Confira 8 mitos e verdades sobre autismo


Ainda há muita desinformação sobre o transtorno do espectro autista (TEA); especialista comenta algumas crenças

Por Lara Castelo

Nesta terça-feira, 2 de abril, é comemorado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para dar visibilidade, reduzir o preconceito e promover a inclusão de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA).

TEA é um distúrbio caracterizado por alterações no neurodesenvolvimento que afetam a capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento, segundo o Ministério da Saúde. De acordo com o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças, na sigla em inglês), a condição afeta 1 em cada 36 crianças no mundo. Estima-se que dois milhões de brasileiros vivem com algum nível de autismo, mas muitos deles ainda não têm diagnóstico.

Há, contudo, muita desinformação a respeito desse tema. É comum encontrar na internet diversas fake news sobre TEA, que prejudicam quem vive com essa condição. De olho nisso, o Estadão esclarece algumas crenças sobre o tema, apontando o que é mito e o que faz sentido. Confira:

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O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por alterações no neurodesenvolvimento que afetam a capacidade de comunicação, linguagem, interação social.  Foto: Newman Studio/Adobe Stock

“Autismo é doença”

Mito. O transtorno do espectro autista é uma condição de origem genética para a qual não há cura, remédio ou tratamento. Quando se fala em tratamento, ele é direcionado para as comorbidades que podem surgir a partir do quadro, como ansiedade e depressão.

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“Autismo é hereditário”

Mito. Apesar de ter origem genética, isso não significa que o TEA seja hereditário.

Segundo o neuropediatra Abram Topczewski, presidente do Núcleo de Orientação para o Transtorno do Espectro Autista (Notea), que atende pessoas com TEA em situação de vulnerabilidade, a condição tem relação com uma mutação genética que independe de parentesco e pode acontecer com qualquer um.

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O especialista destaca ainda que, além da causa genética – que é a mais determinante –, há fatores ambientais que podem aumentar as chances de alguém ter TEA. “Uso de álcool, tabaco e drogas durante a gestação, idade avançada do pai e exposição à poluição são alguns deles”, descreve.

“Autismo pode ser causado por falta de afeto”

Mito. Antigamente, chegou-se a cogitar que a falta de afeto materno pudesse ser uma das causas do autismo – essa hipótese ganhou o nome de “teoria da mãe geladeira”. Hoje, contudo, essa relação foi totalmente descartada e considerada sem fundamento científico.

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“Existem diferentes graus de autismo”

Verdade. Há três graus de autismo que variam de acordo com a necessidade de suporte do paciente.

No grau 1, a pessoa tem necessidade de suporte; no 2, ela precisa de suporte substancial; e, no 3, de suporte muito substancial.

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O nível é determinado no momento da avaliação. Ao longo da vida, dependendo de eventuais desconfortos emocionais, pessoas do nível 2 podem migrar para o nível 3 ou, ainda, para o nível 1.

Importante destacar também que não se usam mais os termos “leve”, “moderado” ou “severo” para categorizar a condição.

“Exames de laboratório ajudam no diagnóstico”

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Mito. O diagnóstico do TEA acontece exclusivamente por meio de exames clínicos, de acordo com Topczewski. “Isso acontece através da observação e do monitoramento das etapas de desenvolvimento da criança por um especialista. Portanto, exames laboratoriais, como os de sangue, não têm função”, diz.

“Adultos podem ser diagnosticados com autismo”

Verdade. Como há diferentes graus de autismo, é possível que a condição passe quase despercebida por anos e só seja confirmada na idade adulta.

“Há tratamento para autismo”

Mito. Como TEA não é uma doença, não há cura ou tratamento para a condição. Em contrapartida, existem terapias capazes de melhorar a qualidade de vida e promover a independência dos pacientes, segundo Topczewski.

“É importante contar com um tratamento psicológico”, destaca o médico. Ele ainda cita a relevância de atividades artísticas, esportes, entre outras. “Além de estimularem o desenvolvimento do paciente, elas podem despertar talentos e elevar a sua autoestima”, justifica.

Em alguns casos, os pacientes com TEA podem se beneficiar de acompanhamentos neurológico ou psiquiátrico. “Há distúrbios relacionados ao TEA, que necessitam acompanhamento profissional, como depressão, ansiedade e transtorno obsessivo compulsivo (TOC)”, exemplifica.

“Crianças com autismo devem ser matriculadas em escolas especiais”

Mito. É importante que as crianças com TEA sejam acompanhadas individualmente na escola. Isso não quer dizer, porém, que elas devam frequentar uma escola que só atenda pessoas com transtornos cognitivos — muito pelo contrário.

De acordo com Topczewski, para estimular o desenvolvimento de todas as crianças, e não só daquelas com TEA, é essencial garantir o contato com quem é diferente. “Dessa forma, elas aprendem sobre a realidade e inclusão”, pontua.

Nesta terça-feira, 2 de abril, é comemorado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para dar visibilidade, reduzir o preconceito e promover a inclusão de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA).

TEA é um distúrbio caracterizado por alterações no neurodesenvolvimento que afetam a capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento, segundo o Ministério da Saúde. De acordo com o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças, na sigla em inglês), a condição afeta 1 em cada 36 crianças no mundo. Estima-se que dois milhões de brasileiros vivem com algum nível de autismo, mas muitos deles ainda não têm diagnóstico.

Há, contudo, muita desinformação a respeito desse tema. É comum encontrar na internet diversas fake news sobre TEA, que prejudicam quem vive com essa condição. De olho nisso, o Estadão esclarece algumas crenças sobre o tema, apontando o que é mito e o que faz sentido. Confira:

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por alterações no neurodesenvolvimento que afetam a capacidade de comunicação, linguagem, interação social.  Foto: Newman Studio/Adobe Stock

“Autismo é doença”

Mito. O transtorno do espectro autista é uma condição de origem genética para a qual não há cura, remédio ou tratamento. Quando se fala em tratamento, ele é direcionado para as comorbidades que podem surgir a partir do quadro, como ansiedade e depressão.

“Autismo é hereditário”

Mito. Apesar de ter origem genética, isso não significa que o TEA seja hereditário.

Segundo o neuropediatra Abram Topczewski, presidente do Núcleo de Orientação para o Transtorno do Espectro Autista (Notea), que atende pessoas com TEA em situação de vulnerabilidade, a condição tem relação com uma mutação genética que independe de parentesco e pode acontecer com qualquer um.

O especialista destaca ainda que, além da causa genética – que é a mais determinante –, há fatores ambientais que podem aumentar as chances de alguém ter TEA. “Uso de álcool, tabaco e drogas durante a gestação, idade avançada do pai e exposição à poluição são alguns deles”, descreve.

“Autismo pode ser causado por falta de afeto”

Mito. Antigamente, chegou-se a cogitar que a falta de afeto materno pudesse ser uma das causas do autismo – essa hipótese ganhou o nome de “teoria da mãe geladeira”. Hoje, contudo, essa relação foi totalmente descartada e considerada sem fundamento científico.

“Existem diferentes graus de autismo”

Verdade. Há três graus de autismo que variam de acordo com a necessidade de suporte do paciente.

No grau 1, a pessoa tem necessidade de suporte; no 2, ela precisa de suporte substancial; e, no 3, de suporte muito substancial.

O nível é determinado no momento da avaliação. Ao longo da vida, dependendo de eventuais desconfortos emocionais, pessoas do nível 2 podem migrar para o nível 3 ou, ainda, para o nível 1.

Importante destacar também que não se usam mais os termos “leve”, “moderado” ou “severo” para categorizar a condição.

“Exames de laboratório ajudam no diagnóstico”

Mito. O diagnóstico do TEA acontece exclusivamente por meio de exames clínicos, de acordo com Topczewski. “Isso acontece através da observação e do monitoramento das etapas de desenvolvimento da criança por um especialista. Portanto, exames laboratoriais, como os de sangue, não têm função”, diz.

“Adultos podem ser diagnosticados com autismo”

Verdade. Como há diferentes graus de autismo, é possível que a condição passe quase despercebida por anos e só seja confirmada na idade adulta.

“Há tratamento para autismo”

Mito. Como TEA não é uma doença, não há cura ou tratamento para a condição. Em contrapartida, existem terapias capazes de melhorar a qualidade de vida e promover a independência dos pacientes, segundo Topczewski.

“É importante contar com um tratamento psicológico”, destaca o médico. Ele ainda cita a relevância de atividades artísticas, esportes, entre outras. “Além de estimularem o desenvolvimento do paciente, elas podem despertar talentos e elevar a sua autoestima”, justifica.

Em alguns casos, os pacientes com TEA podem se beneficiar de acompanhamentos neurológico ou psiquiátrico. “Há distúrbios relacionados ao TEA, que necessitam acompanhamento profissional, como depressão, ansiedade e transtorno obsessivo compulsivo (TOC)”, exemplifica.

“Crianças com autismo devem ser matriculadas em escolas especiais”

Mito. É importante que as crianças com TEA sejam acompanhadas individualmente na escola. Isso não quer dizer, porém, que elas devam frequentar uma escola que só atenda pessoas com transtornos cognitivos — muito pelo contrário.

De acordo com Topczewski, para estimular o desenvolvimento de todas as crianças, e não só daquelas com TEA, é essencial garantir o contato com quem é diferente. “Dessa forma, elas aprendem sobre a realidade e inclusão”, pontua.

Nesta terça-feira, 2 de abril, é comemorado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para dar visibilidade, reduzir o preconceito e promover a inclusão de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA).

TEA é um distúrbio caracterizado por alterações no neurodesenvolvimento que afetam a capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento, segundo o Ministério da Saúde. De acordo com o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças, na sigla em inglês), a condição afeta 1 em cada 36 crianças no mundo. Estima-se que dois milhões de brasileiros vivem com algum nível de autismo, mas muitos deles ainda não têm diagnóstico.

Há, contudo, muita desinformação a respeito desse tema. É comum encontrar na internet diversas fake news sobre TEA, que prejudicam quem vive com essa condição. De olho nisso, o Estadão esclarece algumas crenças sobre o tema, apontando o que é mito e o que faz sentido. Confira:

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por alterações no neurodesenvolvimento que afetam a capacidade de comunicação, linguagem, interação social.  Foto: Newman Studio/Adobe Stock

“Autismo é doença”

Mito. O transtorno do espectro autista é uma condição de origem genética para a qual não há cura, remédio ou tratamento. Quando se fala em tratamento, ele é direcionado para as comorbidades que podem surgir a partir do quadro, como ansiedade e depressão.

“Autismo é hereditário”

Mito. Apesar de ter origem genética, isso não significa que o TEA seja hereditário.

Segundo o neuropediatra Abram Topczewski, presidente do Núcleo de Orientação para o Transtorno do Espectro Autista (Notea), que atende pessoas com TEA em situação de vulnerabilidade, a condição tem relação com uma mutação genética que independe de parentesco e pode acontecer com qualquer um.

O especialista destaca ainda que, além da causa genética – que é a mais determinante –, há fatores ambientais que podem aumentar as chances de alguém ter TEA. “Uso de álcool, tabaco e drogas durante a gestação, idade avançada do pai e exposição à poluição são alguns deles”, descreve.

“Autismo pode ser causado por falta de afeto”

Mito. Antigamente, chegou-se a cogitar que a falta de afeto materno pudesse ser uma das causas do autismo – essa hipótese ganhou o nome de “teoria da mãe geladeira”. Hoje, contudo, essa relação foi totalmente descartada e considerada sem fundamento científico.

“Existem diferentes graus de autismo”

Verdade. Há três graus de autismo que variam de acordo com a necessidade de suporte do paciente.

No grau 1, a pessoa tem necessidade de suporte; no 2, ela precisa de suporte substancial; e, no 3, de suporte muito substancial.

O nível é determinado no momento da avaliação. Ao longo da vida, dependendo de eventuais desconfortos emocionais, pessoas do nível 2 podem migrar para o nível 3 ou, ainda, para o nível 1.

Importante destacar também que não se usam mais os termos “leve”, “moderado” ou “severo” para categorizar a condição.

“Exames de laboratório ajudam no diagnóstico”

Mito. O diagnóstico do TEA acontece exclusivamente por meio de exames clínicos, de acordo com Topczewski. “Isso acontece através da observação e do monitoramento das etapas de desenvolvimento da criança por um especialista. Portanto, exames laboratoriais, como os de sangue, não têm função”, diz.

“Adultos podem ser diagnosticados com autismo”

Verdade. Como há diferentes graus de autismo, é possível que a condição passe quase despercebida por anos e só seja confirmada na idade adulta.

“Há tratamento para autismo”

Mito. Como TEA não é uma doença, não há cura ou tratamento para a condição. Em contrapartida, existem terapias capazes de melhorar a qualidade de vida e promover a independência dos pacientes, segundo Topczewski.

“É importante contar com um tratamento psicológico”, destaca o médico. Ele ainda cita a relevância de atividades artísticas, esportes, entre outras. “Além de estimularem o desenvolvimento do paciente, elas podem despertar talentos e elevar a sua autoestima”, justifica.

Em alguns casos, os pacientes com TEA podem se beneficiar de acompanhamentos neurológico ou psiquiátrico. “Há distúrbios relacionados ao TEA, que necessitam acompanhamento profissional, como depressão, ansiedade e transtorno obsessivo compulsivo (TOC)”, exemplifica.

“Crianças com autismo devem ser matriculadas em escolas especiais”

Mito. É importante que as crianças com TEA sejam acompanhadas individualmente na escola. Isso não quer dizer, porém, que elas devam frequentar uma escola que só atenda pessoas com transtornos cognitivos — muito pelo contrário.

De acordo com Topczewski, para estimular o desenvolvimento de todas as crianças, e não só daquelas com TEA, é essencial garantir o contato com quem é diferente. “Dessa forma, elas aprendem sobre a realidade e inclusão”, pontua.

Nesta terça-feira, 2 de abril, é comemorado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para dar visibilidade, reduzir o preconceito e promover a inclusão de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA).

TEA é um distúrbio caracterizado por alterações no neurodesenvolvimento que afetam a capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento, segundo o Ministério da Saúde. De acordo com o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças, na sigla em inglês), a condição afeta 1 em cada 36 crianças no mundo. Estima-se que dois milhões de brasileiros vivem com algum nível de autismo, mas muitos deles ainda não têm diagnóstico.

Há, contudo, muita desinformação a respeito desse tema. É comum encontrar na internet diversas fake news sobre TEA, que prejudicam quem vive com essa condição. De olho nisso, o Estadão esclarece algumas crenças sobre o tema, apontando o que é mito e o que faz sentido. Confira:

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por alterações no neurodesenvolvimento que afetam a capacidade de comunicação, linguagem, interação social.  Foto: Newman Studio/Adobe Stock

“Autismo é doença”

Mito. O transtorno do espectro autista é uma condição de origem genética para a qual não há cura, remédio ou tratamento. Quando se fala em tratamento, ele é direcionado para as comorbidades que podem surgir a partir do quadro, como ansiedade e depressão.

“Autismo é hereditário”

Mito. Apesar de ter origem genética, isso não significa que o TEA seja hereditário.

Segundo o neuropediatra Abram Topczewski, presidente do Núcleo de Orientação para o Transtorno do Espectro Autista (Notea), que atende pessoas com TEA em situação de vulnerabilidade, a condição tem relação com uma mutação genética que independe de parentesco e pode acontecer com qualquer um.

O especialista destaca ainda que, além da causa genética – que é a mais determinante –, há fatores ambientais que podem aumentar as chances de alguém ter TEA. “Uso de álcool, tabaco e drogas durante a gestação, idade avançada do pai e exposição à poluição são alguns deles”, descreve.

“Autismo pode ser causado por falta de afeto”

Mito. Antigamente, chegou-se a cogitar que a falta de afeto materno pudesse ser uma das causas do autismo – essa hipótese ganhou o nome de “teoria da mãe geladeira”. Hoje, contudo, essa relação foi totalmente descartada e considerada sem fundamento científico.

“Existem diferentes graus de autismo”

Verdade. Há três graus de autismo que variam de acordo com a necessidade de suporte do paciente.

No grau 1, a pessoa tem necessidade de suporte; no 2, ela precisa de suporte substancial; e, no 3, de suporte muito substancial.

O nível é determinado no momento da avaliação. Ao longo da vida, dependendo de eventuais desconfortos emocionais, pessoas do nível 2 podem migrar para o nível 3 ou, ainda, para o nível 1.

Importante destacar também que não se usam mais os termos “leve”, “moderado” ou “severo” para categorizar a condição.

“Exames de laboratório ajudam no diagnóstico”

Mito. O diagnóstico do TEA acontece exclusivamente por meio de exames clínicos, de acordo com Topczewski. “Isso acontece através da observação e do monitoramento das etapas de desenvolvimento da criança por um especialista. Portanto, exames laboratoriais, como os de sangue, não têm função”, diz.

“Adultos podem ser diagnosticados com autismo”

Verdade. Como há diferentes graus de autismo, é possível que a condição passe quase despercebida por anos e só seja confirmada na idade adulta.

“Há tratamento para autismo”

Mito. Como TEA não é uma doença, não há cura ou tratamento para a condição. Em contrapartida, existem terapias capazes de melhorar a qualidade de vida e promover a independência dos pacientes, segundo Topczewski.

“É importante contar com um tratamento psicológico”, destaca o médico. Ele ainda cita a relevância de atividades artísticas, esportes, entre outras. “Além de estimularem o desenvolvimento do paciente, elas podem despertar talentos e elevar a sua autoestima”, justifica.

Em alguns casos, os pacientes com TEA podem se beneficiar de acompanhamentos neurológico ou psiquiátrico. “Há distúrbios relacionados ao TEA, que necessitam acompanhamento profissional, como depressão, ansiedade e transtorno obsessivo compulsivo (TOC)”, exemplifica.

“Crianças com autismo devem ser matriculadas em escolas especiais”

Mito. É importante que as crianças com TEA sejam acompanhadas individualmente na escola. Isso não quer dizer, porém, que elas devam frequentar uma escola que só atenda pessoas com transtornos cognitivos — muito pelo contrário.

De acordo com Topczewski, para estimular o desenvolvimento de todas as crianças, e não só daquelas com TEA, é essencial garantir o contato com quem é diferente. “Dessa forma, elas aprendem sobre a realidade e inclusão”, pontua.

Nesta terça-feira, 2 de abril, é comemorado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para dar visibilidade, reduzir o preconceito e promover a inclusão de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA).

TEA é um distúrbio caracterizado por alterações no neurodesenvolvimento que afetam a capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento, segundo o Ministério da Saúde. De acordo com o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças, na sigla em inglês), a condição afeta 1 em cada 36 crianças no mundo. Estima-se que dois milhões de brasileiros vivem com algum nível de autismo, mas muitos deles ainda não têm diagnóstico.

Há, contudo, muita desinformação a respeito desse tema. É comum encontrar na internet diversas fake news sobre TEA, que prejudicam quem vive com essa condição. De olho nisso, o Estadão esclarece algumas crenças sobre o tema, apontando o que é mito e o que faz sentido. Confira:

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por alterações no neurodesenvolvimento que afetam a capacidade de comunicação, linguagem, interação social.  Foto: Newman Studio/Adobe Stock

“Autismo é doença”

Mito. O transtorno do espectro autista é uma condição de origem genética para a qual não há cura, remédio ou tratamento. Quando se fala em tratamento, ele é direcionado para as comorbidades que podem surgir a partir do quadro, como ansiedade e depressão.

“Autismo é hereditário”

Mito. Apesar de ter origem genética, isso não significa que o TEA seja hereditário.

Segundo o neuropediatra Abram Topczewski, presidente do Núcleo de Orientação para o Transtorno do Espectro Autista (Notea), que atende pessoas com TEA em situação de vulnerabilidade, a condição tem relação com uma mutação genética que independe de parentesco e pode acontecer com qualquer um.

O especialista destaca ainda que, além da causa genética – que é a mais determinante –, há fatores ambientais que podem aumentar as chances de alguém ter TEA. “Uso de álcool, tabaco e drogas durante a gestação, idade avançada do pai e exposição à poluição são alguns deles”, descreve.

“Autismo pode ser causado por falta de afeto”

Mito. Antigamente, chegou-se a cogitar que a falta de afeto materno pudesse ser uma das causas do autismo – essa hipótese ganhou o nome de “teoria da mãe geladeira”. Hoje, contudo, essa relação foi totalmente descartada e considerada sem fundamento científico.

“Existem diferentes graus de autismo”

Verdade. Há três graus de autismo que variam de acordo com a necessidade de suporte do paciente.

No grau 1, a pessoa tem necessidade de suporte; no 2, ela precisa de suporte substancial; e, no 3, de suporte muito substancial.

O nível é determinado no momento da avaliação. Ao longo da vida, dependendo de eventuais desconfortos emocionais, pessoas do nível 2 podem migrar para o nível 3 ou, ainda, para o nível 1.

Importante destacar também que não se usam mais os termos “leve”, “moderado” ou “severo” para categorizar a condição.

“Exames de laboratório ajudam no diagnóstico”

Mito. O diagnóstico do TEA acontece exclusivamente por meio de exames clínicos, de acordo com Topczewski. “Isso acontece através da observação e do monitoramento das etapas de desenvolvimento da criança por um especialista. Portanto, exames laboratoriais, como os de sangue, não têm função”, diz.

“Adultos podem ser diagnosticados com autismo”

Verdade. Como há diferentes graus de autismo, é possível que a condição passe quase despercebida por anos e só seja confirmada na idade adulta.

“Há tratamento para autismo”

Mito. Como TEA não é uma doença, não há cura ou tratamento para a condição. Em contrapartida, existem terapias capazes de melhorar a qualidade de vida e promover a independência dos pacientes, segundo Topczewski.

“É importante contar com um tratamento psicológico”, destaca o médico. Ele ainda cita a relevância de atividades artísticas, esportes, entre outras. “Além de estimularem o desenvolvimento do paciente, elas podem despertar talentos e elevar a sua autoestima”, justifica.

Em alguns casos, os pacientes com TEA podem se beneficiar de acompanhamentos neurológico ou psiquiátrico. “Há distúrbios relacionados ao TEA, que necessitam acompanhamento profissional, como depressão, ansiedade e transtorno obsessivo compulsivo (TOC)”, exemplifica.

“Crianças com autismo devem ser matriculadas em escolas especiais”

Mito. É importante que as crianças com TEA sejam acompanhadas individualmente na escola. Isso não quer dizer, porém, que elas devam frequentar uma escola que só atenda pessoas com transtornos cognitivos — muito pelo contrário.

De acordo com Topczewski, para estimular o desenvolvimento de todas as crianças, e não só daquelas com TEA, é essencial garantir o contato com quem é diferente. “Dessa forma, elas aprendem sobre a realidade e inclusão”, pontua.

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