BOGOTÁ - A Colômbia chegou na primeira semana de janeiro ao número de 13.531 casos de zika, o que a coloca como segundo país da América Latina em quantidade de pacientes notificados, atrás apenas do Brasil, informou nesta quarta-feira, 20, o Ministério da Saúde e Proteção Social.
"Somos o segundo país, depois do Brasil, em número de casos reportados neste momento", declarou o ministro da Saúde, Alejandro Gaviria, que esclareceu, no entanto, que "é difícil" fazer comparações por causa das "grandes diferenças" que existem nos países da região quanto a números.
A diretora-geral do Instituto Nacional de Saúde (INS), Martha Lucía Ospina, confirmou que na Colômbia "na primeira semana epidemiológica do ano" se contabilizaram 13.531 casos, dos quais há 1.918 pacientes suspeitos de ter o vírus.
Ospina indicou que há 560 casos de mulheres gestantes, que permanecem sob supervisão médica, e indicou que, até o momento, 106 menores nasceram de mães diagnosticadas com o vírus.
Segundo o titular de Saúde, no país se calcula, a partir dos registros de pacientes tratados no ano passado com chikungunya e pela evolução da zika no Brasil, que o vírus possa chegar aos 600 mil ou 700 mil casos, e, por isso, pediu medidas para evitar a propagação do mosquito transmissor.
Gaviria destacou que "de alguma maneira toda a população colombiana pode estar potencialmente exposta" a se contagiar com a doença e ratificou sua recomendação aos casais do país de "adiar a gravidez".
"Deveriam considerar adiar a gravidez em seis, oito meses. Falamos desta forma porque eu acredito que também seja uma boa forma de comunicar o risco, de dizer que pode haver consequências graves, mas não estamos em absoluto pedindo que as mulheres não tenham relações sexuais", esclareceu o ministro.
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As autoridades advertiram também para as associações entre a zika e patologias como a microcefalia, referente às crianças cujo cérebro não cresce normalmente, e a Síndrome de Guillain-Barré, que se manifesta principalmente em fraqueza muscular ou paralisias, entre outros sintomas.
As estimativas do Ministério da Saúde indicam que haja 600 casos de Guillain-Barré e entre 400 e 450 casos de microcefalia. /EFE