Atletas paralímpicos brasileiros tiveram ‘treino’ para melhorar o sono


Delegação foi apresentada a estudo sobre a importância do descanso para esportistas de alto rendimento

Por Beatriz Bulhões

A delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 recebeu um treinamento especial neste ano: os 280 atletas foram apresentados a evidências científicas e orientações sobre como melhorar o sono.

O “treino” coube ao pesquisador João Paulo Pereira Rosa, professor de educação física da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que estuda os impactos de dormir bem para atletas de alto rendimento.

A pesquisa começou em 2011, com integrantes do atletismo, com foco nos Jogos Paralímpicos de Londres-2012. Nas competições no Rio de Janeiro, em 2016, atletas da natação também participaram do estudo e, neste ano, a Academia Paralímpica Brasileira convidou o pesquisador para falar com todos os atletas.

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Ricardo Gomes de Mendonça celebra a medalha de ouro na disputa dos 100m nos Jogos Paralímpicos Foto: Emilio Morenatti/AP

Importância do sono

Conforme o especialista, a privação ou restrição de sono reduz a capacidade do corpo de sintetizar proteínas. Na prática, isso compromete a recuperação muscular, por aumentar o risco de inflamação nos músculos, diminuindo a força e a resistência.

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Na pesquisa, foram utilizados questionários para avaliar aspectos subjetivos do sono (se o atleta se sente descansado, por exemplo) e exames como a polissonografia para analisar a parte objetiva. “Os resultados provaram algo que já era senso comum: atletas de alto rendimento não dormem bem”, enfatiza.

O problema é que esse descanso é necessário para a recuperação muscular, além de regular diversas outras funções do corpo — algumas extremamente importantes para pessoas com deficiência.

Rosa explica que há dois tipos de sono, o sono REM (Rapid Eyes Movement, ou movimento rápido dos olhos, em inglês) e o não REM, este dividido em três fases — M1, M2 e M3 — cujas durações podem variar.

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“O sono M3 é muito importante para a liberação de alguns hormônios, como o GH, do crescimento, e muitos que atuam na regeneração dos tecidos e na recuperação de microlesões”, detalha.

Mudanças

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Com os resultados indicando problemas na qualidade do sono dos atletas, Rosa realizou uma apresentação mostrando como os esportistas poderiam dormir melhor.

“Fizemos uma palestra com os atletas sobre higiene do sono e destacamos, por exemplo, a importância de ter sempre um horário para dormir e para acordar, mesmo nos finais de semana”, conta.

Outra orientação foi relacionada aos cochilos. Ele percebeu que muitos atletas lançavam mão desse descanso, mas sem considerar a duração. A recomendação é que o cochilo seja de, no máximo, 40 minutos — mais do que isso impacta no sono noturno e na sensação de descanso ao acordar.

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Rosa também fez recomendações sobre a temperatura dos quartos na Vila Olímpica — nas Olimpíadas, os atletas se queixaram da ausência de aparelhos de ar condicionado, o que atrapalhava o descanso.

“Para atletas que têm algum tipo de deficiência acaba sendo ainda mais importante. Temos atletas com lesão medular, que causa uma redução da capacidade de perda de calor. Atletas com membros amputados também têm menor dissipação de calor na área, fora o desconforto no uso de próteses”, explica o professor.

A delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 recebeu um treinamento especial neste ano: os 280 atletas foram apresentados a evidências científicas e orientações sobre como melhorar o sono.

O “treino” coube ao pesquisador João Paulo Pereira Rosa, professor de educação física da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que estuda os impactos de dormir bem para atletas de alto rendimento.

A pesquisa começou em 2011, com integrantes do atletismo, com foco nos Jogos Paralímpicos de Londres-2012. Nas competições no Rio de Janeiro, em 2016, atletas da natação também participaram do estudo e, neste ano, a Academia Paralímpica Brasileira convidou o pesquisador para falar com todos os atletas.

Ricardo Gomes de Mendonça celebra a medalha de ouro na disputa dos 100m nos Jogos Paralímpicos Foto: Emilio Morenatti/AP

Importância do sono

Conforme o especialista, a privação ou restrição de sono reduz a capacidade do corpo de sintetizar proteínas. Na prática, isso compromete a recuperação muscular, por aumentar o risco de inflamação nos músculos, diminuindo a força e a resistência.

Na pesquisa, foram utilizados questionários para avaliar aspectos subjetivos do sono (se o atleta se sente descansado, por exemplo) e exames como a polissonografia para analisar a parte objetiva. “Os resultados provaram algo que já era senso comum: atletas de alto rendimento não dormem bem”, enfatiza.

O problema é que esse descanso é necessário para a recuperação muscular, além de regular diversas outras funções do corpo — algumas extremamente importantes para pessoas com deficiência.

Rosa explica que há dois tipos de sono, o sono REM (Rapid Eyes Movement, ou movimento rápido dos olhos, em inglês) e o não REM, este dividido em três fases — M1, M2 e M3 — cujas durações podem variar.

“O sono M3 é muito importante para a liberação de alguns hormônios, como o GH, do crescimento, e muitos que atuam na regeneração dos tecidos e na recuperação de microlesões”, detalha.

Mudanças

Com os resultados indicando problemas na qualidade do sono dos atletas, Rosa realizou uma apresentação mostrando como os esportistas poderiam dormir melhor.

“Fizemos uma palestra com os atletas sobre higiene do sono e destacamos, por exemplo, a importância de ter sempre um horário para dormir e para acordar, mesmo nos finais de semana”, conta.

Outra orientação foi relacionada aos cochilos. Ele percebeu que muitos atletas lançavam mão desse descanso, mas sem considerar a duração. A recomendação é que o cochilo seja de, no máximo, 40 minutos — mais do que isso impacta no sono noturno e na sensação de descanso ao acordar.

Rosa também fez recomendações sobre a temperatura dos quartos na Vila Olímpica — nas Olimpíadas, os atletas se queixaram da ausência de aparelhos de ar condicionado, o que atrapalhava o descanso.

“Para atletas que têm algum tipo de deficiência acaba sendo ainda mais importante. Temos atletas com lesão medular, que causa uma redução da capacidade de perda de calor. Atletas com membros amputados também têm menor dissipação de calor na área, fora o desconforto no uso de próteses”, explica o professor.

A delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 recebeu um treinamento especial neste ano: os 280 atletas foram apresentados a evidências científicas e orientações sobre como melhorar o sono.

O “treino” coube ao pesquisador João Paulo Pereira Rosa, professor de educação física da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que estuda os impactos de dormir bem para atletas de alto rendimento.

A pesquisa começou em 2011, com integrantes do atletismo, com foco nos Jogos Paralímpicos de Londres-2012. Nas competições no Rio de Janeiro, em 2016, atletas da natação também participaram do estudo e, neste ano, a Academia Paralímpica Brasileira convidou o pesquisador para falar com todos os atletas.

Ricardo Gomes de Mendonça celebra a medalha de ouro na disputa dos 100m nos Jogos Paralímpicos Foto: Emilio Morenatti/AP

Importância do sono

Conforme o especialista, a privação ou restrição de sono reduz a capacidade do corpo de sintetizar proteínas. Na prática, isso compromete a recuperação muscular, por aumentar o risco de inflamação nos músculos, diminuindo a força e a resistência.

Na pesquisa, foram utilizados questionários para avaliar aspectos subjetivos do sono (se o atleta se sente descansado, por exemplo) e exames como a polissonografia para analisar a parte objetiva. “Os resultados provaram algo que já era senso comum: atletas de alto rendimento não dormem bem”, enfatiza.

O problema é que esse descanso é necessário para a recuperação muscular, além de regular diversas outras funções do corpo — algumas extremamente importantes para pessoas com deficiência.

Rosa explica que há dois tipos de sono, o sono REM (Rapid Eyes Movement, ou movimento rápido dos olhos, em inglês) e o não REM, este dividido em três fases — M1, M2 e M3 — cujas durações podem variar.

“O sono M3 é muito importante para a liberação de alguns hormônios, como o GH, do crescimento, e muitos que atuam na regeneração dos tecidos e na recuperação de microlesões”, detalha.

Mudanças

Com os resultados indicando problemas na qualidade do sono dos atletas, Rosa realizou uma apresentação mostrando como os esportistas poderiam dormir melhor.

“Fizemos uma palestra com os atletas sobre higiene do sono e destacamos, por exemplo, a importância de ter sempre um horário para dormir e para acordar, mesmo nos finais de semana”, conta.

Outra orientação foi relacionada aos cochilos. Ele percebeu que muitos atletas lançavam mão desse descanso, mas sem considerar a duração. A recomendação é que o cochilo seja de, no máximo, 40 minutos — mais do que isso impacta no sono noturno e na sensação de descanso ao acordar.

Rosa também fez recomendações sobre a temperatura dos quartos na Vila Olímpica — nas Olimpíadas, os atletas se queixaram da ausência de aparelhos de ar condicionado, o que atrapalhava o descanso.

“Para atletas que têm algum tipo de deficiência acaba sendo ainda mais importante. Temos atletas com lesão medular, que causa uma redução da capacidade de perda de calor. Atletas com membros amputados também têm menor dissipação de calor na área, fora o desconforto no uso de próteses”, explica o professor.

A delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 recebeu um treinamento especial neste ano: os 280 atletas foram apresentados a evidências científicas e orientações sobre como melhorar o sono.

O “treino” coube ao pesquisador João Paulo Pereira Rosa, professor de educação física da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que estuda os impactos de dormir bem para atletas de alto rendimento.

A pesquisa começou em 2011, com integrantes do atletismo, com foco nos Jogos Paralímpicos de Londres-2012. Nas competições no Rio de Janeiro, em 2016, atletas da natação também participaram do estudo e, neste ano, a Academia Paralímpica Brasileira convidou o pesquisador para falar com todos os atletas.

Ricardo Gomes de Mendonça celebra a medalha de ouro na disputa dos 100m nos Jogos Paralímpicos Foto: Emilio Morenatti/AP

Importância do sono

Conforme o especialista, a privação ou restrição de sono reduz a capacidade do corpo de sintetizar proteínas. Na prática, isso compromete a recuperação muscular, por aumentar o risco de inflamação nos músculos, diminuindo a força e a resistência.

Na pesquisa, foram utilizados questionários para avaliar aspectos subjetivos do sono (se o atleta se sente descansado, por exemplo) e exames como a polissonografia para analisar a parte objetiva. “Os resultados provaram algo que já era senso comum: atletas de alto rendimento não dormem bem”, enfatiza.

O problema é que esse descanso é necessário para a recuperação muscular, além de regular diversas outras funções do corpo — algumas extremamente importantes para pessoas com deficiência.

Rosa explica que há dois tipos de sono, o sono REM (Rapid Eyes Movement, ou movimento rápido dos olhos, em inglês) e o não REM, este dividido em três fases — M1, M2 e M3 — cujas durações podem variar.

“O sono M3 é muito importante para a liberação de alguns hormônios, como o GH, do crescimento, e muitos que atuam na regeneração dos tecidos e na recuperação de microlesões”, detalha.

Mudanças

Com os resultados indicando problemas na qualidade do sono dos atletas, Rosa realizou uma apresentação mostrando como os esportistas poderiam dormir melhor.

“Fizemos uma palestra com os atletas sobre higiene do sono e destacamos, por exemplo, a importância de ter sempre um horário para dormir e para acordar, mesmo nos finais de semana”, conta.

Outra orientação foi relacionada aos cochilos. Ele percebeu que muitos atletas lançavam mão desse descanso, mas sem considerar a duração. A recomendação é que o cochilo seja de, no máximo, 40 minutos — mais do que isso impacta no sono noturno e na sensação de descanso ao acordar.

Rosa também fez recomendações sobre a temperatura dos quartos na Vila Olímpica — nas Olimpíadas, os atletas se queixaram da ausência de aparelhos de ar condicionado, o que atrapalhava o descanso.

“Para atletas que têm algum tipo de deficiência acaba sendo ainda mais importante. Temos atletas com lesão medular, que causa uma redução da capacidade de perda de calor. Atletas com membros amputados também têm menor dissipação de calor na área, fora o desconforto no uso de próteses”, explica o professor.

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