Mais de 65 mil pessoas precisam de um órgão: recusar doação não é egoísmo, é falta de informação


Caso do apresentador Faustão é oportunidade para esclarecer a população sobre todo o processo que envolve a doação e o transplante de órgãos

Por Daniel Martins de Barros

Ninguém quer ser egoísta. Embora todos sejamos – em maior ou menor grau. O que diferencia uma pessoa muito de uma pouco egoísta é o contraste entre os interesses envolvidos. Se para obter um pequeno benefício eu recusar um grande benefício a alguém, qualquer um me chamará de egoísta. Mas, se não renuncio a algo muito importante para mim e, com isso, impeço um ganho pequeno para outro, não parecerá algo muito condenável.

Digamos que eu pudesse enxugar as contas da empresa de modo a dobrar meu salário, mas, para isso, eu precisasse cortar o açúcar do cafezinho dos colegas. Provavelmente eu condenaria o povo a tomar café amargo. Mas, e se fosse o contrário: garantir um café doce para mim reduzindo o salário de todo mundo? Seria muito egoísmo.

Faustão teve prioridade na fila do transplante porque seu caso era muito grave.  Foto: Reprodução de Vídeo/Instagram/@joaosilva
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Quando perguntamos para as pessoas se elas doariam órgãos, a maioria diz que sim. Caminhando para o descanso final, qualquer interesse próprio parece pálido diante do enorme presente que é salvar a vida de alguém. Por outro lado, no Brasil a fila de transplantes inclui mais 65 mil pacientes. Quando a pessoa morre é muito comum a família recusar a doação. Será que nos tornamos egoístas no luto? Na verdade não.

Na verdade, não. Mesmo quando são favoráveis em princípio à doação de órgãos, os familiares recusam o procedimento quando não têm certeza sobre o que significa morte cerebral, não conhecem o processo e temem venda de órgãos ou não confiam nas entidades envolvidas. Ou seja, quando não têm certeza de que o benefício ensejado por seu sacrifício será real.

Claro que há também motivos religiosos, desde o tabu da inviolabilidade do corpo até a espera de um milagre na última hora – nesses casos, o custo para essas pessoas é tão alto, por tocar em crenças fundamentais, que tornariam a doação injustificável, por mais piedosa que ela seja.

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Se há pouco a fazer para reduzir esse tipo de recusa religiosa, é evidente que fornecer informações claras para as pessoas, explicando o que é a morte cerebral, enfatizando a transparência da lista única de transplantes, apresentando as equipes envolvidas e seu sério trabalho, é o caminho para combater a recusa por falta de informação.

Pesquisa feita na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e publicada no periódico científico Transplantation Proceedings mostrou que mais da metade dos familiares que se recusaram a doar órgãos afirmam após algum tempo que mudariam de opinião se tivessem mais informações e confiança no processo.

Ninguém quer ser considerado egoísta. Mas é natural querer garantir que, se estamos pagando um preço, seus frutos sejam certos. Se é assim, trabalhemos todos para aumentar essas garantias – os benefícios virão para todos.

Ninguém quer ser egoísta. Embora todos sejamos – em maior ou menor grau. O que diferencia uma pessoa muito de uma pouco egoísta é o contraste entre os interesses envolvidos. Se para obter um pequeno benefício eu recusar um grande benefício a alguém, qualquer um me chamará de egoísta. Mas, se não renuncio a algo muito importante para mim e, com isso, impeço um ganho pequeno para outro, não parecerá algo muito condenável.

Digamos que eu pudesse enxugar as contas da empresa de modo a dobrar meu salário, mas, para isso, eu precisasse cortar o açúcar do cafezinho dos colegas. Provavelmente eu condenaria o povo a tomar café amargo. Mas, e se fosse o contrário: garantir um café doce para mim reduzindo o salário de todo mundo? Seria muito egoísmo.

Faustão teve prioridade na fila do transplante porque seu caso era muito grave.  Foto: Reprodução de Vídeo/Instagram/@joaosilva

Quando perguntamos para as pessoas se elas doariam órgãos, a maioria diz que sim. Caminhando para o descanso final, qualquer interesse próprio parece pálido diante do enorme presente que é salvar a vida de alguém. Por outro lado, no Brasil a fila de transplantes inclui mais 65 mil pacientes. Quando a pessoa morre é muito comum a família recusar a doação. Será que nos tornamos egoístas no luto? Na verdade não.

Na verdade, não. Mesmo quando são favoráveis em princípio à doação de órgãos, os familiares recusam o procedimento quando não têm certeza sobre o que significa morte cerebral, não conhecem o processo e temem venda de órgãos ou não confiam nas entidades envolvidas. Ou seja, quando não têm certeza de que o benefício ensejado por seu sacrifício será real.

Claro que há também motivos religiosos, desde o tabu da inviolabilidade do corpo até a espera de um milagre na última hora – nesses casos, o custo para essas pessoas é tão alto, por tocar em crenças fundamentais, que tornariam a doação injustificável, por mais piedosa que ela seja.

Se há pouco a fazer para reduzir esse tipo de recusa religiosa, é evidente que fornecer informações claras para as pessoas, explicando o que é a morte cerebral, enfatizando a transparência da lista única de transplantes, apresentando as equipes envolvidas e seu sério trabalho, é o caminho para combater a recusa por falta de informação.

Pesquisa feita na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e publicada no periódico científico Transplantation Proceedings mostrou que mais da metade dos familiares que se recusaram a doar órgãos afirmam após algum tempo que mudariam de opinião se tivessem mais informações e confiança no processo.

Ninguém quer ser considerado egoísta. Mas é natural querer garantir que, se estamos pagando um preço, seus frutos sejam certos. Se é assim, trabalhemos todos para aumentar essas garantias – os benefícios virão para todos.

Ninguém quer ser egoísta. Embora todos sejamos – em maior ou menor grau. O que diferencia uma pessoa muito de uma pouco egoísta é o contraste entre os interesses envolvidos. Se para obter um pequeno benefício eu recusar um grande benefício a alguém, qualquer um me chamará de egoísta. Mas, se não renuncio a algo muito importante para mim e, com isso, impeço um ganho pequeno para outro, não parecerá algo muito condenável.

Digamos que eu pudesse enxugar as contas da empresa de modo a dobrar meu salário, mas, para isso, eu precisasse cortar o açúcar do cafezinho dos colegas. Provavelmente eu condenaria o povo a tomar café amargo. Mas, e se fosse o contrário: garantir um café doce para mim reduzindo o salário de todo mundo? Seria muito egoísmo.

Faustão teve prioridade na fila do transplante porque seu caso era muito grave.  Foto: Reprodução de Vídeo/Instagram/@joaosilva

Quando perguntamos para as pessoas se elas doariam órgãos, a maioria diz que sim. Caminhando para o descanso final, qualquer interesse próprio parece pálido diante do enorme presente que é salvar a vida de alguém. Por outro lado, no Brasil a fila de transplantes inclui mais 65 mil pacientes. Quando a pessoa morre é muito comum a família recusar a doação. Será que nos tornamos egoístas no luto? Na verdade não.

Na verdade, não. Mesmo quando são favoráveis em princípio à doação de órgãos, os familiares recusam o procedimento quando não têm certeza sobre o que significa morte cerebral, não conhecem o processo e temem venda de órgãos ou não confiam nas entidades envolvidas. Ou seja, quando não têm certeza de que o benefício ensejado por seu sacrifício será real.

Claro que há também motivos religiosos, desde o tabu da inviolabilidade do corpo até a espera de um milagre na última hora – nesses casos, o custo para essas pessoas é tão alto, por tocar em crenças fundamentais, que tornariam a doação injustificável, por mais piedosa que ela seja.

Se há pouco a fazer para reduzir esse tipo de recusa religiosa, é evidente que fornecer informações claras para as pessoas, explicando o que é a morte cerebral, enfatizando a transparência da lista única de transplantes, apresentando as equipes envolvidas e seu sério trabalho, é o caminho para combater a recusa por falta de informação.

Pesquisa feita na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e publicada no periódico científico Transplantation Proceedings mostrou que mais da metade dos familiares que se recusaram a doar órgãos afirmam após algum tempo que mudariam de opinião se tivessem mais informações e confiança no processo.

Ninguém quer ser considerado egoísta. Mas é natural querer garantir que, se estamos pagando um preço, seus frutos sejam certos. Se é assim, trabalhemos todos para aumentar essas garantias – os benefícios virão para todos.

Ninguém quer ser egoísta. Embora todos sejamos – em maior ou menor grau. O que diferencia uma pessoa muito de uma pouco egoísta é o contraste entre os interesses envolvidos. Se para obter um pequeno benefício eu recusar um grande benefício a alguém, qualquer um me chamará de egoísta. Mas, se não renuncio a algo muito importante para mim e, com isso, impeço um ganho pequeno para outro, não parecerá algo muito condenável.

Digamos que eu pudesse enxugar as contas da empresa de modo a dobrar meu salário, mas, para isso, eu precisasse cortar o açúcar do cafezinho dos colegas. Provavelmente eu condenaria o povo a tomar café amargo. Mas, e se fosse o contrário: garantir um café doce para mim reduzindo o salário de todo mundo? Seria muito egoísmo.

Faustão teve prioridade na fila do transplante porque seu caso era muito grave.  Foto: Reprodução de Vídeo/Instagram/@joaosilva

Quando perguntamos para as pessoas se elas doariam órgãos, a maioria diz que sim. Caminhando para o descanso final, qualquer interesse próprio parece pálido diante do enorme presente que é salvar a vida de alguém. Por outro lado, no Brasil a fila de transplantes inclui mais 65 mil pacientes. Quando a pessoa morre é muito comum a família recusar a doação. Será que nos tornamos egoístas no luto? Na verdade não.

Na verdade, não. Mesmo quando são favoráveis em princípio à doação de órgãos, os familiares recusam o procedimento quando não têm certeza sobre o que significa morte cerebral, não conhecem o processo e temem venda de órgãos ou não confiam nas entidades envolvidas. Ou seja, quando não têm certeza de que o benefício ensejado por seu sacrifício será real.

Claro que há também motivos religiosos, desde o tabu da inviolabilidade do corpo até a espera de um milagre na última hora – nesses casos, o custo para essas pessoas é tão alto, por tocar em crenças fundamentais, que tornariam a doação injustificável, por mais piedosa que ela seja.

Se há pouco a fazer para reduzir esse tipo de recusa religiosa, é evidente que fornecer informações claras para as pessoas, explicando o que é a morte cerebral, enfatizando a transparência da lista única de transplantes, apresentando as equipes envolvidas e seu sério trabalho, é o caminho para combater a recusa por falta de informação.

Pesquisa feita na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e publicada no periódico científico Transplantation Proceedings mostrou que mais da metade dos familiares que se recusaram a doar órgãos afirmam após algum tempo que mudariam de opinião se tivessem mais informações e confiança no processo.

Ninguém quer ser considerado egoísta. Mas é natural querer garantir que, se estamos pagando um preço, seus frutos sejam certos. Se é assim, trabalhemos todos para aumentar essas garantias – os benefícios virão para todos.

Ninguém quer ser egoísta. Embora todos sejamos – em maior ou menor grau. O que diferencia uma pessoa muito de uma pouco egoísta é o contraste entre os interesses envolvidos. Se para obter um pequeno benefício eu recusar um grande benefício a alguém, qualquer um me chamará de egoísta. Mas, se não renuncio a algo muito importante para mim e, com isso, impeço um ganho pequeno para outro, não parecerá algo muito condenável.

Digamos que eu pudesse enxugar as contas da empresa de modo a dobrar meu salário, mas, para isso, eu precisasse cortar o açúcar do cafezinho dos colegas. Provavelmente eu condenaria o povo a tomar café amargo. Mas, e se fosse o contrário: garantir um café doce para mim reduzindo o salário de todo mundo? Seria muito egoísmo.

Faustão teve prioridade na fila do transplante porque seu caso era muito grave.  Foto: Reprodução de Vídeo/Instagram/@joaosilva

Quando perguntamos para as pessoas se elas doariam órgãos, a maioria diz que sim. Caminhando para o descanso final, qualquer interesse próprio parece pálido diante do enorme presente que é salvar a vida de alguém. Por outro lado, no Brasil a fila de transplantes inclui mais 65 mil pacientes. Quando a pessoa morre é muito comum a família recusar a doação. Será que nos tornamos egoístas no luto? Na verdade não.

Na verdade, não. Mesmo quando são favoráveis em princípio à doação de órgãos, os familiares recusam o procedimento quando não têm certeza sobre o que significa morte cerebral, não conhecem o processo e temem venda de órgãos ou não confiam nas entidades envolvidas. Ou seja, quando não têm certeza de que o benefício ensejado por seu sacrifício será real.

Claro que há também motivos religiosos, desde o tabu da inviolabilidade do corpo até a espera de um milagre na última hora – nesses casos, o custo para essas pessoas é tão alto, por tocar em crenças fundamentais, que tornariam a doação injustificável, por mais piedosa que ela seja.

Se há pouco a fazer para reduzir esse tipo de recusa religiosa, é evidente que fornecer informações claras para as pessoas, explicando o que é a morte cerebral, enfatizando a transparência da lista única de transplantes, apresentando as equipes envolvidas e seu sério trabalho, é o caminho para combater a recusa por falta de informação.

Pesquisa feita na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e publicada no periódico científico Transplantation Proceedings mostrou que mais da metade dos familiares que se recusaram a doar órgãos afirmam após algum tempo que mudariam de opinião se tivessem mais informações e confiança no processo.

Ninguém quer ser considerado egoísta. Mas é natural querer garantir que, se estamos pagando um preço, seus frutos sejam certos. Se é assim, trabalhemos todos para aumentar essas garantias – os benefícios virão para todos.

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