Bruna Griphao e Gabriel do BBB23: 6 sinais de um relacionamento abusivo e como lidar com isso


No programa deste domingo, 22, o apresentador Tadeu Schmidt chamou a atenção dos participantes sobre como Gabriel tem tratado Bruna; psicóloga explica como funciona um relacionamento abusivo

Por Giovanna Castro
Atualização:

O romance entre os participantes do Big Brother Brasil Gabriel Tavares e Bruna Griphao tem gerado discussão nas redes sociais. Alguns internautas apontam que o comportamento do rapaz, de 24 anos, com a atriz é abusivo. Neste domingo, 22, o apresentador Tadeu Schmidt decidiu intervir e alertar os participantes do reality show sobre a agressividade que existe no namoro dos dois.

Bruna e Gabriel começaram a se relacionar já na primeira festa desta edição do programa, que aconteceu na última quinta-feira, 18. Desde então, permanecem sempre juntos, mas vivem alguns atritos que, geralmente, são levados como brincadeira pelos dois.

Gabriel reclama que a atriz o interrompe constantemente quando ele está falando e que é “grudenta”. Por vezes, chegou a fazer isso de forma agressiva, segurando os ombros de Bruna. Ele também fez algumas ofensas a ela em tom de brincadeira.

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Segundo a psicanalista Natália Marques, especialista em relacionamentos amorosos, a agressividade é um dos sintomas de relacionamentos abusivos. “Essa agressividade pode ser tanto verbal, quanto física e muitas vezes pode ser justificada como uma brincadeira, o que causa confusão na vítima. ‘Será que eu estou exagerando e é só uma brincadeira?’ ‘Será que eu que sou chata por me incomodar com isso?’”, diz.

Após a fala de Tadeu, Bruna e Gabriel conversaram e afirmaram não lembrar ou terem percebido as atitudes problemáticas. Gabriel disse que se sentia mal com a situação, que esse tipo de atitude não faz jus ao seu caráter e que devia um pedido de desculpas à família de Bruna. A atriz afirmou que a culpa não era só dele e que o maior problema da relação é a falta de diálogo. Eles decidiram, então, se afastar.

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Após a repercussão do caso e a fala de Tadeu no programa ao vivo, a ex participante do reality Emily Araújo, que sofreu um relacionamento abusivo dentro da casa na edição de 2017, se posicionou. “Parabéns, Globo, por fazer o que deveria ter feito em 2017… Assim, a Bruna não precisa passar por mais de 4 anos de terapia para tentar superar agressões psicológicas e físicas, como eu”, disse.

Antes mesmo do programa do domingo ir ao ar, o pai de Bruna postou um stories no Instagram chamando Gabriel de abusivo. Posteriormente, a equipe da atriz emitiu uma nota dizendo que “em nenhum contexto é passível ouvir falas grosseiras e agressivas de outra pessoa”.

Nota oficial da equipe de Bruna Gripao sobre o relacionamento abusivo entre a atriz e o participante Gabriel. Foto: Reprodução/ Instagram: @brunagripao
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Confira 6 comportamentos comuns em relacionamentos abusivos e dicas da psicanalista para lidar com situações como essas.

1. Ofensas constantes

Uma das características mais comuns de um relacionamento abusivo, segundo Natália, são as ofensas. Elas podem acontecer de maneira agressiva ou em tom de brincadeira e têm o poder de, a longo prazo, minar a autoestima da pessoa ofendida, fazendo com que ela se sinta cada vez mais presa ao parceiro abusivo por acreditar que mais ninguém a aceitaria como ela é.

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A especialista garante que, mesmo como brincadeira, o comportamento gera danos psicológicos no parceiro que é ofendido, principalmente quando são mulheres, pois já costumam ter problemas de autoestima por conta do machismo presente na sociedade.

No BBB, Gabriel fez algumas ofensas a Bruna, muitas vezes em frente a outros participantes e em tom de brincadeira. Ele chegou a dizer que a atriz parecia um “carrapato” por não desgrudar dele e, em um dos episódios, comparou o nariz de Bruna ao bico de uma arara azul e a um chifre de rinoceronte.

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2. Agressividade

Em uma relação abusiva, a agressividade pode se apresentar não só nas ofensas, mas também no contato físico e em atitudes, diz a psicóloga. O caráter agressivo do parceiro pode aparecer com socos na parede, gritos, chantagens ou no ato de bloquear e desbloquear constantemente o parceiro nas redes sociais.

Em mais de um momento, Gabriel segurou os braços de Bruna para que ela parasse de o interromper ou para forçá-la a fazer o que ele gostaria. Mesmo que às vezes o tom seja de brincadeira e que Bruna não se manifeste contra, essas atitudes podem ser encaradas como um sinal de alerta.

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3. Falta de diálogo construtivo

Um dos pilares de um relacionamento saudável é o diálogo e, em contrapartida, a falta disso é um sinal de relação tóxica. A psicanalista explica que é preciso que ambas as partes estejam dispostas a falar e escutar um ao outro de forma pacífica. Segundo ela, o casal deve buscar resolver os problemas e não apenas se defender ou acusar, querendo estar sempre certo.

“Dentro de uma relação saudável, existem diálogos desconfortáveis, mas nunca brigas violentas. Então, é importante que a gente perceba essa diferença, entre o discutir a relação, a famosa DR, e uma briga violenta”, diz. “É preciso construir um diálogo em que cada um reflete sobre as suas responsabilidades, sobre os seus erros e a partir daí conseguem ter uma mudança.”

Antes do discurso de Tadeu, Bruna procurou Gabriel para tentar conversar sobre as atitudes grosseiras que ele vinha tendo com ela, mencionando, inclusive, que isso poderia ser mal visto pelo público do programa. No entanto, o participante não pediu desculpas pelas suas atitudes, nem deu ouvidos a Bruna.

Gabriel se defendeu, impôs o seu ponto de vista e disse que o que poderia de fato prejudicar a sua imagem não eram suas próprias atitudes, mas sim o discurso acusador de Bruna. Ao final, a atriz acabou pedindo desculpas a ele.

4. Perda da individualidade

Com o tempo, a pessoa que é vítima dos abusos tende a perder a sua individualidade e até mesmo a mudar a sua personalidade, aponta Natália. Isso acontece principalmente por conta das constantes ofensas que recebe.

“A pessoa pode ficar mais quieta, se afastar dos amigos e deixar de fazer coisas que ela antes gostava de fazer para se moldar de acordo com as expectativas do parceiro”, explica a psicanalista. Ao mesmo tempo, por conta da baixa autoestima, da manipulação que sofre e da paixão, a pessoa tende a supervalorizar o parceiro abusivo, assumindo que ele “sabe mais” e “é melhor”.

Em algumas conversas com outros participantes do reality show, Bruna demonstrou certo grau de dependência e uma visão supervalorizada de Gabriel. Ela se dizia constantemente preocupada com a possível exclusão do namorado e chegou a dizer que ele “não pode sair” porque é “essencial para o jogo”.

5. As pessoas em volta do casal se sentem desconfortáveis

“É muito comum, quando a gente está em um relacionamento abusivo, que as pessoas em volta se incomodem. Existem várias dinâmicas que causam esse incômodo. Muitas pessoas se lembram, por exemplo, de casais de amigos que brigam toda vez que eles saem, gerando desconforto em todo o grupo”, diz Natália.

Em boa parte dos casos, as pessoas de dentro do relacionamento estão tão imersas e apaixonadas que não percebem os comportamentos nocivos, aponta a especialista. No entanto, quem vê de fora pode enxergar sinais de problema.

Apesar de Bruna e Gabriel dizerem que não se sentem em uma relação tóxica, outros participantes do programa já demonstraram certo grau de desconforto com a relação dos dois. Em um episódio, o participante Cara de Sapato disse que eles são um “casal chato”. A amiga de Bruna Larissa Santos também alertou a atriz algumas vezes sobre ela estar se perdendo no jogo por conta do relacionamento.

6. Existe manipulação e uma das pessoas se sente sempre culpada por tudo

A manipulação é um sintoma importante do relacionamento abusivo, diz Natália. “É comum que exista uma dinâmica em que a vítima se queixa de algo do parceiro e ele responde de forma a colocar a culpa na própria vítima”, afirma.

A pessoa abusiva tende a justificar a sua agressividade com as atitudes que julga irritantes do parceiro, por exemplo, sempre esquivando de suas responsabilidades. Isso faz com que, mais uma vez, o abusado se veja confuso e se sinta culpado pelo abuso que vem sofrendo.

Logo após o discurso de Tadeu, Gabriel chamou Bruna para conversar e, antes de pedir desculpas pelo que foi citado pelo apresentador - um momento em que ele ameaçou dar cotoveladas na atriz - ele disse que ela deveria falar publicamente que ele não era abusivo com ela.

A atitude foi vista pelos internautas como manipulação. Na mesma conversa e em outras, Bruna disse se sentir culpada pela interpretação que o público estaria tendo de Gabriel.

Como sair de um relacionamento abusivo?

Segundo a psicanalista, a melhor forma de sair ou evitar um relacionamento abusivo é se autoconhecendo, o que pode ser feito com a ajuda da psicoterapia.

A pessoa que é abusada ou tem tendência a isso precisa identificar por que costuma ser passiva em situações abusivas. Ao mesmo tempo, o abusador precisa entender da onde vêm seus traços agressivos e manipuladores, aponta a especialista.

Depois do autoconhecimento, o segundo passo é começar um processo para estabelecer um diálogo saudável, resolvendo os ruídos na comunicação. Aos poucos, os dois precisam ceder para ajustarem os comportamentos de forma que ambos se sintam bem no relacionamento.

Por conta das características da sociedade, geralmente as mulheres são as abusadas e os homens são os abusadores, mas esses papéis podem se inverter. Além disso, não existem apenas relacionamentos heterossexuais que são abusivos. Casais de todos os gêneros e orientações sexuais podem enfrentar o problema.

Como ajudar alguém que está em um relacionamento abusivo?

Natália aponta que ser muito direto com uma pessoa que está em relacionamento abusivo pode não ser o melhor caminho. Isso porque perceber que se está em uma situação como essa pode ser um processo difícil, lento e doloroso.

A psicanalista recomenda que amigos façam pequenos comentários, sempre em particular, para que a pessoa abusada se atente ao que está acontecendo. Da mesma forma, é possível mencionar que a atitude daquele amigo que é abusivo não é legal, explicando o porquê.

Os amigos não devem abandonar a pessoa que está em um relacionamento abusivo. “Muitas vezes, os amigos ficam cansados e irritados porque a pessoa parece não querer enxergar. Mas isso pode ser prejudicial, pois a pessoa acaba ficando cada vez mais sozinha e imersa no relacionamento abusivo”, diz Natália.

O romance entre os participantes do Big Brother Brasil Gabriel Tavares e Bruna Griphao tem gerado discussão nas redes sociais. Alguns internautas apontam que o comportamento do rapaz, de 24 anos, com a atriz é abusivo. Neste domingo, 22, o apresentador Tadeu Schmidt decidiu intervir e alertar os participantes do reality show sobre a agressividade que existe no namoro dos dois.

Bruna e Gabriel começaram a se relacionar já na primeira festa desta edição do programa, que aconteceu na última quinta-feira, 18. Desde então, permanecem sempre juntos, mas vivem alguns atritos que, geralmente, são levados como brincadeira pelos dois.

Gabriel reclama que a atriz o interrompe constantemente quando ele está falando e que é “grudenta”. Por vezes, chegou a fazer isso de forma agressiva, segurando os ombros de Bruna. Ele também fez algumas ofensas a ela em tom de brincadeira.

Segundo a psicanalista Natália Marques, especialista em relacionamentos amorosos, a agressividade é um dos sintomas de relacionamentos abusivos. “Essa agressividade pode ser tanto verbal, quanto física e muitas vezes pode ser justificada como uma brincadeira, o que causa confusão na vítima. ‘Será que eu estou exagerando e é só uma brincadeira?’ ‘Será que eu que sou chata por me incomodar com isso?’”, diz.

Após a fala de Tadeu, Bruna e Gabriel conversaram e afirmaram não lembrar ou terem percebido as atitudes problemáticas. Gabriel disse que se sentia mal com a situação, que esse tipo de atitude não faz jus ao seu caráter e que devia um pedido de desculpas à família de Bruna. A atriz afirmou que a culpa não era só dele e que o maior problema da relação é a falta de diálogo. Eles decidiram, então, se afastar.

Após a repercussão do caso e a fala de Tadeu no programa ao vivo, a ex participante do reality Emily Araújo, que sofreu um relacionamento abusivo dentro da casa na edição de 2017, se posicionou. “Parabéns, Globo, por fazer o que deveria ter feito em 2017… Assim, a Bruna não precisa passar por mais de 4 anos de terapia para tentar superar agressões psicológicas e físicas, como eu”, disse.

Antes mesmo do programa do domingo ir ao ar, o pai de Bruna postou um stories no Instagram chamando Gabriel de abusivo. Posteriormente, a equipe da atriz emitiu uma nota dizendo que “em nenhum contexto é passível ouvir falas grosseiras e agressivas de outra pessoa”.

Nota oficial da equipe de Bruna Gripao sobre o relacionamento abusivo entre a atriz e o participante Gabriel. Foto: Reprodução/ Instagram: @brunagripao

Confira 6 comportamentos comuns em relacionamentos abusivos e dicas da psicanalista para lidar com situações como essas.

1. Ofensas constantes

Uma das características mais comuns de um relacionamento abusivo, segundo Natália, são as ofensas. Elas podem acontecer de maneira agressiva ou em tom de brincadeira e têm o poder de, a longo prazo, minar a autoestima da pessoa ofendida, fazendo com que ela se sinta cada vez mais presa ao parceiro abusivo por acreditar que mais ninguém a aceitaria como ela é.

A especialista garante que, mesmo como brincadeira, o comportamento gera danos psicológicos no parceiro que é ofendido, principalmente quando são mulheres, pois já costumam ter problemas de autoestima por conta do machismo presente na sociedade.

No BBB, Gabriel fez algumas ofensas a Bruna, muitas vezes em frente a outros participantes e em tom de brincadeira. Ele chegou a dizer que a atriz parecia um “carrapato” por não desgrudar dele e, em um dos episódios, comparou o nariz de Bruna ao bico de uma arara azul e a um chifre de rinoceronte.

2. Agressividade

Em uma relação abusiva, a agressividade pode se apresentar não só nas ofensas, mas também no contato físico e em atitudes, diz a psicóloga. O caráter agressivo do parceiro pode aparecer com socos na parede, gritos, chantagens ou no ato de bloquear e desbloquear constantemente o parceiro nas redes sociais.

Em mais de um momento, Gabriel segurou os braços de Bruna para que ela parasse de o interromper ou para forçá-la a fazer o que ele gostaria. Mesmo que às vezes o tom seja de brincadeira e que Bruna não se manifeste contra, essas atitudes podem ser encaradas como um sinal de alerta.

3. Falta de diálogo construtivo

Um dos pilares de um relacionamento saudável é o diálogo e, em contrapartida, a falta disso é um sinal de relação tóxica. A psicanalista explica que é preciso que ambas as partes estejam dispostas a falar e escutar um ao outro de forma pacífica. Segundo ela, o casal deve buscar resolver os problemas e não apenas se defender ou acusar, querendo estar sempre certo.

“Dentro de uma relação saudável, existem diálogos desconfortáveis, mas nunca brigas violentas. Então, é importante que a gente perceba essa diferença, entre o discutir a relação, a famosa DR, e uma briga violenta”, diz. “É preciso construir um diálogo em que cada um reflete sobre as suas responsabilidades, sobre os seus erros e a partir daí conseguem ter uma mudança.”

Antes do discurso de Tadeu, Bruna procurou Gabriel para tentar conversar sobre as atitudes grosseiras que ele vinha tendo com ela, mencionando, inclusive, que isso poderia ser mal visto pelo público do programa. No entanto, o participante não pediu desculpas pelas suas atitudes, nem deu ouvidos a Bruna.

Gabriel se defendeu, impôs o seu ponto de vista e disse que o que poderia de fato prejudicar a sua imagem não eram suas próprias atitudes, mas sim o discurso acusador de Bruna. Ao final, a atriz acabou pedindo desculpas a ele.

4. Perda da individualidade

Com o tempo, a pessoa que é vítima dos abusos tende a perder a sua individualidade e até mesmo a mudar a sua personalidade, aponta Natália. Isso acontece principalmente por conta das constantes ofensas que recebe.

“A pessoa pode ficar mais quieta, se afastar dos amigos e deixar de fazer coisas que ela antes gostava de fazer para se moldar de acordo com as expectativas do parceiro”, explica a psicanalista. Ao mesmo tempo, por conta da baixa autoestima, da manipulação que sofre e da paixão, a pessoa tende a supervalorizar o parceiro abusivo, assumindo que ele “sabe mais” e “é melhor”.

Em algumas conversas com outros participantes do reality show, Bruna demonstrou certo grau de dependência e uma visão supervalorizada de Gabriel. Ela se dizia constantemente preocupada com a possível exclusão do namorado e chegou a dizer que ele “não pode sair” porque é “essencial para o jogo”.

5. As pessoas em volta do casal se sentem desconfortáveis

“É muito comum, quando a gente está em um relacionamento abusivo, que as pessoas em volta se incomodem. Existem várias dinâmicas que causam esse incômodo. Muitas pessoas se lembram, por exemplo, de casais de amigos que brigam toda vez que eles saem, gerando desconforto em todo o grupo”, diz Natália.

Em boa parte dos casos, as pessoas de dentro do relacionamento estão tão imersas e apaixonadas que não percebem os comportamentos nocivos, aponta a especialista. No entanto, quem vê de fora pode enxergar sinais de problema.

Apesar de Bruna e Gabriel dizerem que não se sentem em uma relação tóxica, outros participantes do programa já demonstraram certo grau de desconforto com a relação dos dois. Em um episódio, o participante Cara de Sapato disse que eles são um “casal chato”. A amiga de Bruna Larissa Santos também alertou a atriz algumas vezes sobre ela estar se perdendo no jogo por conta do relacionamento.

6. Existe manipulação e uma das pessoas se sente sempre culpada por tudo

A manipulação é um sintoma importante do relacionamento abusivo, diz Natália. “É comum que exista uma dinâmica em que a vítima se queixa de algo do parceiro e ele responde de forma a colocar a culpa na própria vítima”, afirma.

A pessoa abusiva tende a justificar a sua agressividade com as atitudes que julga irritantes do parceiro, por exemplo, sempre esquivando de suas responsabilidades. Isso faz com que, mais uma vez, o abusado se veja confuso e se sinta culpado pelo abuso que vem sofrendo.

Logo após o discurso de Tadeu, Gabriel chamou Bruna para conversar e, antes de pedir desculpas pelo que foi citado pelo apresentador - um momento em que ele ameaçou dar cotoveladas na atriz - ele disse que ela deveria falar publicamente que ele não era abusivo com ela.

A atitude foi vista pelos internautas como manipulação. Na mesma conversa e em outras, Bruna disse se sentir culpada pela interpretação que o público estaria tendo de Gabriel.

Como sair de um relacionamento abusivo?

Segundo a psicanalista, a melhor forma de sair ou evitar um relacionamento abusivo é se autoconhecendo, o que pode ser feito com a ajuda da psicoterapia.

A pessoa que é abusada ou tem tendência a isso precisa identificar por que costuma ser passiva em situações abusivas. Ao mesmo tempo, o abusador precisa entender da onde vêm seus traços agressivos e manipuladores, aponta a especialista.

Depois do autoconhecimento, o segundo passo é começar um processo para estabelecer um diálogo saudável, resolvendo os ruídos na comunicação. Aos poucos, os dois precisam ceder para ajustarem os comportamentos de forma que ambos se sintam bem no relacionamento.

Por conta das características da sociedade, geralmente as mulheres são as abusadas e os homens são os abusadores, mas esses papéis podem se inverter. Além disso, não existem apenas relacionamentos heterossexuais que são abusivos. Casais de todos os gêneros e orientações sexuais podem enfrentar o problema.

Como ajudar alguém que está em um relacionamento abusivo?

Natália aponta que ser muito direto com uma pessoa que está em relacionamento abusivo pode não ser o melhor caminho. Isso porque perceber que se está em uma situação como essa pode ser um processo difícil, lento e doloroso.

A psicanalista recomenda que amigos façam pequenos comentários, sempre em particular, para que a pessoa abusada se atente ao que está acontecendo. Da mesma forma, é possível mencionar que a atitude daquele amigo que é abusivo não é legal, explicando o porquê.

Os amigos não devem abandonar a pessoa que está em um relacionamento abusivo. “Muitas vezes, os amigos ficam cansados e irritados porque a pessoa parece não querer enxergar. Mas isso pode ser prejudicial, pois a pessoa acaba ficando cada vez mais sozinha e imersa no relacionamento abusivo”, diz Natália.

O romance entre os participantes do Big Brother Brasil Gabriel Tavares e Bruna Griphao tem gerado discussão nas redes sociais. Alguns internautas apontam que o comportamento do rapaz, de 24 anos, com a atriz é abusivo. Neste domingo, 22, o apresentador Tadeu Schmidt decidiu intervir e alertar os participantes do reality show sobre a agressividade que existe no namoro dos dois.

Bruna e Gabriel começaram a se relacionar já na primeira festa desta edição do programa, que aconteceu na última quinta-feira, 18. Desde então, permanecem sempre juntos, mas vivem alguns atritos que, geralmente, são levados como brincadeira pelos dois.

Gabriel reclama que a atriz o interrompe constantemente quando ele está falando e que é “grudenta”. Por vezes, chegou a fazer isso de forma agressiva, segurando os ombros de Bruna. Ele também fez algumas ofensas a ela em tom de brincadeira.

Segundo a psicanalista Natália Marques, especialista em relacionamentos amorosos, a agressividade é um dos sintomas de relacionamentos abusivos. “Essa agressividade pode ser tanto verbal, quanto física e muitas vezes pode ser justificada como uma brincadeira, o que causa confusão na vítima. ‘Será que eu estou exagerando e é só uma brincadeira?’ ‘Será que eu que sou chata por me incomodar com isso?’”, diz.

Após a fala de Tadeu, Bruna e Gabriel conversaram e afirmaram não lembrar ou terem percebido as atitudes problemáticas. Gabriel disse que se sentia mal com a situação, que esse tipo de atitude não faz jus ao seu caráter e que devia um pedido de desculpas à família de Bruna. A atriz afirmou que a culpa não era só dele e que o maior problema da relação é a falta de diálogo. Eles decidiram, então, se afastar.

Após a repercussão do caso e a fala de Tadeu no programa ao vivo, a ex participante do reality Emily Araújo, que sofreu um relacionamento abusivo dentro da casa na edição de 2017, se posicionou. “Parabéns, Globo, por fazer o que deveria ter feito em 2017… Assim, a Bruna não precisa passar por mais de 4 anos de terapia para tentar superar agressões psicológicas e físicas, como eu”, disse.

Antes mesmo do programa do domingo ir ao ar, o pai de Bruna postou um stories no Instagram chamando Gabriel de abusivo. Posteriormente, a equipe da atriz emitiu uma nota dizendo que “em nenhum contexto é passível ouvir falas grosseiras e agressivas de outra pessoa”.

Nota oficial da equipe de Bruna Gripao sobre o relacionamento abusivo entre a atriz e o participante Gabriel. Foto: Reprodução/ Instagram: @brunagripao

Confira 6 comportamentos comuns em relacionamentos abusivos e dicas da psicanalista para lidar com situações como essas.

1. Ofensas constantes

Uma das características mais comuns de um relacionamento abusivo, segundo Natália, são as ofensas. Elas podem acontecer de maneira agressiva ou em tom de brincadeira e têm o poder de, a longo prazo, minar a autoestima da pessoa ofendida, fazendo com que ela se sinta cada vez mais presa ao parceiro abusivo por acreditar que mais ninguém a aceitaria como ela é.

A especialista garante que, mesmo como brincadeira, o comportamento gera danos psicológicos no parceiro que é ofendido, principalmente quando são mulheres, pois já costumam ter problemas de autoestima por conta do machismo presente na sociedade.

No BBB, Gabriel fez algumas ofensas a Bruna, muitas vezes em frente a outros participantes e em tom de brincadeira. Ele chegou a dizer que a atriz parecia um “carrapato” por não desgrudar dele e, em um dos episódios, comparou o nariz de Bruna ao bico de uma arara azul e a um chifre de rinoceronte.

2. Agressividade

Em uma relação abusiva, a agressividade pode se apresentar não só nas ofensas, mas também no contato físico e em atitudes, diz a psicóloga. O caráter agressivo do parceiro pode aparecer com socos na parede, gritos, chantagens ou no ato de bloquear e desbloquear constantemente o parceiro nas redes sociais.

Em mais de um momento, Gabriel segurou os braços de Bruna para que ela parasse de o interromper ou para forçá-la a fazer o que ele gostaria. Mesmo que às vezes o tom seja de brincadeira e que Bruna não se manifeste contra, essas atitudes podem ser encaradas como um sinal de alerta.

3. Falta de diálogo construtivo

Um dos pilares de um relacionamento saudável é o diálogo e, em contrapartida, a falta disso é um sinal de relação tóxica. A psicanalista explica que é preciso que ambas as partes estejam dispostas a falar e escutar um ao outro de forma pacífica. Segundo ela, o casal deve buscar resolver os problemas e não apenas se defender ou acusar, querendo estar sempre certo.

“Dentro de uma relação saudável, existem diálogos desconfortáveis, mas nunca brigas violentas. Então, é importante que a gente perceba essa diferença, entre o discutir a relação, a famosa DR, e uma briga violenta”, diz. “É preciso construir um diálogo em que cada um reflete sobre as suas responsabilidades, sobre os seus erros e a partir daí conseguem ter uma mudança.”

Antes do discurso de Tadeu, Bruna procurou Gabriel para tentar conversar sobre as atitudes grosseiras que ele vinha tendo com ela, mencionando, inclusive, que isso poderia ser mal visto pelo público do programa. No entanto, o participante não pediu desculpas pelas suas atitudes, nem deu ouvidos a Bruna.

Gabriel se defendeu, impôs o seu ponto de vista e disse que o que poderia de fato prejudicar a sua imagem não eram suas próprias atitudes, mas sim o discurso acusador de Bruna. Ao final, a atriz acabou pedindo desculpas a ele.

4. Perda da individualidade

Com o tempo, a pessoa que é vítima dos abusos tende a perder a sua individualidade e até mesmo a mudar a sua personalidade, aponta Natália. Isso acontece principalmente por conta das constantes ofensas que recebe.

“A pessoa pode ficar mais quieta, se afastar dos amigos e deixar de fazer coisas que ela antes gostava de fazer para se moldar de acordo com as expectativas do parceiro”, explica a psicanalista. Ao mesmo tempo, por conta da baixa autoestima, da manipulação que sofre e da paixão, a pessoa tende a supervalorizar o parceiro abusivo, assumindo que ele “sabe mais” e “é melhor”.

Em algumas conversas com outros participantes do reality show, Bruna demonstrou certo grau de dependência e uma visão supervalorizada de Gabriel. Ela se dizia constantemente preocupada com a possível exclusão do namorado e chegou a dizer que ele “não pode sair” porque é “essencial para o jogo”.

5. As pessoas em volta do casal se sentem desconfortáveis

“É muito comum, quando a gente está em um relacionamento abusivo, que as pessoas em volta se incomodem. Existem várias dinâmicas que causam esse incômodo. Muitas pessoas se lembram, por exemplo, de casais de amigos que brigam toda vez que eles saem, gerando desconforto em todo o grupo”, diz Natália.

Em boa parte dos casos, as pessoas de dentro do relacionamento estão tão imersas e apaixonadas que não percebem os comportamentos nocivos, aponta a especialista. No entanto, quem vê de fora pode enxergar sinais de problema.

Apesar de Bruna e Gabriel dizerem que não se sentem em uma relação tóxica, outros participantes do programa já demonstraram certo grau de desconforto com a relação dos dois. Em um episódio, o participante Cara de Sapato disse que eles são um “casal chato”. A amiga de Bruna Larissa Santos também alertou a atriz algumas vezes sobre ela estar se perdendo no jogo por conta do relacionamento.

6. Existe manipulação e uma das pessoas se sente sempre culpada por tudo

A manipulação é um sintoma importante do relacionamento abusivo, diz Natália. “É comum que exista uma dinâmica em que a vítima se queixa de algo do parceiro e ele responde de forma a colocar a culpa na própria vítima”, afirma.

A pessoa abusiva tende a justificar a sua agressividade com as atitudes que julga irritantes do parceiro, por exemplo, sempre esquivando de suas responsabilidades. Isso faz com que, mais uma vez, o abusado se veja confuso e se sinta culpado pelo abuso que vem sofrendo.

Logo após o discurso de Tadeu, Gabriel chamou Bruna para conversar e, antes de pedir desculpas pelo que foi citado pelo apresentador - um momento em que ele ameaçou dar cotoveladas na atriz - ele disse que ela deveria falar publicamente que ele não era abusivo com ela.

A atitude foi vista pelos internautas como manipulação. Na mesma conversa e em outras, Bruna disse se sentir culpada pela interpretação que o público estaria tendo de Gabriel.

Como sair de um relacionamento abusivo?

Segundo a psicanalista, a melhor forma de sair ou evitar um relacionamento abusivo é se autoconhecendo, o que pode ser feito com a ajuda da psicoterapia.

A pessoa que é abusada ou tem tendência a isso precisa identificar por que costuma ser passiva em situações abusivas. Ao mesmo tempo, o abusador precisa entender da onde vêm seus traços agressivos e manipuladores, aponta a especialista.

Depois do autoconhecimento, o segundo passo é começar um processo para estabelecer um diálogo saudável, resolvendo os ruídos na comunicação. Aos poucos, os dois precisam ceder para ajustarem os comportamentos de forma que ambos se sintam bem no relacionamento.

Por conta das características da sociedade, geralmente as mulheres são as abusadas e os homens são os abusadores, mas esses papéis podem se inverter. Além disso, não existem apenas relacionamentos heterossexuais que são abusivos. Casais de todos os gêneros e orientações sexuais podem enfrentar o problema.

Como ajudar alguém que está em um relacionamento abusivo?

Natália aponta que ser muito direto com uma pessoa que está em relacionamento abusivo pode não ser o melhor caminho. Isso porque perceber que se está em uma situação como essa pode ser um processo difícil, lento e doloroso.

A psicanalista recomenda que amigos façam pequenos comentários, sempre em particular, para que a pessoa abusada se atente ao que está acontecendo. Da mesma forma, é possível mencionar que a atitude daquele amigo que é abusivo não é legal, explicando o porquê.

Os amigos não devem abandonar a pessoa que está em um relacionamento abusivo. “Muitas vezes, os amigos ficam cansados e irritados porque a pessoa parece não querer enxergar. Mas isso pode ser prejudicial, pois a pessoa acaba ficando cada vez mais sozinha e imersa no relacionamento abusivo”, diz Natália.

O romance entre os participantes do Big Brother Brasil Gabriel Tavares e Bruna Griphao tem gerado discussão nas redes sociais. Alguns internautas apontam que o comportamento do rapaz, de 24 anos, com a atriz é abusivo. Neste domingo, 22, o apresentador Tadeu Schmidt decidiu intervir e alertar os participantes do reality show sobre a agressividade que existe no namoro dos dois.

Bruna e Gabriel começaram a se relacionar já na primeira festa desta edição do programa, que aconteceu na última quinta-feira, 18. Desde então, permanecem sempre juntos, mas vivem alguns atritos que, geralmente, são levados como brincadeira pelos dois.

Gabriel reclama que a atriz o interrompe constantemente quando ele está falando e que é “grudenta”. Por vezes, chegou a fazer isso de forma agressiva, segurando os ombros de Bruna. Ele também fez algumas ofensas a ela em tom de brincadeira.

Segundo a psicanalista Natália Marques, especialista em relacionamentos amorosos, a agressividade é um dos sintomas de relacionamentos abusivos. “Essa agressividade pode ser tanto verbal, quanto física e muitas vezes pode ser justificada como uma brincadeira, o que causa confusão na vítima. ‘Será que eu estou exagerando e é só uma brincadeira?’ ‘Será que eu que sou chata por me incomodar com isso?’”, diz.

Após a fala de Tadeu, Bruna e Gabriel conversaram e afirmaram não lembrar ou terem percebido as atitudes problemáticas. Gabriel disse que se sentia mal com a situação, que esse tipo de atitude não faz jus ao seu caráter e que devia um pedido de desculpas à família de Bruna. A atriz afirmou que a culpa não era só dele e que o maior problema da relação é a falta de diálogo. Eles decidiram, então, se afastar.

Após a repercussão do caso e a fala de Tadeu no programa ao vivo, a ex participante do reality Emily Araújo, que sofreu um relacionamento abusivo dentro da casa na edição de 2017, se posicionou. “Parabéns, Globo, por fazer o que deveria ter feito em 2017… Assim, a Bruna não precisa passar por mais de 4 anos de terapia para tentar superar agressões psicológicas e físicas, como eu”, disse.

Antes mesmo do programa do domingo ir ao ar, o pai de Bruna postou um stories no Instagram chamando Gabriel de abusivo. Posteriormente, a equipe da atriz emitiu uma nota dizendo que “em nenhum contexto é passível ouvir falas grosseiras e agressivas de outra pessoa”.

Nota oficial da equipe de Bruna Gripao sobre o relacionamento abusivo entre a atriz e o participante Gabriel. Foto: Reprodução/ Instagram: @brunagripao

Confira 6 comportamentos comuns em relacionamentos abusivos e dicas da psicanalista para lidar com situações como essas.

1. Ofensas constantes

Uma das características mais comuns de um relacionamento abusivo, segundo Natália, são as ofensas. Elas podem acontecer de maneira agressiva ou em tom de brincadeira e têm o poder de, a longo prazo, minar a autoestima da pessoa ofendida, fazendo com que ela se sinta cada vez mais presa ao parceiro abusivo por acreditar que mais ninguém a aceitaria como ela é.

A especialista garante que, mesmo como brincadeira, o comportamento gera danos psicológicos no parceiro que é ofendido, principalmente quando são mulheres, pois já costumam ter problemas de autoestima por conta do machismo presente na sociedade.

No BBB, Gabriel fez algumas ofensas a Bruna, muitas vezes em frente a outros participantes e em tom de brincadeira. Ele chegou a dizer que a atriz parecia um “carrapato” por não desgrudar dele e, em um dos episódios, comparou o nariz de Bruna ao bico de uma arara azul e a um chifre de rinoceronte.

2. Agressividade

Em uma relação abusiva, a agressividade pode se apresentar não só nas ofensas, mas também no contato físico e em atitudes, diz a psicóloga. O caráter agressivo do parceiro pode aparecer com socos na parede, gritos, chantagens ou no ato de bloquear e desbloquear constantemente o parceiro nas redes sociais.

Em mais de um momento, Gabriel segurou os braços de Bruna para que ela parasse de o interromper ou para forçá-la a fazer o que ele gostaria. Mesmo que às vezes o tom seja de brincadeira e que Bruna não se manifeste contra, essas atitudes podem ser encaradas como um sinal de alerta.

3. Falta de diálogo construtivo

Um dos pilares de um relacionamento saudável é o diálogo e, em contrapartida, a falta disso é um sinal de relação tóxica. A psicanalista explica que é preciso que ambas as partes estejam dispostas a falar e escutar um ao outro de forma pacífica. Segundo ela, o casal deve buscar resolver os problemas e não apenas se defender ou acusar, querendo estar sempre certo.

“Dentro de uma relação saudável, existem diálogos desconfortáveis, mas nunca brigas violentas. Então, é importante que a gente perceba essa diferença, entre o discutir a relação, a famosa DR, e uma briga violenta”, diz. “É preciso construir um diálogo em que cada um reflete sobre as suas responsabilidades, sobre os seus erros e a partir daí conseguem ter uma mudança.”

Antes do discurso de Tadeu, Bruna procurou Gabriel para tentar conversar sobre as atitudes grosseiras que ele vinha tendo com ela, mencionando, inclusive, que isso poderia ser mal visto pelo público do programa. No entanto, o participante não pediu desculpas pelas suas atitudes, nem deu ouvidos a Bruna.

Gabriel se defendeu, impôs o seu ponto de vista e disse que o que poderia de fato prejudicar a sua imagem não eram suas próprias atitudes, mas sim o discurso acusador de Bruna. Ao final, a atriz acabou pedindo desculpas a ele.

4. Perda da individualidade

Com o tempo, a pessoa que é vítima dos abusos tende a perder a sua individualidade e até mesmo a mudar a sua personalidade, aponta Natália. Isso acontece principalmente por conta das constantes ofensas que recebe.

“A pessoa pode ficar mais quieta, se afastar dos amigos e deixar de fazer coisas que ela antes gostava de fazer para se moldar de acordo com as expectativas do parceiro”, explica a psicanalista. Ao mesmo tempo, por conta da baixa autoestima, da manipulação que sofre e da paixão, a pessoa tende a supervalorizar o parceiro abusivo, assumindo que ele “sabe mais” e “é melhor”.

Em algumas conversas com outros participantes do reality show, Bruna demonstrou certo grau de dependência e uma visão supervalorizada de Gabriel. Ela se dizia constantemente preocupada com a possível exclusão do namorado e chegou a dizer que ele “não pode sair” porque é “essencial para o jogo”.

5. As pessoas em volta do casal se sentem desconfortáveis

“É muito comum, quando a gente está em um relacionamento abusivo, que as pessoas em volta se incomodem. Existem várias dinâmicas que causam esse incômodo. Muitas pessoas se lembram, por exemplo, de casais de amigos que brigam toda vez que eles saem, gerando desconforto em todo o grupo”, diz Natália.

Em boa parte dos casos, as pessoas de dentro do relacionamento estão tão imersas e apaixonadas que não percebem os comportamentos nocivos, aponta a especialista. No entanto, quem vê de fora pode enxergar sinais de problema.

Apesar de Bruna e Gabriel dizerem que não se sentem em uma relação tóxica, outros participantes do programa já demonstraram certo grau de desconforto com a relação dos dois. Em um episódio, o participante Cara de Sapato disse que eles são um “casal chato”. A amiga de Bruna Larissa Santos também alertou a atriz algumas vezes sobre ela estar se perdendo no jogo por conta do relacionamento.

6. Existe manipulação e uma das pessoas se sente sempre culpada por tudo

A manipulação é um sintoma importante do relacionamento abusivo, diz Natália. “É comum que exista uma dinâmica em que a vítima se queixa de algo do parceiro e ele responde de forma a colocar a culpa na própria vítima”, afirma.

A pessoa abusiva tende a justificar a sua agressividade com as atitudes que julga irritantes do parceiro, por exemplo, sempre esquivando de suas responsabilidades. Isso faz com que, mais uma vez, o abusado se veja confuso e se sinta culpado pelo abuso que vem sofrendo.

Logo após o discurso de Tadeu, Gabriel chamou Bruna para conversar e, antes de pedir desculpas pelo que foi citado pelo apresentador - um momento em que ele ameaçou dar cotoveladas na atriz - ele disse que ela deveria falar publicamente que ele não era abusivo com ela.

A atitude foi vista pelos internautas como manipulação. Na mesma conversa e em outras, Bruna disse se sentir culpada pela interpretação que o público estaria tendo de Gabriel.

Como sair de um relacionamento abusivo?

Segundo a psicanalista, a melhor forma de sair ou evitar um relacionamento abusivo é se autoconhecendo, o que pode ser feito com a ajuda da psicoterapia.

A pessoa que é abusada ou tem tendência a isso precisa identificar por que costuma ser passiva em situações abusivas. Ao mesmo tempo, o abusador precisa entender da onde vêm seus traços agressivos e manipuladores, aponta a especialista.

Depois do autoconhecimento, o segundo passo é começar um processo para estabelecer um diálogo saudável, resolvendo os ruídos na comunicação. Aos poucos, os dois precisam ceder para ajustarem os comportamentos de forma que ambos se sintam bem no relacionamento.

Por conta das características da sociedade, geralmente as mulheres são as abusadas e os homens são os abusadores, mas esses papéis podem se inverter. Além disso, não existem apenas relacionamentos heterossexuais que são abusivos. Casais de todos os gêneros e orientações sexuais podem enfrentar o problema.

Como ajudar alguém que está em um relacionamento abusivo?

Natália aponta que ser muito direto com uma pessoa que está em relacionamento abusivo pode não ser o melhor caminho. Isso porque perceber que se está em uma situação como essa pode ser um processo difícil, lento e doloroso.

A psicanalista recomenda que amigos façam pequenos comentários, sempre em particular, para que a pessoa abusada se atente ao que está acontecendo. Da mesma forma, é possível mencionar que a atitude daquele amigo que é abusivo não é legal, explicando o porquê.

Os amigos não devem abandonar a pessoa que está em um relacionamento abusivo. “Muitas vezes, os amigos ficam cansados e irritados porque a pessoa parece não querer enxergar. Mas isso pode ser prejudicial, pois a pessoa acaba ficando cada vez mais sozinha e imersa no relacionamento abusivo”, diz Natália.

O romance entre os participantes do Big Brother Brasil Gabriel Tavares e Bruna Griphao tem gerado discussão nas redes sociais. Alguns internautas apontam que o comportamento do rapaz, de 24 anos, com a atriz é abusivo. Neste domingo, 22, o apresentador Tadeu Schmidt decidiu intervir e alertar os participantes do reality show sobre a agressividade que existe no namoro dos dois.

Bruna e Gabriel começaram a se relacionar já na primeira festa desta edição do programa, que aconteceu na última quinta-feira, 18. Desde então, permanecem sempre juntos, mas vivem alguns atritos que, geralmente, são levados como brincadeira pelos dois.

Gabriel reclama que a atriz o interrompe constantemente quando ele está falando e que é “grudenta”. Por vezes, chegou a fazer isso de forma agressiva, segurando os ombros de Bruna. Ele também fez algumas ofensas a ela em tom de brincadeira.

Segundo a psicanalista Natália Marques, especialista em relacionamentos amorosos, a agressividade é um dos sintomas de relacionamentos abusivos. “Essa agressividade pode ser tanto verbal, quanto física e muitas vezes pode ser justificada como uma brincadeira, o que causa confusão na vítima. ‘Será que eu estou exagerando e é só uma brincadeira?’ ‘Será que eu que sou chata por me incomodar com isso?’”, diz.

Após a fala de Tadeu, Bruna e Gabriel conversaram e afirmaram não lembrar ou terem percebido as atitudes problemáticas. Gabriel disse que se sentia mal com a situação, que esse tipo de atitude não faz jus ao seu caráter e que devia um pedido de desculpas à família de Bruna. A atriz afirmou que a culpa não era só dele e que o maior problema da relação é a falta de diálogo. Eles decidiram, então, se afastar.

Após a repercussão do caso e a fala de Tadeu no programa ao vivo, a ex participante do reality Emily Araújo, que sofreu um relacionamento abusivo dentro da casa na edição de 2017, se posicionou. “Parabéns, Globo, por fazer o que deveria ter feito em 2017… Assim, a Bruna não precisa passar por mais de 4 anos de terapia para tentar superar agressões psicológicas e físicas, como eu”, disse.

Antes mesmo do programa do domingo ir ao ar, o pai de Bruna postou um stories no Instagram chamando Gabriel de abusivo. Posteriormente, a equipe da atriz emitiu uma nota dizendo que “em nenhum contexto é passível ouvir falas grosseiras e agressivas de outra pessoa”.

Nota oficial da equipe de Bruna Gripao sobre o relacionamento abusivo entre a atriz e o participante Gabriel. Foto: Reprodução/ Instagram: @brunagripao

Confira 6 comportamentos comuns em relacionamentos abusivos e dicas da psicanalista para lidar com situações como essas.

1. Ofensas constantes

Uma das características mais comuns de um relacionamento abusivo, segundo Natália, são as ofensas. Elas podem acontecer de maneira agressiva ou em tom de brincadeira e têm o poder de, a longo prazo, minar a autoestima da pessoa ofendida, fazendo com que ela se sinta cada vez mais presa ao parceiro abusivo por acreditar que mais ninguém a aceitaria como ela é.

A especialista garante que, mesmo como brincadeira, o comportamento gera danos psicológicos no parceiro que é ofendido, principalmente quando são mulheres, pois já costumam ter problemas de autoestima por conta do machismo presente na sociedade.

No BBB, Gabriel fez algumas ofensas a Bruna, muitas vezes em frente a outros participantes e em tom de brincadeira. Ele chegou a dizer que a atriz parecia um “carrapato” por não desgrudar dele e, em um dos episódios, comparou o nariz de Bruna ao bico de uma arara azul e a um chifre de rinoceronte.

2. Agressividade

Em uma relação abusiva, a agressividade pode se apresentar não só nas ofensas, mas também no contato físico e em atitudes, diz a psicóloga. O caráter agressivo do parceiro pode aparecer com socos na parede, gritos, chantagens ou no ato de bloquear e desbloquear constantemente o parceiro nas redes sociais.

Em mais de um momento, Gabriel segurou os braços de Bruna para que ela parasse de o interromper ou para forçá-la a fazer o que ele gostaria. Mesmo que às vezes o tom seja de brincadeira e que Bruna não se manifeste contra, essas atitudes podem ser encaradas como um sinal de alerta.

3. Falta de diálogo construtivo

Um dos pilares de um relacionamento saudável é o diálogo e, em contrapartida, a falta disso é um sinal de relação tóxica. A psicanalista explica que é preciso que ambas as partes estejam dispostas a falar e escutar um ao outro de forma pacífica. Segundo ela, o casal deve buscar resolver os problemas e não apenas se defender ou acusar, querendo estar sempre certo.

“Dentro de uma relação saudável, existem diálogos desconfortáveis, mas nunca brigas violentas. Então, é importante que a gente perceba essa diferença, entre o discutir a relação, a famosa DR, e uma briga violenta”, diz. “É preciso construir um diálogo em que cada um reflete sobre as suas responsabilidades, sobre os seus erros e a partir daí conseguem ter uma mudança.”

Antes do discurso de Tadeu, Bruna procurou Gabriel para tentar conversar sobre as atitudes grosseiras que ele vinha tendo com ela, mencionando, inclusive, que isso poderia ser mal visto pelo público do programa. No entanto, o participante não pediu desculpas pelas suas atitudes, nem deu ouvidos a Bruna.

Gabriel se defendeu, impôs o seu ponto de vista e disse que o que poderia de fato prejudicar a sua imagem não eram suas próprias atitudes, mas sim o discurso acusador de Bruna. Ao final, a atriz acabou pedindo desculpas a ele.

4. Perda da individualidade

Com o tempo, a pessoa que é vítima dos abusos tende a perder a sua individualidade e até mesmo a mudar a sua personalidade, aponta Natália. Isso acontece principalmente por conta das constantes ofensas que recebe.

“A pessoa pode ficar mais quieta, se afastar dos amigos e deixar de fazer coisas que ela antes gostava de fazer para se moldar de acordo com as expectativas do parceiro”, explica a psicanalista. Ao mesmo tempo, por conta da baixa autoestima, da manipulação que sofre e da paixão, a pessoa tende a supervalorizar o parceiro abusivo, assumindo que ele “sabe mais” e “é melhor”.

Em algumas conversas com outros participantes do reality show, Bruna demonstrou certo grau de dependência e uma visão supervalorizada de Gabriel. Ela se dizia constantemente preocupada com a possível exclusão do namorado e chegou a dizer que ele “não pode sair” porque é “essencial para o jogo”.

5. As pessoas em volta do casal se sentem desconfortáveis

“É muito comum, quando a gente está em um relacionamento abusivo, que as pessoas em volta se incomodem. Existem várias dinâmicas que causam esse incômodo. Muitas pessoas se lembram, por exemplo, de casais de amigos que brigam toda vez que eles saem, gerando desconforto em todo o grupo”, diz Natália.

Em boa parte dos casos, as pessoas de dentro do relacionamento estão tão imersas e apaixonadas que não percebem os comportamentos nocivos, aponta a especialista. No entanto, quem vê de fora pode enxergar sinais de problema.

Apesar de Bruna e Gabriel dizerem que não se sentem em uma relação tóxica, outros participantes do programa já demonstraram certo grau de desconforto com a relação dos dois. Em um episódio, o participante Cara de Sapato disse que eles são um “casal chato”. A amiga de Bruna Larissa Santos também alertou a atriz algumas vezes sobre ela estar se perdendo no jogo por conta do relacionamento.

6. Existe manipulação e uma das pessoas se sente sempre culpada por tudo

A manipulação é um sintoma importante do relacionamento abusivo, diz Natália. “É comum que exista uma dinâmica em que a vítima se queixa de algo do parceiro e ele responde de forma a colocar a culpa na própria vítima”, afirma.

A pessoa abusiva tende a justificar a sua agressividade com as atitudes que julga irritantes do parceiro, por exemplo, sempre esquivando de suas responsabilidades. Isso faz com que, mais uma vez, o abusado se veja confuso e se sinta culpado pelo abuso que vem sofrendo.

Logo após o discurso de Tadeu, Gabriel chamou Bruna para conversar e, antes de pedir desculpas pelo que foi citado pelo apresentador - um momento em que ele ameaçou dar cotoveladas na atriz - ele disse que ela deveria falar publicamente que ele não era abusivo com ela.

A atitude foi vista pelos internautas como manipulação. Na mesma conversa e em outras, Bruna disse se sentir culpada pela interpretação que o público estaria tendo de Gabriel.

Como sair de um relacionamento abusivo?

Segundo a psicanalista, a melhor forma de sair ou evitar um relacionamento abusivo é se autoconhecendo, o que pode ser feito com a ajuda da psicoterapia.

A pessoa que é abusada ou tem tendência a isso precisa identificar por que costuma ser passiva em situações abusivas. Ao mesmo tempo, o abusador precisa entender da onde vêm seus traços agressivos e manipuladores, aponta a especialista.

Depois do autoconhecimento, o segundo passo é começar um processo para estabelecer um diálogo saudável, resolvendo os ruídos na comunicação. Aos poucos, os dois precisam ceder para ajustarem os comportamentos de forma que ambos se sintam bem no relacionamento.

Por conta das características da sociedade, geralmente as mulheres são as abusadas e os homens são os abusadores, mas esses papéis podem se inverter. Além disso, não existem apenas relacionamentos heterossexuais que são abusivos. Casais de todos os gêneros e orientações sexuais podem enfrentar o problema.

Como ajudar alguém que está em um relacionamento abusivo?

Natália aponta que ser muito direto com uma pessoa que está em relacionamento abusivo pode não ser o melhor caminho. Isso porque perceber que se está em uma situação como essa pode ser um processo difícil, lento e doloroso.

A psicanalista recomenda que amigos façam pequenos comentários, sempre em particular, para que a pessoa abusada se atente ao que está acontecendo. Da mesma forma, é possível mencionar que a atitude daquele amigo que é abusivo não é legal, explicando o porquê.

Os amigos não devem abandonar a pessoa que está em um relacionamento abusivo. “Muitas vezes, os amigos ficam cansados e irritados porque a pessoa parece não querer enxergar. Mas isso pode ser prejudicial, pois a pessoa acaba ficando cada vez mais sozinha e imersa no relacionamento abusivo”, diz Natália.

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