Com surto de dengue, venda de repelentes dispara no País; veja qual é o mais indicado e como usar


Maior rede farmacêutica do Brasil registra alta de 450% nas vendas; especialistas dão dicas de como escolher o melhor produto contra o mosquito Aedes aegypti

Por Lara Castelo
Atualização:

Os casos de dengue têm aumentado no Brasil. Só em 2024, o Ministério da Saúde registrou quase 400 mil casos prováveis de doença — quase quatro vezes o registrado no mesmo período do último ano (cerca de 93 mil). Com o agravamento da situação, as vendas de repelentes, usados para proteção contra a picada do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, disparou nas maiores redes farmacêuticas do País.

A Raia Drogasil registrou crescimento de 450% na venda de repelentes de novembro de 2023 a janeiro de 2024. Só na primeira semana de fevereiro, houve um salto de 120% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a empresa. A rede conta com 2.900 farmácias espalhadas pelo Brasil e é considerada a maior empresa de drogarias do País pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias (Abrafarma).

O grupo DPSP, dono da Drogaria São Paulo e da Drogaria Pacheco, registrou movimentação no mesmo sentido. A empresa, que é a segunda maior do segmento em termos de faturamento, registrou alta de 138% nas vendas diárias de repelentes em fevereiro de 2024, em relação ao mesmo período de 2023.

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A rede Pague Menos e Extrafarma, segunda maior em número de farmácias de acordo com a Abrafarma, também registrou alta nas vendas do produto. A companhia divulgou em primeira mão para o Estadão que teve crescimento de 45% nas vendas de repelentes , em janeiro de 2024 em comparação ao mesmo período do ano passado. Só em São Paulo, a alta foi de 74%.

Qual é o melhor repelente contra a dengue?

De acordo com a infectologista Rosana Richtmann, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), os melhores repelentes contam com os princípios ativos icaridina ou DEET, em concentrações de 20% a 30%.

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Ainda, o infectologista Marcelo Otsuka, da SBI, destaca que, entre os dois princípios, a icaridina se destaca devido ao maior tempo de proteção. “Mas ambos são bons e interferem na percepção do inseto, dificultando que eles identifiquem atrativos em nós”, explica.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o repelente deve ser aplicado apenas nas partes expostas do corpo, conforme indicação do fabricante – a não ser que as instruções indiquem a possibilidade de passar o produto na roupa. É importante checar orientações sobre a reaplicação.

“Não existem produtos de uso oral, como comprimidos e vitaminas, com indicação aprovada para repelir o mosquito”, alerta uma nota divulgada pela Anvisa.

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A agência informa ainda que crianças menores de 2 anos de idade não devem utilizar repelente sem orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos, o ideal é optar por aqueles com concentração de até 10% de DEET ou icaridina.

De acordo com o Ministério da Saúde, para aplicar o repelente em spray no rosto ou em crianças, o ideal é espirrar o produto primeiro na mão e depois espalhar no corpo – lembrando sempre de lavar as mãos com água e sabão depois da aplicação.

Repelente é uma das formas de proteção contra o Aedes aegypti  Foto: Sérgio Castro/Estadão
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E os repelentes considerados naturais?

De acordo com a Anvisa, não há comprovação de eficácia para produtos de princípio ativo natural, como citronela, andiroba e cravo da índia, por exemplo.

Sobre produtos caseiros, a mensagem do Conselho Federal de Química (CFQ) também é clara: melhor não usar. De acordo com a entidade, por não terem passado pela fiscalização da Anvisa, não há como garantir que são seguros e eficazes.

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“A efetividade dessas misturas é questionável, uma vez que os próprios ingredientes utilizados possuem variações que não são medidas adequadamente. A falta de um padrão ou a incompatibilidade de materiais usados na formulação desses produtos também faz com que a estabilidade química e eficácia variem de um repelente para o outro, podendo provocar reações adversas consideráveis na pele e nas mucosas”, comentou a entidade, em nota.

Além do repelente

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Apesar de o uso de repelente ser altamente recomendado como forma de reduzir o risco de picadas do Aedes aegypti, o infectologista Márcio Nehab, da SBI, destaca que a melhor forma de se proteger contra a doença é eliminando os focos de proliferação do mosquito transmissor.

“Para isso, é necessário acabar com possíveis criadouros, como em vasos de plantas, pneus, garrafas, piscinas sem uso e sem manutenção, caixas d’água destampadas, e até mesmo recipientes pequenos, como tampas de garrafas”, explicou o especialista no seu perfil do Instagram.

Os casos de dengue têm aumentado no Brasil. Só em 2024, o Ministério da Saúde registrou quase 400 mil casos prováveis de doença — quase quatro vezes o registrado no mesmo período do último ano (cerca de 93 mil). Com o agravamento da situação, as vendas de repelentes, usados para proteção contra a picada do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, disparou nas maiores redes farmacêuticas do País.

A Raia Drogasil registrou crescimento de 450% na venda de repelentes de novembro de 2023 a janeiro de 2024. Só na primeira semana de fevereiro, houve um salto de 120% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a empresa. A rede conta com 2.900 farmácias espalhadas pelo Brasil e é considerada a maior empresa de drogarias do País pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias (Abrafarma).

O grupo DPSP, dono da Drogaria São Paulo e da Drogaria Pacheco, registrou movimentação no mesmo sentido. A empresa, que é a segunda maior do segmento em termos de faturamento, registrou alta de 138% nas vendas diárias de repelentes em fevereiro de 2024, em relação ao mesmo período de 2023.

A rede Pague Menos e Extrafarma, segunda maior em número de farmácias de acordo com a Abrafarma, também registrou alta nas vendas do produto. A companhia divulgou em primeira mão para o Estadão que teve crescimento de 45% nas vendas de repelentes , em janeiro de 2024 em comparação ao mesmo período do ano passado. Só em São Paulo, a alta foi de 74%.

Qual é o melhor repelente contra a dengue?

De acordo com a infectologista Rosana Richtmann, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), os melhores repelentes contam com os princípios ativos icaridina ou DEET, em concentrações de 20% a 30%.

Ainda, o infectologista Marcelo Otsuka, da SBI, destaca que, entre os dois princípios, a icaridina se destaca devido ao maior tempo de proteção. “Mas ambos são bons e interferem na percepção do inseto, dificultando que eles identifiquem atrativos em nós”, explica.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o repelente deve ser aplicado apenas nas partes expostas do corpo, conforme indicação do fabricante – a não ser que as instruções indiquem a possibilidade de passar o produto na roupa. É importante checar orientações sobre a reaplicação.

“Não existem produtos de uso oral, como comprimidos e vitaminas, com indicação aprovada para repelir o mosquito”, alerta uma nota divulgada pela Anvisa.

A agência informa ainda que crianças menores de 2 anos de idade não devem utilizar repelente sem orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos, o ideal é optar por aqueles com concentração de até 10% de DEET ou icaridina.

De acordo com o Ministério da Saúde, para aplicar o repelente em spray no rosto ou em crianças, o ideal é espirrar o produto primeiro na mão e depois espalhar no corpo – lembrando sempre de lavar as mãos com água e sabão depois da aplicação.

Repelente é uma das formas de proteção contra o Aedes aegypti  Foto: Sérgio Castro/Estadão

E os repelentes considerados naturais?

De acordo com a Anvisa, não há comprovação de eficácia para produtos de princípio ativo natural, como citronela, andiroba e cravo da índia, por exemplo.

Sobre produtos caseiros, a mensagem do Conselho Federal de Química (CFQ) também é clara: melhor não usar. De acordo com a entidade, por não terem passado pela fiscalização da Anvisa, não há como garantir que são seguros e eficazes.

“A efetividade dessas misturas é questionável, uma vez que os próprios ingredientes utilizados possuem variações que não são medidas adequadamente. A falta de um padrão ou a incompatibilidade de materiais usados na formulação desses produtos também faz com que a estabilidade química e eficácia variem de um repelente para o outro, podendo provocar reações adversas consideráveis na pele e nas mucosas”, comentou a entidade, em nota.

Além do repelente

Apesar de o uso de repelente ser altamente recomendado como forma de reduzir o risco de picadas do Aedes aegypti, o infectologista Márcio Nehab, da SBI, destaca que a melhor forma de se proteger contra a doença é eliminando os focos de proliferação do mosquito transmissor.

“Para isso, é necessário acabar com possíveis criadouros, como em vasos de plantas, pneus, garrafas, piscinas sem uso e sem manutenção, caixas d’água destampadas, e até mesmo recipientes pequenos, como tampas de garrafas”, explicou o especialista no seu perfil do Instagram.

Os casos de dengue têm aumentado no Brasil. Só em 2024, o Ministério da Saúde registrou quase 400 mil casos prováveis de doença — quase quatro vezes o registrado no mesmo período do último ano (cerca de 93 mil). Com o agravamento da situação, as vendas de repelentes, usados para proteção contra a picada do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, disparou nas maiores redes farmacêuticas do País.

A Raia Drogasil registrou crescimento de 450% na venda de repelentes de novembro de 2023 a janeiro de 2024. Só na primeira semana de fevereiro, houve um salto de 120% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a empresa. A rede conta com 2.900 farmácias espalhadas pelo Brasil e é considerada a maior empresa de drogarias do País pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias (Abrafarma).

O grupo DPSP, dono da Drogaria São Paulo e da Drogaria Pacheco, registrou movimentação no mesmo sentido. A empresa, que é a segunda maior do segmento em termos de faturamento, registrou alta de 138% nas vendas diárias de repelentes em fevereiro de 2024, em relação ao mesmo período de 2023.

A rede Pague Menos e Extrafarma, segunda maior em número de farmácias de acordo com a Abrafarma, também registrou alta nas vendas do produto. A companhia divulgou em primeira mão para o Estadão que teve crescimento de 45% nas vendas de repelentes , em janeiro de 2024 em comparação ao mesmo período do ano passado. Só em São Paulo, a alta foi de 74%.

Qual é o melhor repelente contra a dengue?

De acordo com a infectologista Rosana Richtmann, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), os melhores repelentes contam com os princípios ativos icaridina ou DEET, em concentrações de 20% a 30%.

Ainda, o infectologista Marcelo Otsuka, da SBI, destaca que, entre os dois princípios, a icaridina se destaca devido ao maior tempo de proteção. “Mas ambos são bons e interferem na percepção do inseto, dificultando que eles identifiquem atrativos em nós”, explica.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o repelente deve ser aplicado apenas nas partes expostas do corpo, conforme indicação do fabricante – a não ser que as instruções indiquem a possibilidade de passar o produto na roupa. É importante checar orientações sobre a reaplicação.

“Não existem produtos de uso oral, como comprimidos e vitaminas, com indicação aprovada para repelir o mosquito”, alerta uma nota divulgada pela Anvisa.

A agência informa ainda que crianças menores de 2 anos de idade não devem utilizar repelente sem orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos, o ideal é optar por aqueles com concentração de até 10% de DEET ou icaridina.

De acordo com o Ministério da Saúde, para aplicar o repelente em spray no rosto ou em crianças, o ideal é espirrar o produto primeiro na mão e depois espalhar no corpo – lembrando sempre de lavar as mãos com água e sabão depois da aplicação.

Repelente é uma das formas de proteção contra o Aedes aegypti  Foto: Sérgio Castro/Estadão

E os repelentes considerados naturais?

De acordo com a Anvisa, não há comprovação de eficácia para produtos de princípio ativo natural, como citronela, andiroba e cravo da índia, por exemplo.

Sobre produtos caseiros, a mensagem do Conselho Federal de Química (CFQ) também é clara: melhor não usar. De acordo com a entidade, por não terem passado pela fiscalização da Anvisa, não há como garantir que são seguros e eficazes.

“A efetividade dessas misturas é questionável, uma vez que os próprios ingredientes utilizados possuem variações que não são medidas adequadamente. A falta de um padrão ou a incompatibilidade de materiais usados na formulação desses produtos também faz com que a estabilidade química e eficácia variem de um repelente para o outro, podendo provocar reações adversas consideráveis na pele e nas mucosas”, comentou a entidade, em nota.

Além do repelente

Apesar de o uso de repelente ser altamente recomendado como forma de reduzir o risco de picadas do Aedes aegypti, o infectologista Márcio Nehab, da SBI, destaca que a melhor forma de se proteger contra a doença é eliminando os focos de proliferação do mosquito transmissor.

“Para isso, é necessário acabar com possíveis criadouros, como em vasos de plantas, pneus, garrafas, piscinas sem uso e sem manutenção, caixas d’água destampadas, e até mesmo recipientes pequenos, como tampas de garrafas”, explicou o especialista no seu perfil do Instagram.

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