Os impactos do sobe e desce da temperatura no corpo e como se proteger


Em SP, a previsão indica uma diferença de aproximadamente 13 °C entre as máximas desta sexta e de domingo. Confira os cuidados necessários com a saúde

Por Thaís Manarini
Atualização:

Depois de uma intensa onda de calor que atingiu boa parte do Brasil, a chegada uma frente fria pelo litoral paulista no fim de semana promete mudar o clima, provocando ainda chuvas mais generalizadas e intensas rajadas de vento, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura. A previsão é de que, em comparação à sexta-feira, dia 17, o domingo seja marcado por uma queda de mais de 13ºC, chegando a 22 ºC.

Diante dessas mudanças intensas, é muito comum ouvir as pessoas reclamarem que a imunidade fica comprometida. Mas, de acordo com o pneumologista Humberto Bogossian, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP), o contraste de temperatura precisaria ser muito mais intenso para abalar o sistema de defesa do organismo. Por exemplo: teríamos que vivenciar um calor de aproximadamente 40 °C e, na sequência, temperaturas mínimas, e sem as roupas adequadas. “Aí, sim, perderíamos a imunidade celular”, aponta.

continua após a publicidade

Ainda assim, oscilação brusca na temperatura tem repercussões

Embora a imunidade não saia diretamente prejudicada, não significa que a gangorra de aproximadamente 20 °C seja inofensiva. Segundo o médico, quem mais sofre nessas circunstâncias são as pessoas que convivem com doenças respiratórias. “Essa variação pode ser um estímulo para ocorrerem broncoespasmos, que é quando os brônquios se contraem. Isso desencadeia crises em pacientes com asma e bronquite”, explica. Em indivíduos com rinite, a mudança térmica é capaz de ocasionar reflexos nas mucosas, causando acessos de espirro e obstrução nasal.

Fora isso, o contexto atual, marcado por calor intenso seguido de um frio considerável, favorece comportamentos que aumentam o risco de doenças entre a população em geral. Afinal, quando as temperaturas estão elevadas, a tendência é priorizarmos ambientes externos e usarmos roupas leves. No momento em que esfria bastante, naturalmente todo mundo fica mais enclausurado em ambientes com pouco fluxo de ar – situação perfeita para a circulação de vírus. “Isso contribui para a ocorrência de infecções respiratórias”, comenta Bogossian.

continua após a publicidade

Tempo seco também exige atenção

Quando a umidade do ar está baixa, o pneumologista nota ainda que ficamos mais expostos a poluentes, o que deixa o sistema respiratório mais sensível e vulnerável a alérgenos e/ou substâncias irritantes. Isso pode levar a crises de tosses e até dor de garganta.

“Para o bom funcionamento, o trato respiratório precisa estar hidratado”, informa. É que a umidade no sistema respiratório funciona como uma espécie de barreira natural contra vírus, bactérias e poluentes. Por isso, é preciso caprichar na ingestão de água e, se possível, contar com o apoio de um umidificador de ar. “Mas de forma adequada, porque o excesso também não é bom, já que aumenta a proliferação de bactérias e fungos. O aparelho tem que estar sempre limpo e não pode ficar direcionado para a pessoa”, aconselha. O médico lembra que colocar uma toalha molhada ou balde de água no ambiente é uma estratégia capaz de proporcionar algum alívio.

continua após a publicidade
Quando o ar está muito seco, vale lançar mão do umidificador de ar, mas de forma adequada. Afinal, em excesso ele pode contribuir para a proliferação de fungos e bactérias. Foto: Reuters

Bogossian ainda pede para evitarmos a prática de atividade física em ambientes externos, sobretudo por volta do meio-dia. O recado vale tanto para dias de baixa umidade e/ou temperatura elevada. “Se uma pessoa sem as roupas e o condicionamento adequados vai ser exercitar hoje, com 34 °C, por exemplo, pode enfrentar complicações, como desidratação e até quadros neurológicos”, alerta. “A prática sob calor intenso precisa ser muito bem orientada, e não só em ambientes externos”, completa.

Pelo menos a frente fria prevista para os próximos dias tende a ser acompanhada de chuva, o que é uma boa notícia, de acordo com o pneumologista. “É muito mais confortável respirar em um ambiente mais úmido”, comenta.

continua após a publicidade

Confira dicas do especialista para lidar com grandes variações térmicas:

  • Se você usa medicamentos para doenças respiratórias regularmente, não abandone o tratamento
  • Caso não use remédios, e notar sintomas respiratórios, busque orientação médica
  • Se já sabe que temperaturas baixas tendem a causar crises alérgicas, evite atividades físicas em ambiente externo
  • No tempo seco, recorra a estratégias para manter o trato respiratório hidratado, como uso correto de umidificador de ar e ingestão de água
  • Use roupas compatíveis com a temperatura
  • Mantenha a carteira de vacinação atualizada
  • Evite choques mais bruscos de temperatura ainda, como sair de um ambiente com ar-condicionado para se expor a um calor intenso

Depois de uma intensa onda de calor que atingiu boa parte do Brasil, a chegada uma frente fria pelo litoral paulista no fim de semana promete mudar o clima, provocando ainda chuvas mais generalizadas e intensas rajadas de vento, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura. A previsão é de que, em comparação à sexta-feira, dia 17, o domingo seja marcado por uma queda de mais de 13ºC, chegando a 22 ºC.

Diante dessas mudanças intensas, é muito comum ouvir as pessoas reclamarem que a imunidade fica comprometida. Mas, de acordo com o pneumologista Humberto Bogossian, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP), o contraste de temperatura precisaria ser muito mais intenso para abalar o sistema de defesa do organismo. Por exemplo: teríamos que vivenciar um calor de aproximadamente 40 °C e, na sequência, temperaturas mínimas, e sem as roupas adequadas. “Aí, sim, perderíamos a imunidade celular”, aponta.

Ainda assim, oscilação brusca na temperatura tem repercussões

Embora a imunidade não saia diretamente prejudicada, não significa que a gangorra de aproximadamente 20 °C seja inofensiva. Segundo o médico, quem mais sofre nessas circunstâncias são as pessoas que convivem com doenças respiratórias. “Essa variação pode ser um estímulo para ocorrerem broncoespasmos, que é quando os brônquios se contraem. Isso desencadeia crises em pacientes com asma e bronquite”, explica. Em indivíduos com rinite, a mudança térmica é capaz de ocasionar reflexos nas mucosas, causando acessos de espirro e obstrução nasal.

Fora isso, o contexto atual, marcado por calor intenso seguido de um frio considerável, favorece comportamentos que aumentam o risco de doenças entre a população em geral. Afinal, quando as temperaturas estão elevadas, a tendência é priorizarmos ambientes externos e usarmos roupas leves. No momento em que esfria bastante, naturalmente todo mundo fica mais enclausurado em ambientes com pouco fluxo de ar – situação perfeita para a circulação de vírus. “Isso contribui para a ocorrência de infecções respiratórias”, comenta Bogossian.

Tempo seco também exige atenção

Quando a umidade do ar está baixa, o pneumologista nota ainda que ficamos mais expostos a poluentes, o que deixa o sistema respiratório mais sensível e vulnerável a alérgenos e/ou substâncias irritantes. Isso pode levar a crises de tosses e até dor de garganta.

“Para o bom funcionamento, o trato respiratório precisa estar hidratado”, informa. É que a umidade no sistema respiratório funciona como uma espécie de barreira natural contra vírus, bactérias e poluentes. Por isso, é preciso caprichar na ingestão de água e, se possível, contar com o apoio de um umidificador de ar. “Mas de forma adequada, porque o excesso também não é bom, já que aumenta a proliferação de bactérias e fungos. O aparelho tem que estar sempre limpo e não pode ficar direcionado para a pessoa”, aconselha. O médico lembra que colocar uma toalha molhada ou balde de água no ambiente é uma estratégia capaz de proporcionar algum alívio.

Quando o ar está muito seco, vale lançar mão do umidificador de ar, mas de forma adequada. Afinal, em excesso ele pode contribuir para a proliferação de fungos e bactérias. Foto: Reuters

Bogossian ainda pede para evitarmos a prática de atividade física em ambientes externos, sobretudo por volta do meio-dia. O recado vale tanto para dias de baixa umidade e/ou temperatura elevada. “Se uma pessoa sem as roupas e o condicionamento adequados vai ser exercitar hoje, com 34 °C, por exemplo, pode enfrentar complicações, como desidratação e até quadros neurológicos”, alerta. “A prática sob calor intenso precisa ser muito bem orientada, e não só em ambientes externos”, completa.

Pelo menos a frente fria prevista para os próximos dias tende a ser acompanhada de chuva, o que é uma boa notícia, de acordo com o pneumologista. “É muito mais confortável respirar em um ambiente mais úmido”, comenta.

Confira dicas do especialista para lidar com grandes variações térmicas:

  • Se você usa medicamentos para doenças respiratórias regularmente, não abandone o tratamento
  • Caso não use remédios, e notar sintomas respiratórios, busque orientação médica
  • Se já sabe que temperaturas baixas tendem a causar crises alérgicas, evite atividades físicas em ambiente externo
  • No tempo seco, recorra a estratégias para manter o trato respiratório hidratado, como uso correto de umidificador de ar e ingestão de água
  • Use roupas compatíveis com a temperatura
  • Mantenha a carteira de vacinação atualizada
  • Evite choques mais bruscos de temperatura ainda, como sair de um ambiente com ar-condicionado para se expor a um calor intenso

Depois de uma intensa onda de calor que atingiu boa parte do Brasil, a chegada uma frente fria pelo litoral paulista no fim de semana promete mudar o clima, provocando ainda chuvas mais generalizadas e intensas rajadas de vento, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura. A previsão é de que, em comparação à sexta-feira, dia 17, o domingo seja marcado por uma queda de mais de 13ºC, chegando a 22 ºC.

Diante dessas mudanças intensas, é muito comum ouvir as pessoas reclamarem que a imunidade fica comprometida. Mas, de acordo com o pneumologista Humberto Bogossian, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP), o contraste de temperatura precisaria ser muito mais intenso para abalar o sistema de defesa do organismo. Por exemplo: teríamos que vivenciar um calor de aproximadamente 40 °C e, na sequência, temperaturas mínimas, e sem as roupas adequadas. “Aí, sim, perderíamos a imunidade celular”, aponta.

Ainda assim, oscilação brusca na temperatura tem repercussões

Embora a imunidade não saia diretamente prejudicada, não significa que a gangorra de aproximadamente 20 °C seja inofensiva. Segundo o médico, quem mais sofre nessas circunstâncias são as pessoas que convivem com doenças respiratórias. “Essa variação pode ser um estímulo para ocorrerem broncoespasmos, que é quando os brônquios se contraem. Isso desencadeia crises em pacientes com asma e bronquite”, explica. Em indivíduos com rinite, a mudança térmica é capaz de ocasionar reflexos nas mucosas, causando acessos de espirro e obstrução nasal.

Fora isso, o contexto atual, marcado por calor intenso seguido de um frio considerável, favorece comportamentos que aumentam o risco de doenças entre a população em geral. Afinal, quando as temperaturas estão elevadas, a tendência é priorizarmos ambientes externos e usarmos roupas leves. No momento em que esfria bastante, naturalmente todo mundo fica mais enclausurado em ambientes com pouco fluxo de ar – situação perfeita para a circulação de vírus. “Isso contribui para a ocorrência de infecções respiratórias”, comenta Bogossian.

Tempo seco também exige atenção

Quando a umidade do ar está baixa, o pneumologista nota ainda que ficamos mais expostos a poluentes, o que deixa o sistema respiratório mais sensível e vulnerável a alérgenos e/ou substâncias irritantes. Isso pode levar a crises de tosses e até dor de garganta.

“Para o bom funcionamento, o trato respiratório precisa estar hidratado”, informa. É que a umidade no sistema respiratório funciona como uma espécie de barreira natural contra vírus, bactérias e poluentes. Por isso, é preciso caprichar na ingestão de água e, se possível, contar com o apoio de um umidificador de ar. “Mas de forma adequada, porque o excesso também não é bom, já que aumenta a proliferação de bactérias e fungos. O aparelho tem que estar sempre limpo e não pode ficar direcionado para a pessoa”, aconselha. O médico lembra que colocar uma toalha molhada ou balde de água no ambiente é uma estratégia capaz de proporcionar algum alívio.

Quando o ar está muito seco, vale lançar mão do umidificador de ar, mas de forma adequada. Afinal, em excesso ele pode contribuir para a proliferação de fungos e bactérias. Foto: Reuters

Bogossian ainda pede para evitarmos a prática de atividade física em ambientes externos, sobretudo por volta do meio-dia. O recado vale tanto para dias de baixa umidade e/ou temperatura elevada. “Se uma pessoa sem as roupas e o condicionamento adequados vai ser exercitar hoje, com 34 °C, por exemplo, pode enfrentar complicações, como desidratação e até quadros neurológicos”, alerta. “A prática sob calor intenso precisa ser muito bem orientada, e não só em ambientes externos”, completa.

Pelo menos a frente fria prevista para os próximos dias tende a ser acompanhada de chuva, o que é uma boa notícia, de acordo com o pneumologista. “É muito mais confortável respirar em um ambiente mais úmido”, comenta.

Confira dicas do especialista para lidar com grandes variações térmicas:

  • Se você usa medicamentos para doenças respiratórias regularmente, não abandone o tratamento
  • Caso não use remédios, e notar sintomas respiratórios, busque orientação médica
  • Se já sabe que temperaturas baixas tendem a causar crises alérgicas, evite atividades físicas em ambiente externo
  • No tempo seco, recorra a estratégias para manter o trato respiratório hidratado, como uso correto de umidificador de ar e ingestão de água
  • Use roupas compatíveis com a temperatura
  • Mantenha a carteira de vacinação atualizada
  • Evite choques mais bruscos de temperatura ainda, como sair de um ambiente com ar-condicionado para se expor a um calor intenso

Depois de uma intensa onda de calor que atingiu boa parte do Brasil, a chegada uma frente fria pelo litoral paulista no fim de semana promete mudar o clima, provocando ainda chuvas mais generalizadas e intensas rajadas de vento, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura. A previsão é de que, em comparação à sexta-feira, dia 17, o domingo seja marcado por uma queda de mais de 13ºC, chegando a 22 ºC.

Diante dessas mudanças intensas, é muito comum ouvir as pessoas reclamarem que a imunidade fica comprometida. Mas, de acordo com o pneumologista Humberto Bogossian, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP), o contraste de temperatura precisaria ser muito mais intenso para abalar o sistema de defesa do organismo. Por exemplo: teríamos que vivenciar um calor de aproximadamente 40 °C e, na sequência, temperaturas mínimas, e sem as roupas adequadas. “Aí, sim, perderíamos a imunidade celular”, aponta.

Ainda assim, oscilação brusca na temperatura tem repercussões

Embora a imunidade não saia diretamente prejudicada, não significa que a gangorra de aproximadamente 20 °C seja inofensiva. Segundo o médico, quem mais sofre nessas circunstâncias são as pessoas que convivem com doenças respiratórias. “Essa variação pode ser um estímulo para ocorrerem broncoespasmos, que é quando os brônquios se contraem. Isso desencadeia crises em pacientes com asma e bronquite”, explica. Em indivíduos com rinite, a mudança térmica é capaz de ocasionar reflexos nas mucosas, causando acessos de espirro e obstrução nasal.

Fora isso, o contexto atual, marcado por calor intenso seguido de um frio considerável, favorece comportamentos que aumentam o risco de doenças entre a população em geral. Afinal, quando as temperaturas estão elevadas, a tendência é priorizarmos ambientes externos e usarmos roupas leves. No momento em que esfria bastante, naturalmente todo mundo fica mais enclausurado em ambientes com pouco fluxo de ar – situação perfeita para a circulação de vírus. “Isso contribui para a ocorrência de infecções respiratórias”, comenta Bogossian.

Tempo seco também exige atenção

Quando a umidade do ar está baixa, o pneumologista nota ainda que ficamos mais expostos a poluentes, o que deixa o sistema respiratório mais sensível e vulnerável a alérgenos e/ou substâncias irritantes. Isso pode levar a crises de tosses e até dor de garganta.

“Para o bom funcionamento, o trato respiratório precisa estar hidratado”, informa. É que a umidade no sistema respiratório funciona como uma espécie de barreira natural contra vírus, bactérias e poluentes. Por isso, é preciso caprichar na ingestão de água e, se possível, contar com o apoio de um umidificador de ar. “Mas de forma adequada, porque o excesso também não é bom, já que aumenta a proliferação de bactérias e fungos. O aparelho tem que estar sempre limpo e não pode ficar direcionado para a pessoa”, aconselha. O médico lembra que colocar uma toalha molhada ou balde de água no ambiente é uma estratégia capaz de proporcionar algum alívio.

Quando o ar está muito seco, vale lançar mão do umidificador de ar, mas de forma adequada. Afinal, em excesso ele pode contribuir para a proliferação de fungos e bactérias. Foto: Reuters

Bogossian ainda pede para evitarmos a prática de atividade física em ambientes externos, sobretudo por volta do meio-dia. O recado vale tanto para dias de baixa umidade e/ou temperatura elevada. “Se uma pessoa sem as roupas e o condicionamento adequados vai ser exercitar hoje, com 34 °C, por exemplo, pode enfrentar complicações, como desidratação e até quadros neurológicos”, alerta. “A prática sob calor intenso precisa ser muito bem orientada, e não só em ambientes externos”, completa.

Pelo menos a frente fria prevista para os próximos dias tende a ser acompanhada de chuva, o que é uma boa notícia, de acordo com o pneumologista. “É muito mais confortável respirar em um ambiente mais úmido”, comenta.

Confira dicas do especialista para lidar com grandes variações térmicas:

  • Se você usa medicamentos para doenças respiratórias regularmente, não abandone o tratamento
  • Caso não use remédios, e notar sintomas respiratórios, busque orientação médica
  • Se já sabe que temperaturas baixas tendem a causar crises alérgicas, evite atividades físicas em ambiente externo
  • No tempo seco, recorra a estratégias para manter o trato respiratório hidratado, como uso correto de umidificador de ar e ingestão de água
  • Use roupas compatíveis com a temperatura
  • Mantenha a carteira de vacinação atualizada
  • Evite choques mais bruscos de temperatura ainda, como sair de um ambiente com ar-condicionado para se expor a um calor intenso

Depois de uma intensa onda de calor que atingiu boa parte do Brasil, a chegada uma frente fria pelo litoral paulista no fim de semana promete mudar o clima, provocando ainda chuvas mais generalizadas e intensas rajadas de vento, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura. A previsão é de que, em comparação à sexta-feira, dia 17, o domingo seja marcado por uma queda de mais de 13ºC, chegando a 22 ºC.

Diante dessas mudanças intensas, é muito comum ouvir as pessoas reclamarem que a imunidade fica comprometida. Mas, de acordo com o pneumologista Humberto Bogossian, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP), o contraste de temperatura precisaria ser muito mais intenso para abalar o sistema de defesa do organismo. Por exemplo: teríamos que vivenciar um calor de aproximadamente 40 °C e, na sequência, temperaturas mínimas, e sem as roupas adequadas. “Aí, sim, perderíamos a imunidade celular”, aponta.

Ainda assim, oscilação brusca na temperatura tem repercussões

Embora a imunidade não saia diretamente prejudicada, não significa que a gangorra de aproximadamente 20 °C seja inofensiva. Segundo o médico, quem mais sofre nessas circunstâncias são as pessoas que convivem com doenças respiratórias. “Essa variação pode ser um estímulo para ocorrerem broncoespasmos, que é quando os brônquios se contraem. Isso desencadeia crises em pacientes com asma e bronquite”, explica. Em indivíduos com rinite, a mudança térmica é capaz de ocasionar reflexos nas mucosas, causando acessos de espirro e obstrução nasal.

Fora isso, o contexto atual, marcado por calor intenso seguido de um frio considerável, favorece comportamentos que aumentam o risco de doenças entre a população em geral. Afinal, quando as temperaturas estão elevadas, a tendência é priorizarmos ambientes externos e usarmos roupas leves. No momento em que esfria bastante, naturalmente todo mundo fica mais enclausurado em ambientes com pouco fluxo de ar – situação perfeita para a circulação de vírus. “Isso contribui para a ocorrência de infecções respiratórias”, comenta Bogossian.

Tempo seco também exige atenção

Quando a umidade do ar está baixa, o pneumologista nota ainda que ficamos mais expostos a poluentes, o que deixa o sistema respiratório mais sensível e vulnerável a alérgenos e/ou substâncias irritantes. Isso pode levar a crises de tosses e até dor de garganta.

“Para o bom funcionamento, o trato respiratório precisa estar hidratado”, informa. É que a umidade no sistema respiratório funciona como uma espécie de barreira natural contra vírus, bactérias e poluentes. Por isso, é preciso caprichar na ingestão de água e, se possível, contar com o apoio de um umidificador de ar. “Mas de forma adequada, porque o excesso também não é bom, já que aumenta a proliferação de bactérias e fungos. O aparelho tem que estar sempre limpo e não pode ficar direcionado para a pessoa”, aconselha. O médico lembra que colocar uma toalha molhada ou balde de água no ambiente é uma estratégia capaz de proporcionar algum alívio.

Quando o ar está muito seco, vale lançar mão do umidificador de ar, mas de forma adequada. Afinal, em excesso ele pode contribuir para a proliferação de fungos e bactérias. Foto: Reuters

Bogossian ainda pede para evitarmos a prática de atividade física em ambientes externos, sobretudo por volta do meio-dia. O recado vale tanto para dias de baixa umidade e/ou temperatura elevada. “Se uma pessoa sem as roupas e o condicionamento adequados vai ser exercitar hoje, com 34 °C, por exemplo, pode enfrentar complicações, como desidratação e até quadros neurológicos”, alerta. “A prática sob calor intenso precisa ser muito bem orientada, e não só em ambientes externos”, completa.

Pelo menos a frente fria prevista para os próximos dias tende a ser acompanhada de chuva, o que é uma boa notícia, de acordo com o pneumologista. “É muito mais confortável respirar em um ambiente mais úmido”, comenta.

Confira dicas do especialista para lidar com grandes variações térmicas:

  • Se você usa medicamentos para doenças respiratórias regularmente, não abandone o tratamento
  • Caso não use remédios, e notar sintomas respiratórios, busque orientação médica
  • Se já sabe que temperaturas baixas tendem a causar crises alérgicas, evite atividades físicas em ambiente externo
  • No tempo seco, recorra a estratégias para manter o trato respiratório hidratado, como uso correto de umidificador de ar e ingestão de água
  • Use roupas compatíveis com a temperatura
  • Mantenha a carteira de vacinação atualizada
  • Evite choques mais bruscos de temperatura ainda, como sair de um ambiente com ar-condicionado para se expor a um calor intenso

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.