Câncer renal: sintomas costumam passar despercebidos, atrasando o diagnóstico; saiba quais são


Esse tumor muitas vezes é descoberto de forma acidental, em exames de rotina. Entenda os fatores de risco e como detectar a doença o mais cedo possível

Por Ana Lourenço

Quando detectado precocemente, o câncer de rim é uma doença com altas chances de cura – os especialistas falam que a probabilidade de recuperação chega a 95%. No entanto, como os sintomas são pouco claros, isso quando eles se manifestam, um terço dos pacientes só descobre o tumor quando ele está em estágio avançado. “A maioria dos casos é diagnosticada de maneira acidental, por meio de exames de rotina que utilizam imagens”, conta o cirurgião urológico do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Alexander Dias.

Os principais sintomas, quando eles aparecem, são: dor lombar, perda de peso, febre, tosse persistente, inchaço nos tornozelos e pernas, cansaço constante e sangue na urina.

“Tratar um câncer renal descoberto tardiamente é muito mais complexo e custoso, além de as chances de cura serem menores”, informou o oncologista clínico e líder nacional de tumores gênito-urinários do grupo Oncoclínicas, Denis Jardim, durante o evento “Câncer Renal – Atenção aos sinais”, promovido pela farmacêutica Ipsen.

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Como se não bastasse, os fatores de risco mais importantes por trás do câncer de rim afetam parcela considerável da população: obesidade, hipertensão e tabagismo. Dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 6,7 milhões de brasileiros estão obesos. A hipertensão, por sua vez, atinge quase 27% da população. Já o hábito de fumar é presente na vida de aproximadamente 10% dos adultos do País. Vale ressaltar ainda que o tumor renal costuma ser mais frequente entre homens, e a partir dos 40 anos de idade. Sem falar nos aspectos genéticos e hereditários.

Segundo o Inca, anualmente, no Brasil, são diagnosticados 12 mil casos desse tipo de câncer. No mundo, ele está entre os 13 mais comuns. Embora não seja tão prevalente, é considerado o tumor urológico mais letal. “A gente não tem uma diretriz mundial de rastreamento do câncer de rim, como acontece com o câncer de mama. Então, para mudar essa realidade no Brasil, é preciso reduzir o tempo de espera entre o diagnóstico e o início do tratamento”, enfatiza Dias.

É válido destacar ainda que não há testes específicos para detectar esse tipo de tumor. Então, muitos diagnósticos dependem da experiência dos médicos e da realização de exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética.

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Tratamento é personalizado

Jardim explica que o câncer renal é “uma das doenças com maior heterogeneidade na oncologia”. Na prática, significa que o médico encontra desde tumores de progressão lenta a tumores extremamente agressivos. “Por isso é importante individualizar o cuidado”, esclarece.

Muitas vezes, desconfia-se de câncer renal durante exames de imagem de rotina, como um ultrassom. Foto: stefamerpik/Freepik
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Mas há desafios para implementar a medicina personalizada no Brasil. “A maioria das informações vem de populações europeias ou americanas, que são, em geral, caucasianas, diferentemente da realidade étnica brasileira”, aponta Dias. “Por isso, a pesquisa genética no Brasil é o caminho para desenvolver a medicina personalizada aqui”, acrescenta.

O tratamento pode envolver cirurgia (a extensão vai depender dos prejuízos causados ao órgão), radioterapia e imunoterapia. “Para quem tem chance de realizar o tratamento imunoterápico, vemos ganhos não só de tempo de vida, mas também de qualidade de vida”, diz Jardim.

A imunoterapia estimula o próprio sistema imunológico do paciente a reconhecer e combater o câncer. Ocorre que o alto custo desse tipo de terapia dificulta o acesso para grande parte da população. Aumentar a disponibilidade do tratamento para pacientes com doença avançada e metastática (quando o câncer se espalhou para outros órgãos) poderia mudar o cenário de mortes relacionadas à doença.

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Cuidados integrais

A qualidade de vida leva em conta aspectos que vão além da saúde física, como as condições sociais e psicológicas do indivíduo. Por isso, não dá para descuidar, por exemplo, das questões emocionais – sobretudo quando se trata do câncer, doença que envolve uma série de tabus.

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“Fizemos um mapeamento e a maioria dos pacientes sente medo, pânico e angústia ao receberem o diagnóstico. Essa é a primeira sensação. É bem difícil, tendo esses sentimentos dominantes, conseguir questionar o médico sobre a jornada de cuidados”, pondera Catherine Moura, médica sanitarista e líder do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer.

A partir do momento em que o paciente chega com informação, é possível criar uma relação mais sincera com o médico, e fazer perguntas precisas. “A gente só tem uma decisão compartilhada quando o outro lado também tem a informação”, resume Jardim.

Em termos de prevenção, a recomendação é seguir uma rotina de exames regulares, com pelo menos uma visita anual ao médico, além de hábitos saudáveis – o que inclui dieta equilibrada e prática de atividade física. “É importante ainda manter um peso saudável, não fumar e evitar abusos de remédios”, acrescenta Dias.

Quando detectado precocemente, o câncer de rim é uma doença com altas chances de cura – os especialistas falam que a probabilidade de recuperação chega a 95%. No entanto, como os sintomas são pouco claros, isso quando eles se manifestam, um terço dos pacientes só descobre o tumor quando ele está em estágio avançado. “A maioria dos casos é diagnosticada de maneira acidental, por meio de exames de rotina que utilizam imagens”, conta o cirurgião urológico do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Alexander Dias.

Os principais sintomas, quando eles aparecem, são: dor lombar, perda de peso, febre, tosse persistente, inchaço nos tornozelos e pernas, cansaço constante e sangue na urina.

“Tratar um câncer renal descoberto tardiamente é muito mais complexo e custoso, além de as chances de cura serem menores”, informou o oncologista clínico e líder nacional de tumores gênito-urinários do grupo Oncoclínicas, Denis Jardim, durante o evento “Câncer Renal – Atenção aos sinais”, promovido pela farmacêutica Ipsen.

Como se não bastasse, os fatores de risco mais importantes por trás do câncer de rim afetam parcela considerável da população: obesidade, hipertensão e tabagismo. Dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 6,7 milhões de brasileiros estão obesos. A hipertensão, por sua vez, atinge quase 27% da população. Já o hábito de fumar é presente na vida de aproximadamente 10% dos adultos do País. Vale ressaltar ainda que o tumor renal costuma ser mais frequente entre homens, e a partir dos 40 anos de idade. Sem falar nos aspectos genéticos e hereditários.

Segundo o Inca, anualmente, no Brasil, são diagnosticados 12 mil casos desse tipo de câncer. No mundo, ele está entre os 13 mais comuns. Embora não seja tão prevalente, é considerado o tumor urológico mais letal. “A gente não tem uma diretriz mundial de rastreamento do câncer de rim, como acontece com o câncer de mama. Então, para mudar essa realidade no Brasil, é preciso reduzir o tempo de espera entre o diagnóstico e o início do tratamento”, enfatiza Dias.

É válido destacar ainda que não há testes específicos para detectar esse tipo de tumor. Então, muitos diagnósticos dependem da experiência dos médicos e da realização de exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética.

Tratamento é personalizado

Jardim explica que o câncer renal é “uma das doenças com maior heterogeneidade na oncologia”. Na prática, significa que o médico encontra desde tumores de progressão lenta a tumores extremamente agressivos. “Por isso é importante individualizar o cuidado”, esclarece.

Muitas vezes, desconfia-se de câncer renal durante exames de imagem de rotina, como um ultrassom. Foto: stefamerpik/Freepik

Mas há desafios para implementar a medicina personalizada no Brasil. “A maioria das informações vem de populações europeias ou americanas, que são, em geral, caucasianas, diferentemente da realidade étnica brasileira”, aponta Dias. “Por isso, a pesquisa genética no Brasil é o caminho para desenvolver a medicina personalizada aqui”, acrescenta.

O tratamento pode envolver cirurgia (a extensão vai depender dos prejuízos causados ao órgão), radioterapia e imunoterapia. “Para quem tem chance de realizar o tratamento imunoterápico, vemos ganhos não só de tempo de vida, mas também de qualidade de vida”, diz Jardim.

A imunoterapia estimula o próprio sistema imunológico do paciente a reconhecer e combater o câncer. Ocorre que o alto custo desse tipo de terapia dificulta o acesso para grande parte da população. Aumentar a disponibilidade do tratamento para pacientes com doença avançada e metastática (quando o câncer se espalhou para outros órgãos) poderia mudar o cenário de mortes relacionadas à doença.

Cuidados integrais

A qualidade de vida leva em conta aspectos que vão além da saúde física, como as condições sociais e psicológicas do indivíduo. Por isso, não dá para descuidar, por exemplo, das questões emocionais – sobretudo quando se trata do câncer, doença que envolve uma série de tabus.

“Fizemos um mapeamento e a maioria dos pacientes sente medo, pânico e angústia ao receberem o diagnóstico. Essa é a primeira sensação. É bem difícil, tendo esses sentimentos dominantes, conseguir questionar o médico sobre a jornada de cuidados”, pondera Catherine Moura, médica sanitarista e líder do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer.

A partir do momento em que o paciente chega com informação, é possível criar uma relação mais sincera com o médico, e fazer perguntas precisas. “A gente só tem uma decisão compartilhada quando o outro lado também tem a informação”, resume Jardim.

Em termos de prevenção, a recomendação é seguir uma rotina de exames regulares, com pelo menos uma visita anual ao médico, além de hábitos saudáveis – o que inclui dieta equilibrada e prática de atividade física. “É importante ainda manter um peso saudável, não fumar e evitar abusos de remédios”, acrescenta Dias.

Quando detectado precocemente, o câncer de rim é uma doença com altas chances de cura – os especialistas falam que a probabilidade de recuperação chega a 95%. No entanto, como os sintomas são pouco claros, isso quando eles se manifestam, um terço dos pacientes só descobre o tumor quando ele está em estágio avançado. “A maioria dos casos é diagnosticada de maneira acidental, por meio de exames de rotina que utilizam imagens”, conta o cirurgião urológico do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Alexander Dias.

Os principais sintomas, quando eles aparecem, são: dor lombar, perda de peso, febre, tosse persistente, inchaço nos tornozelos e pernas, cansaço constante e sangue na urina.

“Tratar um câncer renal descoberto tardiamente é muito mais complexo e custoso, além de as chances de cura serem menores”, informou o oncologista clínico e líder nacional de tumores gênito-urinários do grupo Oncoclínicas, Denis Jardim, durante o evento “Câncer Renal – Atenção aos sinais”, promovido pela farmacêutica Ipsen.

Como se não bastasse, os fatores de risco mais importantes por trás do câncer de rim afetam parcela considerável da população: obesidade, hipertensão e tabagismo. Dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 6,7 milhões de brasileiros estão obesos. A hipertensão, por sua vez, atinge quase 27% da população. Já o hábito de fumar é presente na vida de aproximadamente 10% dos adultos do País. Vale ressaltar ainda que o tumor renal costuma ser mais frequente entre homens, e a partir dos 40 anos de idade. Sem falar nos aspectos genéticos e hereditários.

Segundo o Inca, anualmente, no Brasil, são diagnosticados 12 mil casos desse tipo de câncer. No mundo, ele está entre os 13 mais comuns. Embora não seja tão prevalente, é considerado o tumor urológico mais letal. “A gente não tem uma diretriz mundial de rastreamento do câncer de rim, como acontece com o câncer de mama. Então, para mudar essa realidade no Brasil, é preciso reduzir o tempo de espera entre o diagnóstico e o início do tratamento”, enfatiza Dias.

É válido destacar ainda que não há testes específicos para detectar esse tipo de tumor. Então, muitos diagnósticos dependem da experiência dos médicos e da realização de exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética.

Tratamento é personalizado

Jardim explica que o câncer renal é “uma das doenças com maior heterogeneidade na oncologia”. Na prática, significa que o médico encontra desde tumores de progressão lenta a tumores extremamente agressivos. “Por isso é importante individualizar o cuidado”, esclarece.

Muitas vezes, desconfia-se de câncer renal durante exames de imagem de rotina, como um ultrassom. Foto: stefamerpik/Freepik

Mas há desafios para implementar a medicina personalizada no Brasil. “A maioria das informações vem de populações europeias ou americanas, que são, em geral, caucasianas, diferentemente da realidade étnica brasileira”, aponta Dias. “Por isso, a pesquisa genética no Brasil é o caminho para desenvolver a medicina personalizada aqui”, acrescenta.

O tratamento pode envolver cirurgia (a extensão vai depender dos prejuízos causados ao órgão), radioterapia e imunoterapia. “Para quem tem chance de realizar o tratamento imunoterápico, vemos ganhos não só de tempo de vida, mas também de qualidade de vida”, diz Jardim.

A imunoterapia estimula o próprio sistema imunológico do paciente a reconhecer e combater o câncer. Ocorre que o alto custo desse tipo de terapia dificulta o acesso para grande parte da população. Aumentar a disponibilidade do tratamento para pacientes com doença avançada e metastática (quando o câncer se espalhou para outros órgãos) poderia mudar o cenário de mortes relacionadas à doença.

Cuidados integrais

A qualidade de vida leva em conta aspectos que vão além da saúde física, como as condições sociais e psicológicas do indivíduo. Por isso, não dá para descuidar, por exemplo, das questões emocionais – sobretudo quando se trata do câncer, doença que envolve uma série de tabus.

“Fizemos um mapeamento e a maioria dos pacientes sente medo, pânico e angústia ao receberem o diagnóstico. Essa é a primeira sensação. É bem difícil, tendo esses sentimentos dominantes, conseguir questionar o médico sobre a jornada de cuidados”, pondera Catherine Moura, médica sanitarista e líder do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer.

A partir do momento em que o paciente chega com informação, é possível criar uma relação mais sincera com o médico, e fazer perguntas precisas. “A gente só tem uma decisão compartilhada quando o outro lado também tem a informação”, resume Jardim.

Em termos de prevenção, a recomendação é seguir uma rotina de exames regulares, com pelo menos uma visita anual ao médico, além de hábitos saudáveis – o que inclui dieta equilibrada e prática de atividade física. “É importante ainda manter um peso saudável, não fumar e evitar abusos de remédios”, acrescenta Dias.

Quando detectado precocemente, o câncer de rim é uma doença com altas chances de cura – os especialistas falam que a probabilidade de recuperação chega a 95%. No entanto, como os sintomas são pouco claros, isso quando eles se manifestam, um terço dos pacientes só descobre o tumor quando ele está em estágio avançado. “A maioria dos casos é diagnosticada de maneira acidental, por meio de exames de rotina que utilizam imagens”, conta o cirurgião urológico do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Alexander Dias.

Os principais sintomas, quando eles aparecem, são: dor lombar, perda de peso, febre, tosse persistente, inchaço nos tornozelos e pernas, cansaço constante e sangue na urina.

“Tratar um câncer renal descoberto tardiamente é muito mais complexo e custoso, além de as chances de cura serem menores”, informou o oncologista clínico e líder nacional de tumores gênito-urinários do grupo Oncoclínicas, Denis Jardim, durante o evento “Câncer Renal – Atenção aos sinais”, promovido pela farmacêutica Ipsen.

Como se não bastasse, os fatores de risco mais importantes por trás do câncer de rim afetam parcela considerável da população: obesidade, hipertensão e tabagismo. Dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 6,7 milhões de brasileiros estão obesos. A hipertensão, por sua vez, atinge quase 27% da população. Já o hábito de fumar é presente na vida de aproximadamente 10% dos adultos do País. Vale ressaltar ainda que o tumor renal costuma ser mais frequente entre homens, e a partir dos 40 anos de idade. Sem falar nos aspectos genéticos e hereditários.

Segundo o Inca, anualmente, no Brasil, são diagnosticados 12 mil casos desse tipo de câncer. No mundo, ele está entre os 13 mais comuns. Embora não seja tão prevalente, é considerado o tumor urológico mais letal. “A gente não tem uma diretriz mundial de rastreamento do câncer de rim, como acontece com o câncer de mama. Então, para mudar essa realidade no Brasil, é preciso reduzir o tempo de espera entre o diagnóstico e o início do tratamento”, enfatiza Dias.

É válido destacar ainda que não há testes específicos para detectar esse tipo de tumor. Então, muitos diagnósticos dependem da experiência dos médicos e da realização de exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética.

Tratamento é personalizado

Jardim explica que o câncer renal é “uma das doenças com maior heterogeneidade na oncologia”. Na prática, significa que o médico encontra desde tumores de progressão lenta a tumores extremamente agressivos. “Por isso é importante individualizar o cuidado”, esclarece.

Muitas vezes, desconfia-se de câncer renal durante exames de imagem de rotina, como um ultrassom. Foto: stefamerpik/Freepik

Mas há desafios para implementar a medicina personalizada no Brasil. “A maioria das informações vem de populações europeias ou americanas, que são, em geral, caucasianas, diferentemente da realidade étnica brasileira”, aponta Dias. “Por isso, a pesquisa genética no Brasil é o caminho para desenvolver a medicina personalizada aqui”, acrescenta.

O tratamento pode envolver cirurgia (a extensão vai depender dos prejuízos causados ao órgão), radioterapia e imunoterapia. “Para quem tem chance de realizar o tratamento imunoterápico, vemos ganhos não só de tempo de vida, mas também de qualidade de vida”, diz Jardim.

A imunoterapia estimula o próprio sistema imunológico do paciente a reconhecer e combater o câncer. Ocorre que o alto custo desse tipo de terapia dificulta o acesso para grande parte da população. Aumentar a disponibilidade do tratamento para pacientes com doença avançada e metastática (quando o câncer se espalhou para outros órgãos) poderia mudar o cenário de mortes relacionadas à doença.

Cuidados integrais

A qualidade de vida leva em conta aspectos que vão além da saúde física, como as condições sociais e psicológicas do indivíduo. Por isso, não dá para descuidar, por exemplo, das questões emocionais – sobretudo quando se trata do câncer, doença que envolve uma série de tabus.

“Fizemos um mapeamento e a maioria dos pacientes sente medo, pânico e angústia ao receberem o diagnóstico. Essa é a primeira sensação. É bem difícil, tendo esses sentimentos dominantes, conseguir questionar o médico sobre a jornada de cuidados”, pondera Catherine Moura, médica sanitarista e líder do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer.

A partir do momento em que o paciente chega com informação, é possível criar uma relação mais sincera com o médico, e fazer perguntas precisas. “A gente só tem uma decisão compartilhada quando o outro lado também tem a informação”, resume Jardim.

Em termos de prevenção, a recomendação é seguir uma rotina de exames regulares, com pelo menos uma visita anual ao médico, além de hábitos saudáveis – o que inclui dieta equilibrada e prática de atividade física. “É importante ainda manter um peso saudável, não fumar e evitar abusos de remédios”, acrescenta Dias.

Quando detectado precocemente, o câncer de rim é uma doença com altas chances de cura – os especialistas falam que a probabilidade de recuperação chega a 95%. No entanto, como os sintomas são pouco claros, isso quando eles se manifestam, um terço dos pacientes só descobre o tumor quando ele está em estágio avançado. “A maioria dos casos é diagnosticada de maneira acidental, por meio de exames de rotina que utilizam imagens”, conta o cirurgião urológico do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Alexander Dias.

Os principais sintomas, quando eles aparecem, são: dor lombar, perda de peso, febre, tosse persistente, inchaço nos tornozelos e pernas, cansaço constante e sangue na urina.

“Tratar um câncer renal descoberto tardiamente é muito mais complexo e custoso, além de as chances de cura serem menores”, informou o oncologista clínico e líder nacional de tumores gênito-urinários do grupo Oncoclínicas, Denis Jardim, durante o evento “Câncer Renal – Atenção aos sinais”, promovido pela farmacêutica Ipsen.

Como se não bastasse, os fatores de risco mais importantes por trás do câncer de rim afetam parcela considerável da população: obesidade, hipertensão e tabagismo. Dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 6,7 milhões de brasileiros estão obesos. A hipertensão, por sua vez, atinge quase 27% da população. Já o hábito de fumar é presente na vida de aproximadamente 10% dos adultos do País. Vale ressaltar ainda que o tumor renal costuma ser mais frequente entre homens, e a partir dos 40 anos de idade. Sem falar nos aspectos genéticos e hereditários.

Segundo o Inca, anualmente, no Brasil, são diagnosticados 12 mil casos desse tipo de câncer. No mundo, ele está entre os 13 mais comuns. Embora não seja tão prevalente, é considerado o tumor urológico mais letal. “A gente não tem uma diretriz mundial de rastreamento do câncer de rim, como acontece com o câncer de mama. Então, para mudar essa realidade no Brasil, é preciso reduzir o tempo de espera entre o diagnóstico e o início do tratamento”, enfatiza Dias.

É válido destacar ainda que não há testes específicos para detectar esse tipo de tumor. Então, muitos diagnósticos dependem da experiência dos médicos e da realização de exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética.

Tratamento é personalizado

Jardim explica que o câncer renal é “uma das doenças com maior heterogeneidade na oncologia”. Na prática, significa que o médico encontra desde tumores de progressão lenta a tumores extremamente agressivos. “Por isso é importante individualizar o cuidado”, esclarece.

Muitas vezes, desconfia-se de câncer renal durante exames de imagem de rotina, como um ultrassom. Foto: stefamerpik/Freepik

Mas há desafios para implementar a medicina personalizada no Brasil. “A maioria das informações vem de populações europeias ou americanas, que são, em geral, caucasianas, diferentemente da realidade étnica brasileira”, aponta Dias. “Por isso, a pesquisa genética no Brasil é o caminho para desenvolver a medicina personalizada aqui”, acrescenta.

O tratamento pode envolver cirurgia (a extensão vai depender dos prejuízos causados ao órgão), radioterapia e imunoterapia. “Para quem tem chance de realizar o tratamento imunoterápico, vemos ganhos não só de tempo de vida, mas também de qualidade de vida”, diz Jardim.

A imunoterapia estimula o próprio sistema imunológico do paciente a reconhecer e combater o câncer. Ocorre que o alto custo desse tipo de terapia dificulta o acesso para grande parte da população. Aumentar a disponibilidade do tratamento para pacientes com doença avançada e metastática (quando o câncer se espalhou para outros órgãos) poderia mudar o cenário de mortes relacionadas à doença.

Cuidados integrais

A qualidade de vida leva em conta aspectos que vão além da saúde física, como as condições sociais e psicológicas do indivíduo. Por isso, não dá para descuidar, por exemplo, das questões emocionais – sobretudo quando se trata do câncer, doença que envolve uma série de tabus.

“Fizemos um mapeamento e a maioria dos pacientes sente medo, pânico e angústia ao receberem o diagnóstico. Essa é a primeira sensação. É bem difícil, tendo esses sentimentos dominantes, conseguir questionar o médico sobre a jornada de cuidados”, pondera Catherine Moura, médica sanitarista e líder do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer.

A partir do momento em que o paciente chega com informação, é possível criar uma relação mais sincera com o médico, e fazer perguntas precisas. “A gente só tem uma decisão compartilhada quando o outro lado também tem a informação”, resume Jardim.

Em termos de prevenção, a recomendação é seguir uma rotina de exames regulares, com pelo menos uma visita anual ao médico, além de hábitos saudáveis – o que inclui dieta equilibrada e prática de atividade física. “É importante ainda manter um peso saudável, não fumar e evitar abusos de remédios”, acrescenta Dias.

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