Antidepressivos realmente engordam? Quais provocam maior ganho de peso? Estudo de Harvard responde


Pesquisadores investigaram os antidepressivos mais frequentemente prescritos para identificar quais mais impactam no aumento do peso corporal

Por Layla Shasta
Atualização:

Embora os antidepressivos sejam fundamentais no tratamento de alguns pacientes com transtornos mentais, eles não estão isentos de efeitos colaterais. Um dos mais relatados é um possível ganho de peso. Diante disso, um estudo da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, analisou e revelou dados sobre os efeitos dos antidepressivos mais prescritos no mundo no ganho de peso. O trabalho foi publicado nesta terça-feira, 2, no periódico Annals of Internal Medicine.

Os pesquisadores estudaram registros de saúde de mais de 183.000 adultos, avaliando as mudanças no peso provocadas por cada medicação no período de seis meses após os participantes começarem a tomá-la. Foram analisados os efeitos dos oito antidepressivos de primeira linha mais usados globalmente: sertralina, citalopram, bupropiona, escitalopram, fluoxetina, venlafaxina, paroxetina e duloxetina.

Antidepressivos podem provocar flutuações no peso Foto: Siam/Adobe Stock
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Eles notaram como cada tratamento afetou o peso médio das pessoas em comparação com a medicação sertralina, além de examinar a probabilidade de os pacientes ganharem pelo menos 5% a mais do seu peso inicial durante os meses de análise.

Os pesquisadores identificaram variações no ganho de peso entre as diferentes subclasses de antidepressivos, sendo o escitalopram, paroxetina e duloxetina apresentando o maior risco de aumento na balança e a bupropiona levando à perda de peso.

Comparativo do ganho de peso em seis meses

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  • Escitalopram: em seis meses, os participantes que faziam uso de escitalopram apresentam um ganho de peso estimado de 0,41 kg a mais em comparação com a sertralina;
  • Paroxetina: ganho de peso de 0,37 kg;
  • Duloxetina: ganho de 0,34 kg;
  • Venlafaxina: ganho de de 0,17 kg;
  • Citalopram: ganho de 0,12 kg;
  • Fluoxetina: Demonstrou uma mudança quase neutra no peso, com uma diferença de -0,07 kg;
  • Bupropiona: Foi associada a uma perda de peso, com uma diferença de -0,22 kg.

Além do dado sobre o ganho médio de peso, os cientistas também notaram que os usuários de escitalopram, paroxetina e duloxetina têm um risco de 10% a 15% maior de aumentar em 5% seu peso. Por outro lado, os usuários de bupropiona tiveram uma chance 15% menor de ganho de quilos.

A adesão aos medicamentos também variou ao longo do período de seis meses: duloxetina teve a menor taxa de adesão, com 28%, e bupropiona apresentou a maior taxa de adesão, com 41%. A diferença nas taxas de adesão aos medicamentos é considerada uma limitação do estudo, já que a inconsistência no uso dos remédios pode afetar os dados analisados sobre o ganho de peso.

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De qualquer forma, os autores da pesquisa dizem que esses resultados são importantes, pois médicos e pacientes podem querer considerar esse risco de ganho de peso ao tomar decisões sobre qual antidepressivo específico começar, especialmente para pacientes que estão preocupados com a balança.

Importante ressaltar que a troca ou interrupção de qualquer medicação prescrita, especialmente de antidepressivos, só deve ser feita com orientação médica. Uma parada abrupta pode levar à piora dos sintomas do transtorno mental tratado.

Embora os antidepressivos sejam fundamentais no tratamento de alguns pacientes com transtornos mentais, eles não estão isentos de efeitos colaterais. Um dos mais relatados é um possível ganho de peso. Diante disso, um estudo da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, analisou e revelou dados sobre os efeitos dos antidepressivos mais prescritos no mundo no ganho de peso. O trabalho foi publicado nesta terça-feira, 2, no periódico Annals of Internal Medicine.

Os pesquisadores estudaram registros de saúde de mais de 183.000 adultos, avaliando as mudanças no peso provocadas por cada medicação no período de seis meses após os participantes começarem a tomá-la. Foram analisados os efeitos dos oito antidepressivos de primeira linha mais usados globalmente: sertralina, citalopram, bupropiona, escitalopram, fluoxetina, venlafaxina, paroxetina e duloxetina.

Antidepressivos podem provocar flutuações no peso Foto: Siam/Adobe Stock

Eles notaram como cada tratamento afetou o peso médio das pessoas em comparação com a medicação sertralina, além de examinar a probabilidade de os pacientes ganharem pelo menos 5% a mais do seu peso inicial durante os meses de análise.

Os pesquisadores identificaram variações no ganho de peso entre as diferentes subclasses de antidepressivos, sendo o escitalopram, paroxetina e duloxetina apresentando o maior risco de aumento na balança e a bupropiona levando à perda de peso.

Comparativo do ganho de peso em seis meses

  • Escitalopram: em seis meses, os participantes que faziam uso de escitalopram apresentam um ganho de peso estimado de 0,41 kg a mais em comparação com a sertralina;
  • Paroxetina: ganho de peso de 0,37 kg;
  • Duloxetina: ganho de 0,34 kg;
  • Venlafaxina: ganho de de 0,17 kg;
  • Citalopram: ganho de 0,12 kg;
  • Fluoxetina: Demonstrou uma mudança quase neutra no peso, com uma diferença de -0,07 kg;
  • Bupropiona: Foi associada a uma perda de peso, com uma diferença de -0,22 kg.

Além do dado sobre o ganho médio de peso, os cientistas também notaram que os usuários de escitalopram, paroxetina e duloxetina têm um risco de 10% a 15% maior de aumentar em 5% seu peso. Por outro lado, os usuários de bupropiona tiveram uma chance 15% menor de ganho de quilos.

A adesão aos medicamentos também variou ao longo do período de seis meses: duloxetina teve a menor taxa de adesão, com 28%, e bupropiona apresentou a maior taxa de adesão, com 41%. A diferença nas taxas de adesão aos medicamentos é considerada uma limitação do estudo, já que a inconsistência no uso dos remédios pode afetar os dados analisados sobre o ganho de peso.

De qualquer forma, os autores da pesquisa dizem que esses resultados são importantes, pois médicos e pacientes podem querer considerar esse risco de ganho de peso ao tomar decisões sobre qual antidepressivo específico começar, especialmente para pacientes que estão preocupados com a balança.

Importante ressaltar que a troca ou interrupção de qualquer medicação prescrita, especialmente de antidepressivos, só deve ser feita com orientação médica. Uma parada abrupta pode levar à piora dos sintomas do transtorno mental tratado.

Embora os antidepressivos sejam fundamentais no tratamento de alguns pacientes com transtornos mentais, eles não estão isentos de efeitos colaterais. Um dos mais relatados é um possível ganho de peso. Diante disso, um estudo da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, analisou e revelou dados sobre os efeitos dos antidepressivos mais prescritos no mundo no ganho de peso. O trabalho foi publicado nesta terça-feira, 2, no periódico Annals of Internal Medicine.

Os pesquisadores estudaram registros de saúde de mais de 183.000 adultos, avaliando as mudanças no peso provocadas por cada medicação no período de seis meses após os participantes começarem a tomá-la. Foram analisados os efeitos dos oito antidepressivos de primeira linha mais usados globalmente: sertralina, citalopram, bupropiona, escitalopram, fluoxetina, venlafaxina, paroxetina e duloxetina.

Antidepressivos podem provocar flutuações no peso Foto: Siam/Adobe Stock

Eles notaram como cada tratamento afetou o peso médio das pessoas em comparação com a medicação sertralina, além de examinar a probabilidade de os pacientes ganharem pelo menos 5% a mais do seu peso inicial durante os meses de análise.

Os pesquisadores identificaram variações no ganho de peso entre as diferentes subclasses de antidepressivos, sendo o escitalopram, paroxetina e duloxetina apresentando o maior risco de aumento na balança e a bupropiona levando à perda de peso.

Comparativo do ganho de peso em seis meses

  • Escitalopram: em seis meses, os participantes que faziam uso de escitalopram apresentam um ganho de peso estimado de 0,41 kg a mais em comparação com a sertralina;
  • Paroxetina: ganho de peso de 0,37 kg;
  • Duloxetina: ganho de 0,34 kg;
  • Venlafaxina: ganho de de 0,17 kg;
  • Citalopram: ganho de 0,12 kg;
  • Fluoxetina: Demonstrou uma mudança quase neutra no peso, com uma diferença de -0,07 kg;
  • Bupropiona: Foi associada a uma perda de peso, com uma diferença de -0,22 kg.

Além do dado sobre o ganho médio de peso, os cientistas também notaram que os usuários de escitalopram, paroxetina e duloxetina têm um risco de 10% a 15% maior de aumentar em 5% seu peso. Por outro lado, os usuários de bupropiona tiveram uma chance 15% menor de ganho de quilos.

A adesão aos medicamentos também variou ao longo do período de seis meses: duloxetina teve a menor taxa de adesão, com 28%, e bupropiona apresentou a maior taxa de adesão, com 41%. A diferença nas taxas de adesão aos medicamentos é considerada uma limitação do estudo, já que a inconsistência no uso dos remédios pode afetar os dados analisados sobre o ganho de peso.

De qualquer forma, os autores da pesquisa dizem que esses resultados são importantes, pois médicos e pacientes podem querer considerar esse risco de ganho de peso ao tomar decisões sobre qual antidepressivo específico começar, especialmente para pacientes que estão preocupados com a balança.

Importante ressaltar que a troca ou interrupção de qualquer medicação prescrita, especialmente de antidepressivos, só deve ser feita com orientação médica. Uma parada abrupta pode levar à piora dos sintomas do transtorno mental tratado.

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