AVC é mais comum e grave em mulheres; entenda os motivos


Elas apresentam alguns fatores de risco adicionais que contribuem para a ocorrência de derrames

Por Knvul Sheikh

THE NEW YORK TIMES – Todos os anos, mais de 6,6 milhões de pessoas em todo o mundo morrem de acidentes vasculares cerebrais, e pesquisadores alertam que a incidência está aumentando, especialmente em pessoas jovens e de meia-idade e em países de rendas baixa e média. Em um relatório publicado na semana passada, pesquisadores previram que as mortes por AVC aumentarão cerca de 50%, atingindo 9,7 milhões de mortes anualmente em 2050.

Os acidentes vasculares cerebrais ocorrem quando o fluxo de oxigênio e nutrientes para o cérebro é interrompido. Isso pode acontecer quando os vasos sanguíneos ficam fracos e acabam rompendo sob pressão, algo conhecido como AVC hemorrágico. Mais comumente, coágulos ou placas podem bloquear os vasos sanguíneos do cérebro, o AVC isquêmico. Ambos os tipos podem causar danos permanentes ou morte.

Quando as pessoas sobrevivem a um acidente vascular cerebral, muitas vezes enfrentam incapacidades de longo prazo, risco aumentado de depressão, problemas de memória e muito mais. Mas o fardo da doença pode ser evitado e as disparidades globais reduzidas, afirmam os autores do relatório.

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Muitos dos fatores de risco de AVC que estão se tornando mais comuns em todo o mundo – pressão arterial elevada, colesterol elevado e tabagismo – também são facilmente tratáveis. Ainda assim, o risco de AVC pode variar de acordo com a população, e as mulheres, em particular, têm alguns fatores de risco adicionais que precisam de monitoramento.

Nos Estados Unidos, 795 mil pessoas sofrem AVC todos os anos, cerca de 55 mil mulheres a mais do que homens. As mulheres também têm maior probabilidade de morrer de derrames em comparação aos homens.

Mulheres apresentam fatores de risco que as tornam mais suscetíveis a um AVC. Além disso, problema tende a ser mais grave nelas Foto: Berit Kessler/Adobe Stock
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Parte desse risco mais elevado pode ser atribuído à maior expectativa de vida das mulheres, disse Daniel Hermann, cardiologista do Memorial Hermann Health System, em Houston.

“A idade é um enorme fator de risco”, disse Hermann. À medida que as pessoas envelhecem, é mais provável que tenham pressão alta, colesterol alto, acúmulo de placas, desgaste das artérias e pior controle do açúcar no sangue, fatores que contribuem para os derrames”, disse Hermann.

Para as mulheres, o período de mudança biológica que ocorre durante a perimenopausa e a menopausa também é crítico. Muitas mulheres começam a desenvolver problemas de pressão arterial durante essa transição. Os especialistas acreditam que isso ocorre porque o hormônio estrogênio ajudar a manter os vasos sanguíneos relaxados e a equilibrar os níveis de colesterol. Quando o corpo para de produzir estrogênio, a incidência de derrames e outras doenças cardíacas aumenta.

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Estudos confirmam essa ligação em mulheres enfrentam a menopausa mais cedo do que o habitual. Em comparação com as mulheres que passam pela menopausa entre os 50 e os 51 anos, aquelas que vivem a menopausa prematura, antes dos 40 anos, ou a menopausa precoce, entre os 40 e os 44 anos, têm um risco 98% e 49% maior de acidente vascular cerebral, respetivamente.

Mas o excesso de estrogênio, na forma de terapia hormonal, pode ter o efeito oposto. “Alguns dados indicam que a reposição de estrogênio na perimenopausa e na menopausa pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral, e o mesmo vale para a progesterona”, disse Marion Buckwalter, professora de neurologia e neurocirurgia do Centro Médico da Universidade de Stanford.

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A pesquisa sugere que os benefícios da terapia hormonal só superam os riscos se a terapia se der em uma idade mais jovem ou perto da menopausa, quando os níveis hormonais estariam mais alinhados com o que o corpo costumava produzir.

Algumas evidências sugerem que as mulheres que usam certos tipos de contraceptivos hormonais também têm maior probabilidade de sofrer derrame, especialmente se tiverem pressão alta, fumarem ou tiverem enxaquecas.

Alguns estudos sugeriram que mulheres que se submetem a tratamento para infertilidade e mulheres trans que tomam estrogênio para afirmação de gênero também têm maior risco de acidente vascular cerebral.

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As mulheres também enfrentam fatores de risco durante e imediatamente após a gravidez. Como o volume de sangue aumenta durante a gravidez e se reverte rapidamente após o parto, o risco de coágulos sanguíneos também aumenta, disse Buckwalter. Se uma mulher ganha peso excessivo durante a gravidez ou desenvolve pré-eclâmpsia ou diabetes gestacional, isso também pode aumentar o risco de coágulos e acidente vascular cerebral mais tarde na vida.

Nos Estados Unidos, as mulheres negras têm maior probabilidade de sofrer derrames do que qualquer outro grupo de mulheres. Elas também têm maior probabilidade de sofrer AVC em idades mais jovens e de AVC mais graves. Muitos fatores podem causar esse risco aumentado, como uma vida inteira de discriminação racial, pior acesso aos cuidados de saúde e maior incidência geral de hipertensão, colesterol elevado e obesidade, bem como problemas genéticos como anemia falciforme.

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Como as mulheres podem prevenir o AVC?

A melhor maneira de diminuir o risco é monitorar e tratar a hipertensão. “Os acidentes vasculares cerebrais provavelmente cairiam pela metade se tratássemos toda a pressão arterial”, disse Buckwalter.

Faça exames regulares de bem-estar a partir dos 20 anos, para que você possa detectar desde o início problemas de pressão arterial, colesterol alto ou diabetes.

Pare de fumar e faça pelo menos 150 minutos de exercícios por semana. Reduza a quantidade de gordura saturada, gordura trans e sódio em sua dieta, para ajudar a manter a pressão arterial saudável. “Geralmente recomendo uma dieta mediterrânea ou uma dieta DASH”, disse Buckwalter, acrescentando que “elas têm as evidências mais fortes de manter as pessoas saudáveis e reduzir o risco não apenas de acidente vascular cerebral, mas também de demência e câncer”.

Esteja ciente de seu histórico familiar de doença cardíaca e acidente vascular cerebral e use o formulário de avaliação da Associação Americana de AVC para verificar seu risco. Converse com seu médico sobre alternativas às pílulas anticoncepcionais se você for de alto risco e sobre um monitoramento mais rigoroso da pressão arterial durante certas fases da vida, como gravidez e menopausa.

A partir dos 60 anos, também pode ser uma boa ideia solicitar um teste do índice tornozelo-braquial, para verificar o acúmulo de placas nas artérias das pernas. E não se esqueça dos sinais de alerta de derrame: rosto caído ou dormência; fraqueza no braço; dificuldade de fala. Buscar ajuda médica rapidamente pode salvar sua vida e prevenir danos graves.

Este artigo foi originalmente publicado no New York Times. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

THE NEW YORK TIMES – Todos os anos, mais de 6,6 milhões de pessoas em todo o mundo morrem de acidentes vasculares cerebrais, e pesquisadores alertam que a incidência está aumentando, especialmente em pessoas jovens e de meia-idade e em países de rendas baixa e média. Em um relatório publicado na semana passada, pesquisadores previram que as mortes por AVC aumentarão cerca de 50%, atingindo 9,7 milhões de mortes anualmente em 2050.

Os acidentes vasculares cerebrais ocorrem quando o fluxo de oxigênio e nutrientes para o cérebro é interrompido. Isso pode acontecer quando os vasos sanguíneos ficam fracos e acabam rompendo sob pressão, algo conhecido como AVC hemorrágico. Mais comumente, coágulos ou placas podem bloquear os vasos sanguíneos do cérebro, o AVC isquêmico. Ambos os tipos podem causar danos permanentes ou morte.

Quando as pessoas sobrevivem a um acidente vascular cerebral, muitas vezes enfrentam incapacidades de longo prazo, risco aumentado de depressão, problemas de memória e muito mais. Mas o fardo da doença pode ser evitado e as disparidades globais reduzidas, afirmam os autores do relatório.

Muitos dos fatores de risco de AVC que estão se tornando mais comuns em todo o mundo – pressão arterial elevada, colesterol elevado e tabagismo – também são facilmente tratáveis. Ainda assim, o risco de AVC pode variar de acordo com a população, e as mulheres, em particular, têm alguns fatores de risco adicionais que precisam de monitoramento.

Nos Estados Unidos, 795 mil pessoas sofrem AVC todos os anos, cerca de 55 mil mulheres a mais do que homens. As mulheres também têm maior probabilidade de morrer de derrames em comparação aos homens.

Mulheres apresentam fatores de risco que as tornam mais suscetíveis a um AVC. Além disso, problema tende a ser mais grave nelas Foto: Berit Kessler/Adobe Stock

Parte desse risco mais elevado pode ser atribuído à maior expectativa de vida das mulheres, disse Daniel Hermann, cardiologista do Memorial Hermann Health System, em Houston.

“A idade é um enorme fator de risco”, disse Hermann. À medida que as pessoas envelhecem, é mais provável que tenham pressão alta, colesterol alto, acúmulo de placas, desgaste das artérias e pior controle do açúcar no sangue, fatores que contribuem para os derrames”, disse Hermann.

Para as mulheres, o período de mudança biológica que ocorre durante a perimenopausa e a menopausa também é crítico. Muitas mulheres começam a desenvolver problemas de pressão arterial durante essa transição. Os especialistas acreditam que isso ocorre porque o hormônio estrogênio ajudar a manter os vasos sanguíneos relaxados e a equilibrar os níveis de colesterol. Quando o corpo para de produzir estrogênio, a incidência de derrames e outras doenças cardíacas aumenta.

Estudos confirmam essa ligação em mulheres enfrentam a menopausa mais cedo do que o habitual. Em comparação com as mulheres que passam pela menopausa entre os 50 e os 51 anos, aquelas que vivem a menopausa prematura, antes dos 40 anos, ou a menopausa precoce, entre os 40 e os 44 anos, têm um risco 98% e 49% maior de acidente vascular cerebral, respetivamente.

Mas o excesso de estrogênio, na forma de terapia hormonal, pode ter o efeito oposto. “Alguns dados indicam que a reposição de estrogênio na perimenopausa e na menopausa pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral, e o mesmo vale para a progesterona”, disse Marion Buckwalter, professora de neurologia e neurocirurgia do Centro Médico da Universidade de Stanford.

A pesquisa sugere que os benefícios da terapia hormonal só superam os riscos se a terapia se der em uma idade mais jovem ou perto da menopausa, quando os níveis hormonais estariam mais alinhados com o que o corpo costumava produzir.

Algumas evidências sugerem que as mulheres que usam certos tipos de contraceptivos hormonais também têm maior probabilidade de sofrer derrame, especialmente se tiverem pressão alta, fumarem ou tiverem enxaquecas.

Alguns estudos sugeriram que mulheres que se submetem a tratamento para infertilidade e mulheres trans que tomam estrogênio para afirmação de gênero também têm maior risco de acidente vascular cerebral.

As mulheres também enfrentam fatores de risco durante e imediatamente após a gravidez. Como o volume de sangue aumenta durante a gravidez e se reverte rapidamente após o parto, o risco de coágulos sanguíneos também aumenta, disse Buckwalter. Se uma mulher ganha peso excessivo durante a gravidez ou desenvolve pré-eclâmpsia ou diabetes gestacional, isso também pode aumentar o risco de coágulos e acidente vascular cerebral mais tarde na vida.

Nos Estados Unidos, as mulheres negras têm maior probabilidade de sofrer derrames do que qualquer outro grupo de mulheres. Elas também têm maior probabilidade de sofrer AVC em idades mais jovens e de AVC mais graves. Muitos fatores podem causar esse risco aumentado, como uma vida inteira de discriminação racial, pior acesso aos cuidados de saúde e maior incidência geral de hipertensão, colesterol elevado e obesidade, bem como problemas genéticos como anemia falciforme.

Como as mulheres podem prevenir o AVC?

A melhor maneira de diminuir o risco é monitorar e tratar a hipertensão. “Os acidentes vasculares cerebrais provavelmente cairiam pela metade se tratássemos toda a pressão arterial”, disse Buckwalter.

Faça exames regulares de bem-estar a partir dos 20 anos, para que você possa detectar desde o início problemas de pressão arterial, colesterol alto ou diabetes.

Pare de fumar e faça pelo menos 150 minutos de exercícios por semana. Reduza a quantidade de gordura saturada, gordura trans e sódio em sua dieta, para ajudar a manter a pressão arterial saudável. “Geralmente recomendo uma dieta mediterrânea ou uma dieta DASH”, disse Buckwalter, acrescentando que “elas têm as evidências mais fortes de manter as pessoas saudáveis e reduzir o risco não apenas de acidente vascular cerebral, mas também de demência e câncer”.

Esteja ciente de seu histórico familiar de doença cardíaca e acidente vascular cerebral e use o formulário de avaliação da Associação Americana de AVC para verificar seu risco. Converse com seu médico sobre alternativas às pílulas anticoncepcionais se você for de alto risco e sobre um monitoramento mais rigoroso da pressão arterial durante certas fases da vida, como gravidez e menopausa.

A partir dos 60 anos, também pode ser uma boa ideia solicitar um teste do índice tornozelo-braquial, para verificar o acúmulo de placas nas artérias das pernas. E não se esqueça dos sinais de alerta de derrame: rosto caído ou dormência; fraqueza no braço; dificuldade de fala. Buscar ajuda médica rapidamente pode salvar sua vida e prevenir danos graves.

Este artigo foi originalmente publicado no New York Times. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

THE NEW YORK TIMES – Todos os anos, mais de 6,6 milhões de pessoas em todo o mundo morrem de acidentes vasculares cerebrais, e pesquisadores alertam que a incidência está aumentando, especialmente em pessoas jovens e de meia-idade e em países de rendas baixa e média. Em um relatório publicado na semana passada, pesquisadores previram que as mortes por AVC aumentarão cerca de 50%, atingindo 9,7 milhões de mortes anualmente em 2050.

Os acidentes vasculares cerebrais ocorrem quando o fluxo de oxigênio e nutrientes para o cérebro é interrompido. Isso pode acontecer quando os vasos sanguíneos ficam fracos e acabam rompendo sob pressão, algo conhecido como AVC hemorrágico. Mais comumente, coágulos ou placas podem bloquear os vasos sanguíneos do cérebro, o AVC isquêmico. Ambos os tipos podem causar danos permanentes ou morte.

Quando as pessoas sobrevivem a um acidente vascular cerebral, muitas vezes enfrentam incapacidades de longo prazo, risco aumentado de depressão, problemas de memória e muito mais. Mas o fardo da doença pode ser evitado e as disparidades globais reduzidas, afirmam os autores do relatório.

Muitos dos fatores de risco de AVC que estão se tornando mais comuns em todo o mundo – pressão arterial elevada, colesterol elevado e tabagismo – também são facilmente tratáveis. Ainda assim, o risco de AVC pode variar de acordo com a população, e as mulheres, em particular, têm alguns fatores de risco adicionais que precisam de monitoramento.

Nos Estados Unidos, 795 mil pessoas sofrem AVC todos os anos, cerca de 55 mil mulheres a mais do que homens. As mulheres também têm maior probabilidade de morrer de derrames em comparação aos homens.

Mulheres apresentam fatores de risco que as tornam mais suscetíveis a um AVC. Além disso, problema tende a ser mais grave nelas Foto: Berit Kessler/Adobe Stock

Parte desse risco mais elevado pode ser atribuído à maior expectativa de vida das mulheres, disse Daniel Hermann, cardiologista do Memorial Hermann Health System, em Houston.

“A idade é um enorme fator de risco”, disse Hermann. À medida que as pessoas envelhecem, é mais provável que tenham pressão alta, colesterol alto, acúmulo de placas, desgaste das artérias e pior controle do açúcar no sangue, fatores que contribuem para os derrames”, disse Hermann.

Para as mulheres, o período de mudança biológica que ocorre durante a perimenopausa e a menopausa também é crítico. Muitas mulheres começam a desenvolver problemas de pressão arterial durante essa transição. Os especialistas acreditam que isso ocorre porque o hormônio estrogênio ajudar a manter os vasos sanguíneos relaxados e a equilibrar os níveis de colesterol. Quando o corpo para de produzir estrogênio, a incidência de derrames e outras doenças cardíacas aumenta.

Estudos confirmam essa ligação em mulheres enfrentam a menopausa mais cedo do que o habitual. Em comparação com as mulheres que passam pela menopausa entre os 50 e os 51 anos, aquelas que vivem a menopausa prematura, antes dos 40 anos, ou a menopausa precoce, entre os 40 e os 44 anos, têm um risco 98% e 49% maior de acidente vascular cerebral, respetivamente.

Mas o excesso de estrogênio, na forma de terapia hormonal, pode ter o efeito oposto. “Alguns dados indicam que a reposição de estrogênio na perimenopausa e na menopausa pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral, e o mesmo vale para a progesterona”, disse Marion Buckwalter, professora de neurologia e neurocirurgia do Centro Médico da Universidade de Stanford.

A pesquisa sugere que os benefícios da terapia hormonal só superam os riscos se a terapia se der em uma idade mais jovem ou perto da menopausa, quando os níveis hormonais estariam mais alinhados com o que o corpo costumava produzir.

Algumas evidências sugerem que as mulheres que usam certos tipos de contraceptivos hormonais também têm maior probabilidade de sofrer derrame, especialmente se tiverem pressão alta, fumarem ou tiverem enxaquecas.

Alguns estudos sugeriram que mulheres que se submetem a tratamento para infertilidade e mulheres trans que tomam estrogênio para afirmação de gênero também têm maior risco de acidente vascular cerebral.

As mulheres também enfrentam fatores de risco durante e imediatamente após a gravidez. Como o volume de sangue aumenta durante a gravidez e se reverte rapidamente após o parto, o risco de coágulos sanguíneos também aumenta, disse Buckwalter. Se uma mulher ganha peso excessivo durante a gravidez ou desenvolve pré-eclâmpsia ou diabetes gestacional, isso também pode aumentar o risco de coágulos e acidente vascular cerebral mais tarde na vida.

Nos Estados Unidos, as mulheres negras têm maior probabilidade de sofrer derrames do que qualquer outro grupo de mulheres. Elas também têm maior probabilidade de sofrer AVC em idades mais jovens e de AVC mais graves. Muitos fatores podem causar esse risco aumentado, como uma vida inteira de discriminação racial, pior acesso aos cuidados de saúde e maior incidência geral de hipertensão, colesterol elevado e obesidade, bem como problemas genéticos como anemia falciforme.

Como as mulheres podem prevenir o AVC?

A melhor maneira de diminuir o risco é monitorar e tratar a hipertensão. “Os acidentes vasculares cerebrais provavelmente cairiam pela metade se tratássemos toda a pressão arterial”, disse Buckwalter.

Faça exames regulares de bem-estar a partir dos 20 anos, para que você possa detectar desde o início problemas de pressão arterial, colesterol alto ou diabetes.

Pare de fumar e faça pelo menos 150 minutos de exercícios por semana. Reduza a quantidade de gordura saturada, gordura trans e sódio em sua dieta, para ajudar a manter a pressão arterial saudável. “Geralmente recomendo uma dieta mediterrânea ou uma dieta DASH”, disse Buckwalter, acrescentando que “elas têm as evidências mais fortes de manter as pessoas saudáveis e reduzir o risco não apenas de acidente vascular cerebral, mas também de demência e câncer”.

Esteja ciente de seu histórico familiar de doença cardíaca e acidente vascular cerebral e use o formulário de avaliação da Associação Americana de AVC para verificar seu risco. Converse com seu médico sobre alternativas às pílulas anticoncepcionais se você for de alto risco e sobre um monitoramento mais rigoroso da pressão arterial durante certas fases da vida, como gravidez e menopausa.

A partir dos 60 anos, também pode ser uma boa ideia solicitar um teste do índice tornozelo-braquial, para verificar o acúmulo de placas nas artérias das pernas. E não se esqueça dos sinais de alerta de derrame: rosto caído ou dormência; fraqueza no braço; dificuldade de fala. Buscar ajuda médica rapidamente pode salvar sua vida e prevenir danos graves.

Este artigo foi originalmente publicado no New York Times. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

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