Câncer de pênis: estudo brasileiro indica tratamento inovador para quadro avançado


Apresentado no maior congresso de oncologia do mundo, trabalho investigou o efeito da associação de imunoterapia e quimioterapia na redução do tumor; atualmente, muitos pacientes precisam amputar o órgão

Por Bárbara Giovani

Um estudo brasileiro apontou a combinação de imunoterapia e quimioterapia como uma nova possibilidade de tratamento para o câncer de pênis avançado. Segundo a pesquisa, pioneira na área, o método se mostrou eficaz e seguro, garantindo a redução do tumor em 75% dos pacientes, dos quais 39,4% deles apresentaram diminuição significativa.

O ensaio clínico foi conduzido pelo oncologista Fernando Maluf e apresentado no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO 2024), o maior congresso de oncologia do mundo, que aconteceu em Chicago entre os dias 31 de maio e 4 de junho. Agora, o estudo deve ser submetido à publicação.

Em pesquisa brasileira, combinação de imunoterapia e quimioterapia teve resultado surpreendente no tratamento de câncer de pênis avançado. Foto: Witoon/Adobe Stock
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“Esse estudo tem a capacidade de representar um novo tratamento padrão para o mundo inteiro em pacientes com câncer de pênis avançado”, afirma Maluf. Segundo o oncologista, o tratamento pode representar uma alternativa para redução dos casos de amputação peniana, medida que foi empregada no tratamento de três em cada 10 pacientes com câncer de pênis nos últimos dez anos.

Embora nem sempre seja necessário, o procedimento é indicado justamente em estágios mais avançados da doença. “Eventualmente, caso tivesse uma resposta importantíssima [com o tratamento], sim, [o paciente] poderia ser tratado com uma cirurgia mais conservadora”, explica.

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Entenda o estudo

O ensaio clínico foi realizado pelo Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG) em parceria com oncologistas brasileiros e teve início em 2020. No total, participaram 33 pacientes com câncer de pênis em estágio avançado. Eles receberam seis aplicações de imunoterapia associadas à quimioterapia e, depois, passaram por mais 28 sessões apenas de imunoterapia.

Em geral, esse tipo de tratamento utiliza medicamentos para ativar o próprio sistema imunológico do paciente, a fim de que combata o câncer. Durante todo o estudo, os participantes foram acompanhados por meio de exames de imagem a cada seis semanas.

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Ao final do ensaio clínico, 75% dos pacientes tiveram algum grau de redução do volume tumoral, sendo que 39,4% deles apresentaram diminuição significativa. Segundo Maluf, os resultados superaram as expectativas iniciais.

Além disso, os pesquisadores também identificaram dois marcadores nas amostras tumorais, o P16 e o TMB, ambos que sugerem melhor resposta ao tratamento. Cerca 55,6% dos pacientes com P16 positivo apresentaram redução do volume do tumor, enquanto o mesmo aconteceu com 75% daqueles que tinham o TMB alto.

Maluf também aponta que a toxicidade do tratamento foi bem aceita e que houve melhora na qualidade de vida dos pacientes durante a pesquisa. “O próximo passo seria um estudo de maior porte, comparando a combinação de imunoterapia e quimioterapia versus a quimioterapia sozinha”, conta o oncologista.

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O câncer de pênis

Entre 2012 e 2022, o Brasil registrou mais de 21 mil diagnósticos de câncer de pênis, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). O primeiro sinal da doença é o aparecimento de uma ferida que não cicatriza, que pode vir acompanhada de secreção com forte odor, presença de nódulos na virilha e mudança na textura e coloração da pele da glande. Com o tempo, a ferida evolui para uma úlcera ou lesão grave.

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Uma das principais causas é a falta de higienização adequada do órgão, que permite a proliferação de fungos e bactérias. Outro fator que pode desencadear o câncer de pênis é a infecção pelo vírus HPV (o papilomavírus humano), que é sexualmente transmissível e afeta cerca de 9 milhões de pessoas no Brasil.

Dessa forma, cuidados de higiene, uso de preservativos durante as relações sexuais e a vacinação contra o HPV são medidas simples que podem evitar o câncer de pênis.

A prática de limpeza deve ser realizada diariamente e após relações sexuais, com água e sabão neutro, puxando o prepúcio totalmente para trás. Para a população de 9 a 14 anos e imunossuprimidos até os 45 anos, o SUS oferece a vacina contra o HPV gratuitamente.

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Além disso, o diagnóstico da doença ainda em estágio inicial aumenta a chance de cura do paciente, diminuindo também a agressividade do tratamento. Por isso, o autoexame é incentivado pelo Ministério da Saúde, que estimula a busca por atendimento em casos de alteração no pênis.

Um estudo brasileiro apontou a combinação de imunoterapia e quimioterapia como uma nova possibilidade de tratamento para o câncer de pênis avançado. Segundo a pesquisa, pioneira na área, o método se mostrou eficaz e seguro, garantindo a redução do tumor em 75% dos pacientes, dos quais 39,4% deles apresentaram diminuição significativa.

O ensaio clínico foi conduzido pelo oncologista Fernando Maluf e apresentado no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO 2024), o maior congresso de oncologia do mundo, que aconteceu em Chicago entre os dias 31 de maio e 4 de junho. Agora, o estudo deve ser submetido à publicação.

Em pesquisa brasileira, combinação de imunoterapia e quimioterapia teve resultado surpreendente no tratamento de câncer de pênis avançado. Foto: Witoon/Adobe Stock

“Esse estudo tem a capacidade de representar um novo tratamento padrão para o mundo inteiro em pacientes com câncer de pênis avançado”, afirma Maluf. Segundo o oncologista, o tratamento pode representar uma alternativa para redução dos casos de amputação peniana, medida que foi empregada no tratamento de três em cada 10 pacientes com câncer de pênis nos últimos dez anos.

Embora nem sempre seja necessário, o procedimento é indicado justamente em estágios mais avançados da doença. “Eventualmente, caso tivesse uma resposta importantíssima [com o tratamento], sim, [o paciente] poderia ser tratado com uma cirurgia mais conservadora”, explica.

Entenda o estudo

O ensaio clínico foi realizado pelo Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG) em parceria com oncologistas brasileiros e teve início em 2020. No total, participaram 33 pacientes com câncer de pênis em estágio avançado. Eles receberam seis aplicações de imunoterapia associadas à quimioterapia e, depois, passaram por mais 28 sessões apenas de imunoterapia.

Em geral, esse tipo de tratamento utiliza medicamentos para ativar o próprio sistema imunológico do paciente, a fim de que combata o câncer. Durante todo o estudo, os participantes foram acompanhados por meio de exames de imagem a cada seis semanas.

Ao final do ensaio clínico, 75% dos pacientes tiveram algum grau de redução do volume tumoral, sendo que 39,4% deles apresentaram diminuição significativa. Segundo Maluf, os resultados superaram as expectativas iniciais.

Além disso, os pesquisadores também identificaram dois marcadores nas amostras tumorais, o P16 e o TMB, ambos que sugerem melhor resposta ao tratamento. Cerca 55,6% dos pacientes com P16 positivo apresentaram redução do volume do tumor, enquanto o mesmo aconteceu com 75% daqueles que tinham o TMB alto.

Maluf também aponta que a toxicidade do tratamento foi bem aceita e que houve melhora na qualidade de vida dos pacientes durante a pesquisa. “O próximo passo seria um estudo de maior porte, comparando a combinação de imunoterapia e quimioterapia versus a quimioterapia sozinha”, conta o oncologista.

O câncer de pênis

Entre 2012 e 2022, o Brasil registrou mais de 21 mil diagnósticos de câncer de pênis, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). O primeiro sinal da doença é o aparecimento de uma ferida que não cicatriza, que pode vir acompanhada de secreção com forte odor, presença de nódulos na virilha e mudança na textura e coloração da pele da glande. Com o tempo, a ferida evolui para uma úlcera ou lesão grave.

Uma das principais causas é a falta de higienização adequada do órgão, que permite a proliferação de fungos e bactérias. Outro fator que pode desencadear o câncer de pênis é a infecção pelo vírus HPV (o papilomavírus humano), que é sexualmente transmissível e afeta cerca de 9 milhões de pessoas no Brasil.

Dessa forma, cuidados de higiene, uso de preservativos durante as relações sexuais e a vacinação contra o HPV são medidas simples que podem evitar o câncer de pênis.

A prática de limpeza deve ser realizada diariamente e após relações sexuais, com água e sabão neutro, puxando o prepúcio totalmente para trás. Para a população de 9 a 14 anos e imunossuprimidos até os 45 anos, o SUS oferece a vacina contra o HPV gratuitamente.

Além disso, o diagnóstico da doença ainda em estágio inicial aumenta a chance de cura do paciente, diminuindo também a agressividade do tratamento. Por isso, o autoexame é incentivado pelo Ministério da Saúde, que estimula a busca por atendimento em casos de alteração no pênis.

Um estudo brasileiro apontou a combinação de imunoterapia e quimioterapia como uma nova possibilidade de tratamento para o câncer de pênis avançado. Segundo a pesquisa, pioneira na área, o método se mostrou eficaz e seguro, garantindo a redução do tumor em 75% dos pacientes, dos quais 39,4% deles apresentaram diminuição significativa.

O ensaio clínico foi conduzido pelo oncologista Fernando Maluf e apresentado no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO 2024), o maior congresso de oncologia do mundo, que aconteceu em Chicago entre os dias 31 de maio e 4 de junho. Agora, o estudo deve ser submetido à publicação.

Em pesquisa brasileira, combinação de imunoterapia e quimioterapia teve resultado surpreendente no tratamento de câncer de pênis avançado. Foto: Witoon/Adobe Stock

“Esse estudo tem a capacidade de representar um novo tratamento padrão para o mundo inteiro em pacientes com câncer de pênis avançado”, afirma Maluf. Segundo o oncologista, o tratamento pode representar uma alternativa para redução dos casos de amputação peniana, medida que foi empregada no tratamento de três em cada 10 pacientes com câncer de pênis nos últimos dez anos.

Embora nem sempre seja necessário, o procedimento é indicado justamente em estágios mais avançados da doença. “Eventualmente, caso tivesse uma resposta importantíssima [com o tratamento], sim, [o paciente] poderia ser tratado com uma cirurgia mais conservadora”, explica.

Entenda o estudo

O ensaio clínico foi realizado pelo Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG) em parceria com oncologistas brasileiros e teve início em 2020. No total, participaram 33 pacientes com câncer de pênis em estágio avançado. Eles receberam seis aplicações de imunoterapia associadas à quimioterapia e, depois, passaram por mais 28 sessões apenas de imunoterapia.

Em geral, esse tipo de tratamento utiliza medicamentos para ativar o próprio sistema imunológico do paciente, a fim de que combata o câncer. Durante todo o estudo, os participantes foram acompanhados por meio de exames de imagem a cada seis semanas.

Ao final do ensaio clínico, 75% dos pacientes tiveram algum grau de redução do volume tumoral, sendo que 39,4% deles apresentaram diminuição significativa. Segundo Maluf, os resultados superaram as expectativas iniciais.

Além disso, os pesquisadores também identificaram dois marcadores nas amostras tumorais, o P16 e o TMB, ambos que sugerem melhor resposta ao tratamento. Cerca 55,6% dos pacientes com P16 positivo apresentaram redução do volume do tumor, enquanto o mesmo aconteceu com 75% daqueles que tinham o TMB alto.

Maluf também aponta que a toxicidade do tratamento foi bem aceita e que houve melhora na qualidade de vida dos pacientes durante a pesquisa. “O próximo passo seria um estudo de maior porte, comparando a combinação de imunoterapia e quimioterapia versus a quimioterapia sozinha”, conta o oncologista.

O câncer de pênis

Entre 2012 e 2022, o Brasil registrou mais de 21 mil diagnósticos de câncer de pênis, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). O primeiro sinal da doença é o aparecimento de uma ferida que não cicatriza, que pode vir acompanhada de secreção com forte odor, presença de nódulos na virilha e mudança na textura e coloração da pele da glande. Com o tempo, a ferida evolui para uma úlcera ou lesão grave.

Uma das principais causas é a falta de higienização adequada do órgão, que permite a proliferação de fungos e bactérias. Outro fator que pode desencadear o câncer de pênis é a infecção pelo vírus HPV (o papilomavírus humano), que é sexualmente transmissível e afeta cerca de 9 milhões de pessoas no Brasil.

Dessa forma, cuidados de higiene, uso de preservativos durante as relações sexuais e a vacinação contra o HPV são medidas simples que podem evitar o câncer de pênis.

A prática de limpeza deve ser realizada diariamente e após relações sexuais, com água e sabão neutro, puxando o prepúcio totalmente para trás. Para a população de 9 a 14 anos e imunossuprimidos até os 45 anos, o SUS oferece a vacina contra o HPV gratuitamente.

Além disso, o diagnóstico da doença ainda em estágio inicial aumenta a chance de cura do paciente, diminuindo também a agressividade do tratamento. Por isso, o autoexame é incentivado pelo Ministério da Saúde, que estimula a busca por atendimento em casos de alteração no pênis.

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