 2050.

No estudo, os especialistas avaliam idosos com mais de 60 anos com uma avaliação cognitiva feita digitalmente. O exame, diz o médico, tem alto nível de sensibilidade. Detecta o comprometimento cognitivo dos idosos. Aqueles com algum problema, mesmo mínimo, são encaminhados para um exame de sangue. É um busca por biomarcadores da doença.

Veja a seguir algumas dicas para se prevenir do Alzheimer

  • Mantenha sua mente ativa com estudos
  • Cuide da sua audição

A perda auditiva ao longo da vida pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de demências

  • Abandone vícios como álcool, cigarro e drogas
  • Proteja a cabeça

Traumatismos cranianos podem ser causadores de demências. Use capacete quando for andar de skate, patins ou bicicleta.

  • Pratique exercícios físicos

Mexer o corpo ao longo de toda a vida é recomendação para evitar o Alzheimer e outras demências. 

  • Cuide da saúde cardiovascular

A pressão alta ou hipertensão arterial, ao longo da vida, é danosa para a saúde, inclusive a do cérebro

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Combater os fatores de risco conhecidos para a Doença de Alzheimer e fazer uma detecção precoce são as duas principais medidas para adiar ao máximo a evolução da enfermidade. Pessoas com mais de 60 anos devem buscar a interação social, as atividades intelectuais, o combate à depressão e a prática regular de exercícios físicos. São as principais formas de prevenção.

O psiquiatra e psicanalista Otelo Correa dos Santos Filho, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é o principal investigador da parte brasileira do estudo internacional Davos Alzheimer Collaborative. Ele estuda as vantagens da detecção precoce do Alzheimer e as formas de postergar ao máximo o surgimento dos seus sintomas mais graves. Embora não haja cura, algumas medidas podem ser adotadas para minimizar o impacto pessoal e social da enfermidade.

Diagnóstico precoce de Alzheimer pode ajudar a desacelerar o progresso da doença. Foto: Werther Santana/Estadão (14/01/2021)

“O impacto social e econômico é enorme, uma vez que a doença e os doentes ficam acamados, totalmente dependentes de outras pessoas para fazer as atividades mais básicas do cotidiano”, afirma Santos Filho.

Por isso, diz o especialista, se houver detecção precoce do problema e os tratamentos tradicionais forem adotados mais cedo, é possível postergar o surgimento dos estágios mais graves da doença. O tratamento para quem é diagnosticado com Alzheimer consiste no uso de medicamentos que retardam o avanço da concentração das proteínas no cérebro e atuam também sobre os sintomas. 

O Alzheimer tem sete fases, segundo definição do médico Barry Reisberg, diretor do programa de pesquisa e educação sobre a doença da Escola de Medicina da Universidade de Nova York. Essa divisão é usada por especialistas em todo o mundo, algumas vezes simplificada para cinco ou mesmo três estágios. 

No primeiro estágio, por exemplo, não há nenhum sintoma de demência. No segundo momento, aparecem algumas dificuldades cognitivas e/ou funcionais. Pessoas mais velhas com esses sintomas reclamam de não conseguir lembrar de nomes com a mesma facilidade com que faziam cinco ou dez anos antes. 

Em estágios iniciais da doença, segundo especialistas, atividades intelectuais e exercícios físicos podem ajudar a retardar o avanço da doença. Uma vez que a doença é diagnosticada, tem início o tratamento - que também contribui para que o Alzheimer progrida de forma mais lenta. 

“Já sabemos que existem vários fatores de risco para o Alzheimer, como perda auditiva, isolamento, depressão, além de outros mais conhecidos, como pressão alta, sedentarismo, abuso de álcool, diabete”, diz o médico. 

“No caso das pessoas com índice de suscetibilidade alta à doença, podemos agir sobre esses fatores de risco conhecidos, retardando muito a evolução do Alzheimer. No caso de pessoas diagnosticadas precocemente, conseguimos encaminhá-las aos tratamentos disponíveis atualmente muito mais cedo do que o normal.”

Nesta semana, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Coimbra, em Portugal, identificou a região do cérebro humano chamada de cíngulo posterior como a área em que ocorrem as primeiras alterações causadas pelo Alzheimer, o que abriria caminho para um tratamento precoce da doença. 

50 milhões de pessoas têm a doença, estima a OMS

O estudo multicêntrico é feito nos EUA, Japão, México, Jamaica, Escócia, entre outros países. Um dos seus principais objetivos é preparar os países para o grande impacto da doença. Atualmente, diz a Organização Mundial de Saúde (OMS), 50 milhões de pessoas sofrem com a doença de Alzheimer em todo o mundo. Isso equivale a um novo caso a cada dois segundos. Com o aumento da longevidade, a espera-se que os diagnósticos sejam 80 milhões em 2030 e 150 milhões em 2050.

No estudo, os especialistas avaliam idosos com mais de 60 anos com uma avaliação cognitiva feita digitalmente. O exame, diz o médico, tem alto nível de sensibilidade. Detecta o comprometimento cognitivo dos idosos. Aqueles com algum problema, mesmo mínimo, são encaminhados para um exame de sangue. É um busca por biomarcadores da doença.

Veja a seguir algumas dicas para se prevenir do Alzheimer

  • Mantenha sua mente ativa com estudos
  • Cuide da sua audição

A perda auditiva ao longo da vida pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de demências

  • Abandone vícios como álcool, cigarro e drogas
  • Proteja a cabeça

Traumatismos cranianos podem ser causadores de demências. Use capacete quando for andar de skate, patins ou bicicleta.

  • Pratique exercícios físicos

Mexer o corpo ao longo de toda a vida é recomendação para evitar o Alzheimer e outras demências. 

  • Cuide da saúde cardiovascular

A pressão alta ou hipertensão arterial, ao longo da vida, é danosa para a saúde, inclusive a do cérebro

  • Fuja da poluição e do fumo passivo
  • Alimente-se bem
  • Tenha um hobby e mantenha uma vida social ativa

Combater os fatores de risco conhecidos para a Doença de Alzheimer e fazer uma detecção precoce são as duas principais medidas para adiar ao máximo a evolução da enfermidade. Pessoas com mais de 60 anos devem buscar a interação social, as atividades intelectuais, o combate à depressão e a prática regular de exercícios físicos. São as principais formas de prevenção.

O psiquiatra e psicanalista Otelo Correa dos Santos Filho, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é o principal investigador da parte brasileira do estudo internacional Davos Alzheimer Collaborative. Ele estuda as vantagens da detecção precoce do Alzheimer e as formas de postergar ao máximo o surgimento dos seus sintomas mais graves. Embora não haja cura, algumas medidas podem ser adotadas para minimizar o impacto pessoal e social da enfermidade.

Diagnóstico precoce de Alzheimer pode ajudar a desacelerar o progresso da doença. Foto: Werther Santana/Estadão (14/01/2021)

“O impacto social e econômico é enorme, uma vez que a doença e os doentes ficam acamados, totalmente dependentes de outras pessoas para fazer as atividades mais básicas do cotidiano”, afirma Santos Filho.

Por isso, diz o especialista, se houver detecção precoce do problema e os tratamentos tradicionais forem adotados mais cedo, é possível postergar o surgimento dos estágios mais graves da doença. O tratamento para quem é diagnosticado com Alzheimer consiste no uso de medicamentos que retardam o avanço da concentração das proteínas no cérebro e atuam também sobre os sintomas. 

O Alzheimer tem sete fases, segundo definição do médico Barry Reisberg, diretor do programa de pesquisa e educação sobre a doença da Escola de Medicina da Universidade de Nova York. Essa divisão é usada por especialistas em todo o mundo, algumas vezes simplificada para cinco ou mesmo três estágios. 

No primeiro estágio, por exemplo, não há nenhum sintoma de demência. No segundo momento, aparecem algumas dificuldades cognitivas e/ou funcionais. Pessoas mais velhas com esses sintomas reclamam de não conseguir lembrar de nomes com a mesma facilidade com que faziam cinco ou dez anos antes. 

Em estágios iniciais da doença, segundo especialistas, atividades intelectuais e exercícios físicos podem ajudar a retardar o avanço da doença. Uma vez que a doença é diagnosticada, tem início o tratamento - que também contribui para que o Alzheimer progrida de forma mais lenta. 

“Já sabemos que existem vários fatores de risco para o Alzheimer, como perda auditiva, isolamento, depressão, além de outros mais conhecidos, como pressão alta, sedentarismo, abuso de álcool, diabete”, diz o médico. 

“No caso das pessoas com índice de suscetibilidade alta à doença, podemos agir sobre esses fatores de risco conhecidos, retardando muito a evolução do Alzheimer. No caso de pessoas diagnosticadas precocemente, conseguimos encaminhá-las aos tratamentos disponíveis atualmente muito mais cedo do que o normal.”

Nesta semana, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Coimbra, em Portugal, identificou a região do cérebro humano chamada de cíngulo posterior como a área em que ocorrem as primeiras alterações causadas pelo Alzheimer, o que abriria caminho para um tratamento precoce da doença. 

50 milhões de pessoas têm a doença, estima a OMS

O estudo multicêntrico é feito nos EUA, Japão, México, Jamaica, Escócia, entre outros países. Um dos seus principais objetivos é preparar os países para o grande impacto da doença. Atualmente, diz a Organização Mundial de Saúde (OMS), 50 milhões de pessoas sofrem com a doença de Alzheimer em todo o mundo. Isso equivale a um novo caso a cada dois segundos. Com o aumento da longevidade, a espera-se que os diagnósticos sejam 80 milhões em 2030 e 150 milhões em 2050.

No estudo, os especialistas avaliam idosos com mais de 60 anos com uma avaliação cognitiva feita digitalmente. O exame, diz o médico, tem alto nível de sensibilidade. Detecta o comprometimento cognitivo dos idosos. Aqueles com algum problema, mesmo mínimo, são encaminhados para um exame de sangue. É um busca por biomarcadores da doença.

Veja a seguir algumas dicas para se prevenir do Alzheimer

  • Mantenha sua mente ativa com estudos
  • Cuide da sua audição

A perda auditiva ao longo da vida pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de demências

  • Abandone vícios como álcool, cigarro e drogas
  • Proteja a cabeça

Traumatismos cranianos podem ser causadores de demências. Use capacete quando for andar de skate, patins ou bicicleta.

  • Pratique exercícios físicos

Mexer o corpo ao longo de toda a vida é recomendação para evitar o Alzheimer e outras demências. 

  • Cuide da saúde cardiovascular

A pressão alta ou hipertensão arterial, ao longo da vida, é danosa para a saúde, inclusive a do cérebro

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