Comer muito açúcar realmente deixa as crianças hiperativas? Pesquisadores esclarecem


Muitos pais juram que o excesso de açúcar faz seus filhos correrem de um lado para o outro; mas a ciência tem outras ideias

Por Marlene Cimons

Os pais costumam responsabilizar o comportamento das crianças que estão “pulando pelas paredes” ao consumo de muito açúcar – mas os especialistas dizem que isso não é verdade.

“É um mito que o açúcar cause hiperatividade”, diz Mark Wolraich, professor emérito de pediatria comportamental no Centro de Ciências da Saúde da Universidade de Oklahoma.

No entanto, ele reconhece que essa “ainda é uma crença forte. Às vezes, é muito difícil mudar impressões arraigadas sobre o que afeta o comportamento.”

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Muitos pais acreditam que o consumo de açúcar deixa as crianças hiperativas e cheias de energia.  Foto: Alex S/peopleimages.com/Adobe Stock

Wolraich conduziu estudos nos anos 1990 que refutaram a noção de que o açúcar cause transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em crianças. Estes incluíram um ensaio controlado randomizado duplo-cego que descobriu que nem o açúcar nem o adoçante artificial aspartame afetavam o comportamento ou a função cognitiva entre as crianças que eram percebidas pelos pais como cheias de energia e “sensíveis açúcar” em comparação àquelas com comportamento “normal”, mesmo quando a ingestão de açúcar excedia os níveis dietéticos típicos. “Foi bastante definitivo”, diz Wolraich.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças também afirmam que o açúcar não deixa as crianças hiperativas: “A pesquisa não apoia as visões popularmente mantidas de que o TDAH é causado por comer muito açúcar, assistir muita televisão, pela forma de parentalidade ou fatores sociais e ambientais, como pobreza ou caos familiar”.

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Os pais provavelmente continuam a fazer essa associação porque as crianças tendem a ficar excessivamente empolgadas durante eventos específicos – festas de aniversário, por exemplo –, quando o cardápio contém itens com alto teor de açúcar, como sorvete, bolo e saquinhos de guloseimas.

Além disso, “as crianças tendem a consumir muito açúcar durante as festas, quando há outras coisas que as animam”, diz Wolraich. “Então, parece que elas estão ficando hiperativas quando estão comendo muitos alimentos açucarados.”

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Como essa crença começou?

Alguns especialistas dizem que sua origem remonta a 1973, quando o alergista Benjamin Feingold vinculou a hiperatividade das crianças à ingestão de cores artificiais de alimentos, aditivos, conservantes e salicilatos – substâncias encontradas em plantas e alimentos e também usadas em muitos medicamentos, como aspirina.

Ele também escreveu um livro popular sobre o tema. Embora o açúcar não estivesse entre os culpados dietéticos criticados por Feingold, muitos pais fizeram a conexão por engano, já que altas quantidades de açúcar andam de mãos dadas com alimentos que contêm corantes e outros aditivos.

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Nos últimos anos, estudos conectaram vários corantes artificiais, incluindo o corante vermelho nº 3, à hiperatividade e a outros problemas comportamentais em crianças. Um relatório de 2021 do Escritório de Avaliação de Perigos à Saúde Ambiental da Califórnia concluiu que algumas crianças que consomem corantes alimentares exibem esses efeitos à saúde, embora a sensibilidade a eles varie entre as crianças.

O que mais você deve saber

Mesmo que o açúcar seja absolvido neste caso específico, isso não significa que as crianças podem comê-lo indiscriminadamente, alertam os especialistas.

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“O açúcar não é inocentado de outros efeitos adversos à saúde”, diz Donald Hensrud, professor associado de nutrição e medicina preventiva no Colégio de Medicina da Clínica Mayo.

“Ele fornece calorias extras e aumenta o peso, contribuindo para a obesidade e possivelmente para doenças cardíacas mais tarde. Pode causar cáries. Não tem nutrientes, e entra no lugar de outros alimentos que têm.”

Então, qual é a mensagem final para os pais?

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“Eu não incentivo dar muito açúcar às crianças”, resume Wolraich. “O açúcar pode ser um fator negativo em uma dieta equilibrada porque seu sabor é muito atraente. Mas o açúcar não tem um alto valor nutritivo. Então, comer muitos alimentos açucarados que são pobres em outros nutrientes dietéticos importantes não é uma boa ideia – mas não por causa da hiperatividade.”

Os pais costumam responsabilizar o comportamento das crianças que estão “pulando pelas paredes” ao consumo de muito açúcar – mas os especialistas dizem que isso não é verdade.

“É um mito que o açúcar cause hiperatividade”, diz Mark Wolraich, professor emérito de pediatria comportamental no Centro de Ciências da Saúde da Universidade de Oklahoma.

No entanto, ele reconhece que essa “ainda é uma crença forte. Às vezes, é muito difícil mudar impressões arraigadas sobre o que afeta o comportamento.”

Muitos pais acreditam que o consumo de açúcar deixa as crianças hiperativas e cheias de energia.  Foto: Alex S/peopleimages.com/Adobe Stock

Wolraich conduziu estudos nos anos 1990 que refutaram a noção de que o açúcar cause transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em crianças. Estes incluíram um ensaio controlado randomizado duplo-cego que descobriu que nem o açúcar nem o adoçante artificial aspartame afetavam o comportamento ou a função cognitiva entre as crianças que eram percebidas pelos pais como cheias de energia e “sensíveis açúcar” em comparação àquelas com comportamento “normal”, mesmo quando a ingestão de açúcar excedia os níveis dietéticos típicos. “Foi bastante definitivo”, diz Wolraich.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças também afirmam que o açúcar não deixa as crianças hiperativas: “A pesquisa não apoia as visões popularmente mantidas de que o TDAH é causado por comer muito açúcar, assistir muita televisão, pela forma de parentalidade ou fatores sociais e ambientais, como pobreza ou caos familiar”.

Os pais provavelmente continuam a fazer essa associação porque as crianças tendem a ficar excessivamente empolgadas durante eventos específicos – festas de aniversário, por exemplo –, quando o cardápio contém itens com alto teor de açúcar, como sorvete, bolo e saquinhos de guloseimas.

Além disso, “as crianças tendem a consumir muito açúcar durante as festas, quando há outras coisas que as animam”, diz Wolraich. “Então, parece que elas estão ficando hiperativas quando estão comendo muitos alimentos açucarados.”

Como essa crença começou?

Alguns especialistas dizem que sua origem remonta a 1973, quando o alergista Benjamin Feingold vinculou a hiperatividade das crianças à ingestão de cores artificiais de alimentos, aditivos, conservantes e salicilatos – substâncias encontradas em plantas e alimentos e também usadas em muitos medicamentos, como aspirina.

Ele também escreveu um livro popular sobre o tema. Embora o açúcar não estivesse entre os culpados dietéticos criticados por Feingold, muitos pais fizeram a conexão por engano, já que altas quantidades de açúcar andam de mãos dadas com alimentos que contêm corantes e outros aditivos.

Nos últimos anos, estudos conectaram vários corantes artificiais, incluindo o corante vermelho nº 3, à hiperatividade e a outros problemas comportamentais em crianças. Um relatório de 2021 do Escritório de Avaliação de Perigos à Saúde Ambiental da Califórnia concluiu que algumas crianças que consomem corantes alimentares exibem esses efeitos à saúde, embora a sensibilidade a eles varie entre as crianças.

O que mais você deve saber

Mesmo que o açúcar seja absolvido neste caso específico, isso não significa que as crianças podem comê-lo indiscriminadamente, alertam os especialistas.

“O açúcar não é inocentado de outros efeitos adversos à saúde”, diz Donald Hensrud, professor associado de nutrição e medicina preventiva no Colégio de Medicina da Clínica Mayo.

“Ele fornece calorias extras e aumenta o peso, contribuindo para a obesidade e possivelmente para doenças cardíacas mais tarde. Pode causar cáries. Não tem nutrientes, e entra no lugar de outros alimentos que têm.”

Então, qual é a mensagem final para os pais?

“Eu não incentivo dar muito açúcar às crianças”, resume Wolraich. “O açúcar pode ser um fator negativo em uma dieta equilibrada porque seu sabor é muito atraente. Mas o açúcar não tem um alto valor nutritivo. Então, comer muitos alimentos açucarados que são pobres em outros nutrientes dietéticos importantes não é uma boa ideia – mas não por causa da hiperatividade.”

Os pais costumam responsabilizar o comportamento das crianças que estão “pulando pelas paredes” ao consumo de muito açúcar – mas os especialistas dizem que isso não é verdade.

“É um mito que o açúcar cause hiperatividade”, diz Mark Wolraich, professor emérito de pediatria comportamental no Centro de Ciências da Saúde da Universidade de Oklahoma.

No entanto, ele reconhece que essa “ainda é uma crença forte. Às vezes, é muito difícil mudar impressões arraigadas sobre o que afeta o comportamento.”

Muitos pais acreditam que o consumo de açúcar deixa as crianças hiperativas e cheias de energia.  Foto: Alex S/peopleimages.com/Adobe Stock

Wolraich conduziu estudos nos anos 1990 que refutaram a noção de que o açúcar cause transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em crianças. Estes incluíram um ensaio controlado randomizado duplo-cego que descobriu que nem o açúcar nem o adoçante artificial aspartame afetavam o comportamento ou a função cognitiva entre as crianças que eram percebidas pelos pais como cheias de energia e “sensíveis açúcar” em comparação àquelas com comportamento “normal”, mesmo quando a ingestão de açúcar excedia os níveis dietéticos típicos. “Foi bastante definitivo”, diz Wolraich.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças também afirmam que o açúcar não deixa as crianças hiperativas: “A pesquisa não apoia as visões popularmente mantidas de que o TDAH é causado por comer muito açúcar, assistir muita televisão, pela forma de parentalidade ou fatores sociais e ambientais, como pobreza ou caos familiar”.

Os pais provavelmente continuam a fazer essa associação porque as crianças tendem a ficar excessivamente empolgadas durante eventos específicos – festas de aniversário, por exemplo –, quando o cardápio contém itens com alto teor de açúcar, como sorvete, bolo e saquinhos de guloseimas.

Além disso, “as crianças tendem a consumir muito açúcar durante as festas, quando há outras coisas que as animam”, diz Wolraich. “Então, parece que elas estão ficando hiperativas quando estão comendo muitos alimentos açucarados.”

Como essa crença começou?

Alguns especialistas dizem que sua origem remonta a 1973, quando o alergista Benjamin Feingold vinculou a hiperatividade das crianças à ingestão de cores artificiais de alimentos, aditivos, conservantes e salicilatos – substâncias encontradas em plantas e alimentos e também usadas em muitos medicamentos, como aspirina.

Ele também escreveu um livro popular sobre o tema. Embora o açúcar não estivesse entre os culpados dietéticos criticados por Feingold, muitos pais fizeram a conexão por engano, já que altas quantidades de açúcar andam de mãos dadas com alimentos que contêm corantes e outros aditivos.

Nos últimos anos, estudos conectaram vários corantes artificiais, incluindo o corante vermelho nº 3, à hiperatividade e a outros problemas comportamentais em crianças. Um relatório de 2021 do Escritório de Avaliação de Perigos à Saúde Ambiental da Califórnia concluiu que algumas crianças que consomem corantes alimentares exibem esses efeitos à saúde, embora a sensibilidade a eles varie entre as crianças.

O que mais você deve saber

Mesmo que o açúcar seja absolvido neste caso específico, isso não significa que as crianças podem comê-lo indiscriminadamente, alertam os especialistas.

“O açúcar não é inocentado de outros efeitos adversos à saúde”, diz Donald Hensrud, professor associado de nutrição e medicina preventiva no Colégio de Medicina da Clínica Mayo.

“Ele fornece calorias extras e aumenta o peso, contribuindo para a obesidade e possivelmente para doenças cardíacas mais tarde. Pode causar cáries. Não tem nutrientes, e entra no lugar de outros alimentos que têm.”

Então, qual é a mensagem final para os pais?

“Eu não incentivo dar muito açúcar às crianças”, resume Wolraich. “O açúcar pode ser um fator negativo em uma dieta equilibrada porque seu sabor é muito atraente. Mas o açúcar não tem um alto valor nutritivo. Então, comer muitos alimentos açucarados que são pobres em outros nutrientes dietéticos importantes não é uma boa ideia – mas não por causa da hiperatividade.”

Os pais costumam responsabilizar o comportamento das crianças que estão “pulando pelas paredes” ao consumo de muito açúcar – mas os especialistas dizem que isso não é verdade.

“É um mito que o açúcar cause hiperatividade”, diz Mark Wolraich, professor emérito de pediatria comportamental no Centro de Ciências da Saúde da Universidade de Oklahoma.

No entanto, ele reconhece que essa “ainda é uma crença forte. Às vezes, é muito difícil mudar impressões arraigadas sobre o que afeta o comportamento.”

Muitos pais acreditam que o consumo de açúcar deixa as crianças hiperativas e cheias de energia.  Foto: Alex S/peopleimages.com/Adobe Stock

Wolraich conduziu estudos nos anos 1990 que refutaram a noção de que o açúcar cause transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em crianças. Estes incluíram um ensaio controlado randomizado duplo-cego que descobriu que nem o açúcar nem o adoçante artificial aspartame afetavam o comportamento ou a função cognitiva entre as crianças que eram percebidas pelos pais como cheias de energia e “sensíveis açúcar” em comparação àquelas com comportamento “normal”, mesmo quando a ingestão de açúcar excedia os níveis dietéticos típicos. “Foi bastante definitivo”, diz Wolraich.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças também afirmam que o açúcar não deixa as crianças hiperativas: “A pesquisa não apoia as visões popularmente mantidas de que o TDAH é causado por comer muito açúcar, assistir muita televisão, pela forma de parentalidade ou fatores sociais e ambientais, como pobreza ou caos familiar”.

Os pais provavelmente continuam a fazer essa associação porque as crianças tendem a ficar excessivamente empolgadas durante eventos específicos – festas de aniversário, por exemplo –, quando o cardápio contém itens com alto teor de açúcar, como sorvete, bolo e saquinhos de guloseimas.

Além disso, “as crianças tendem a consumir muito açúcar durante as festas, quando há outras coisas que as animam”, diz Wolraich. “Então, parece que elas estão ficando hiperativas quando estão comendo muitos alimentos açucarados.”

Como essa crença começou?

Alguns especialistas dizem que sua origem remonta a 1973, quando o alergista Benjamin Feingold vinculou a hiperatividade das crianças à ingestão de cores artificiais de alimentos, aditivos, conservantes e salicilatos – substâncias encontradas em plantas e alimentos e também usadas em muitos medicamentos, como aspirina.

Ele também escreveu um livro popular sobre o tema. Embora o açúcar não estivesse entre os culpados dietéticos criticados por Feingold, muitos pais fizeram a conexão por engano, já que altas quantidades de açúcar andam de mãos dadas com alimentos que contêm corantes e outros aditivos.

Nos últimos anos, estudos conectaram vários corantes artificiais, incluindo o corante vermelho nº 3, à hiperatividade e a outros problemas comportamentais em crianças. Um relatório de 2021 do Escritório de Avaliação de Perigos à Saúde Ambiental da Califórnia concluiu que algumas crianças que consomem corantes alimentares exibem esses efeitos à saúde, embora a sensibilidade a eles varie entre as crianças.

O que mais você deve saber

Mesmo que o açúcar seja absolvido neste caso específico, isso não significa que as crianças podem comê-lo indiscriminadamente, alertam os especialistas.

“O açúcar não é inocentado de outros efeitos adversos à saúde”, diz Donald Hensrud, professor associado de nutrição e medicina preventiva no Colégio de Medicina da Clínica Mayo.

“Ele fornece calorias extras e aumenta o peso, contribuindo para a obesidade e possivelmente para doenças cardíacas mais tarde. Pode causar cáries. Não tem nutrientes, e entra no lugar de outros alimentos que têm.”

Então, qual é a mensagem final para os pais?

“Eu não incentivo dar muito açúcar às crianças”, resume Wolraich. “O açúcar pode ser um fator negativo em uma dieta equilibrada porque seu sabor é muito atraente. Mas o açúcar não tem um alto valor nutritivo. Então, comer muitos alimentos açucarados que são pobres em outros nutrientes dietéticos importantes não é uma boa ideia – mas não por causa da hiperatividade.”

Os pais costumam responsabilizar o comportamento das crianças que estão “pulando pelas paredes” ao consumo de muito açúcar – mas os especialistas dizem que isso não é verdade.

“É um mito que o açúcar cause hiperatividade”, diz Mark Wolraich, professor emérito de pediatria comportamental no Centro de Ciências da Saúde da Universidade de Oklahoma.

No entanto, ele reconhece que essa “ainda é uma crença forte. Às vezes, é muito difícil mudar impressões arraigadas sobre o que afeta o comportamento.”

Muitos pais acreditam que o consumo de açúcar deixa as crianças hiperativas e cheias de energia.  Foto: Alex S/peopleimages.com/Adobe Stock

Wolraich conduziu estudos nos anos 1990 que refutaram a noção de que o açúcar cause transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em crianças. Estes incluíram um ensaio controlado randomizado duplo-cego que descobriu que nem o açúcar nem o adoçante artificial aspartame afetavam o comportamento ou a função cognitiva entre as crianças que eram percebidas pelos pais como cheias de energia e “sensíveis açúcar” em comparação àquelas com comportamento “normal”, mesmo quando a ingestão de açúcar excedia os níveis dietéticos típicos. “Foi bastante definitivo”, diz Wolraich.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças também afirmam que o açúcar não deixa as crianças hiperativas: “A pesquisa não apoia as visões popularmente mantidas de que o TDAH é causado por comer muito açúcar, assistir muita televisão, pela forma de parentalidade ou fatores sociais e ambientais, como pobreza ou caos familiar”.

Os pais provavelmente continuam a fazer essa associação porque as crianças tendem a ficar excessivamente empolgadas durante eventos específicos – festas de aniversário, por exemplo –, quando o cardápio contém itens com alto teor de açúcar, como sorvete, bolo e saquinhos de guloseimas.

Além disso, “as crianças tendem a consumir muito açúcar durante as festas, quando há outras coisas que as animam”, diz Wolraich. “Então, parece que elas estão ficando hiperativas quando estão comendo muitos alimentos açucarados.”

Como essa crença começou?

Alguns especialistas dizem que sua origem remonta a 1973, quando o alergista Benjamin Feingold vinculou a hiperatividade das crianças à ingestão de cores artificiais de alimentos, aditivos, conservantes e salicilatos – substâncias encontradas em plantas e alimentos e também usadas em muitos medicamentos, como aspirina.

Ele também escreveu um livro popular sobre o tema. Embora o açúcar não estivesse entre os culpados dietéticos criticados por Feingold, muitos pais fizeram a conexão por engano, já que altas quantidades de açúcar andam de mãos dadas com alimentos que contêm corantes e outros aditivos.

Nos últimos anos, estudos conectaram vários corantes artificiais, incluindo o corante vermelho nº 3, à hiperatividade e a outros problemas comportamentais em crianças. Um relatório de 2021 do Escritório de Avaliação de Perigos à Saúde Ambiental da Califórnia concluiu que algumas crianças que consomem corantes alimentares exibem esses efeitos à saúde, embora a sensibilidade a eles varie entre as crianças.

O que mais você deve saber

Mesmo que o açúcar seja absolvido neste caso específico, isso não significa que as crianças podem comê-lo indiscriminadamente, alertam os especialistas.

“O açúcar não é inocentado de outros efeitos adversos à saúde”, diz Donald Hensrud, professor associado de nutrição e medicina preventiva no Colégio de Medicina da Clínica Mayo.

“Ele fornece calorias extras e aumenta o peso, contribuindo para a obesidade e possivelmente para doenças cardíacas mais tarde. Pode causar cáries. Não tem nutrientes, e entra no lugar de outros alimentos que têm.”

Então, qual é a mensagem final para os pais?

“Eu não incentivo dar muito açúcar às crianças”, resume Wolraich. “O açúcar pode ser um fator negativo em uma dieta equilibrada porque seu sabor é muito atraente. Mas o açúcar não tem um alto valor nutritivo. Então, comer muitos alimentos açucarados que são pobres em outros nutrientes dietéticos importantes não é uma boa ideia – mas não por causa da hiperatividade.”

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