Como proteger os bebês do calor? Veja dicas e cuidados


Saiba como desconfiar do desconforto térmico e conheça medidas para evitar desidratação, despertares noturnos, assaduras e outros problemas

Por Ana Lourenço
Atualização:

Diante da forte onda de calor que atinge diversas partes do Brasil, com termômetros registrando temperaturas acima de 35 °C, os cuidados com a saúde devem ser intensos e constantes. Adolescentes, adultos e idosos conseguem investir em muitas medidas por conta própria, mas como ajudar aqueles que ainda não sabem verbalizar suas necessidades?

É importante ter em mente que o calor excessivo é prejudicial em todas as fases da vida, mas, nos extremos – infância e velhice –, os impactos são mais preocupantes, já que bebês e idosos têm uma quantidade menor de água corporal e transpiram menos.

Como saber se o bebê está com muito calor?

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O aumento de irritabilidade e choro são os principais sinais de que existe um desconforto térmico. E um dos grandes perigos associados ao calorão é o risco de desidratação. Por isso, é extremamente necessário ficar atento a outras questões, como fraldas mais secas. “Se a criança ficar de seis a oito horas sem fazer xixi já é preocupante”, avisa a pediatra Tatiana Cicerelli, de São Paulo.

Também perceba se a moleira (região da cabeça do bebê que seria a abóbada do crânio) está mais afundada, os olhos estão um pouco mais encurvados e a boca seca. Em caso positivo, aumente a oferta de líquidos. Caso isso se prolongue, procure um serviço de saúde.

O que fazer para amenizar o calor dos bebês?

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Para aliviar o calor, não há limites para a quantidade de banhos, porém, escolha somente um deles para ser o “oficial”, ou seja, com shampoo e sabonete. Os outros devem ter a intenção apenas de refrescar. O banho de piscina é opção somente para os bebês acima dos 6 meses. Fora d’água, certifique-se de que a criança sempre esteja em um ambiente arejado – seja em casa ou no parquinho.

Durante forte onda de calor, a criança pode tomar inúmeros banhos. O importante é que só um seja o oficial, ou seja, com shampoo e sabonete Foto: Adobe Stock

Como já mencionado, é fundamental garantir a hidratação dos pequenos. Dos 0 aos 6 meses, o aleitamento materno ou fórmula são suficientes nesse sentido. “Se a mãe amamenta, é importante que oferte o alimento mais vezes ao dia e que cuide da sua própria hidratação, pois, nesse momento, isso está interligado”, explica Clery Bernardi Gallacci, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana. Ou seja, para garantir uma produção adequada de leite nesse momento de calor e maior demanda do bebê, a mulher precisa caprichar na ingestão de água.

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Já para os maiores de 6 meses, é possível fazer sorvetes caseiros com frutas e água. Também dá para oferecer frutas geladas – especialmente aquelas com maior concentração de água, como melancia, melão e abacaxi. Seguindo o mesmo raciocínio, pepino, tomate, abobrinha e alface são boas opções para ter no prato.

“Evite alimentos industrializados e dê preferência aos mais naturais. Fique atento também para que as papinhas estejam frescas e sejam bem armazenadas para não estragar”, diz Clery. O cuidado com o frescor da alimentação ainda pode proteger os bebês contra viroses, já que altas temperaturas facilitam a proliferação de bactérias e vírus na comida.

Em relação à quantidade ideal de consumo de água, isso varia de criança para criança, segundo Tatiana. “Uma boa opção é sempre deixar a garrafinha ao alcance para que ela tome sempre que sentir necessidade”, sugere. O dever dois pais é ficar de olho na quantidade de goles ingeridos ao longo do dia.

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Como evitar reações na pele do bebê por causa do calor?

Dentro de casa, mantenha o bebê somente de fraldas – mas intensifique as trocas ao longo do dia para evitar assaduras e a propagação de fungos e bactérias nas genitálias da criança, que ficam mais abafadas. Ao escolher as roupas para sair de casa, opte pelas mais frescas e com tecidos de algodão, que permitem que a pele respire melhor. Evite ao máximo os tecidos sintéticos.

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Essas atitudes podem evitar e melhorar a maioria dos casos de brotoejas, que, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, é uma dermatite inflamatória caracterizada pela dificuldade de saída do suor do corpo. Erupções, bolhas e manchas vermelhas estão entre os principais sintomas.

De acordo com as especialistas, o ideal é passar cremes para assaduras somente se houver a manifestação do problema e ele se prolongar por mais de um dia. Caso o contrário, “deixe a pele respirar ao máximo”, indica Clery. Na hora da higienização, o recomendado é utilizar algodão com água.

Dentro de casa, priorize deixar o bebê só de fralda para amenizar a sensação de calor Foto: aletia2011/Adobe Stock
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Atenção à hora do passeio

Evite sair com o bebê entre 9 e 16h, quando há maior incidência de um tipo de radiação solar mais perigosa. Mas, independente do horário escolhido, caso a criança tenha mais de 6 meses, passe bastante protetor solar – a reaplicação deve ocorrer a cada duas horas. Se a ideia é ir à piscina ou praia, passe duas camadas antes de sair de casa para garantir a fixação antes de a criança entrar na água. Depois disso, repasse sempre que ela se secar.

Para os menores, dos 0 aos 6 meses, protetor solar não é recomendado. Por isso, invista em roupas com proteção UV, chapéu e priorize os lugares com sombra.

No caso dos repelentes, é possível encontrar opções para crianças a partir dos 2 meses. “Os produtos que têm a icaridina como princípio ativo são os ideais, porque são mais seguros e indicados pela OMS”, comenta Carlos Augusto Mello da Silva, presidente do Departamento Científico de Toxicologia e Saúde Ambiental da Sociedade Brasileira de Pediatria. “Muitas vezes, as soluções mais simples são as melhores: os mosquiteiros, por exemplo, são ótimas opções para proteger os bebês dos insetos durante a noite”, observa.

Pode usar ar-condicionado e ventilador no quarto do bebê?

Para refrescar o quarto, ligue o ar-condicionado minutos antes de o bebê ir para o berço. De acordo com os especialistas, 23 ºC é uma boa temperatura. Uma vez que o ar-condicionado resseca muito o ambiente, não esqueça de umidificá-lo, seja com bacias de água e toalhas molhadas espalhadas pelo quarto ou com um umidificador próprio.

Se o calor estiver muito intenso, o bebê até pode dormir com o aparelho ligado, mas certifique-se que o vento não esteja direcionado para ele e que a temperatura esteja entre 23 e 25ºC.

O mesmo recado vale para o ventilador: nunca aponte o vento diretamente para criança, mas, sim, para cima ou para a parede. Se o aparelho fica voltado para o bebê, isso pode contribuir para o ressecamento e a irritação das vias aéreas. Fora que pode espalhar poeira e favorecer alergias.

Se mesmo assim o pequeno acordar bastante durante a madrugada, cogite outras razões. “O despertar noturno pode ter diversas causas: sede, aspectos comportamentais da criança, pesadelos. O importante é que os pais estejam atentos para descobrir esse motivo”, aconselha Clery.

Diante da forte onda de calor que atinge diversas partes do Brasil, com termômetros registrando temperaturas acima de 35 °C, os cuidados com a saúde devem ser intensos e constantes. Adolescentes, adultos e idosos conseguem investir em muitas medidas por conta própria, mas como ajudar aqueles que ainda não sabem verbalizar suas necessidades?

É importante ter em mente que o calor excessivo é prejudicial em todas as fases da vida, mas, nos extremos – infância e velhice –, os impactos são mais preocupantes, já que bebês e idosos têm uma quantidade menor de água corporal e transpiram menos.

Como saber se o bebê está com muito calor?

O aumento de irritabilidade e choro são os principais sinais de que existe um desconforto térmico. E um dos grandes perigos associados ao calorão é o risco de desidratação. Por isso, é extremamente necessário ficar atento a outras questões, como fraldas mais secas. “Se a criança ficar de seis a oito horas sem fazer xixi já é preocupante”, avisa a pediatra Tatiana Cicerelli, de São Paulo.

Também perceba se a moleira (região da cabeça do bebê que seria a abóbada do crânio) está mais afundada, os olhos estão um pouco mais encurvados e a boca seca. Em caso positivo, aumente a oferta de líquidos. Caso isso se prolongue, procure um serviço de saúde.

O que fazer para amenizar o calor dos bebês?

Para aliviar o calor, não há limites para a quantidade de banhos, porém, escolha somente um deles para ser o “oficial”, ou seja, com shampoo e sabonete. Os outros devem ter a intenção apenas de refrescar. O banho de piscina é opção somente para os bebês acima dos 6 meses. Fora d’água, certifique-se de que a criança sempre esteja em um ambiente arejado – seja em casa ou no parquinho.

Durante forte onda de calor, a criança pode tomar inúmeros banhos. O importante é que só um seja o oficial, ou seja, com shampoo e sabonete Foto: Adobe Stock

Como já mencionado, é fundamental garantir a hidratação dos pequenos. Dos 0 aos 6 meses, o aleitamento materno ou fórmula são suficientes nesse sentido. “Se a mãe amamenta, é importante que oferte o alimento mais vezes ao dia e que cuide da sua própria hidratação, pois, nesse momento, isso está interligado”, explica Clery Bernardi Gallacci, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana. Ou seja, para garantir uma produção adequada de leite nesse momento de calor e maior demanda do bebê, a mulher precisa caprichar na ingestão de água.

Já para os maiores de 6 meses, é possível fazer sorvetes caseiros com frutas e água. Também dá para oferecer frutas geladas – especialmente aquelas com maior concentração de água, como melancia, melão e abacaxi. Seguindo o mesmo raciocínio, pepino, tomate, abobrinha e alface são boas opções para ter no prato.

“Evite alimentos industrializados e dê preferência aos mais naturais. Fique atento também para que as papinhas estejam frescas e sejam bem armazenadas para não estragar”, diz Clery. O cuidado com o frescor da alimentação ainda pode proteger os bebês contra viroses, já que altas temperaturas facilitam a proliferação de bactérias e vírus na comida.

Em relação à quantidade ideal de consumo de água, isso varia de criança para criança, segundo Tatiana. “Uma boa opção é sempre deixar a garrafinha ao alcance para que ela tome sempre que sentir necessidade”, sugere. O dever dois pais é ficar de olho na quantidade de goles ingeridos ao longo do dia.

Como evitar reações na pele do bebê por causa do calor?

Dentro de casa, mantenha o bebê somente de fraldas – mas intensifique as trocas ao longo do dia para evitar assaduras e a propagação de fungos e bactérias nas genitálias da criança, que ficam mais abafadas. Ao escolher as roupas para sair de casa, opte pelas mais frescas e com tecidos de algodão, que permitem que a pele respire melhor. Evite ao máximo os tecidos sintéticos.

Essas atitudes podem evitar e melhorar a maioria dos casos de brotoejas, que, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, é uma dermatite inflamatória caracterizada pela dificuldade de saída do suor do corpo. Erupções, bolhas e manchas vermelhas estão entre os principais sintomas.

De acordo com as especialistas, o ideal é passar cremes para assaduras somente se houver a manifestação do problema e ele se prolongar por mais de um dia. Caso o contrário, “deixe a pele respirar ao máximo”, indica Clery. Na hora da higienização, o recomendado é utilizar algodão com água.

Dentro de casa, priorize deixar o bebê só de fralda para amenizar a sensação de calor Foto: aletia2011/Adobe Stock

Atenção à hora do passeio

Evite sair com o bebê entre 9 e 16h, quando há maior incidência de um tipo de radiação solar mais perigosa. Mas, independente do horário escolhido, caso a criança tenha mais de 6 meses, passe bastante protetor solar – a reaplicação deve ocorrer a cada duas horas. Se a ideia é ir à piscina ou praia, passe duas camadas antes de sair de casa para garantir a fixação antes de a criança entrar na água. Depois disso, repasse sempre que ela se secar.

Para os menores, dos 0 aos 6 meses, protetor solar não é recomendado. Por isso, invista em roupas com proteção UV, chapéu e priorize os lugares com sombra.

No caso dos repelentes, é possível encontrar opções para crianças a partir dos 2 meses. “Os produtos que têm a icaridina como princípio ativo são os ideais, porque são mais seguros e indicados pela OMS”, comenta Carlos Augusto Mello da Silva, presidente do Departamento Científico de Toxicologia e Saúde Ambiental da Sociedade Brasileira de Pediatria. “Muitas vezes, as soluções mais simples são as melhores: os mosquiteiros, por exemplo, são ótimas opções para proteger os bebês dos insetos durante a noite”, observa.

Pode usar ar-condicionado e ventilador no quarto do bebê?

Para refrescar o quarto, ligue o ar-condicionado minutos antes de o bebê ir para o berço. De acordo com os especialistas, 23 ºC é uma boa temperatura. Uma vez que o ar-condicionado resseca muito o ambiente, não esqueça de umidificá-lo, seja com bacias de água e toalhas molhadas espalhadas pelo quarto ou com um umidificador próprio.

Se o calor estiver muito intenso, o bebê até pode dormir com o aparelho ligado, mas certifique-se que o vento não esteja direcionado para ele e que a temperatura esteja entre 23 e 25ºC.

O mesmo recado vale para o ventilador: nunca aponte o vento diretamente para criança, mas, sim, para cima ou para a parede. Se o aparelho fica voltado para o bebê, isso pode contribuir para o ressecamento e a irritação das vias aéreas. Fora que pode espalhar poeira e favorecer alergias.

Se mesmo assim o pequeno acordar bastante durante a madrugada, cogite outras razões. “O despertar noturno pode ter diversas causas: sede, aspectos comportamentais da criança, pesadelos. O importante é que os pais estejam atentos para descobrir esse motivo”, aconselha Clery.

Diante da forte onda de calor que atinge diversas partes do Brasil, com termômetros registrando temperaturas acima de 35 °C, os cuidados com a saúde devem ser intensos e constantes. Adolescentes, adultos e idosos conseguem investir em muitas medidas por conta própria, mas como ajudar aqueles que ainda não sabem verbalizar suas necessidades?

É importante ter em mente que o calor excessivo é prejudicial em todas as fases da vida, mas, nos extremos – infância e velhice –, os impactos são mais preocupantes, já que bebês e idosos têm uma quantidade menor de água corporal e transpiram menos.

Como saber se o bebê está com muito calor?

O aumento de irritabilidade e choro são os principais sinais de que existe um desconforto térmico. E um dos grandes perigos associados ao calorão é o risco de desidratação. Por isso, é extremamente necessário ficar atento a outras questões, como fraldas mais secas. “Se a criança ficar de seis a oito horas sem fazer xixi já é preocupante”, avisa a pediatra Tatiana Cicerelli, de São Paulo.

Também perceba se a moleira (região da cabeça do bebê que seria a abóbada do crânio) está mais afundada, os olhos estão um pouco mais encurvados e a boca seca. Em caso positivo, aumente a oferta de líquidos. Caso isso se prolongue, procure um serviço de saúde.

O que fazer para amenizar o calor dos bebês?

Para aliviar o calor, não há limites para a quantidade de banhos, porém, escolha somente um deles para ser o “oficial”, ou seja, com shampoo e sabonete. Os outros devem ter a intenção apenas de refrescar. O banho de piscina é opção somente para os bebês acima dos 6 meses. Fora d’água, certifique-se de que a criança sempre esteja em um ambiente arejado – seja em casa ou no parquinho.

Durante forte onda de calor, a criança pode tomar inúmeros banhos. O importante é que só um seja o oficial, ou seja, com shampoo e sabonete Foto: Adobe Stock

Como já mencionado, é fundamental garantir a hidratação dos pequenos. Dos 0 aos 6 meses, o aleitamento materno ou fórmula são suficientes nesse sentido. “Se a mãe amamenta, é importante que oferte o alimento mais vezes ao dia e que cuide da sua própria hidratação, pois, nesse momento, isso está interligado”, explica Clery Bernardi Gallacci, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana. Ou seja, para garantir uma produção adequada de leite nesse momento de calor e maior demanda do bebê, a mulher precisa caprichar na ingestão de água.

Já para os maiores de 6 meses, é possível fazer sorvetes caseiros com frutas e água. Também dá para oferecer frutas geladas – especialmente aquelas com maior concentração de água, como melancia, melão e abacaxi. Seguindo o mesmo raciocínio, pepino, tomate, abobrinha e alface são boas opções para ter no prato.

“Evite alimentos industrializados e dê preferência aos mais naturais. Fique atento também para que as papinhas estejam frescas e sejam bem armazenadas para não estragar”, diz Clery. O cuidado com o frescor da alimentação ainda pode proteger os bebês contra viroses, já que altas temperaturas facilitam a proliferação de bactérias e vírus na comida.

Em relação à quantidade ideal de consumo de água, isso varia de criança para criança, segundo Tatiana. “Uma boa opção é sempre deixar a garrafinha ao alcance para que ela tome sempre que sentir necessidade”, sugere. O dever dois pais é ficar de olho na quantidade de goles ingeridos ao longo do dia.

Como evitar reações na pele do bebê por causa do calor?

Dentro de casa, mantenha o bebê somente de fraldas – mas intensifique as trocas ao longo do dia para evitar assaduras e a propagação de fungos e bactérias nas genitálias da criança, que ficam mais abafadas. Ao escolher as roupas para sair de casa, opte pelas mais frescas e com tecidos de algodão, que permitem que a pele respire melhor. Evite ao máximo os tecidos sintéticos.

Essas atitudes podem evitar e melhorar a maioria dos casos de brotoejas, que, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, é uma dermatite inflamatória caracterizada pela dificuldade de saída do suor do corpo. Erupções, bolhas e manchas vermelhas estão entre os principais sintomas.

De acordo com as especialistas, o ideal é passar cremes para assaduras somente se houver a manifestação do problema e ele se prolongar por mais de um dia. Caso o contrário, “deixe a pele respirar ao máximo”, indica Clery. Na hora da higienização, o recomendado é utilizar algodão com água.

Dentro de casa, priorize deixar o bebê só de fralda para amenizar a sensação de calor Foto: aletia2011/Adobe Stock

Atenção à hora do passeio

Evite sair com o bebê entre 9 e 16h, quando há maior incidência de um tipo de radiação solar mais perigosa. Mas, independente do horário escolhido, caso a criança tenha mais de 6 meses, passe bastante protetor solar – a reaplicação deve ocorrer a cada duas horas. Se a ideia é ir à piscina ou praia, passe duas camadas antes de sair de casa para garantir a fixação antes de a criança entrar na água. Depois disso, repasse sempre que ela se secar.

Para os menores, dos 0 aos 6 meses, protetor solar não é recomendado. Por isso, invista em roupas com proteção UV, chapéu e priorize os lugares com sombra.

No caso dos repelentes, é possível encontrar opções para crianças a partir dos 2 meses. “Os produtos que têm a icaridina como princípio ativo são os ideais, porque são mais seguros e indicados pela OMS”, comenta Carlos Augusto Mello da Silva, presidente do Departamento Científico de Toxicologia e Saúde Ambiental da Sociedade Brasileira de Pediatria. “Muitas vezes, as soluções mais simples são as melhores: os mosquiteiros, por exemplo, são ótimas opções para proteger os bebês dos insetos durante a noite”, observa.

Pode usar ar-condicionado e ventilador no quarto do bebê?

Para refrescar o quarto, ligue o ar-condicionado minutos antes de o bebê ir para o berço. De acordo com os especialistas, 23 ºC é uma boa temperatura. Uma vez que o ar-condicionado resseca muito o ambiente, não esqueça de umidificá-lo, seja com bacias de água e toalhas molhadas espalhadas pelo quarto ou com um umidificador próprio.

Se o calor estiver muito intenso, o bebê até pode dormir com o aparelho ligado, mas certifique-se que o vento não esteja direcionado para ele e que a temperatura esteja entre 23 e 25ºC.

O mesmo recado vale para o ventilador: nunca aponte o vento diretamente para criança, mas, sim, para cima ou para a parede. Se o aparelho fica voltado para o bebê, isso pode contribuir para o ressecamento e a irritação das vias aéreas. Fora que pode espalhar poeira e favorecer alergias.

Se mesmo assim o pequeno acordar bastante durante a madrugada, cogite outras razões. “O despertar noturno pode ter diversas causas: sede, aspectos comportamentais da criança, pesadelos. O importante é que os pais estejam atentos para descobrir esse motivo”, aconselha Clery.

Diante da forte onda de calor que atinge diversas partes do Brasil, com termômetros registrando temperaturas acima de 35 °C, os cuidados com a saúde devem ser intensos e constantes. Adolescentes, adultos e idosos conseguem investir em muitas medidas por conta própria, mas como ajudar aqueles que ainda não sabem verbalizar suas necessidades?

É importante ter em mente que o calor excessivo é prejudicial em todas as fases da vida, mas, nos extremos – infância e velhice –, os impactos são mais preocupantes, já que bebês e idosos têm uma quantidade menor de água corporal e transpiram menos.

Como saber se o bebê está com muito calor?

O aumento de irritabilidade e choro são os principais sinais de que existe um desconforto térmico. E um dos grandes perigos associados ao calorão é o risco de desidratação. Por isso, é extremamente necessário ficar atento a outras questões, como fraldas mais secas. “Se a criança ficar de seis a oito horas sem fazer xixi já é preocupante”, avisa a pediatra Tatiana Cicerelli, de São Paulo.

Também perceba se a moleira (região da cabeça do bebê que seria a abóbada do crânio) está mais afundada, os olhos estão um pouco mais encurvados e a boca seca. Em caso positivo, aumente a oferta de líquidos. Caso isso se prolongue, procure um serviço de saúde.

O que fazer para amenizar o calor dos bebês?

Para aliviar o calor, não há limites para a quantidade de banhos, porém, escolha somente um deles para ser o “oficial”, ou seja, com shampoo e sabonete. Os outros devem ter a intenção apenas de refrescar. O banho de piscina é opção somente para os bebês acima dos 6 meses. Fora d’água, certifique-se de que a criança sempre esteja em um ambiente arejado – seja em casa ou no parquinho.

Durante forte onda de calor, a criança pode tomar inúmeros banhos. O importante é que só um seja o oficial, ou seja, com shampoo e sabonete Foto: Adobe Stock

Como já mencionado, é fundamental garantir a hidratação dos pequenos. Dos 0 aos 6 meses, o aleitamento materno ou fórmula são suficientes nesse sentido. “Se a mãe amamenta, é importante que oferte o alimento mais vezes ao dia e que cuide da sua própria hidratação, pois, nesse momento, isso está interligado”, explica Clery Bernardi Gallacci, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana. Ou seja, para garantir uma produção adequada de leite nesse momento de calor e maior demanda do bebê, a mulher precisa caprichar na ingestão de água.

Já para os maiores de 6 meses, é possível fazer sorvetes caseiros com frutas e água. Também dá para oferecer frutas geladas – especialmente aquelas com maior concentração de água, como melancia, melão e abacaxi. Seguindo o mesmo raciocínio, pepino, tomate, abobrinha e alface são boas opções para ter no prato.

“Evite alimentos industrializados e dê preferência aos mais naturais. Fique atento também para que as papinhas estejam frescas e sejam bem armazenadas para não estragar”, diz Clery. O cuidado com o frescor da alimentação ainda pode proteger os bebês contra viroses, já que altas temperaturas facilitam a proliferação de bactérias e vírus na comida.

Em relação à quantidade ideal de consumo de água, isso varia de criança para criança, segundo Tatiana. “Uma boa opção é sempre deixar a garrafinha ao alcance para que ela tome sempre que sentir necessidade”, sugere. O dever dois pais é ficar de olho na quantidade de goles ingeridos ao longo do dia.

Como evitar reações na pele do bebê por causa do calor?

Dentro de casa, mantenha o bebê somente de fraldas – mas intensifique as trocas ao longo do dia para evitar assaduras e a propagação de fungos e bactérias nas genitálias da criança, que ficam mais abafadas. Ao escolher as roupas para sair de casa, opte pelas mais frescas e com tecidos de algodão, que permitem que a pele respire melhor. Evite ao máximo os tecidos sintéticos.

Essas atitudes podem evitar e melhorar a maioria dos casos de brotoejas, que, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, é uma dermatite inflamatória caracterizada pela dificuldade de saída do suor do corpo. Erupções, bolhas e manchas vermelhas estão entre os principais sintomas.

De acordo com as especialistas, o ideal é passar cremes para assaduras somente se houver a manifestação do problema e ele se prolongar por mais de um dia. Caso o contrário, “deixe a pele respirar ao máximo”, indica Clery. Na hora da higienização, o recomendado é utilizar algodão com água.

Dentro de casa, priorize deixar o bebê só de fralda para amenizar a sensação de calor Foto: aletia2011/Adobe Stock

Atenção à hora do passeio

Evite sair com o bebê entre 9 e 16h, quando há maior incidência de um tipo de radiação solar mais perigosa. Mas, independente do horário escolhido, caso a criança tenha mais de 6 meses, passe bastante protetor solar – a reaplicação deve ocorrer a cada duas horas. Se a ideia é ir à piscina ou praia, passe duas camadas antes de sair de casa para garantir a fixação antes de a criança entrar na água. Depois disso, repasse sempre que ela se secar.

Para os menores, dos 0 aos 6 meses, protetor solar não é recomendado. Por isso, invista em roupas com proteção UV, chapéu e priorize os lugares com sombra.

No caso dos repelentes, é possível encontrar opções para crianças a partir dos 2 meses. “Os produtos que têm a icaridina como princípio ativo são os ideais, porque são mais seguros e indicados pela OMS”, comenta Carlos Augusto Mello da Silva, presidente do Departamento Científico de Toxicologia e Saúde Ambiental da Sociedade Brasileira de Pediatria. “Muitas vezes, as soluções mais simples são as melhores: os mosquiteiros, por exemplo, são ótimas opções para proteger os bebês dos insetos durante a noite”, observa.

Pode usar ar-condicionado e ventilador no quarto do bebê?

Para refrescar o quarto, ligue o ar-condicionado minutos antes de o bebê ir para o berço. De acordo com os especialistas, 23 ºC é uma boa temperatura. Uma vez que o ar-condicionado resseca muito o ambiente, não esqueça de umidificá-lo, seja com bacias de água e toalhas molhadas espalhadas pelo quarto ou com um umidificador próprio.

Se o calor estiver muito intenso, o bebê até pode dormir com o aparelho ligado, mas certifique-se que o vento não esteja direcionado para ele e que a temperatura esteja entre 23 e 25ºC.

O mesmo recado vale para o ventilador: nunca aponte o vento diretamente para criança, mas, sim, para cima ou para a parede. Se o aparelho fica voltado para o bebê, isso pode contribuir para o ressecamento e a irritação das vias aéreas. Fora que pode espalhar poeira e favorecer alergias.

Se mesmo assim o pequeno acordar bastante durante a madrugada, cogite outras razões. “O despertar noturno pode ter diversas causas: sede, aspectos comportamentais da criança, pesadelos. O importante é que os pais estejam atentos para descobrir esse motivo”, aconselha Clery.

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