Brasil registra mais 601 vítimas de coronavírus; governo se cala após País superar 50 mil mortes


O levantamento apontou ainda o registro de 16.851 casos, chegando a 1.086.990 no total. O Brasil superou a marca de 1 milhão de infectados na sexta-feira e de 50 mil mortos no sábado

Por Giovana Girardi
Atualização:

Com o registro de 601 mortes nas últimas 24 horas, o Brasil encerrou este domingo, 21, com 50.659 vítimas da covid-19, conforme o levantamento do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL junto às secretarias estaduais de Saúde.

O número ficou bem abaixo da média da semana passada – que ficou em torno de 1.200 mortes por dia –, mas isso costuma ocorrer nos fins de semana e não representa um recuo na epidemia no País.

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Coveiros trabalham durante o enterro de uma pessoa falecida devido à doença de coronavírus (COVID-19), no cemitério Parque Taruma, em Manaus. Foto: REUTERS / Bruno Kelly

O levantamento apontou ainda o registro de 16.851 casos, chegando a 1.086.990 no total. O Brasil superou a marca de 1 milhão de infectados na sexta-feira e de 50 mil mortos no sábado. O único outro país do mundo a ter superado essa marca foi os Estados Unidos. É como se uma população do tamanho de Campos do Jordão tivesse desaparecido em apenas três meses.

Apesar das marcas trágicas atingidas nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro não se manifestou em nenhum momento desde sexta sobre as vítimas ou o combate à doença. Neste domingo, ele participou do velório de um paraquedista no Rio, mas não falou sobre o assunto. Silêncio também em suas redes sociais. 

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O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazzuello tampouco deu alguma declaração. O ministério optou por, mais uma vez, destacar em sua comunicação os recuperados. Em nota no site diz que “o número de pessoas curadas do coronavírus já é 13,2% maior que os casos ativos no Brasil” – 549.386, de acordo com a pasta, ante 485.035 pacientes que seguem em acompanhamento médico. Nenhuma palavra sobre as mortes.

Como o Estadão mostrou em reportagem, ser um recuperado da doença não significa exatamente estar curado ou sem sequelas. Pacientes que foram entubados enfrentam um processo complicado de reabilitação, mas mesmo alguns que tiveram quadros considerados menos severos, e não demandaram hospitalização, ou até leves relatam que a doença pode se manifestar por um tempo mais longo, com os sintomas voltando em ondas. Sintomas como fadiga são sentidos por semanas.

Não chamar atenção para as mortes também esconde que a doença já matou mais em três meses que enfartes mataram no mesmo período no ano passado ou que armas ao longo de um ano inteiro.

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A Secretaria de Comunicação também divulgou esses dados no sábado, no que chamou de “placar da vida”. Em post no twitter, a Secom traz os infectados em números absolutos, mas as mortes ajustadas por milhão de habitantes. Por essa conta, o País fica em 17º em número de óbitos, em vez do segundo lugar que ocupa em valores absolutos.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de infectados estava até as 17h30 era de 1.085.038 e das mortes, 50.617. 

Com o registro de 601 mortes nas últimas 24 horas, o Brasil encerrou este domingo, 21, com 50.659 vítimas da covid-19, conforme o levantamento do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL junto às secretarias estaduais de Saúde.

O número ficou bem abaixo da média da semana passada – que ficou em torno de 1.200 mortes por dia –, mas isso costuma ocorrer nos fins de semana e não representa um recuo na epidemia no País.

Coveiros trabalham durante o enterro de uma pessoa falecida devido à doença de coronavírus (COVID-19), no cemitério Parque Taruma, em Manaus. Foto: REUTERS / Bruno Kelly

O levantamento apontou ainda o registro de 16.851 casos, chegando a 1.086.990 no total. O Brasil superou a marca de 1 milhão de infectados na sexta-feira e de 50 mil mortos no sábado. O único outro país do mundo a ter superado essa marca foi os Estados Unidos. É como se uma população do tamanho de Campos do Jordão tivesse desaparecido em apenas três meses.

Apesar das marcas trágicas atingidas nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro não se manifestou em nenhum momento desde sexta sobre as vítimas ou o combate à doença. Neste domingo, ele participou do velório de um paraquedista no Rio, mas não falou sobre o assunto. Silêncio também em suas redes sociais. 

O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazzuello tampouco deu alguma declaração. O ministério optou por, mais uma vez, destacar em sua comunicação os recuperados. Em nota no site diz que “o número de pessoas curadas do coronavírus já é 13,2% maior que os casos ativos no Brasil” – 549.386, de acordo com a pasta, ante 485.035 pacientes que seguem em acompanhamento médico. Nenhuma palavra sobre as mortes.

Como o Estadão mostrou em reportagem, ser um recuperado da doença não significa exatamente estar curado ou sem sequelas. Pacientes que foram entubados enfrentam um processo complicado de reabilitação, mas mesmo alguns que tiveram quadros considerados menos severos, e não demandaram hospitalização, ou até leves relatam que a doença pode se manifestar por um tempo mais longo, com os sintomas voltando em ondas. Sintomas como fadiga são sentidos por semanas.

Não chamar atenção para as mortes também esconde que a doença já matou mais em três meses que enfartes mataram no mesmo período no ano passado ou que armas ao longo de um ano inteiro.

A Secretaria de Comunicação também divulgou esses dados no sábado, no que chamou de “placar da vida”. Em post no twitter, a Secom traz os infectados em números absolutos, mas as mortes ajustadas por milhão de habitantes. Por essa conta, o País fica em 17º em número de óbitos, em vez do segundo lugar que ocupa em valores absolutos.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de infectados estava até as 17h30 era de 1.085.038 e das mortes, 50.617. 

Com o registro de 601 mortes nas últimas 24 horas, o Brasil encerrou este domingo, 21, com 50.659 vítimas da covid-19, conforme o levantamento do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL junto às secretarias estaduais de Saúde.

O número ficou bem abaixo da média da semana passada – que ficou em torno de 1.200 mortes por dia –, mas isso costuma ocorrer nos fins de semana e não representa um recuo na epidemia no País.

Coveiros trabalham durante o enterro de uma pessoa falecida devido à doença de coronavírus (COVID-19), no cemitério Parque Taruma, em Manaus. Foto: REUTERS / Bruno Kelly

O levantamento apontou ainda o registro de 16.851 casos, chegando a 1.086.990 no total. O Brasil superou a marca de 1 milhão de infectados na sexta-feira e de 50 mil mortos no sábado. O único outro país do mundo a ter superado essa marca foi os Estados Unidos. É como se uma população do tamanho de Campos do Jordão tivesse desaparecido em apenas três meses.

Apesar das marcas trágicas atingidas nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro não se manifestou em nenhum momento desde sexta sobre as vítimas ou o combate à doença. Neste domingo, ele participou do velório de um paraquedista no Rio, mas não falou sobre o assunto. Silêncio também em suas redes sociais. 

O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazzuello tampouco deu alguma declaração. O ministério optou por, mais uma vez, destacar em sua comunicação os recuperados. Em nota no site diz que “o número de pessoas curadas do coronavírus já é 13,2% maior que os casos ativos no Brasil” – 549.386, de acordo com a pasta, ante 485.035 pacientes que seguem em acompanhamento médico. Nenhuma palavra sobre as mortes.

Como o Estadão mostrou em reportagem, ser um recuperado da doença não significa exatamente estar curado ou sem sequelas. Pacientes que foram entubados enfrentam um processo complicado de reabilitação, mas mesmo alguns que tiveram quadros considerados menos severos, e não demandaram hospitalização, ou até leves relatam que a doença pode se manifestar por um tempo mais longo, com os sintomas voltando em ondas. Sintomas como fadiga são sentidos por semanas.

Não chamar atenção para as mortes também esconde que a doença já matou mais em três meses que enfartes mataram no mesmo período no ano passado ou que armas ao longo de um ano inteiro.

A Secretaria de Comunicação também divulgou esses dados no sábado, no que chamou de “placar da vida”. Em post no twitter, a Secom traz os infectados em números absolutos, mas as mortes ajustadas por milhão de habitantes. Por essa conta, o País fica em 17º em número de óbitos, em vez do segundo lugar que ocupa em valores absolutos.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de infectados estava até as 17h30 era de 1.085.038 e das mortes, 50.617. 

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