O Brasil registrou 2.730 novas mortes pela covid-19 nesta sexta-feira, 19. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, bateu recorde pelo 21º dia consecutivo e ficou em 2.178. Pela primeira vez, o País passou a marca de 15 mil mortes em uma semana:a soma de óbitos por coronavírus chegou a 15.249.
Com transmissão descontrolada do vírus, o País tem visto o colapso de várias redes hospitalares, com morte de pacientes na fila por leito e falta de remédios para intubação. Governadores e prefeitos têm endurecido restrições ao comércio na tentativa de frear o contágio.
O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, continua como forte crítico das medidas de isolamento social, recomendadas por especialistas, e afirma temer efeitos negativos na economia. Nesta quinta-feira, 18, ele acionou a Justiça contra medidas de toque de recolher em três Estados. Nesta semana, ele também anunciou a troca do comando do Ministério da Saúde pela terceira vez durante a crise sanitária: sai o general Eduardo Pazuello e chega o cardiologista Marcelo Queiroga.
O número de mortes vem batendo recorde no Brasil e o número de casos também vem aumentando. Nesta sexta-feira, o número de novas infecções notificadas foi de 89.409. No total, o Brasil tem 290.525 mortos e 11.877.009 casos da doença, a segunda nação com mais registros, atrás apenas dos Estados Unidos. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 10.339.432 pessoas estão recuperadas.
O Estado de São Paulo registrou nesta sexta-feira mais uma vez um número alto de mortes por coronavírus, com 620. Outros seis Estados também superaram a barreira de 100 óbitos no dia: Rio Grande do Sul (390), Paraná (268), Minas Gerais (237), Bahia (143), Rio de Janeiro (135) e Santa Catarina (134).
O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.
Nesta sexta-feira, o Ministério da Saúde informou que foram registrados 86.982 novos casos e mais 2.724 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 11.780.820 pessoas infectadas e 287.499 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.