PEQUIM - A China registrou, nesta segunda-feira, 7, o maior número de infecções por covid-19 em seis meses. Foram contabilizados 5,6 mil novos casos da doença; quase metade deles na província de Guangdong, um centro manufatureiro com grandes portos comerciais no sul do país.
O aumento ocorre apesar das restrições impostas que afetaram áreas como indústria, educação e a vida cotidiana no território chinês. Neste fim de semana, Pequim afastou a possibilidade de relaxar a sua rígida política de zero covid, que inclui confinamentos, quarentenas e testes maciços para conter até o menor surto de contágio. A Comissão Nacional de Saúde da China garantiu que manterá a política de zero covid, enterrando rumores de que Pequim facilitaria a política de saúde.
Uma onda de escândalos ligados aos bloqueios, com moradores reclamando de condições inadequadas, falta de comida e atrasos no atendimento médico, minou a confiança do público nas medidas.
A medida restritiva na maior fábrica de iPhone do mundo, em Zhengzhou, levou a Apple a alertar que a produção foi “impactada temporariamente” e os clientes enfrentarão atrasos no recebimento de seus pedidos. “A fábrica (de Zhengzhou) está operando atualmente com uma capacidade significativamente reduzida”, disse a Apple em comunicado no final deste domingo, 6.
A gigante de tecnologia taiwanesa Foxconn, que administra a fábrica, revisou para baixo sua receita trimestral devido às restrições.
Nova onda de covid-19
Como mostrou o Estadão, os resultados de laboratórios particulares indicam um aumento do número de testes positivos de covid-19 no Brasil. Entre 8 e 29 de outubro, o País saltou de 3% para 17% de novos diagnósticos confirmados para o vírus em relação ao total, segundo levantamento do Instituto Todos pela Saúde.
A Europa já tem visto uma elevação de casos e internações. A subvariante conhecida como Ômicron BQ.1 foi identificada em países do continente e, segundo as autoridades, ameaça ser predominante entre o fim de novembro e o início de dezembro.
Neste sábado, 5, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro informou que foi confirmado um caso de covid-19 provocado pela subvariante Ômicron BQ.1 na capital fluminense. A circulação da subvariante na cidade foi detectada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) por meio de sequenciamento genético.
Especialistas apontam que é importante que a população preste atenção aos sintomas, faça testes para confirmar a infecção por coronavírus e siga o tratamento correto da doença. Como a covid-19 pode ser confundida com um resfriado ou gripe, é importante que a pessoa, ao perceber os sintomas, faça um teste para comprovar se há infecção por coronavírus ou por influenza, que também teve aumento relevante no número de testes positivos. /Com informações da AFP